Da
mesma forma que no mar há oscilações nas marés,
há oscilações nas marés no oceano de pensamento.
Há conjunções e oposições nas influências
espirituais no mundo das idéias, como existem entre os planetas corpóreos.
Há, portanto, momentos nos quais todo o gênero humano se eleva
a um estado mais alto de esclarecimento espiritual, e, desta forma, se aproxima
mais de Deus; e há outros momentos nos quais a Humanidade afunda
profundamente na ignorância e na superstição.
'Aqueles
que desejarem viver do Altar terão que servir ao Altar'. Esta expressão
pretende dizer que aqueles que desejarem saber e ser vivificados pela Verdade
terão que servir à Verdade, amando-a com todo o Coração,
manifestando seu amor em pensamentos, palavras e ações.
A
Verdade deverá ser buscada dentro da própria alma.
Sol
Sabedoria (ShOPhYa)
+ Amor
+ Vontade +
Inteligência.
Sol
SOL-OM-ON —› Sol
da Divina Sabedoria.
Lua
Imaginação +
Ilusões
+
Sonhos.
A
idéia se torna poderosa somente quando é impregnada pela Vontade ,
e se torna luminosa somente quando é iluminada pelo Amor.
Marte
Força.
Mercúrio
Intelecto.
Júpiter
Poder.
Vênus
Amor. O amor puro é
Divino. É aquele que só dá e não busca receber.
Saturno
Elemento Material. Não
a Terra tangível e visível, mas, a Substância Primordial
da qual todas as coisas foram feitas.
A
morte é somente uma mudança de estado –
o fim de uma velha forma. Com a morte, sempre surge o começo de um
novo estado [mais
refinado] do
ser.
A
Porta para o Templo no qual a Verdade pode ser vista sem um véu é
cuidadosamente guardada pelo dragão do egoísmo, e só
aqueles que puderem derrotar a besta poderão entrar no Santuário.
Os
Mistérios Sagrados do Templo Interno jamais poderão ser divulgados
aos não-iniciados.
A
segurança dos zombadores e dos cépticos está em suas
respectivas ignorâncias, pois, o mau uso do Conhecimento adquirido
geraria suas próprias perdições.
Áries
ou Ram Representa o Princípio
Universal da Vida ou o Sol, que é a fonte de todas as coisas.
Touro
ou Taurus Representa o Poder
Divino do Princípio Universal.
Gêmeos
ou Gemini Representa o Homem
Espiritual, de quem o corpo mortal somente é uma imagem imperfeita
ou um reflexo.
Câncer
ou Caranguejo Representa o
retrocesso, ou seja, a descida do Espírito ao plano material.
Leão
ou Leo Representa o Poder Divino
de Cristo – o Homem ungido pelo Conhecimento Espiritual.
Virgem
ou Virgo Representa a Alma
Espiritual do homem e do Universo – a Virgem Celestial, a Mãe
Eterna do Homem-Deus.
Libra
ou Balança Representa
o ponto de equilíbrio – o inimaginável estado de Nirvana,
que não pode ser descrito nem há como explicar esta condição.
Escorpião
ou Scorpio Representa o desejo
pelo Conhecimento, que induz o Espírito Celestial a descer na obscuridade
das formas materiais.
Sagitário
Representa a Divina Vontade para criar um mundo novo.
Capricórnio
Representa o exercício
do Poder construtivo do Universo.
Aquário
ou o Barqueiro Representa o
produto da imaginação atuando com a Vontade e o pensamento.
Peixes
ou Pisces Representa, em um
dos seus aspectos, o homem como um ser imerso em um oceano de idéias
espirituais. Em outro aspecto, pode representar o Mundo das Idéias
existente na Luz Astral.
Se a mente não
estiver tranqüila e calma, a Arte da Geomancia não deverá
ser praticada. Se o campo da visão mental estiver nublado por medo
ou por dúvida, por aflição ou por desejos egoístas,
se estiver habitado por negociantes ecoando as disputas dos fariseus e dos
escribas, será impossível ouvir a Voz da Verdade. Cornelius
Agrippa dizia que a Geomancia não deveria ser praticada 'em um dia
nublado ou chuvoso, ou quando o tempo estiver tempestuoso, nem quando a
mente estiver transtornada por raiva ou oprimida por preocupações.'
A
alma do homem possui íntimo relacionamento com a Alma do Universo,
e as influências do Mundo Superior atuam correspondentemente no mundo
inferior.
Aquele
que ascende ao alto da montanha,/encontra
os mais elevados picos envoltos em neve;/Aquele que sobrepuja ou
submete a Humanidade,/deve contemplar o ódio dos que estão
lá embaixo. Embora no alto o Sol da glória brilhe,/e
muito abaixo terra e oceano se espraiem,/à sua volta há
rochas gélidas e poderosamente ressoam tempestades/por sobre
sua cabeça descoberta,/recompensando assim as lutas que
a essas alturas conduziram.
(George Gordon Byron, 6º Barão Byron, apud Franz Hartmann).
Já
nos limites do Mosteiro Teosófico dos Irmãos da Rosa-Cruz
Dourada, o Imperator desta Fraternidade ensina ao visitante: ... se imaginas
que tens uma ‘Vontade própria’, com um modo de ação
diferente do da Vontade Universal, apenas pervertes uma parte insignificante
da mesma e a opões ao grande Poder Original... Tua Vontade só
poderá agir poderosamente se permanecer idêntica à Vontade do Espírito Universal. Tua Vontade será mais forte se não
tiveres Vontade própria e, em tudo, permaneceres obediente à
Lei.
A
Vida é Universal e está em toda a parte; Ela é uma
só com a Vontade .
O
fundamento das coisas e do qual todas as coisas nascem é um Princípio
Dual da Natureza. Seus pais são o Sol e a Lua; produzem água
e vinho, ouro e prata, pelo Deus Bendito.
Se
você torturar a águia, o leão se tornará delicado.
A
distinção entre o homem e o bruto está no direito [Privilégio]
que
cabe ao primeiro de raciocinar.
Não
existe nenhuma dúvida em nossa mente de que o ouro pode ser fabricado
e aumentado por meios Alquímicos, porém, para que o experimento
tenha êxito é necessária a participação
de um Alquimista, mas que ele não seja atraído pelo poder
do ouro, pois, se assim for, ele jamais alcançará a posse
do Poder Espiritual necessário para a prática da Arte Sagrada.
A
Magia pode ser considerada a ciência que lida com as faculdades mentais
e morais do homem, e mostra o que ele pode exercer controle sobre si mesmo
e sobre outros.
Antes
de poder se tornar um Mago, o homem deve aprender a controlar sua própria
mente, pois a mente é a substância com a qual o Mago atua,
e o poder de controlá-la é o início da Magia.
O
início de todo o conhecimento é o conhecimento
de si mesmo.
A
Verdadeira Religião é a realização da Verdade.
Às
vezes, um sofrimento inaudito poderá, desde cedo, fazer nascer a
flor da espiritualidade.
A
pergunta mais importante que tem sido feita avidamente, e amiúde
com receio, é a mesma que foi proposta pela Esfinge Egípcia
milhões de anos atrás, e ela devorava os que, sem êxito,
tentassem decifrar o enigma: Quem é o Homem? Eras se passaram desde
que essa questão foi levantada pela primeira vez. Nações
apunhalam-se umas às outras em cruéis guerras religiosas e
tentam, em vão, impor às outras a solução do
grande mistério que julgam ter solucionado. Mas, das tumbas do passado,
reecoa a mesma questão: Quem é o Homem? A resposta, todavia,
parece simples. A razão despojada de preconceitos científicos
ou religiosos nos revela que o Homem, como qualquer outra forma no Universo,
é um centro de energia coletivizada; um raio solitário daquela
Luz Divina universalmente presente, que é a Fonte Comum de tudo o
que existe. Ele é o verdadeiro filho do grande Sol Espiritual. E
da mesma forma que os raios que provêm do nosso Sol só se tornam
visíveis aos nossos olhos quando se refletem na poeira, o Raio Divino
só se faz perceber quando absorvido e refletido pela matéria.
Os raios do Sol acariciam as águas do oceano, e o calor gerado pelo
contato da água com a luz do alto extrai matéria livre de
impurezas das profundezas inferiores. Os vapores sobem ao céu onde,
qual fantasmas marinhos, vagueiam em nuvens multiformes que viajam livremente
pelo ar, brincando na brisa. Mas, chega um tempo em que as energias que
as mantêm suspensas se exaurem, fazendo com que desçam uma
vez mais à Terra. Semelhantemente, um Raio Divino do Sol Espiritual
mescla-se à matéria enquanto habita o plano terrestre, absorvendo
e assimilando tudo o que corresponda à sua própria natureza.
Da mesma forma que uma borboleta esvoaça de flor em flor, sorvendo
o néctar de cada uma, também assim a mônada humana passa,
de vida em vida, de planeta em planeta, acumulando experiência, conhecimento
e força.
A
arte da Magia consiste em empregar alguns dos chamados agentes espirituais
invisíveis para gerar resultados visíveis. Tais agentes não
são necessariamente entidades invisíveis, que vagueiam pelo
espaço, prontas a atender ao chamado de qualquer um que tenha aprendido
certas fórmulas cerimoniais e encantamentos. Consistem, sobretudo,
na força invisível, mas não menos poderosa, das emoções
e da Vontade , dos desejos e das paixões, do pensamento e da imaginação,
do amor e do ódio, do medo e da esperança, da fé e
da dúvida etc. São poderes pertinentes à chamada Alma,
os quais são, até certa medida, empregados por todos diariamente,
de forma consciente ou inconsciente, voluntária ou involuntária.
Alguns não conseguem controlá-los nem resistir à sua
influência, e, por conseguinte, passam a ser controlados por eles.
Convertem-se em instrumentos passivos: 'médiuns' por meio dos quais
esses poderes operam, e, muitas vezes, o fazem na condição
de escravos sem Vontade própria.
Outros conseguem controlar sua influência; adquirem autocontrole e,
paulatinamente, com sua capacidade para guiar essas forças, convertem-se
em Magos genuínos que poderão usar esses poderes para o bem
ou para o mal. Vemos, portanto, que, salvo o caso das pessoas desajuizadas
que não possuem domínio pleno das faculdades mentais, qualquer
um que possua força de Vontade pode fazer uso dela, e, destarte,
se converter em um Mago ativo; Mago Branco, se empregá-la para o
bem, e, mago negro, se o fizer com propósitos malignos. Muitos orientais
e algumas pessoas no Ocidente realizam façanhas extraordinárias,
geralmente qualificadas como Magia. Não se depreende disto que sejam
Magos conscientes. O que se observa é apenas a presença de
um poder atuando em seus organismos. É certamente um poder mágico,
mas o suposto mago pode ser apenas o instrumento por meio do qual outras
forças inteligentes, mas invisíveis, operam sem que mesmo
o suposto mago saiba quem ou o que são. Não podemos honestamente
afirmar que possuímos a Vida, pois a Vida não nos pertence
e, portanto, não temos como controlá-la ou monopolizá-la.
Tudo o que podemos asseverar, sem arrogância e presunção,
é que somos canais por meio dos quais a Vida Una se manifesta na
forma de ser humano. Somos todos médiuns nos quais a Vida Una atua.
Somente quando chegamos a conhecer nossa própria personalidade passamos
a controlar o Princípio Vital em nós mesmos e nos transformamos
em nossos próprios Mestres. Aquele que acredita possuir qualquer
poder por si só, demonstra ser bastante ingênuo, pois todos
os poderes que possui lhe são, na verdade, emprestados pela Natureza,
ou mais corretamente falando, pelo Poder Espiritual e Eterno que age a partir
do âmago da Natureza, e que os homens denominam Deus, justamente por
haverem constatado ser Ele a Fonte de todo o Bem, a Realidade Una no centro
do Universo e de cada ser humano.
O
Amor é a única maneira de podermos chegar à verdade.
Por
bem ou por mal, nós somos a Vontade de Deus. O que quer que se manifeste
em nós, é o que somos, seja no inferno, seja no céu.
(Jakob Böehme,
apud Franz Hartmann).
O
sábio encontra a Sabedoria em todas as coisas, até mesmo na
conversa com uma criança. Já o tolo vê a sua própria
imagem em todo lugar.
A
vivissecção e o assassinato estão em um e no mesmo
nível; são o produto da cegueira espiritual e da depravação
moral... O alegado objetivo de trabalhar para o bem da Humanidade é
uma mentira. Eu sei que a maioria dos vivisseccionistas busca mais satisfazer
a sua vaidade do que sua curiosidade científica. Cada um deles espera,
de alguma forma, fazer alguma descoberta que, mesmo que seja sem valor,
possa dar a eles a oportunidade de se gabar diante de todos e de jogar areia
nos olhos dos estúpidos.
O
homem é a quintessência de todos os elementos e um filho do
Universo, ou seja, uma cópia em miniatura da do Universo, e tudo
o que existe ou tem lugar na constituição do homem é
um reflexo do Universo.
A
Razão nos ensina que a verdadeira cura das doenças e a manutenção
da saúde consistem em libertar o corpo [e
a mente] de
impurezas e mantendo-o limpo.
A
Pedra Filosofal [Lapis
Philosophorum] é
o Cristo que está no homem; é o Amor Divino e a Essência
que nos cura.
Um
Rosa+Cruz é uma pessoa que, pelo processo do despertar espiritual,
adquiriu um conhecimento prático do Segredo da Rosa e da Cruz.
Ex
Deo nascimur. In Jesu morimur. Per Spiritum Sanctum reviviscimus. Nascemos
de Deus. Morremos em Jesus. Através do Espírito Santo voltamos
à vida.
Trabalhei
muito tempo como aprendiz no Templo em construção. Ninguém
me elogiava, ainda que trabalhasse com todo o afinco. Designaram-me, pelo
contrário, um companheiro mais prático, que nos instantes
de folga, instruía-me no ofício. Certo dia, dirigi-me ao sítio
onde trabalhava, e vi, não muito longe, uma pedra abandonada sobre
o solo, sobre a erva, cuja escultura me chamou atenção; mostrei-a
ao meu camarada, perguntando-lhe por que tinha sido ali esquecida. 'Esta
pedra' — respondeu-me — 'é uma obra de arte, porém,
não se adapta ao plano da construção.' Fiquei profundamente
surpreendido. 'Reparai' — continuou – 'aqui há um guerreiro
em relevo, ali uma mulher, mais além, à esquerda, outra mulher
com uma flauta; em baixo, uma figura de narciso, contemplando-se a si mesmo;
em cima, um déspota, cujos escravos lhe oferecem incenso, e, ao redor
de tudo, uma grinalda de louros. Quando o Mestre mediu esta pedra, a rejeitou.'
Fiquei assombrado. Julgava que o trabalho e a boa Vontade deste companheiro
deveria ter merecido alguma consideração. Meu companheiro
indicou-me a oficina e afirmou severamente: — 'Se cada trabalhador
trabalhasse como lhe parecesse, a sua pedra, seria impossível de
ser ajustada perfeitamente na edificação do Templo. Cada peça
precisa ter as dimensões exatamente necessárias; o que trabalha
sem observar estas medidas rigorosas, trabalha por sua conta e não
para o Templo. A obediência é o dever primordial do aprendiz
e do companheiro. Sem o fiel cumprimento da Lei não pode haver a
mínima recompensa. Aí vem o Vigilante; preciso volver ao meu
trabalho. Se quiserdes, podereis me acompanhar'. Conduziu-me junto a uma
pedra lavrada, cuja ornamentação, de uma sim-plicidade absoluta,
não me passou despercebida, e devia se unir a outras, a fim de formar
o conjunto desejado. Salientei a falta de expressão individual da
escultura e ele me respondeu laconicamente: — 'O plano do Mestre necessita
deste trabalho.' O Vigilante aproximou-se, contemplou a pedra que meu camarada
havia cinzelado, mediu-a com a régua, o compasso e o esquadro, murmurando,
depois de minucioso exame: — 'Proporções justas; em
tudo as medidas do Mestre, e terminada com esmero; não há
jaça nem falha. Quando o Mestre examinar esta pedra verificará,
ele próprio, o seu mérito real. Trabalhastes com carinho e
zelo, a feição do conjunto é a Vontade do Mestre, que
vos colocará, certamente, em um plano de maior atividade.' Partiu
o Vigilante. Os olhos do meu companheiro demonstravam a sua emoção,
enquanto eu me sentia confuso. Ele, então, falou deste modo: —
'Não mereci o que me deram, o meu maior prazer era obedecer-lhe;é
excessivamente indul-gente e demasiadamente bom. Que este exemplo vos dê
ânimo e fervor!' Notou a minha confusão e continuou: —
'Não desespereis nunca. Quem sabe querer alcança com facilidade.
Quereis me mostrar o vosso trabalho?' — 'Agora não' —
respondi — 'outra vez em que esteja mais tranqüilo. Ele se calou.
Senti, porém, que não estava em situação de
julgar por mim. O meu ser mais interno o dizia. Pequei a sua mão,
e exclamei: — 'Vinde comigo.' E o levei ao local onde estava a minha
pedra. Assim que a avistou, foi dizendo: — 'Nada fizestes.' 'Aproximai-vos
e a examinai' — murmurei. Olhou, tristemente, o meu trabalho; parecia
indeciso sobre se deveria me falar ou guardar silencio. — 'Não
podeis contestar que trabalhei muito.' 'Sim' — respondeu tranqüilamente'.
— Todos julgam que trabalham muito, todos pensam do mesmo modo. Todos
cometem este erro, e felizes os que percebem essa verdade.' Então,
eu disse: — 'Preciso que me consoleis minha cegueira, minha obstinação,
meu orgulho, meu tempo perdido.' — 'Quem tem a coragem de corrigir
os seus erros nada perde' – foi a sua resposta. Examinou o meu trabalho,
detalhadamente. No meu entender era uma obra-prima. Esculpira relevos tão
pronunciados, que cada um parecia formado para constituir uma peça
à parte, qual pirâmide projetada de um só ponto. Não
podia imaginar a supressão dessas pirâmides, e tratava de ajustá-las
o melhor possível em uma forma retangular. Cada bloco me custara
um grande esforço. Onde havia espaço coloquei vários
desenhos; aqui a música, ali a poesia, deste lado uma casa, do outro
um templo, um grupo de crianças em torno dos pais, festas populares,
campos de batalha, reformas políticas. Em uma palavra, todos os conhecimentos
capazes de interessar o homem. — 'Fizestes, realmente, muitas coisas'
— disse meu companheiro. — 'Mas, que significação
tem o meu trabalho?' — perguntei. — 'A significação
de que sois capazes de trabalhar. Sereis capaz de ouvir um conselho?' –
perguntou-me. Inclinei a cabeça, e ele continuou: — 'Nunca
estive na oficina do Mestre e, por conseguinte, não posso explicar
o plano da construção, em que trabalhamos; porém, do
que tenho ouvido, posso concluir que este plano foi traçado com a
máxima Sabedoria, e, ainda que faltassem miríades de séculos
para a sua conclusão, não seria alterado em nenhuma das suas
linhas, por mais insignificantes. Não sucede a esta construção
o mesmo que poderia suceder a outra qualquer; o seu plano não depende
do lugar, dos materiais, dos meios do construtor e de outros mil detalhes.
Não pode, também, este plano sofrer alterações,
durante a respectiva construção. O plano do Templo é
diverso; o da nossa construção é único. Quando
se termine este nobre Templo, sua infinita extensão exprimirá
um único pensamento. Uma única idéia. Agora, podeis
compreender, porque foi rejeitada a pedra, que primeiro encontramos, e aprender
a trabalhar a vossa.' Dito isto, apertou minha mão e se retirou.
Fiquei, por muito tempo, de olhos baixos, ressentido, sem poder me afastar
daquele lugar. No dia seguinte, fui examinar a minha pedra, e não
pude reprimir minha satisfação ante a sua beleza, e monologuei:
'Não se pode contestar o valor deste trabalho. O meu esforço.
O requinte, a perícia artística da sua execução.
Mas, ocorreu-me logo: para quem trabalhei? De que maneira utilizei as minhas
capacidades? Para a minha satisfação e prazer egotistas, em
meu exclusivo interesse, dentro de um plano individual. Fiquei silencioso
e ouvi, como um eco distante, uma voz interna que me dizia: O que é
inútil ao plano do Mestre deve ser rejeitado.' Apanhei, imediatamente,
a minha ferramenta e não descansei enquanto não destruí,
na pedra, o maior dos relevos. Quando caiu, senti como se uma parte de minha
vida tivesse extinguido, e me senti realmente aniquilado. Nesse dia, não
pude fazer mais nada. No dia seguinte, mantive a mesma luta, isto é,
continuei a minha obra de destruição, até que destruí
todas as pirâmides. E, ao lado desse bloco de pedra, assim mutilado,
experimentei a sensação de que me achava esquecido e separado
do resto do mundo. Blasfemei contra a minha habilidade, contra mim mesmo,
contra a Natureza, e não obtive sossego enquanto não vi, completamente,
extinta a minha obra, isto é, enquanto não me afastei, inteiramente
do sitio onde trabalhava. Mas, senti que ainda era atraído. Comecei
a duvidar da vitória contra mim mesmo. Decidi despedaçar o
que restava da minha obra e assim fiz, reduzindo-a a pó. Agora, nada
restava capaz de me atrair, e trabalhei quase sem sentir a minha áspera
pedra. Quando, finalmente, encontrei o meu companheiro, ele apertou a minha
mão, e indagou o que havia feito. Levei-o ao lugar da destruição,
e ele me abraçou efusivamente. — 'Vencestes' — disse-me
— 'destes o primeiro passo. Avançastes ousadamente. Breve descerá
sobre vós o Espírito da Paz. Nestes últimos tempos,
tive a graça de ingressar nas dependências do Mestre. Tudo
o que Ele diz é verdade, e não posso acrescentar mais nada:
— 'Sede firmes. A Sabedoria está próxima e Ela conduzirá.'
Dito isto, partiu. Continuei a minha obra, e, pouco a pouco, vi como se
obscureciam as imagens do passado, até que cheguei a convicção
de que as leis que fazemos não nos permitem satisfação,
e que só a Lei Eterna pode oferecer a Liberdade. Minha pedra foi
lavrada e aceita; entreguei-a ao meu companheiro, e, então, pude
penetrar no Santuário do Mestre e ouvir a Sua Voz. Ali adquiri a
certeza absoluta de que só o que faz parte do plano do Mestre é
aceito; o mais é posto de lado. Onde e como? A Voz guarda silencio.
Eterna Luz, conduz-nos! Se nos dás a pedra, ajuda-nos a cinzelá-la!
O que devemos esculpir em primeiro lugar é o Amor. Só através
do Amor é possível a União Eterna; este sentimento
é a verdadeira fonte de felicidade.
Tantas
Vezes...
Andanças
sem conta...
Vai-não-vai,
adiamentos...
Sai-não-sai,
sonolência...
Sempre
falta uma Ponta!
Tantas
vezes comecei
a cinzelar
minha Pedra...
Vidas
e vidas escoaram,
mas,
eu nunca finalizei!
Sempre
me predisponho
a começar
tudo de novo.
Mas,
a vontade é tépida,
e a coisa
fica no sonho.
Sei
que preciso inteirar,
mas,
não de carregação.
Sei que
é sine qua
non
para
poder me alforriar.
Deus
de meu Coração!
Ajude-me
nesta labuta!
Já
não consigo suportar!
Eu preciso
me tornar são!
Páginas
da Internet consultadas:
http://www.my2fun.com/archives/14604/animated
-clip-art-animated-gifs-and-animated-graphics/
http://www.fra.org.br/Gnose_Blog/Gnose_112.pdf
http://www.fra.org.br/Gnose_Blog/Gnose.pdf
http://www.famafra.com/2012/11/a-arte-da-magia.html
http://evolucaolgbt.blogspot.com.br/2012/05/
e-possivel-ver-deus-na-derrota.html
http://www.ivu.org/people/quotes/experim2.html
http://www.reddit.com/r/gaming/comments/yes4h/
concept_art_for_the_original_darker_epic_mickey/
http://www.kpastrology.in/
http://www.whale.to/a/vivisection_q.html
http://tatfoundation.org/magic.htm
http://asetwerethekau.blogspot.com.br/
2011_03_01_archive.html
http://www.laerciodoegito.com.br/
http://sophiauniverse.wordpress.com/2012/03/08/
http://www.astrologosastrologia.com.pt/
http://www.grupos.com.br/
http://paxprofundis.org/livros/
contoiniciatico/contoiniciatico.html
http://www.fraternidaderosacruz.org/enigma_rc.pdf
http://brain-games-puzzle-stores-review.toptenrevi
ews.com/brain-fitness-train-now-regret-never.html
http://pt.depositphotos.com/6324019/stock-
illustration-Cartoon-stick-figure-walking.html
http://www.truthcontrol.com/dr-franz-hartmann
http://www.space.com/55-earths-moon-
formation-composition-and-orbit.html
http://pt.scribd.com/doc/62838413/
Os-Principios-da-Geomancia-Franz-Hartmann
http://paxprofundis.org/
livros/aamrl/mrl.htm
http://paxprofundis.org/
livros/fragnose27/fra.htm
http://paxprofundis.org/
livros/algprincrc/algprincrc.htm
http://paxprofundis.org/
livros/fragnose9/fra.htm
http://www.goodreads.com/author/
quotes/121120.Franz_Hartmann
http://www.caminhantes2.com/
os_elementais_36.html
http://www.ojardimhermetico.com/
port/04alquimia1.html
http://www.spectrumgothic.com.br/
ocultismo/seres/elementais.htm
http://www.sophia.bem-vindo.net/
tiki-index.php?page=Boehme+Quotes
http://www.rivalcir.com.br/frases/mestres.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Franz_Hartmann
http://pt.wikipedia.org/wiki/Guido_von_List
Música
de fundo:
Symphony nº 9 (Scherzo)
Composição: Ludwig van Beethoven
Fonte:
http://www.downloads.nl/music/
Symphony+No.+5+Beethoven+Piano
Direitos
autorais:
As animações,
as fotografias digitais e as mídias digitais que reproduzo (por empréstimo)
neste texto têm exclusivamente a finalidade de ilustrar e embelezar
o trabalho. Neste sentido, os direitos de copyright
são exclusivos de seus autores. Entretanto, como nem sempre sei a
quem me dirigir para pedir autorização para utilizá-las,
se você encontrar algo aqui postado que lhe pertença e desejar
que seja removido, por favor, entre em contato e me avise, que retirarei
do ar imediatamente.