(Terceira Parte)

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

 

Mestre Kut Hu Mi

 

 

Introdução

 

 

Esta é a terceira parte de um trabalho que estou fazendo sobre as Cartas dos Mahatmas, estudo que, nesta oportunidade, examina exclusivamente algumas Cartas do Mestre Kut Hu Mi, de quem me considero, unilateralmente e in pectore, há algum tempo, um humilde e laico 'chela'.

Concordar ou discordar dos ensinamentos destas Cartas, apresentados neste estudo sob a forma de fragmentos selecionados, é um privilégio insubstituível de todo ser-no-mundo, que, nesta Ronda, já alcançou um incipiente nível diferenciado de autoconsciência (como sujeito do pensamento e do conhecimento de objetos externos), bem como a possibilidade de, mais ou menos, escolher em função da própria vontade – isenta de quaisquer condicionamentos, motivos ou causas determinantes – o destino que quer dar à sua vida.

Seja como for, admito que o Mahatma missivista das Cartas que examinei, particularmente ao comentar os descaminhos das religiões, desejou oferecer temas para reflexão que pudessem auxiliar a libertar o homem de suas ilusórias heranças, de suas prisões e de seus pesadelos lunares, estando, entretanto, absolutamente consciente de que, como Ele próprio escreveu na carta 14 endereçada a Allan Octavian Hume (1829-1912), umas poucas gotas de chuva não fazem monção, ainda que anunciem. Afinal, tudo depende mesmo exclusivamente de nós. Não há milagre, salvação prévia por contrato, privilégio espiritual e quebra-galho sobrenatural de qualquer natureza. Entretanto, o que é bom para um ou para alguns, necessariamente não é bom para outro ou para todos. Em princípio, temos a eternidade para aprender e para nos libertarmos. Todavia, se continuamos a escolher a vereda das prisões e dos pesadelos é porque ainda não somos Livres. Mas, se quisermos poderemos nos tornar seres Livres. Nada (nem ninguém) poderá impedir isso.

Para ler as duas primeiras partes, dirija-se a:

http://paxprofundis.org/livros/cartas/mahatmas.htm

http://paxprofundis.org/livros/cartas1/mahatmas.htm

Para ler on-line integralmente as Cartas dos Mahatmas, consulte o Website da Loja Esotérica Virtual no endereço:

http://www.levir.com.br/index.php

Informo que as pictóricas animações distribuídas ao longo dos excertos são de minha única e exclusiva responsabilidade.

 

 

 

Fragmentos de Algumas Cartas
(Ensinamentos do Mestre KH)

 

 

 

Mal é um termo relativo, e a Lei de Retribuição é a única Lei que nunca erra. Portanto, todos os que não desapareceram no seio do pecado irremissível e da bestialidade vão ao 'Devachan'1. Mais tarde, terão que compensar, voluntária ou involuntariamente, pelos seus pecados.2 Entretanto, recebem os efeitos das causas que geraram. (Mestre Kut Hu Mi).

 

Muitas das comunicações espirituais subjetivas – a maior parte delas quando os sensitivos têm mente pura – são reais. Mas é muito difícil para um médium não-Iniciado fixar em sua mente as imagens autênticas e corretas do que se vê e ouve. Alguns dos fenômenos chamados de psicografia (embora mais raros) são também reais. O espírito do sensitivo tornando-se odilizado, por assim dizer, pela aura do Espírito no 'Devachan', torna-se, por uns poucos minutos aquela personalidade que partiu e escreve com a letra desta última, em sua mesma linguagem e com os mesmos pensamentos que teve durante a sua vida terrestre. Os dois espíritos se mesclam, e a preponderância de um sobre o outro durante esses fenômenos determina a preponderância da personalidade nas características mostradas em tais escritos, e no 'transe falante'. O que chamais de 'comunicação mediúnica' é simplesmente uma identidade de vibração molecular entre a parte astral do médium encarnado com a parte astral da personalidade desencarnada. (Mestre Kut Hu Mi).

 

Assim como na música dois sons diferentes podem estar em ressonância e separadamente distinguíveis – e esta harmonia ou discórdia depende das vibrações síncronas e dos períodos complementares – há 'comunicação' entre o médium e o 'comunicante' quando as suas moléculas astrais vibram em harmonia. E quanto a saber se a comunicação refletirá a idiossincrasia pessoal de um deles mais do que a de outro, isso é determinado pela intensidade relativa dos dois grupos de vibrações na onda composta do 'Akasa'. Quanto menos idênticos sejam os impulsos vibratórios, tanto mais mediúnica e menos espiritual será a mensagem. Portanto avaliai o estado moral do vosso médium pela da suposta inteligência 'comunicante', e os vossos testes de autenticidade não deixarão nada a desejar. (Mestre Kut Hu Mi).

 

Tudo está tão harmoniosamente ajustado em a Natureza – especialmente no mundo subjetivo – que nenhum erro pode jamais ser cometido pelos 'Tathagatas' (ou 'Dyan Chohans') que guiam os impulsos. (Mestre Kut Hu Mi).

 

 

 

 

O que é a vida objetiva em si senão um panorama de irrealidades vívidas? (Mestre Kut Hu Mi).

 

Todos os egos – exceto aqueles que, pela atração do seu magnetismo grosseiro, caem na corrente que os arrastará ao 'Planeta da Morte' (o satélite mental e físico da nossa Terra) – estão capacitados para passar a uma relativa condição 'espiritual' ajustada às suas condições prévias de conduta e pensamento. (Mestre Kut Hu Mi).

 

O Sexto Princípio do homem, como algo puramente espiritual, não poderia existir ou ter existência consciente no 'Devachan', a menos que houvesse assimilado alguns dos mais puros e abstratos atributos mentais do Quinto Princípio ou alma animal: seu 'Manas' (mente) e memória. Ao morrer o homem, o seu Segundo e Terceiro Princípios morrem com ele; a tríade inferior desaparece e os Quarto, Quinto, Sexto e Sétimo Princípios formam o sobrevivente Quaternário. Daí em diante, é uma luta de 'morte' entre as dualidades Superior e Inferior. Caso vença a Superior, o Sexto Princípio, tendo atraído para si, do Quinto, a quinta-essência do Bem, seus mais nobres afetos, as mais santas (ainda que sejam terrenas) aspirações e as partes mais espiritualizadas de sua mente seguem o seu Divino Ancião. O Sétimo Princípio permanece associado como uma casca vazia (a expressão é perfeitamente correta) que vagueia pela atmosfera terrestre com a metade da memória pessoal desvanecida e os instintos mais brutais plenamente vivos por certo tempo – um 'Elementar', em última palavra. Este é o guia angélico do médium comum. Se, por outro lado, é a Dualidade Superior a derrotada, então é o Quinto Princípio que assimila tudo o que resta no Sexto Princípio, de recordações pessoais e de percepções individuais. Mas, com toda essa bagagem adicional, ele não permanecerá no 'Kama Loka' – o 'Mundo do Desejo' da atmosfera de nossa Terra. Em muito pouco tempo, como uma palha flutuando dentro da atração dos vórtices e covas do 'Maelstron' (sorvedouro), é atraído e aprisionado no grande remoinho de Egos humanos, enquanto o Sexto e o Sétimo Princípios (que constituem, em si, a Mônada Eterna e Imperecível, mas também inconsciente), convertidos agora em uma Mônada puramente espiritual e individual sem vestígios da última personalidade e não tendo um período regular de 'gestação' que atravessar (pois não há mais um Ego Pessoal purificado para renascer) – após um período de repouso inconsciente, mais ou menos prolongado, no espaço ilimitado – se achará encarnada em outra personalidade no próximo planeta. Quando chega o período de Plena Consciência Individual – que precede o de Absoluta Consciência no 'Paranirvana' – aquela existência pessoal perdida se torna como que uma página arrancada do Grande Livro de Vidas, sem que reste nem uma palavra solta que assinale a sua ausência. A Mônada purificada não a perceberá nem a recordará na série de seus nascimentos passados, o que aconteceria se tivesse ido ao Mundo das Formas ('Rupa Loka'). A sua visão retrospectiva não perceberá nem o mais leve sinal indicador de que tenha existido... Em favor do gênero humano, devo dizer que essa supressão total de uma existência dos registros do Ser Universal não ocorre tão freqüentemente a ponto de representar uma grande porcentagem. De fato, à maneira do 'idiota congênito', muito mencionado, tal coisa é um 'lusus naturæ' – uma exceção, não a regra. (Mestre Kut Hu Mi).

 

O Espírito, ou as emanações puras do Uno, formam com o Sétimo e o Sexto Princípios a Tríada Superior. Nenhuma das duas emanações é capaz de assimilar nada que não seja bom, puro e santo; daí decorre que nenhuma recordação sensual, material ou pecaminosa possa acompanhar a memória purificada do Ego na Região de Bem-aventurança. O Karma advindo dessas recordações de más ações e pensamentos atingirá o Ego quando ele muda a sua personalidade no próximo mundo das causas. A Mônada ou Individualidade Espiritual, permanece sem mancha em todos os casos. Não há tristeza nem dor para aqueles que nascem ali (no 'Rupa Loka' do 'Devachan'), pois essa é a Terra Pura. Todas as regiões do espaço possuem essas Terras ('Sakwala'), mas essa Terra de Bem-aventurança é a mais pura. No 'Jnana Prasthâna Shastra' está dito: 'pela pureza pessoal e ardente meditação, nós transcendemos os limites do Mundo do Desejo e entramos no Mundo das Formas.' (Mestre Kut Hu Mi).

 

'Bardo' é o período entre a morte e o renascimento, e pode durar de uns poucos anos até um 'kalpa'. Ele é dividido em três subperíodos: (1) quando o Ego, livre do seu envoltório mortal, entra no Kama Loka (a morada dos Elementares); (2) quando entra no seu Estado de Gestação; e (3) quando renasce no 'Rupa Loka' do 'Devachan'. O subperíodo (1) pode durar de uns poucos minutos até a alguns anos. A expressão 'alguns anos' se torna enigmática e inteiramente inútil sem uma explicação mais completa. O subperíodo (2) é 'muito grande' como dizeis, às vezes mais prolongado do que possais mesmo imaginar, entretanto, proporcional ao vigor espiritual do Ego. O subperíodo (3) dura em proporção ao bom Karma após o qual a Mônada é novamente reencarnada. (Mestre Kut Hu Mi).

 

Tudo depende da duração do 'Karma'. Encha de óleo uma pequena taça e o depósito de água de uma cidade, e, acendendo a ambos, veja qual queima por mais tempo. O Ego é a mecha (pavio); o 'Karma' é o óleo. A diferente quantidade de óleo na taça e no depósito explicará a grande diferença de duração dos vários 'Karmas'. Cada efeito tem que ser proporcional à sua causa. E como os períodos de existência encarnada do homem são, inerentemente, uma pequena proporção dos períodos de existência internatal no ciclo manvantárico, assim os bons pensamentos, boas palavras e boas ações de qualquer uma dessas 'vidas' sobre o globo são causadoras de efeitos cuja elaboração requer muito mais tempo de que ocupou a evolução das causas. (Mestre Kut Hu Mi). (Grifo meu).

 

 

Cada efeito tem que ser proporcional à sua causa.

 

 

'RAKSHASAS' (Demônios) são almas ou formas astrais de feiticeiros. São homens que alcançaram o ápice do conhecimento nas artes proibidas. Mortos ou vivos, fraudaram, por assim dizer, a Natureza; mas só temporariamente, até que nosso planeta entre no seu período de obscurecimento, depois do qual - 'nolens volens' [querendo ou não querendo] - terão que ser aniquilados. (Mestre Kut Hu Mi).

 

SUICIDAS E MORTOS POR ACIDENTE: Ambas as espécies podem se comunicar e ambas terão que pagar caro por tais visitas. E agora tenho novamente de explicar o que quero dizer. Bem, esta classe é a que os espíritas franceses chamam de 'Espíritos Sofredores'. São uma exceção à regra, pois terão que permanecer dentro da atração da Terra e em sua atmosfera – o 'Kama Loka' – até o momento final que teria sido a duração natural das suas vidas. Em outras palavras: aquela onda particular de evolução da vida tem que prosseguir para a sua margem. Mas é um pecado e uma crueldade reviver a sua memória e intensificar o seu sofrimento ao lhes dar uma oportunidade de viver uma vida artificial; uma possibilidade de sobrecarregar o seu 'Karma', tentando-os a que penetrem em portas abertas, isto é, médiuns e sensitivos, pois irão pagar inequivocamente por tais prazeres. Explicarei. Os suicidas que, tolamente querendo escapar da vida, encontram-se ainda vivos, têm bastante sofrimento reservado e que os aguarda nessa mesma vida. Seu castigo está baseado na intensidade de tal vida. Tendo perdido, em conseqüência de sua irreflexiva ação, seus Sexto e Sétimo Princípios (ainda que não seja para sempre pois poderão recobrá-los), em vez de aceitar o seu castigo e aproveitar as suas oportunidades de redenção, eles, inúmeras vezes, são levados a lamentar a vida tentados a reconquistar o controle sobre ela por meios pecaminosos. No 'Kama Loka', a terra dos desejos intensos, eles podem somente satisfazer os seus desejos terrenos mediante um substituto vivente; e fazendo isso, na expiração do seu prazo natural de vida, eles geralmente perdem para sempre a sua Mônada. Quanto às vítimas de acidentes, seu destino é ainda pior. A menos que tenham sido tão bons e puros para serem atraídos imediatamente para dentro do 'Samadhi akásico' – isto é, cair em um estado de tranqüila letargia, um sono cheio de rosados sonhos durante o qual eles nada recordam do acidente – movem-se e vivem entre os seus amigos e cenas familiares até que o seu prazo normal de vida extinga, quando eles, então, descobrem-se nascidos no 'Devachan'. Mas, se foram pecadores e sensuais, um lúgubre destino os espera: vagueiam como sombras desditadas (não são cascões), pois a sua conexão com os dois princípios mais elevados não está completamente partida, até que venha a hora da morte. Cortada a vida em pleno fluxo de paixões terrenas que os liga a cenas familiares, eles se deixam seduzir pelas oportunidades que lhes oferecem os médiuns de gratificar tais paixões por intermédio deles. São os chamados pisachas, íncubos e súcubos dos tempos medievais – demônios da embriaguez, da gula, da luxúria e da avareza - elementares de intensificada astúcia, perversidade e crueldade que provocam as suas vítimas a cometer crimes horrendos e que gozam quando isso ocorre! Não só arruínam as suas vítimas, mas também esses vampiros psíquicos são arrastados pela corrente de seus impulsos da aura da Terra até regiões onde, durante milênios, terão que suportar agudos sofrimentos até a sua total destruição. Mas, caso a vítima do acidente ou da violência não seja nem muito boa nem muito má (uma pessoa comum), então pode acontecer o seguinte: um médium pode atraí-la e criar-lhe as mais indesejáveis das coisas: uma nova combinação de 'Skandhas' e um novo e mau 'Karma'. (Mestre Kut Hu Mi).

 

O Karma representa um Livro de Registro, um Diário, no qual todos os atos do homem – bons, maus ou indiferentes – são cuidadosamente registrados a seu débito ou crédito – por ele mesmo – ou melhor, pelas suas próprias ações. (Mestre Kut Hu Mi).

 

Cada causa tem que ter o seu efeito [que oportunamente passa a ser causa de um futuro efeito]. (Mestre Kut Hu Mi).

 

 

 

 

A regra é: quem morre de morte natural permanecerá dentro da atração da Terra, isto é, no 'Kama Loka', desde umas poucas horas a alguns poucos anos. Mas há exceções: o caso dos suicidas, ou em geral, daqueles que morrem por morte violenta. Portanto, um destes Egos, por exemplo, que estivesse destinado a viver, digamos, 80 ou 90 anos, mas que se suicidou ou morreu de algum acidente na idade de 20, suponhamos, teria que passar no 'Kama Loka' não uns poucos anos, mas, no seu caso, 60 ou 70 anos como um Elementar, ou melhor, como um 'andarilho terrestre', já que, infelizmente, para ele, não é nem mesmo um 'cascão'. Felizes, três vezes felizes, são, em comparação, aquelas entidades desencarnadas que dormem seu grande sono e vivem sonhando no seio do Espaço! E coitado daqueles cujo 'trishna' os atrai para os médiuns; e coitados desses médiuns que os tentam com tão condescendente 'upadana'. Pois, ao atraí-los e permitirem que satisfaçam a sua sede de vida, o médium ajuda a desenvolver neles (de fato é a causa) um novo conjunto de 'skandhas', um novo corpo com tendências e paixões até piores do que a do corpo que perderam. Todo o futuro deste novo corpo será determinado assim, não só pelo mau 'Karma' de demérito do grupo precedente de 'skandhas' mas também pelo 'Karma' do novo grupo do futuro ser. Caso os médiuns e os espíritas soubessem, como já disse, que cada novo 'guia angélico' – a quem dão boas vindas com grande alegria – o que fazem é convidá-lo a um 'upadana' que causará uma série de males indizíveis para o novo Ego, que renascerá debaixo de sua nefasta sombra, e que em cada sessão – especialmente se ocorrem materializações – multiplicam as causas de miséria que farão fracassar o infortunado Ego em seu nascimento espiritual, ou renascer em uma existência pior do que qualquer outra anterior. Se soubessem dessas coisas, eles seriam menos pródigos em sua hospitalidade. Agora podereis compreender porque nos opomos tão energicamente ao Espiritismo e à mediunidade. (Mestre Kut Hu Mi).

 

Uma Regra a ser observada: somos proibidos de usar o mínimo de poderes até que todos os meios comuns tenham sido experimentados e falhados. (Mestre Kut Hu Mi).

 

A completa e verdadeira imortalidade – que significa uma existência sensível e sem limites – não pode ter rupturas, nem interrupções e nem retenções da autoconsciência. (Mestre Kut Hu Mi).

 

A palavra 'imortalidade' tem uma significação totalmente diferente para os Iniciados e Ocultistas. Chamamos de 'imortal' somente a Vida Una em sua coletividade universal e na abstração total e absoluta, ou seja: aquilo que não tem princípio nem fim nem interrupção alguma em sua continuidade. Poderemos aplicar o termo a algo mais? Certamente que não. Portanto, os primitivos caldeus tinham diversos prefixos para a palavra 'imortalidade', um dos quais é o termo grego 'imortalidade pan-eônica', raramente empregado, isto é: começando com o 'Manvântara' e terminando com o 'Pralaya' de nosso Universo Solar... Imortal é, então, aquele cuja clara consciência e percepção do Eu, sob qualquer forma, não sofre na 'pan-eônica' imortalidade nenhuma desunião em tempo algum, nem por um segundo, durante o período de sua Ego-idade. (Mestre Kut Hu Mi).

 

Todos os colaboradores para o mal caem na oitava esfera e são aniquilados. (Mestre Kut Hu Mi). (Grifo meu).

 

Os vícios não escaparão à sua pena. Mas é a causa, não o efeito, que será castigada, especialmente um efeito imprevisível, embora provável. Da mesma maneira, chamamos de suicida o homem que encontra a morte numa tormenta marítima como o que morre por 'excesso de estudo'. A água é capaz de afogar e muito trabalho cerebral produz um amolecimento de cérebro que pode acabar com o seu dono. (Mestre Kut Hu Mi).

 

A Natureza está demasiadamente bem e matematicamente ajustada para que se produzam erros no exercício de suas funções. O obscurecimento do planeta em que agora estão evoluindo as Raças de Homens da Quinta Ronda virá naturalmente, antes dos 'poucos precursores' que estão agora aqui. (Mestre Kut Hu Mi). (Grifo meu).

 

 

 

 

'A Natureza vomita os frouxos pela sua boca' significa apenas que ela aniquila os Egos pessoais deles (não os cascões, nem tão pouco o Sexto Princípio) no 'Kama-Loka' e no 'Devachan'. Isto não lhes impede de renascer imediatamente; e se suas vidas não foram muito, mas muito más, não há razão para que a Eterna Mônada não encontre a página dessa vida intacta no Livro da Vida. (Mestre Kut Hu Mi).

 

 

Continua: Quarta Parte




_____

Notas:

1. Como explica o Mestre Kut Hu Mi, o 'Devachan' é um estado, digamos, de intenso egoísmo, durante o qual o Ego (combinação do Sexto e Sétimo Princípios) colhe a recompensa do seu altruísmo na Terra. Está completamente mergulhado na felicidade de todos os seus afetos pessoais, preferências e pensamentos terrenos, e recolhe o fruto de suas ações meritórias. Nenhuma dor, nenhuma pena, nem mesmo a sombra de uma aflição obscurecem o brilhante horizonte de sua incontaminada felicidade, porque é um estado de perpétuo 'maya'. Vai ao 'Devachan' o ego pessoal, mas beatificado, purificado, santificado. Todo Ego que, depois do período de gestação inconsciente, renasce no 'Devachan' é necessariamente tão puro e inocente como uma criança recém-nascida. O fato de haver renascido comprova, já por aí, a preponderância do bem sobre o mal em sua velha personalidade. E, enquanto o 'karma' (do mal) fica temporariamente suspenso, para segui-lo mais tarde em sua futura encarnação terrena, ele só leva ao 'Devachan' o 'karma' de suas boas obras, palavras e pensamentos.

2. Pecado, neste fragmento, deve ser entendido como violação de uma Lei Cósmica, consciente ou inconscientemente (como é o caso, por exemplo, da destruição da Natureza e do assassinato voluntário cometido com premeditação contra os nossos irmãos animais para os mais diversos fins). Não tem o sentido religioso e estático de que se não houver arrependimento e perdão concedido o indivíduo irá penar eternamente em um inferno ou em algo parecido, sem possibilidade futura, por assim dizer, de remissão por compensação e compreensão, ainda que a palavra remissão não seja adequada para explicar o funcionamento da Lei da Retribuição. Melhor mesmo é se pensar primeiro em compensação involuntária e inconsciente, porque ao nascer a compreensão as formas de compensação podem, em muitos casos, ser escolhidas voluntária e conscientemente. O que não existe mesmo é paraíso e inferno definitivos. Na verdade, eles estão em nossos Corações como criações temporárias derivadas de nossos pensamentos, palavras e atos.

 

Bibliografia:

LEWIS, H. Spencer. Manual Rosacruz. 6ª edição. Coordenação de Maria A. Moura. Biblioteca Rosacruz. Volume especial. Rio de Janeiro: Renes, s. d.

SINNETT, Alfred P. O mundo oculto (A verdade sobre as cartas dos Mahatmas). Tradução de Alf Eyre. Brasília - DF: Editora Teosófica, 2000.

 

Páginas da Internet e Websites consultados:

http://br.geocities.com/cosmosofia_rdfa/textos9.html

http://www.levir.com.br/membros/membros7.php

http://www.levir.com.br/membros/ml/intronotes.htm

http://www.extrabyte.info/img/moneta.gif

http://en.wikipedia.org/wiki/Allan_Octavian_Hume

http://pt.wikipedia.org/wiki/Manvantara

http://users.ez2.net/nick29/theosophy/lessons16.htm

http://www.urutagua.uem.br//005/07fil_fontana.htm

http://www.filosofiavirtual.pro.br/
naturezaschopenhauer.htm

http://www.tantrayoga.pro.br/
Diversos/Aquiles_e_Arjuna.pdf

http://pt.wikipedia.org/wiki/Tor%C3%A1

 

Música de fundo:

La Mer

Fonte:

http://www.damadanoite.adm.br/internacionais.htm