MARIO ROSO DE LUNA
(Pensamentos)

 

 

Mario Roso de Luna

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

Objetivo da Pesquisa

 

 

 

Esta pesquisa é um resumo fragmentário do pensamento do escritor, cientista, espiritualista, astrônomo, jornalista, Teósofo e Maçom espanhol Mario Roso de Luna – nobre Cavaleiro do Ideal Teosófico – que nasceu em 15 de março de 1872, em Logrosán, Cáceres, Estremadura, e morreu em Madrid, em 8 de novembro de 1931. Por enquanto, pense nesta máxima de Mario Roso de Luna: Enquanto o homem desenvolve neste mundo sua vida física, seu espírito habita as estrelas.

 

 

 

Breve Biografia

 

 

 

Mario Roso de Luna nasceu em 15 de março de 1872 em Logrosán (Cáceres, Estremadura), e morreu em Madrid em 8 de novembro de 1931. Homem de letras, cientista e espiritualista, ele foi o incontestável astrônomo, jornalista, escritor e teósofo espanhol que a capital da Espanha soube homenagear dando o seu nome a uma das suas calles.

 

Mostrando dotes invulgares de criança-prodígio e de faculdades psicomentais que o elevavam acima do humano comum, aos 18 anos de idade Roso de Luna se tornou bacharel em ciências jurídicas e sociais, e em 1894 se doutorou na mesma área. Em 1901, concluiu sum novo bacharelato em ciências físico-químicas. Revelando grande interesse pela Astronomia, em 1893, com a curta idade de 21 anos, descobriu o cometa que desde então leva o seu nome.

 

Conhecido como o Mago Vermelho de Realização, Roso de Luna gostava de se definir como teósofo e ateneísta (o ateneísmo é uma metodologia de trabalho intelectual que permite analisar criticamente a realidade social passada, presente e futura, de tal sorte a expandir a cultura, para que seja criada uma sociedade mais justa e mais livre). Foi, com efeito, membro importante do Ateneo Científico y Literario, instituição cultural privada fundada em 1835 radicada na Calle del Prado, em Madrid, cujos antecedentes recuam aos liberais madrilenos do século XIX. Característica singular do Ateneu madrileno é nele terem singrado os maiores vultos da Maçonaria e da Teosofia dos finais do século XIX e da primeira metade do século XX, a ponto de ser considerado por muitos como Ateneu Teosófico de Madrid.

 

Foi aí que Mario Roso de Luna tomou contacto com a Maçonaria pela primeira vez, sendo iniciado em Sevilha, em 8 de janeiro de 1917, na Loja Ísis e Osíris, da qual era Venerável Mestre Diego Martínez Barrio, adotando, então, o nome simbólico Prisciliano. Foi assim que se ligou ao Grande Oriente Espanhol e sob a tutela da Grande Loja Simbólica Espanhola do Rito de Memphis e Misraim no ano seguinte, 1918, o próprio Roso de Luna fundou em Miajadas, próxima de Logrósan, sua terra natal, uma Loja do Rito Simbólico. Ele chegou ao 33º Grau da Maçonaria. Nesta época, a maioria dos maçons madrilenos e estremenhos eram igualmente teosofistas, e à Sociedade Teosófica, fundada por Madame Blavatsky no século XIX, Mario Roso de Luna estava filado, através de uma Loja Teosófica de Londres, desde muito antes do seu ingresso na Maçonaria.

 

Polígrafo ímpar, viajante incansável, Mario Roso de Luna, como teósofo, realizou um infatigável trabalho de divulgação. Traduziu para o castelhano as obras de Helena Blavatsky e produziu uma longa série de livros próprios, agrupados na chamada Biblioteca de las Maravillas. Nos seus livros, Roso de Luna aplicou a doutrina teosófica a múltiplos campos, como à musicologia, à sexologia, à mitologia árabe, aos mitos pré-colombianos, ao folclore espanhol e ao totalitarismo, mostrando sua repugnância por qualquer forma de ditadura, religiosa ou laica, e demonstrando a sua preocupação com as questões sociais, como ficou patente em 1905 ao fazer o projeto de uma escola-modelo para a educação e o ensino de crianças anormais.

 

A par disto, Mario Roso de Luna deixou um volumoso e profícuo trabalho publicado na imprensa da época, tanto como colaborador de jornais como editor próprio, na qual, além de divulgar as ancestrais idéias espirituais ao homem moderno, expunha as recentes descobertas científicas e tecnológicas em favor da idéia de auto-realização individual e de progresso social.

 

Em 1910, viajou para América do Sul para realizar um ciclo de conferências teosóficas. No Rio de Janeiro, onde esteve no início de 1911, o fundador da Sociedade Teosófica Brasileira, Professor Henrique José de Souza, aclamou-o como o maior sábio do século XX.

 

Também, na Espanha, o seu nome e a sua obra são homenageados em outras partes além da Calle Mario Roso de Luna madrilena: em Logrósan há o Instituto de Estudos Mario Roso de Luna, assim como o seu nome em uma calle de Cáceres, que vai desde o Camino Llano até San Juan, e em outra, em Mérida.

 

As últimas palavras de Mario Roso de Luna foram: — Nenhum homem é necessário. Não chorem. Só há uma maneira de honrarem minha memória: continuar o meu trabalho. Superando-o!

 

 

 

Mario Roso de Luna
Pensamentos

 

 

 

A importância da música se deve ao seu labor de modelar a alma humana com uma linguagem universal.

 

 

 

 

São Lourenço – Estado de Minas Gerais Capital Espiritual do Brasil.

 

A Humanidade enaltece os césares que a oprimem e crucifica os [filantropos] que a redimem.

 

O messianismo foi sempre o achaque dos débeis, que esperam de um enviado a redenção, que só lhes haverá de vir de si mesmos. Prometeu, encadeado, espera por Epimeteu Libertador, na tragédia de Ésquilo. Os hebreus esperavam um rei. Na Idade Média, esperou-se também pelo Cristo. E o Cristo que veio, foi na Renascença, na qual arte e ciência se emanciparam do jugo religioso que as oprimia.

 

Krishna, Buddha, Jesus etc. foram Seres Superiores que nos deram doutrinas eficazes para que nos redimíssemos com os nossos próprios esforços. Nenhum deles fundou a religião confessional que se lhes é atribuída. Logo, quem fundou todas elas foi o imperialismo psíquico de seus pretensos discípulos, que, escravos do inerte dogma que criaram, esqueceram não ser a religião uma crença, mas a dupla ligação de fraternidade entre os homens, segundo a sua etimologia latina (de 'religo', 'religare', ou seja, tornar a ligar).

 

O Mestre Kut Hu Mi e o Mestre Morya ensinaram à Madame Blavatsky como manejar, desenvolver e acrescentar os extraordinários poderes com que foi distinguida. Por suas instruções, ela e o coronel Olcott, fundaram a Sociedade Teosófica.

 

Sabe-se que, em meados do século XIX, durante uma reunião dos Mestres pertencentes à Grande Fraternidade Universal Branca, emergiu a idéia de revelar ao mundo, em especial ao ocidente, um mínimo, porém essencial, da Sagrada Sabedoria Ancestral. A maioria dos Mestres estava em desacordo, e com razão, pois Eles acreditavam que, como de fato sucedeu, a maioria da Humanidade não estava preparada para tão elevados conhecimentos, motivo pelo qual tais ensinamentos seriam rechaçados, ridicularizados, pisoteados, mal avaliados e mal entendidos, desvirtuados e profanados. Todavia, um pequeno número de Mestres, entre os quais se encontravam os senhores Kut Hu Mi, Morya, Serapis Bey, Hilarion e Rakoczi, defendeu a idéia em prol de auxiliar as poucas almas aptas a compreender o Milenário Saber. E tudo ficou decidido e aceito, quando os Mestres Kut Hu Mi e Morya tomaram para si as conseqüências kármicas derivadas dos resultados negativos surgidos pela realização deste projeto, para o qual, como é sabido, escolheram Helena Petrovna Blavatsky, a quem ditaram grande parte de sua obra.

 

Helena Petrovna Blavatsky – a mártir do século XIX.

 

 

Kut Hu Mi e Madame Blavatsky

 

 

De que maneira, então, se destrói a ignorância? Apenas pelo estudo. Há de se notar, todavia, que o estudo proporciona ao conhecedor uma arma de dois gumes, usada igual a muitas outras, tanto para o bem como para o mal, de forma que a ignorância inata e integral do homem só pode ser vencida através da salvadora doutrina que se ensinava nos Mistérios Iniciáticos do Lago.1

 

 

Ascendimento

 

 

O que de pior um homem pode fazer para tornar desagradável sua vida no mundo astral é ter uma vida inútil, isto é, vazia de todo interesse razoável e espiritual. Portanto, é o próprio homem quem cria seus próprios 'paraíso', 'purgatório' e 'inferno', que não são lugares separados, mas estados de consciência.

 

No verdadeiro sentido da palavra, só reconheço um Iniciador: a Natureza.

 

Assim como os homens da Primeira Raça foram exaltados e dirigidos por Pais ou Mestres Lunares (Pitris Barishads), os da Segunda o foram por seres ainda mais elevados – os Pitris Solares (os luminosos Agnisvattas). Os da Terceira, por sua vez, o foram pelos Pitris Makaras, Manus (Manus-kara ou ainda Kumaras). Estes se sacrificaram nos oferecendo a Mente – o Fogo Divino do Pensamento – e, caindo entre nós, aceitaram nossas limitações físicas, inclusive as de nosso cárcere ou corpo carnal (de onde deriva a mitológica expressão Prometeu acorrentado no Cáucaso), mundo inferior ou infernal que as religiões pregam até hoje como 'a Queda dos Anjos, se bem que desvirtuando lamentavelmente seu verdadeiro sentido. Sim, deste mesmo modo acontece à Humanidade, segundo a Lei Teosófica da Analogia, ou seja, que o homem é criado e alimentado fisicamente por seus pais físicos no lugar de seu nascimento (Primeiro Período ou Raça), depois, na escola, pelos pais morais, a que chamamos de professores e mestres (Segundo Período ou Raça). Enfim, quando alcançamos o final da instrução, aptos a cumprir nossa missão no mundo social (Terceiro Período ou Raça), tomamos por norte ou rumo (espiritual ou farol) um verdadeiro Guru, guia do supremo ideal que, por suas obras e exemplos, mesmo quando distante de nós há muitos séculos e de acordo com o esforço próprio, segundo as Leis do Ocultismo, não só nos guia, mas, ainda, pela renúncia e pela abnegação, oferece-nos sua própria Mente, como prova, na maioria dos casos, passando seu estilo ao discípulo, constituindo, portanto, as características das escolas filosóficas, religiosas, artísticas e científicas. Uma vez de posse destes preciosos graus evolutivos, o aprendiz, discípulo ou chela adquire consciente responsabilidade, como a que tiveram os homens da Terceira Raça, os primeiros que possuíram a Mente e o Sexo, os dois principais fatores da vida humana, aquela para as criações mentais e este para a reprodução da espécie.

 

 

Prometeu Acorrentado

Prometeu Acorrentado
(pintura de Dirck van Baburen, 1595 – 1624)

 

No que tange à Humanidade, os sexos somente se desenvolveram na Segunda Sub-raça, produzindo seres nitidamente andróginos, apresentando distintamente o biótipo humano. A separação dos sexos se deu na Terceira Raça.

 

 

Androginia

 

 

O mental e o sexo foram dados ao mesmo tempo ao homem, justamente quando sua evolução alcançou a primeira etapa de responsabilidade perante a Lei. Daí a necessidade de se manifestar imediatamente na face da Terra a Grande Hierarquia Oculta, constituída de seres evoluídos, com a missão de guiar a Humanidade nascente, que carecia de especiais cuidados, como os recém-nascidos e as crianças devem receber de seus genitores.

 

Que coisa humana poderá ser dada como compensação ao altruísta? Conforto? Ouro? Honra? Ora, tudo isto é barro.

 

Geralmente, todo homem que tem uma idéia fixa, seja ele vegetariano, espiritualista, teósofo ou naturista, acaba sendo tido como extravagante para os outros.

 

Nossa leviandade esquece sempre a colaboração das mulheres no trabalho dos sábios.

 

Se admitíssemos que os deveres de lealdade são idênticos tanto para as mulheres quanto para os homens, mudaríamos completamente as desatualizados fundações da nossa sociedade atual.

 

O ser humano está crucificado no sexo, bem se pode dizer, desde o nascimento até a morte. Semelhante limitação orgânica é a causa principal de suas lutas e de suas desditas no decorrer da vida.

 

Sozinho, Beethoven passou os rigores da Noite Espiritual [Noite Negra da Alma], abrindo os olhos de sua intuição ao supernaturalismo misterioso que rodeia nossa existência, iniciando-se nos mistérios do Ocultismo. Ele tinha em sua mesa de trabalho a Ísis egípcia, a inefável Neith [também denominada de Nit, Net e Neit, é a deusa da guerra e da caça, criadora de Deuses e de homens, divindade funerária e deusa inventora] e a Estrela de Seis Pontas em sua cadeira em frente ao piano.

 

 

 

G.'. F.'. B.'.

 

 

 

Neith

Neith

 

 

 

Ísis

Ísis

 

 

Como ensina Plutarco, 'não há diferentes deuses nos diversos povos, nem deuses estrangeiros nem deuses gregos, nem deuses do sul e do norte, mas, do mesmo modo que o Sol e a Lua, o céu, a Terra e o mar são comuns a toda espécie humana, os deuses, com diferentes nomes, são os mesmos, segundo as diferentes raças.' Assim também, não existindo mais elo do que uma Razão que põe em ordem estas coisas e, uma Providência (Karma) que as administra, há diferentes honras e denominações nos diversos países, e os homens, para se entenderem, se servem de símbolos sagrados – uns obscuros, outros mais claros – encaminhando, deste modo, seu pensamento ao Divino, embora não esteja tal proceder isento de gravíssimos perigos, pois alguns, falseando o passo, se despenham na superstição, e outros, não querendo cair neste lodaçal, despenham-se, por sua vez, no precipício do ateísmo. Com razão, disse Franz Hartmann: 'Algumas pessoas possuem grandes poderes intelectuais, mas pouca, espiritualidade; outras têm grande poder espiritual, com uma inteligência, débil. Aqueles que possuem as energias espirituais equilibradas com uma forte inteligência são os eleitos.' O verdadeiro Teósofo tem que se esforçar, com todas as potências de sua alma, em ser destes últimos, não no sentido cristão e egoísta de eleição e salvação só para ele, esquecendo os demais, mas, no sentido humano de ser homem, e procurar que 'nada humano lhe seja alheio' – à guisa da clássica sentença de Terêncio.

 

 

 

A Verdade e a Mentira



Certo dia, o último da Idade de Ouro, a Mentira surpreendeu a Verdade enquanto dormia; arrebatou suas alvas vestimentas, vestiu-se com elas e, assim trajada, tornou-se a única soberana da Terra.

 

O mundo, seduzido pelo falso brilho da Mentira disfarçada de Verdade, perdeu a sua primitiva inocência, renunciando à toda Sabedoria, à toda probidade e à toda justiça.

 

Expulsa e menosprezada, a Verdade se rendeu, desde então, à Mentira, que lhe usurpara o nome e o culto. Tudo o que a Verdade dizia era considerado falso, e tudo o que fazia era julgado como a mais intolerável das extravagâncias.

 

A despeito, pois, dos seus legítimos privilégios, a Verdade chegou a suplicar que a ouvissem, mas, em todos os lugares que visitou, foi rechaçada com maus modos. Houve, até, um insolente que se atreveu a qualificar de libertinagem a sua casta e ingênua nudez! «Vai-te para longe daqui, mulher abominável. Como te atreves a aparecer nua diante dos nossos olhos pudicos? Jamais conseguirás nos seduzir com os teus absurdos!»

 

A Verdade, convencida de que a Humanidade a execrava, foi para o deserto. Nem bem havia chegado, encontrou perto de umas sarças as espalhafatosas roupas que a Mentira havia abandonado quando roubou as suas e, como não tinha outras, vestiu-as, ficando assim a Verdade disfarçada com a roupa característica da Mentira…

 

Assim transformada, pôde retornar para junto dos homens que a acolheram com espanto e alegria. Os mesmos que antes se tinham escandalizado com a sua nudez, foram os que melhor a receberam sob esta nova aparência e com o belo nome de fábula, ou parábola, que ela adotou.

 

 

 

 

 

 

As várias religiões existentes nada mais são do que embaciados espelhos onde a mesma Sabedoria Eterna se reflete.

 

Só com a Morte se mata a morte!

 

Sabedoria, de fato, é uma palavra de duplo alcance, que se refere, por um lado, à mente, como Ciência, e, por outro, ao Coração, como Amor.

 

 

 

 

As vestes dos Cavaleiros do Graal e dos seus escudeiros são túnicas brancas, semelhantes às dos templários. Porém, em vez da vermelha Tau destes, ostentam uma pomba em vôo cernido nas armas e bordada nos mantos.

 

No Parsifal, o pensamento de Wagner – que foi um grande Iniciado, um Esoterista profundo e um autêntico Illuminado – parece intencionalmente velado. Quando conseguimos captar o sentido de determinadas alusões filosóficas é à custa de grande esforço divinatório e de concentração mental, pois, nesta obra, como em um pesadelo, confundem-se elementos os mais diversos: altas questões filosóficas, lembranças bíblicas e orientais, misticismo, ortodoxia, vestígios do culto católico, rituais pagãos, necromancia, sonambulismo e hipnotismo, práticas de cavalaria medieval, êxtases, ascetismo, piedade, redenção, afinidades da natureza material com a alma humana, amor em sua acepção mais torpe, amor em seu sentido mais puro.

 

Antes da criação de Adão, viveram na Terra duas raças sucessivas: os Devs, que reinaram durante 7.000 anos, e os Peris (Izeds), que só reinaram 2.000 anos, quando ainda existiam os primeiros. Os Devs eram gigantes, fortes e malvados; os Peris eram de menor estatura, porém mais sábios e mais bondosos. Neles reconhecemos os Gigantes Atlantes e os Árias, ou os Râkchasas do Ramâyana e os filhos do Bhârata-varcha ou da Índia – os antediluvianos e os pós-diluvianos da Bíblia. Por mais desfiguradas que estejam atualmente estas lendas, não se pode deixar de identificá-las com as tradições caldéias, egípcias, gregas e até mesmo hebraicas.

 

O livro iniciático tibetano "As Estâncias de Dzyan" é um poema primitivo no qual se compendiam os mais puros ensinamentos ários sobre Cosmologia e Antropologia.

 

As "Mil e Uma Noites" encerram uma profunda revelação ocultista.

 

A moral dos árabes é diferente da nossa; seus costumes são outros e seu caráter primitivo os faz ver como coisas naturais o que para outros povos é motivo de escândalo.

 

Os povos primitivos chamam as coisas por seu nome. Não consideram condenável o que é natural nem chamam de licenciosa a expressão simples do natural.

 

O árabe, diante de uma melodia de cantos e flautas, diante de um lamento de kanun,2 de um poema de aliterações3 em cascata, de um perfume de pé de laranjeira ou de jasmim, de uma dança de flor movida pela brisa, de um vôo de pássaro ou da nudez de uma cortesã... responde, não com este gesto bárbaro e inarmônico, vestígio indiscutível das raças ancestrais antropófagas que dançavam em torno do poste da vítima e do qual fez a Europa sinal de alegria burguesa... senão com um “ah!”, grande, sabiamente modulado e estático, porque o árabe é um delicado instintivo que, moderado em palavras, só sabe sonhar...

 

A imoralidade não está tanto nas coisas chamadas imorais, mas nos pecadores olhos dos que com repreensível deleite as olham.

 

É o véu cruel da carne corruptível que nos impede de ver as excelsas realidades supra-sensíveis, que estão acima do sexo, e que, como tais, são reveladas com a Iniciação Ocultista durante esta vida ou com a morte, quando, junto com a carne, desaparece o sexo e suas torturas – torturas que nos parecem delícias – graças, precisamente, a este Véu do Sexo, que assegura, aqui em baixo, a continuidade da espécie, mas que não deve nem pode continuar ali onde a reprodução animal do homem não continua.

 

No tocante às “revelações”, como a tudo, o bom ocultista deve se ater estritamente à etimologia, e se velar, cobrir com véu, é lançar um véu ocultador, revelar, “voltar a velar”, é lançar segundo véu mais espesso do que o anterior, com o qual, ao cabo de algumas “revelações”, a verdade fica, ao fim, mascarada, personificada (de persona, personæ, que significa em latim máscara ou caricatura), quer dizer, sepultada, caricaturada, quando não absolutamente perdida e invisível, qual tesouro que foi sepultado nas entranhas da Terra ou qual rutilante Sol dos céus quando se vê encoberto por negríssima nuvem tempestuosa, e eclipsado pela súbita interposição da opaca Lua... A tarefa do Ocultista, pois, ao pretender levantar uma ponta do simbólico Véu de Ísis, quer dizer, ao buscar a Verdade sem os Véus da Mentira, é ir franca e diretamente contra todas as “revelações” idiotas, considerando-as, o que elas efetivamente são, fábulas, ou seja, “verdades com roupagens de mentira”, e ir despojando-as, com trabalho paciente, dos múltiplos véus que a encobrem.4

 

O pensamento não tem sexo; a alma humana, tampouco. E mais: o verdadeiro amor – que leva à união santa do homem com a mulher para constituir essa mônada social que se chama família – não é genuinamente sexual em seu princípio, mas, sim, algo mais puro, pois começa pela simpatia e pela fantasia em alturas verdadeiramente excelsas que, se bem acabam em lógica união física, é por mera e natural queda da roda do progresso [evolução/reintegração] em seus ciclos, como a neve pura quando se transforma em água, a água pura quando se transforma em lodo, e no fecundo lodo, enfim, no qual as roseiras brotam em curso ascendente de novo, por todo o ciclo. Quando o astro rutilante se eleva nos céus e se reflete no lago não é quando parece se sepultar, mais e mais, nas águas do mesmo lago?

 

 

 

 

Quem se deleita com pensamentos sexuais, quem, grosseiramente, fala sempre de coisas íntimas do sexo ou quem, por aberração imaginativa, se entrega patologicamente ou com excesso ao sexo corre o grande perigo de vir a perdê-lo.

 

Cada cifra numérica possui dois valores: o seu próprio, absoluto, e o altivo à ordem a que pertence (decimal, centesimal, milesimal etc.). Isto, vertido para a linguagem concreta, equivale a dizer: cada ser é um número na grande síntese cósmica e possui duas modalidades psíquicas e dois valores: o seu próprio e o da sua missão, assim como o Eu sou quem sou (Ego sum que sum), e seu corolário filosófico – Cogito, ergo sum – com aquele que corresponde, qual parte integrante de um conjunto superior, à família, povo, nação. Daí, acontece o caso muito freqüente de um indivíduo forte, valioso e digno se posicionar mal colocado ou fora da ordem que lhe corresponde, como aconteceria, por exemplo, ao número nove, permita-se a comparação, que, valendo muito mais do que um, passasse a valer menos, se este ocupasse a ordem das dezenas, com o valor de 10.

 

Apesar da contradição que os espíritos estreitos pretendem ver entre a Poesia e a Matemática, elas são irmãs gêmeas. Tanto uma como a outra idealizam, embelezam e elevam analogicamente as realidades concretas que integram as nossas vidas: a Matemática, abstraindo da realidade objetiva tudo quanto diz respeito ao tempo, ao espaço, ao modo, à quantidade ou à força, à maneira das famosas categorias kantianas; a Poesia, operando toda classe de generalizações harmônicas sobre qualquer fato real ou possível de que a fada inspiração toma pretexto para levantar o vôo, e nos levar, quase sem nos darmos conta, a todos os presentes, pretéritos ou futuros, harmoniosamente conjugados com o mesmo fato pela Lei do Símbolo ou da Analogia. O poeta tem conhecimento efetivo das séries fundamentais analógicas derivadas da realidade de cada dia, e como tem o poeta isto tudo em sua idealização artística, emprega-o para embelezar e elevar nosso pensamento, mercê do mero jogo ou de glosas de excelsas homologias. De igual modo, a Matemática estabelece, entre outras mil, a série logarítmica, vulgar ou analógica, em que cada potência sucessiva de dez tem por logarítmico respectivo o número expresso pelo índice desta potência… Ademais, a Matemática, em tal marcha analógica, nos conduz à belíssima concepção integral que une e sintetiza as mesmas operações fundamentais da Aritmética, isto é, reduz as multiplicações à somas, as divisões a restos, as elevações a potências à multiplicações, as extrações de raízes à divisões, e assim sucessivamente às maiores alturas do cálculo puro. Vico, observando a singular repetição analógica dos fatos humanos ao longo dos tempos, estabeleceu em sua ciência a Lei dos Ciclos, como se sabe. O que vem a ser a Geometria Descritiva ou Projetiva, senão um artifício analógico, mediante o qual – do mesmo modo que o poeta vai de uma noção a outra, com ela analogicamente conjugada, como já temos visto – passamos das formas do plano para o espaço, e vice-versa? O que quer dizer, finalmente, senão uma aplicação – a mais pasmosa da Lei de Analogia – a que supõe o trânsito operado a partir da Geometria Analítica e da Descritiva até a Mecânica Racional, passando o número à forma, e o espaço-tempo à mera força viva?

 

 

 

 

Todo aquele que traz missão elevada, mas que, por um motivo qualquer, não afina consigo mesmo, com a sua missão, morre! Não importa como, porém, é forçado a deixar o mundo!5

 

Os astros inclinam, mas não obrigam.

 

Assim como um fogo violento queima até as árvores ainda verdes, o homem que estuda e compreende os livros santos apaga de si toda a mácula nascida do pecado, e aquele que conhece perfeitamente o sentido do Veda-Shastra (preceitos ou ensinamentos do Veda ou da Lei), qualquer que seja seu estado, prepara-se durante seu estudo neste mundo para a identificação com Brahmã (liberação). (Código Fundamental da Raça Ária).

 

Aquele que vê a Alma Divina em todas as coisas visíveis e invisíveis, que considera a Alma Divina em tudo e, reciprocamente, tudo na Alma Divina, não entrega seu espírito à iniqüidade.

 

No Universo, tudo conspira ou é solidário.

 

Não há efeito sem causa nem causa sem efeito. No Universo, não existe o acaso, salvo como uma fácil e cômoda explicação de nossa ignorância de certas Leis e causas. O fato é que a vida jamais cessa, e cada causador goza ou sofre a reação de seu pensamento, desejo e ato, segundo sua índole, e nele se fecha o ciclo causal que ele mesmo abre.

 

O Tibete é o verdadeiro telhado do mundo – telhado de quatro águas – e também a mais augusta, simbólica e originária de todas as Pirâmides.

 

 

 

 

Nada há de sobrenatural em a Natureza; apenas coisas já conhecidas e coisas ainda por conhecer. (In: Ísis sem Véu, Helena Petrovna Blavatsky, apud Mario Roso de Luna).

 

Etapas do Caminho Direto: 1ª) Ler livros sobre diversas religiões e variadas filosofias, ouvir os ensinamentos de diferentes mestres e experimentar os mais distintos métodos, ou seja, temperar a mente com choques de múltiplos pensamentos; 2ª) Assenhorear-se, desde logo, de uma única doutrina escolhida entre as demais; 3ª) manter-se na vida em situação modesta ('Aurea Mediocritas',6); 4ª) ser completamente indiferente a tudo (tanto em relação à riqueza, como em relação à pobreza) e diante de tudo, ou seja, não preferir uma coisa à outra; 5ª) contemplar, sem se emocionar, e com o espírito mais emancipado possível os conflitos e as lutas de opiniões entre as diversas ordens de atividade dos seres ; 6ª) compreender o vazio.

 

A Super-Vida Divina ou Jina não é mais do que uma real Ressurreição ou um Segundo Nascimento, razão porque o brâmane verdadeiramente Iniciado é denominado de Dwija ou Duas Vezes Nascido.

 

O Batismo da Água lava apenas 'as culpas'.

 

Devemos sempre nos manter afastados das glórias e das honras mundanas.

 

O Nirvana não deve ser entendido como aniquilação, mas como superação estática ou epóptica.7

 

Liberdade eterno jogo dos contrários.

 

A luta de todos nós, particularmente de um Iniciado, deve ser no sentido do desembaraçamento e do livramento das crenças, das idéias, dos hábitos e das tendências inatas, de tudo, enfim, que seja ou que se assemelhe à uma tara ancestral criada como efeito de uma causa, cuja origem se perde na noite do tempo.

 

'Antes que teus olhos possam ver, já devem ter perdido a sensibilidade, e antes que possas elevar a voz na presença de teu Mestre, deverás trazer lavadas tuas mãos no sangue de teu Coração.' (A Voz do Silêncio, Helena Petrovna Blavatsky, apud Mario Roso de Luna).

 

Com a mentira, se procura a humana felicidade; mas, a Verdade8 só será encontrada com dificuldade, dor, sacrifício.

 

O Karma é ação e inércia – lei, história e destino. Não se o explica por palavras. Ninguém, que não seja, igualmente, matemático, músico, pintor e poeta, poderá concebê-lo. É preciso ter idéia do que seja vibração e valor do som. Isto porque Karma é vibração, afinada com o Cosmo ideal ou desafinada, por excesso negativo, por defeito e por deformação. Karma é a Lei lógica que só o Logos encarnado pode encadear. O Karma, porém, jamais se ligou ao SAT,9 nem ao Impronunciável, nem à Essência Suprema do Espírito Humano, que é a Seidade, ou seja, o Não-Ser, o Inefável, a Chama ou a Chispa.

 

Nada é demasiadamente extraordinário para ser verdadeiro, se estiver de acordo com as Leis da Natureza.' (Edmundo Gonzales Blanco, apud Mario Roso de Luna).

 

O Homem, em suma, e com letra maiúscula, é hoje e sempre será a cúspide do planeta Terra. Tudo, na Terra, é segundo o plano do Homem... porque o Homem é a medida das coisas.10

 

A maior Lei Cósmica que conhecemos diz respeito à harmonia do Grande Todo e à integração de suas várias partes.

 

 

 

 

Sabedoria, de fato, é uma palavra de duplo alcance, que se refere, por um lado, à mente, como a Ciência, e, por outro, ao Coração, como Amor.

 

A Lei sempre se cumpre.11

 

'Não há religião superior à verdade.' (Helena Petrovna Blavatsky, apud Mario Roso de Luna).

 

Enfim, já puseste teu Coração em harmonia com a dor imensa da Humanidade?

 

É preciso matar a morte.

 

Quando se fizer verdadeira luz nas recompilações poéticas dos cantos dos bardos, tais como os chamados Eddas ou Vedas, será o Dia da Redenção.

 

 

 

A Título de Epílogo

 

 

 

Oh!, Sol-edade, Sol-edade!

Oh!, Liber-dade, Liber-dade!

Quanto tempo! Contratempo?

Só destempo? E o Tempo?

 

Oh!, Sol-edade, Sol-edade!

Oh!, Liber-dade, Liber-dade!

Quousque tandem sub-reino?

 

Oh!, Sol-edade, Sol-edade!

Oh!, Liber-dade, Liber-dade!

Anulai a Caixa de Pandora!

Mostrai a Senda Libertadora!

 

Oh!, Sol-edade, Sol-edade!

Oh!, Liber-dade, Liber-dade!

Chega do embaciado flou!

Ajudai-nos a dizer: — Sou!

 

 

 

 

 

 

______

Notas:

1. Talvez, aqui, o autor esteja a se referir ao Lago Moeris (que recebeu outras denominações, tais como, Lago de Osíris, Lago Puro ou, simplesmente, O Lago), nas proximidades de Fayoum, no Egito, onde, segundo a Tradição, o Grande Mestre da Grande Fraternidade Branca do Egito, Morya-el, instituiu o Batismo pela Água, como símbolo de purificação, tanto física quanto cósmica, e passo espiritual indispensável no processo da Iniciação. A prática essênia do Batismo consistia na imersão de todas as partes do corpo, inclusive a cabeça, para que a água fosse, por alguns instantes, o único elo entre o Cósmico e o Batizado (Iniciado). Heródoto (485? – 420 a.C.), que o visitou no século V a. C., denominou-o Meris, e disse que possuía 724.000 metros de circunferência e 90 metros de profundidade. Kut Hu Mi, Grande Mestre Adjunto da Grande Loja Branca da Grande Fraternidade Branca, em determinada época conhecido na Terra como Thutmose III, do Egito, residiu em certo período nas proximidades do Lago Moeris.

2. Kanun é a Tradição reunida em códigos.

3. Aliteração é a repetição de fonemas idênticos ou parecidos no início de várias palavras na mesma frase ou verso, visando obter efeito estilístico na prosa poética e na poesia (por exemplo: rápido, o raio risca o céu e ribomba). Um exemplo de aliteração é a estrofe inicial do poema Em Horas Inda Louras, Lindas, de Fernando Pessoa:

 

Em horas inda louras, lindas
Clorindas e Belindas, brandas,
Brincam no tempo das berlindas,
As vindas vendo das varandas,
De onde ouvem vir a rir as vindas
Fitam a fio as frias bandas.

 

4. Por isto, Nicodemos, por não ser um Ocultista, não pôde entender o ensinamento de Jesus: Na verdade, na verdade, te digo: aquele que não Nascer de novo não poderá ver o Reino de Deus. Primeiro, iniciaticamente, Nascer de novo significa (Re)Nascer pela Via da Iniciação. Segundo, Deus é o Deus de nossos Corações. E terceiro, o Reino de Deus está situado no Peito (no Coração) – é a consciência do Mundo Divino, a LLuz Espiritual, Buddhi, o Sexto Princípio da compreensão universal das coisas, o Amor Universal. Éliphas Lèvi, em sua obra Dogma e Ritual da Alta Magia, diz: O Sinal da Cruz adotado pelos cristãos não pertence exclusivamente a eles. Ele é cabalístico e representa as oposições e o equilíbrio quaternário dos elementos. Constatamos, na estrofe oculta do Pater, que havia originalmente duas maneiras de fazê-lo, ou, pelo menos, duas fórmulas muito diferentes para expressar o seu significado; uma reservada aos Sacerdotes e aos Iniciados, e outra comunicada aos neófitos e aos profanos. Assim, por exemplo, o Iniciado, levando a mão à fronte, dizia: ‘A Ti’; então ele acrescentava; ‘pertencem’; e continuava, enquanto levava a mão ao peito – ‘o Reino’; depois, ao ombro esquerdo; ‘a Justiça’ ; e ao ombro direito; ‘e a Compaixão’. Então, ele juntava as mãos e acrescentava: ‘Através dos ciclos da geração: Tibi sunt Malkhuth et Gerburah et Hesed. Per Aeonas!’ – um sinal da Cruz total e magnificamente cabalístico, que as profanações do Gnosticismo fizeram a Igreja praticante e oficial perder por completo. Enfim, como explica Carlos Cardoso Aveline no texto A Teosofia do Sinal da Cruz, o Sinal da Cruz cabalístico aciona quatro fatores, e tem relação direta com os Quatro Elementos (Fogo, Água, Terra e Ar). Ele também se refere à Tetraktis ou Tétrade Sagrada dos pitagóricos, aos quatro pontos cardeais e ao Tetragrammaton – o Nome de quatro letras da Divindade na tradição mística judaico-cristã (IHVH).

 

 

 

5. A bem da verdade, este tipo de coisa é raro, mas, quando acontece, a morte espiritual precede a morte física. A coisa é mais ou menos como certas frutas que, ainda que estejam bonitas e apetitivas por fora, estão podres por dentro. Mas, repito: este tipo de coisa é muito raro, pois Aqueles Que Podem nos inspiram e nos ajudam até onde podem.

6. Aurea Mediocritas é uma designação latina que se encontra em uma das Odes (II: 10, 5) de Horácio (65 a.C. – 8 a.C.), e que expressa a idéia de que só é feliz e vive tranqüilamente quem se contenta com pouco ou com aquilo quem tem, sem aspirar à opulência. Esta expressão se encontra fortemente ligada a estes poemas porque, entre a variedade de temas tratados, que vão desde o amor e amizade aos valores morais de Roma, têm especial relevo os que se inspiram no caráter efêmero da vida, no prazer, na inconstância da fortuna e nas formas de resistência. Especificamente, nestes assuntos, Horácio procurou demonstrar a conveniência do seguimento de um ideal de Mediania Sensata (Aurea Mediocritas), extremamente vantajoso para que se possa alcançar a felicidade.

7. O Epoptismo era, entre os antigos gregos, o terceiro e último grau de Iniciação nos Mistérios de Elêusis. A coisa parece ser mesmo como disse Mario Roso de Luna: o Infinito é igual ao Pentalfa. Logo, o Homem (Pentalfa) é igual a Deus (Infinito). Como eu prefiro o conceito de Ilimitado, eu diria: O Ilimitado é igual ao Pentalfa. Logo, o Homem (Pentalfa) é igual a Deus (Ilimitado). Isto remete ao conceito: Deus est Homo. Deus est in Homine. Homo est Deus.

 

 

 


8. Mais uma vez, preciso repetir que a Verdade nos é revelada, quando a buscamos, através de verdades relativas progressivas. Não há um único ser no Universo que possa dizer: — Eu conheço a Suprema Verdade Absoluta. O conhecimento da Suprema Verdade Absoluta implica em fusão com o Todo, desde sempre Um e idêntico a Si-mesmo.

9. SAT Seidade Absoluta. O Parabrahman dos vedantinos. Existência Absoluta e Não-existência Absoluta. O Todo-único indiviso, indivisível e incognoscível. OM TAT SAT Não há separação entre nós.

10. Originalmente, este conceito deriva do sofista da Grécia Antiga Protágoras de Abdera (Abdera, 480 a.C. – Sicília, 410 a.C.), que cunhou a frase: O homem é a medida de todas as coisas: das coisas que são, enquanto são, e das coisas que não são, enquanto não são.

11. Inexoravelmente, a Lei sempre se cumpre, ainda que, por exemplo, no que concerne à Lei da Compensação, o cumprimento educativo nem sempre seja imediato. A depender das circunstâncias, poderá demorar séculos ou até milênios. O que adianta ensinar cálculo diferencial e integral – desenvolvido por Isaac Newton (1643 – 1727) e Gottfried Leibniz (1646 – 1716) em trabalhos independentes – a quem ainda não aprendeu a somar, a subtrair, a dividir e a multiplicar? Na verdade, de maneira geral, somos nós que desejamos, escolhemos e buscamos compensar nossos equívocos pretéritos; não há propriamente uma imposição de cima. Mas, isto só passa a acontecer quando, conscientemente, percebemos que, para podermos ascensionar, precisaremos nos purificar por dentro e por fora.

 

 

O Cálculo permite calcular
a área da região hachurada.

 

Páginas da Internet consultadas:

http://pt.wikipedia.org/wiki/A_Doutrina_Secreta

http://www.citador.pt/poemas/em-horas
-inda-louras-lindas-fernando-pessoa

http://pt.wikipedia.org/wiki/
Alitera%C3%A7%C3%A3o

http://www.gifsoup.com/view/
1005680/pinocchio.html

http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%8Dsis

http://pt.wikipedia.org/wiki/Neith

http://www.changethethought.com/
category/ctt-news/

http://www.infoescola.com/
mitologia-grega/prometeu/

http://bmuq.com.br/

http://www.rosarioacuna.neositios.com/
quienes-somos

http://www.elperiodicoextremadura.com/noticias/
opinion/vigencia-del-ateneismo_229706.html

http://www.cartaceleste.com.br/arquivos/
dharana/1261832796.pdf

http://eubiose.org.br/2011/02/03/ciencia-da-vida/

http://busca-interior.blogspot.com.br/2012
/07/interpretacao-da-letra-do-mantram.html

http://www.cursosdemagia.com.br/liberc.pdf

http://marialopesde.blogspot.com.br/
2009/01/odin.html

http://eondesagin.blogspot.com.br/2010/11/rrre
eevvviiissstttaaadddhhhaaarrraaannn_4680.html

http://br.groups.yahoo.com/group/
Chaves-do-Oculto/message/5775

http://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A1lculo

http://www.gnosisuruguay.com/
marioroso.htm

http://projeciologia.webnode.pt/
products/vida-pos-morte1/

http://www.cartaceleste.com.br/arquivos/
dharana/1261788093.pdf

http://www.cartaceleste.com.br/arquivos/
monvidalgeral/1267386182.pdf

http://www.cartaceleste.com.br/arquivos/
dharana/1261828634.pdf

http://www.infopedia.pt/$aurea-mediocritas

http://uncyclopedia.wikia.com/
wiki/File:Banana_Man.gif

http://www.cartaceleste.com.br/arquivos/
dharana/1261788178.pdf

http://www.cartaceleste.com.br/arquivos/
dharana/1261828551.pdf

http://www.cartaceleste.com.br/arquivos/
dharana/1261826817.pdf

https://blogmariposo.wordpress.com/
2011/09/21/os-homens/

http://www.planetware.com/picture/
lhasa-potala-palace-chn-chn1199.htm

http://lusophia.wordpress.com/2012/02/11/

http://atamamoriya.wordpress.com/

http://lusophia.wordpress.com/2011/07/03/manas-taijasi-
teosofia-eubiose-e-sexualidade-por-vitor-manuel-adriao/

http://www.filosofiaesoterica.com/ler.php?id=567

http://livro-esoterico.amplarede.com.br/2010/05/
o-parsifal-desvelado-de-v-m-samael-aun-weor/

http://pt.scribd.com/doc/7362094/Parsifal

http://www.orkut.com/Main#Main$CommMsgs?tid=
2543676906993377732&cmm=25114507&hl=pt-BR

http://amooinvisivel.blogspot.com.br/

http://books.google.com

http://pt.encydia.com/es/Moeris

http://www.professores.uff.br/pitagoras/
mexas/cristo-cosmico/crishep.html

http://www.entreirmaos.net/wp-content/
uploads/2010/07/Arte-Real-4211.pdf

http://www.nova-acropole.pt/
a_verdade_mentira.html

http://www.cartaceleste.com.br/
arquivos/dharana/1261826750.pdf

http://www.4shared.com/get/R0zDWvNw/
Hacia_la_Gnosis_-_Mario_Roso_d.html

http://www.iglisaw.com/docs/libros_espanol/otros_autores
/El%20libro%20que%20mata%20a%20la%20muerte.pdf

http://www.niltonschutz.com/musica.htm

http://www.liberimago.com/
2012/02/o-livro-que-mata-morte.html

http://www.icglisaw.com.br/koutkoomi.html

http://karinasurya.wordpress.com/
2009/02/04/a-verdadeira-religiao/

http://www.4shared.com/get/
mvI_d4F7/aberraciones_psiquicas

http://lusophia.wordpress.com/2010/05/02/o-mago
-mario-roso-de-luna-por-vitor-manuel-adriao/

http://www.vopus.org/pt/gnose/
grandes-personagens/mario-roso-de-luna.html

 

Música de fundo:

Tannhauser (Overture)
Composição: Richard Wagner

Fonte:

http://mrmaestro.tripod.com/wagner.html

 

Direitos autorais:

As animações, as fotografias digitais e as mídias digitais que reproduzo (por empréstimo) neste texto têm exclusivamente a finalidade de ilustrar e embelezar o trabalho. Neste sentido, os direitos de copyright são exclusivos de seus autores. Entretanto, como nem sempre sei a quem me dirigir para pedir autorização para utilizá-las, se você encontrar algo aqui postado que lhe pertença e desejar que seja removido, por favor, entre em contato e me avise, que retirarei do ar imediatamente.