(Segunda Parte)

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

 

Mestre Kut Hu Mi
Mestre El Morya

 

 

 

Introdução

 

 

 

Penso que seja praticamente impossível que um teósofo não tenha lido as Cartas dos Mahatmas, como é inteiramente inimaginável que um muçulmano não tenha lido o Alcorão, que um protestante ou um católico desconheçam os livros da Bíblia e que um antroposofista não tenha estudado a Ciência Oculta de Rudolf Steiner. Haverá algum Rosa+Cruz que não saiba o significado místico do que seja a sua Rosa pregada em sua Cruz? Mas é perfeitamente admissível, por exemplo, que um muçulmano não tenha um interesse maior pelos cinco livros que compõem o Hamisha Humshei Torah1, que um judeu não tenha lido o Alcorão e que ambos desconheçam inteiramente o que venha a ser a Perfect Liberty (Perfeita Liberdade), instituição religiosa doutrinariamente teísta, com forte influência estética xintoísta, fundada no Japão, em 1946, por Tokushika Miki (1900-1983) – Oshieoyá-Sama, o Pai dos Ensinamentos (por herdar de seu pai as virtudes de ser intermediador entre os adeptos e a Divindade). Uns lêem umas coisas, outros lêem outras; uns estudam certas obras, outros estudam outras; uns têm determinadas afinidades espirituais, outros não têm qualquer inclinação mística ou religiosa. É assim mesmo; mas a ninguém cabe criticar. Mas, ler demais e misturar tudo é um veneno para alma. Só se deve ler tudo quando esse tudo não se torna um entrave ou age de forma inibitória; para isso, é preciso ter a sagacidade intuitiva e o cuidado iniciático de utilizar certos filtros, coisas que 99% das pessoas não possuem.

 

Seja como for, apesar de as Cartas dos Mahatmas terem sido produzidas a partir de uma espécie de catálise derivada ou promovida pela Sociedade Teosófica (particularmente por influência de Helena Petrovna Blavatsky – 1831-1891 – que era discípula dos dois Missivistas que escreveram as Cartas), elas foram escritas para toda a Humanidade; assim como a Catedral da Alma (Sanctum Celestial) criada mística e psiquicamente no início do século passado por Rosacruzes da AMORC de graus elevados sob a supervisão de Harvey Spencer Lewis (Sâr Alden) – 1º Imperator para o 2º Ciclo Iniciático da Ordem Rosacruz AMORC – é também um Santuário de meditação para todos os seres-no-mundo de boa vontade.

 

Por tudo isso, e por outros motivos de ordem particular, me dispus a fazer, para mim e para todos, um rol dos principais ensinamentos contidos nas Cartas dos Mahatmas, que é o frutífero resultado do link místico que Helena Petrovna Blavatsky fez entre os Mahatmas Koot' Hoomi Lal Singh (Kut Hu Mi ou KH) e El Morya com Alfred Percy Sinnett (1840-1921) que, na altura, era editor do jornal oficial do Governo da Índia, The Pioneer, de Allahabad, e interessado em Teosofia. Como frutos desta correspondência, Sinnet escreveu O Mundo Oculto (1881) e o Budismo Esotérico (1883). Ambos os livros exerceram grande influência e fizeram com que o interesse pela Teosofia e pela Sociedade Teosófica aumentasse, ainda que muitas críticas tenham ocorrido e Madame Blavatsky tenha sido alvo das maiores injustiças e intrigas. Curiosamente, apesar dessas injustiças e intrigas promovidas pelos medonhos de sempre, H. P. Blavatsky (que ficou abaladíssima na época) produziu sua iluminadora obra-mestra: A Doutrina Secreta. Seria interessante consultar a Página da Loja Esotérica Virtual para examinar este assunto:

http://www.levir.com.br/teosofia123.php

 

As respostas e explanações enviadas pelos Mahatmas a Sinnett estão contidas em uma vasta correspondência que durou de 1880 até 1885 e foram publicadas em 1923 como as Cartas dos Mahatmas para A. P. Sinnett. As Cartas originais dos Mahatmas (que também têm como destinatário Allan Octavian Hume, 1829-1912) estão preservadas no Museu Britânico, em Londres. Elas podem ser consultadas com uma permissão especial do Departamento de Manuscritos Raros do Museu Britânico. Essas Cartas são, por assim dizer, um extra que os Mahatmas se dispuseram a ofertar no sentido de complementar o que já vinham fazendo: dar início a uma 'Fraternidade da Humanidade', uma real Fraternidade Universal; uma instituição que venha a ser conhecida em todo o mundo, chamando a atenção das mentes mais esclarecidas – conforme afirmou o Mestre KH.

 

Esta é a segunda parte de um trabalho que estou fazendo sobre as Cartas dos Mahatmas, estudo que, nesta parte, examina algumas Cartas dos Mestres Kut Hu Mi e Morya. Para ler a primeira parte, apenas com fragmentos das Cartas do Mestre Kut Hu Mi, dirija-se a:

http://paxprofundis.org/livros/cartas/mahatmas.htm

 

Para ler on-line integralmente as Cartas dos Mahatmas, consulte o Website da Loja Esotérica Virtual no endereço:

http://www.levir.com.br/index.php

 

Como última observação, informo que as pictóricas animações distribuídas ao longo dos excertos são de minha única e exclusiva responsabilidade.

 

 

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Fragmentos de Algumas Cartas
(Ensinamentos do Mestres KH e Morya)

 

 

 

A Essência Eterna, o 'Swabâvat', não é um elemento composto que chamais de espírito-matéria, mas é o elemento único para o qual os ingleses não têm um nome. Ele é simultaneamente passivo e ativo, puro Espírito Essência em seu estado absoluto e de repouso, pura matéria em seu estado finito e condicionado, mesmo como gás imponderável ou como o grande desconhecido que a Ciência se compraz em chamar de Força. (Mestre KH).

 

Se aquilo que os teístas chamam de Deus e a Ciência de Força e Energia Potencial se tornassem imutáveis, tão-só por um instante, ainda que fosse no 'Maha-Pralaya' – período em que se diz que até mesmo Brahm, o arquiteto criador do mundo [o Absoluto, a máxima Plenitude], desaparece no não-ser – então não poderia haver nenhum 'Manvantara',2 e somente o espaço reinaria inconsciente e supremo na eternidade do tempo. (Mestre KH).

 

 

 

 

É indubitável que existe uma relação quantitativa entre a causa e o efeito, entre a quantidade de energia usada para quebrar o nariz de um semelhante e o prejuízo causado a esse nariz, mas isso não soluciona nem um pouco mais o mistério do que eles gostam de chamar de correlações, já que se pode provar facilmente (e sob a autoridade daquela mesma Ciência) que nem o movimento nem a energia são indestrutíveis, e que as forças físicas não são de uma maneira ou outra conversíveis entre si. (Mestre KH).

 

 

Aqui, a energia usada para empolar o nariz
de um semelhante por uma (des)semelhante
veio do ferrão de uma Apis mellifera scutellata.
Acho que o Mestre KH concordará:
dá na mesma!

 

 

Entretanto, tendes que ter em mente: (a) que nós reconhecemos apenas um elemento na Natureza (seja espiritual ou material) fora do qual não pode haver Natureza, já que é a Natureza mesma, e que, como o Akasa, permeia o espaço e é na realidade o espaço que pulsa como em profundo sono durante os 'Pralayas' e é o Proteo Universal – a Natureza sempre ativa durante os 'Manvantaras'; (b) que, em conseqüência, espírito e matéria são unos, não sendo mais do que uma diferenciação de estados, não de essências; e que o filósofo grego que sustentou que o Universo era um animal enorme, penetrou no significado simbólico da mônada Pitagórica (que se converte em dois, logo em três – triângulo ou tríade – e finalmente na tétrade ou o quadrado perfeito, desenvolvendo, assim, de si mesmo, o quadrado e a envolvente tríade formando o sagrado sete) e, deste modo, estava bem à frente de todos os homens da Ciência da época atual; e c) que as nossas noções de 'matéria cósmica' são diametralmente opostas às da Ciência ocidental. (Mestre KH).

 

O reconhecimento das fases mais elevadas do ser humano neste planeta não pode ser alcançado pela mera aquisição de conhecimento. Volumes da informação mais perfeitamente construída não podem revelar ao homem a vida nas regiões superiores. Temos que obter um conhecimento dos fatos espirituais pela experiência pessoal e pela observação direta, pois, como diz Tyndall, 'os fatos olhados diretamente são vitais; quando eles passam a ser palavras, metade da seiva é retirada deles'. (Mestre KH).

 

Os homens buscam o conhecimento e se esgotam até a morte; mas mesmo eles não se sentem muito pacientes para auxiliar o próximo com seu conhecimento. Daí nasce uma frieza, uma indiferença mútua que torna aquele que sabe inconsistente consigo mesmo e desarmonioso com o seu ambiente. Do nosso ponto de vista, o mal é muito mais grave na parte espiritual do homem do que na material. (Mestre KH).

 

É sobre a serena e plácida superfície da mente sem perturbações que as visões procedentes do invisível encontram a sua representação no mundo visível... É com zeloso cuidado que devemos proteger o nosso plano mental de todas as influências adversas com que nos deparamos diariamente, em nossa passagem pela vida terrena. (Mestre KH).

 

A regra de ferro é: quaisquer poderes que o indivíduo adquire, tem que consegui-los pessoalmente. (Mestre KH).

 

Tendes diante de vós os poderes de toda Natureza; tomai o que quiserdes. (Mestre KH).

 

Quase inconcebivelmente longo como é uma 'Mahayuga', não deixa de ser, entretanto, um prazo definido, e dentro dele deve-se realizar a ordem completa de desenvolvimento, ou para melhor expressar em terminologia oculta, a descida do Espírito na matéria e seu retorno à reemergência. (Mestre Morya).

 

O impulso de vida que começa com cada 'Manvantara' faz evoluir o primeiro desses mundos para aperfeiçoá-lo e para povoá-lo sucessivamente com todas as formas aéreas de vida. E depois de haver completado neste primeiro mundo sete ciclos ou evoluções de desenvolvimento – em cada reino – segue avançando pelo arco descendente para, do mesmo modo, evoluir o próximo mundo na cadeia, aperfeiçoá-lo e abandoná-lo. Logo passa ao seguinte, e a outro, e outro mais, até que tenha cumprido a ronda setenária de evolução dos mundos ao longo da cadeia e o 'Mahayuga' ao chegar ao fim da sua vida (na sétima e última ronda de planeta em planeta) avança e deixa atrás de si planetas moribundos, que muito pronto se converterão em 'planetas mortos'. (Mestre Morya).

 

Mas os mundos mortos, deixados para trás pelo impulso envolvente, não continuam mortos. O movimento é a ordem eterna das coisas e a afinidade ou atração é o seu ajudante em tudo. A vibração da vida novamente reunirá os átomos, e novamente atuará no planeta inerte quando chegar a hora. Embora todas as suas forças tenham permanecido em 'status quo' e estejam agora adormecidas, no entanto, pouco a pouco, quando voltar a soar a hora, se reunirão para um novo ciclo de maternidade geradora de homens, e darão nascimento a tipos físicos e morais algo ainda mais elevado do que no precedente 'Manvantara'. (Mestre Morya).

 

Entre as galáxias estelares, há nascimentos e mortes de mundos, sempre um após o outro, no ordenado curso da Lei Natural. (Mestre Morya).

 

Como o desenvolvimento planetário é tão progressivo como a evolução humana ou racial, na ocasião de seu advento o Pralaya alcançará a série de mundos em suas sucessivas etapas de evolução. Ou seja, cada um que chegou a algum dos períodos de progresso evolutivo ali se detém, até que o impulso de expansão do próximo 'Manvantara' o ponha em marcha, desde o ponto em que parou, como ocorre com um relógio parado a que se voltou a dar corda. (Mestre Morya).

 

Ao chegar o 'Pralaya', nenhum homem, animal ou mesmo entidade vegetal estará vivo para vê-lo, mas haverá a Terra ou os globos com seus reinos minerais; e todos esses planetas estarão fisicamente desintegrados no 'Pralaya', mas não destruídos, pois eles têm o seu lugar na seqüência de evolução e suas 'privações'. Voltando a sair da subjetividade, encontrarão o ponto exato de onde devem seguir, movimentando-se ao redor da cadeia de 'formas manifestadas'. Isto, como sabemos, se repete indefinidamente por toda a ETERNIDADE. Cada homem, cada um de nós, seguiu esta ronda sem fim e a repetirá eternamente. O desvio do curso de cada um e seu ritmo de progresso, de Nirvana a Nirvana, está regido por causas que ele mesmo cria como conseqüência das exigências nas quais ele próprio se encontra aprisionado. (Mestre Morya).

 

Conceber uma eternidade de bem-aventurança [paraíso] ou de sofrimento [inferno] como resultado de qualquer ação de mérito ou demérito de um ser que possa ter vivido um século – ou até um milênio, se quiser – em corpo físico, é algo que somente pode ser proposto por alguém que nunca captou a esmagadora realidade da palavra Eternidade, nem refletiu sobre a lei da perfeita justiça e do equilíbrio que impregna toda a Natureza. (Mestre Morya).

 

Não houve quatro, e sim cinco raças. Nós mesmos somos esta quinta, com remanescentes da quarta (uma evolução ou raça mais perfeita com cada ronda 'mahacíclica'), enquanto que a primeira raça não apareceu sobre a Terra há meio milhão de anos – segundo a teoria de Fiske – e sim há vários milhões. (Mestre Morya).

 

A Natureza 'fecha a porta atrás de si', em mais de um sentido, à medida que avança. (Mestre Morya).

 

Nada em a Natureza chega à existência repentinamente; tudo está sujeito à mesma lei de evolução gradual... A Natureza segue o mesmo curso, desde a 'criação' de um universo até a de um mosquito... Não existe mais do que uma Lei. (Mestre Morya).

 

O único e principal atributo do Princípio Espiritual Universal – o inconsciente mas sempre ativo doador da vida – é o de expandir-se e derramar-se; o do Princípio Material Universal é recolher e fecundar. Inconscientes e não-existentes, quando separados, eles se tornam consciência e vida quando trazidos juntos. Daí, novamente, Brahma – da raiz 'brih' – a palavra sânscrita para 'expandir, crescer ou frutificar', sendo Brahma a força vivificante expansiva da Natureza na sua evolução eterna. (Mestre Morya).

 

Não se pode atribuir responsabilidade a uma individualidade inconsciente, e, portanto, esta não pode ainda, em nenhuma etapa do seu progresso, fazer algo para escolher uma ou outra das divergentes sendas. Ou, existirá algo, mesmo na vida de um vegetal, que embora sem responsabilidade, possa levá-lo para cima ou para baixo, neste estágio crítico do seu progresso? Tendo completado todo o ciclo como vegetal, a crescente individualidade expande-se no próximo circuito numa forma animal.... A evolução dos mundos não pode ser considerada separada da evolução de tudo criado ou existente nestes mundos. (Mestre Morya).

 

O nosso planeta e nós mesmos, não somos mais 'criações' do que as neves que tenho atualmente diante de mim (na casa do nosso K. H.), mas que ambos, o planeta e o homem, são estados correspondentes a um determinado tempo; que seus aspectos presentes – geológico e antropológico – são transitórios, e apenas uma condição concomitante com aquele estado de evolução a que chegaram no ciclo descendente. (Mestre Morya).

 

Há 'um único' elemento ou princípio no Universo, sendo aquele andrógino... O primeiro filósofo proclamou que o TODO é 'Maya',3 exceto aquele Princípio Uno que só descansa durante os 'Mahapralayas', as noites de Brahma... (Mestre Morya).

 

Tudo é uma só Lei. O homem tem os seus sete princípios, cujos germens ele traz ao seu nascimento. Assim ocorre com um planeta ou em um mundo. Da primeira até a última, cada esfera tem o seu mundo de efeitos, e a passagem por ele proporcionará um lugar de repouso final a cada um dos princípios humanos, excetuando-se o sétimo. O mundo A nasceu, e com ele, em seu primeiro sopro de vida, como mariscos presos ao casco de um navio em movimento, evoluem os seres vivos de sua atmosfera – dos germens até então inertes e agora despertando para vida – com o primeiro movimento da esfera. Com a esfera A, principia o reino mineral, que percorre a ronda da evolução mineral. Quando esta se completa, a esfera B se torna objetiva e atrai para si a vida que já completou a sua ronda na esfera A e que se converteu em um EXCEDENTE (a fonte da vida é inesgotável, pois é a verdadeira 'Araché', fadada a tecer eternamente a sua tela, salvo nos períodos de 'Pralaya'). Logo advém a vida vegetal na esfera B e o mesmo processo se verifica. No seu curso descendente a 'vida' se torna cada vez mais densa, mais material; em seu curso ascendente, mais indistinta. Não, não existe, nem pode existir nenhuma responsabilidade, até o tempo em que matéria e espírito estejam adequadamente equilibrados. Até chegar ao homem, a 'vida' não tem responsabilidade de qualquer forma, como ocorre com o feto que, no ventre materno, passa através de todas as formas de vida – como um mineral, um vegetal, um animal, para se tornar, finalmente, um homem. (Mestre Morya).

 

O homem tem a 'potencialidade' de todos os sete princípios em gérmen, desde o primeiro instante em que aparece no primeiro mundo das causas, como um sopro indistinto que se coagula e se solidifica junto com a esfera matriz. (Mestre Morya).

 

O Espírito (ou Vida) é indivisível. (Mestre Morya).

 

Não é a forma externa ou o contorno físico que desonram e poluem os cinco princípios, mas a perversidade mental. (Mestre Morya).

 

Assim, só quando chega à Quarta Ronda – ao atingir a completa posse de sua Energia Kâmica e amadurecê-La completamente – é que o homem se torna plenamente responsável; assim como na Sexta pode se converter em um Buda, e na Sétima, antes do 'Pralaya', em um 'Dhyan Chohan'. O mineral, o vegetal, o homem animal, todos têm que percorrer suas Sete Rondas durante o período de atividade terrestre – o 'Mahayuga'. (Mestre Morya).

 

O gênero humano e cada coisa vivente no planeta aumentam a sua materialidade com o planeta. (Mestre Morya).

 

A Humanidade atual encontra-se em sua Quarta Ronda (Humanidade entendida como um gênero, uma espécie, não como Raça), do ciclo evolutivo pós-'pralayco'; e como as suas diferentes raças, também as entidades individuais nelas, cumprem inconscientemente seus ciclos terrestres setenários locais. Daí a enorme diferença em seus graus de inteligência, energia e assim por diante. (Mestre Morya). (Grifos meus).

 

O homem perfeito ou a entidade que alcançou a perfeição plena (por haver amadurecido cada um dos seus sete princípios) não renascerá aqui. Seu ciclo local terrestre se completou, e tem que seguir avançando ou ser aniquilado com uma individualidade. (As entidades incompletas têm que renascer, reencarnar). Em sua Quinta Ronda, depois de um Nirvana parcial, quando já foi alcançado o zênite do grande ciclo, daí em diante, eles se farão responsáveis em sua descida de esfera em esfera, já que deverão aparecer sobre esta Terra como uma raça ainda mais perfeita e intelectual. Este curso descendente ainda não começou, mas logo começará. Só que, quantos, mas quantos serão destruídos no caminho! (Mestre Morya). (Grifos meus).

 

Dividimos os minerais (e também os outros reinos) de acordo com suas propriedades ocultas, isto é, de acordo com a proporção relativa dos Sete Princípios Universais que contêm. (Mestre KH).

 

A planta e o animal abandonam suas estruturas quando a vida se extingue. O mesmo faz o mineral, apenas que a intervalos maiores, já que seu corpo rochoso é mais duradouro. O mineral morre ao final de cada ciclo manvantárico ou ao final de uma 'Ronda'. (Mestre KH).

 

Há sete raças raízes e sete sub-raças ou ramificações [de tal forma que] uma vida em cada uma das sete raças raízes, sete vidas em cada uma das 49 sub-raças (ou 7 X 7 X 7 = 343) e acrescente mais sete. E depois, uma série de vidas em raças subsidiárias e ramificadas, totalizando 777 as encarnações do homem em cada estação ou planeta. O princípio da aceleração e do retardamento aplica-se neste caso para eliminar todas as estirpes inferiores e deixar somente uma única superior para formar o último anel. Isto não é muito para se dividir pelos milhões de anos que o homem passa em um planeta. Vamos considerar apenas um milhão de anos – período suspeitado e agora aceito pela vossa Ciência – para representar o período completo da existência do homem na Terra, nesta Ronda. Considerando uma média de cem anos para cada vida, verificamos que enquanto ele passou em todas as suas vidas no nosso planeta (nesta Ronda) apenas 77.700 anos, esteve nas esferas subjetivas durante 922.300 anos. Não é muito encorajamento para os modernos e exagerados reencarnacionistas que dizem relembrar suas várias existências anteriores! (Mestre KH).

 

A Quinta Ronda ainda não começou em nossa Terra, e as raças e sub-raças de uma ronda não podem ser confundidas com as de outra. Pode-se dizer que a Humanidade da Quinta Ronda 'começou', quando, no planeta que precedeu o nosso, não restar um só homem daquela Ronda, e na nossa Terra nenhum da Quarta. Devereis também saber que os ocasionais homens da Quinta Ronda (tão-só uns poucos) que aparecem entre nós como precursores, não geram na Terra a progênie da Quinta Ronda. Platão e Confúcio foram homens da Quinta Ronda, e nosso Senhor foi um homem da Sexta, e mesmo o filho de Gautama, o Buddha, não foi, senão um homem da Quarta Ronda... Não, não estamos na Quinta Ronda, mas homens da Quinta Ronda têm vindo nos últimos poucos milhares de anos. Mas o que é esse pequeno intervalo de tempo em comparação com um dos vários milhões de anos que abrange a ocupação da Terra pelo homem, em uma só ronda? (Mestre KH).

 

Na evolução do homem, há um ponto culminante, um de extrema imersão, um arco descendente e um arco ascendente. Como é o 'Espírito' que se transforma em 'matéria' e não é a matéria que ascende (é a matéria que se resolve uma vez mais em Espírito) é lógico que a primeira e a última evolução da Raça em um planeta (como em cada ronda) terão que ser mais etéreas, mais espirituais, e a Quarta Ronda, ou mais baixa, será mais física, (de uma maneira progressiva, naturalmente, em cada ronda), e ao mesmo tempo, cada raça evoluída no arco descendente, deverá ser mais inteligente, fisicamente, do que a sua predecessora, e, no arco ascendente, cada uma delas terá uma forma mais refinada de mentalidade mesclada com a intuição espiritual, já que a inteligência física é a manifestação disfarçada da Inteligência Espiritual. (Mestre KH).

 

Há e tem que haver 'fracassos' nas raças etéreas de muitas classes de 'Dyan Chohans' ou 'Devas', bem como entre os homens. Mas como esses fracassados alcançaram um grau bastante alto de progresso e de espiritualidade para serem arremessados para trás irresistivelmente, de seu estado de 'Dyan Chohans', no vórtice de uma nova e primordial evolução através dos reinos inferiores, eis o que sucede, então: ao se começar a evolução de um novo sistema solar, estes 'Dyan Chohans' (recordai a alegoria hindu dos 'Devas' caídos, arrojados por 'Siva' no 'Andarah', aos quais 'Parabrahm' permite que considerem esse estado como intermediário, no qual podem se preparar por uma série de renascimentos, para um estado mais alto, uma nova regeneração) são levados por uma onda de vida para nascer 'adiante' dos elementais, permanecendo como uma força espiritual inativa ou latente dentro da aura do nascente mundo de um novo sistema, até que surja o estágio da evolução humana. Então 'Karma' os alcança, e terão que aceitar o amargo copo da retribuição até a última gota. Depois, se transformam em uma Força ativa e se mesclam com os elementais ou entidades do reino puramente animal, que já progrediram, para desenvolver, pouco a pouco, o tipo pleno do gênero humano. Com esta mescla, perdem a sua alta inteligência e espiritualidade do estado 'Dévico', para recuperá-las no final do Sétimo Anel, na Sétima Ronda. (Mestre KH).

 

Resumo do que acontece nas Sete Rondas:

1ª. Ronda - Um ser etéreo, não-inteligente, mas superespiritual. Em cada uma das subseqüentes raças, sub-raças e raças menores da evolução ele cresce cada vez mais e se torna um ser rodeado por envoltórios ou encarnado, mas ainda, predominantemente etéreo. E como os animais e vegetais, desenvolve corpos monstruosos em conformidade com seu rústico ambiente.

2ª. Ronda - Ele é ainda gigantesco e etéreo, mas crescendo mais firme e mais condensado no corpo, já é um homem mais físico, embora ainda menos inteligente do que espiritual porque a evolução da mente é mais lenta e difícil do que a da estrutura física, e não se desenvolve tão rapidamente como o corpo.

3ª. Ronda - Agora já tem um corpo completamente sólido e compacto. A princípio sob a forma de um gigantesco símio, mais inteligente (ou mais astuto) do que espiritual. Pois, no arco descendente ele atingiu agora o ponto onde a sua espiritualidade primordial é eclipsada ou obscurecida pela nascente mentalidade. Na última metade desta Terceira Ronda, a sua estatura gigantesca decresce, seu corpo melhora em textura (talvez o microscópio possa auxiliar para demonstrar isso) e ele se torna mais racional, embora mais um símio do que um homem 'dévico'.

4ª. Ronda - O intelecto tem um enorme desenvolvimento nesta Ronda. As raças mudas adquirirão a nossa fala humana, no nosso globo, no qual, depois da 4ª. raça, a linguagem é aperfeiçoada e o conhecimento das coisas físicas aumenta. Neste ponto mediano da 4ª. Ronda, a Humanidade ultrapassa o PONTO CRÍTICO DO CICLO MANVANTÁRICO MENOR; (Assim também, no ponto médio da evolução de cada raça raiz ou maior, em cada ronda, o homem atravessa o equador de sua carreira naquele planeta, e esta mesma regra é aplicada à evolução inteira, ou seja, às sete rondas do 'manvantara' menor, isto é: 7 rondas divididas por 2 = 3,5 rondas). Neste ponto, então, o mundo se expande com os resultados da atividade intelectual e da DIMINUIÇÃO ESPIRITUAL. Na primeira metade da Quarta Raça, nasceram as ciências, as artes, a literatura e a filosofia, eclipsando-se numa nação para nascer em outra. A civilização e o desenvolvimento intelectual seguem girando em ciclos setenários, como tudo mais, entretanto, é apenas na segunda metade que o Ego Espiritual começará a sua verdadeira luta com o corpo e a mente para manifestar os seus poderes transcendentais. Quem ajudará na gigantesca luta que se aproxima? Quem? Feliz o homem que ajuda uma mão auxiliadora.

5ª. Ronda - Continua o mesmo desenvolvimento relativo e a mesma luta.

6ª. Ronda

7ª. Ronda

Dessas não necessitamos falar. (Mestre KH).

 

Desde o momento de sua concepção, até que complete o seu sétimo mês de gestação, o feto humano repete em miniatura os ciclos mineral, vegetal e animal pelos quais passou, em suas anteriores materializações, e é só durante os últimos dois meses que desenvolve a sua futura entidade humana, a qual só ficará completa no sétimo ano da criança. (Mestre KH).

 

Nem todo globo se converte em 'portador de humanidade'. (Mestre KH).

 

A cada vez que desenvolve um novo centro de atividade do interior de si mesmo, a 'força' se multiplica 'ad infinitum', sem perder jamais uma só partícula de sua natureza em quantidade ou qualidade. Entretanto, à medida que progride, acrescenta algo mais à sua diferenciação. Essa 'força', assim denominada, mostra ser verdadeiramente indestrutível mas não é correlata e não é conversível, mas bem poderia se dizer que cresce e se expande em 'algo distinto', enquanto nem a sua própria potencialidade nem o seu ser são afetados, no mínimo que seja, pela transformação. (Mestre KH).

 

 

 

 

Só há um Elemento. Falando metafisicamente, é um substrato ou causa permanente de todas as manifestações no universo fenomenal. Os antigos falavam de cinco elementos perceptíveis: Terra, Água, Ar, Fogo, Éter e de um elemento (imperceptível aos não-iniciados) o 6º. Princípio do Universo: chamemo-lo 'Purush Sakti'. E quanto a falar do sétimo, fora do santuário, era passível de morte. Mas, estes cinco apenas são os aspectos diferenciados do Uno. Assim como o homem é um ser sétuplo, da mesma maneira é o Universo; aquele, um microcosmo setenário, está para o macrocosmo setenário, assim como uma gota de água de chuva está para a nuvem da qual caiu e à qual voltará no curso do tempo. Neste Elemento Uno estão compreendidas ou incluídas as distintas tendências para a evolução do Ar, da Água, do Fogo etc. (desde uma condição puramente abstrata até concreta); e quando chamamos de elementos a estes últimos, é para indicar suas capacidades potenciais para produzir infinitas mudanças de forma de evolução do ser. Vamos representar a quantidade desconhecida por X: esta quantidade é o Princípio Uno, Eterno e Imutável, e A, B, C, D e E são cinco dos seis princípios menores ou componentes do mesmo, isto é, os princípios da Terra, da Água, do Ar, do Fogo e do Éter ('Akasa'), seguindo a ordem de sua espiritualidade e começando com o inferior. Há um Sexto Princípio que corresponde ao Sexto Princípio 'BUDDHI' no homem, mas que não podemos nomear, exceto entre os Iniciados. (Para evitar confusões, lembrai-vos que, ao se considerar a questão do lado da escala descendente, o Todo Abstrato ou Princípio Eterno, seria designado numericamente como o primeiro, e o Universo fenomênico como o sétimo, e tanto em relação ao homem ou ao Universo, visto do outro lado, a ordem numérica seria exatamente a contrária revertida). Eu posso, entretanto, sugerir que ele está ligado com o processo da mais alta intelecção. Chamemo-lo de N. E, além destes, há subjacente a todas as atividades do Universo fenomenal um impulso energizador vindo de X; chamemo-lo de Y. Estabelecida algebricamente a nossa equação poderia ser lida: A + B + C + D + E + N + Y = X. Cada uma dessas seis letras representa, digamos, o espírito ou abstração do que chamais elementos (o vosso pobre inglês não me oferece outra palavra). Este espírito governa toda a linha de evolução em seu próprio departamento, no curso de todo o ciclo 'manvantárico'. Este Espírito é a Causa Formativa, Vivificante, Impelidora e Desenvolvedora que opera por trás das inumeráveis manifestações fenomênicas desse departamento da Natureza. Vamos tratar de esclarecer a idéia com um só exemplo. Tomemos o fogo. D – o princípio ígneo primário residente em X – é a causa essencial de toda manifestação fenomênica ígnea em todos os globos da cadeia. As causas imediatas são os agentes ígneos secundários e evoluídos que controlam separadamente as Sete descidas do Fogo em cada planeta, (cada elemento tem seus sete princípios e cada princípio os seus sete subprincípios, e estes agentes secundários, antes de atuar, terão, por sua vez, se convertido em causas primárias). D é um composto setenário cuja fração mais elevada é Espírito Puro. Como o vemos em nosso globo, ele está em sua condição mais grosseira e mais material, tão grosseiro em sua maneira como o homem em sua forma física. No globo que nos precedeu imediatamente, o Fogo era menos denso do que aqui; no precedente era menos ainda. Assim, o corpo da chama era mais e mais puro e espiritual. No primeiro de todos da cadeia 'manvantárica' apareceu como um resplendor objetivo, quase que totalmente puro – o 'Maha Buddhi', o Sexto Princípio da LLuz Eterna. Como o nosso globo se acha no fundo do arco, onde a matéria se apresenta em sua forma mais grosseira em companhia do espírito, quando o elemento Fogo se manifestar no próximo globo, subseqüente ao nosso no arco descendente, será menos denso de como o vemos agora. A sua qualidade espiritual será idêntica àquela que teve no globo que precedeu ao nosso no arco descendente; o segundo globo do arco ascendente corresponderá em qualidade, ao segundo globo anterior ao nosso no arco descendente etc. Em cada globo da cadeia há sete manifestações do Fogo, das quais, a primeira, pela ordem, corresponderá, quanto à qualidade espiritual, à última manifestação no planeta imediatamente precedente. Como deduzireis, o processo se inverte no arco oposto. A miríade de manifestações específicas destes seis elementos universais é, por sua vez, nada mais do que galhos, ramos e ramificações da una, singular e primordial 'Árvore da Vida'. (Mestre KH).

 

Há três espécies de 'pralayas' e 'manvantaras': 1. O 'pralaya' e o 'manvantara' universal ou 'Maha'. 2. O 'pralaya' e o 'manvantara' solares. 3. Os 'pralayas' e os 'manvantaras' menores. Quando o 'pralaya' nº 1 está terminado começa o 'manvantara' universal. Então, todo o Universo tem que ser reevoluído de novo. Quando advém o 'pralaya' de um sistema solar, ele afeta somente aquele sistema solar. Um 'pralaya' solar é igual a 7 'pralayas' menores. Os 'pralayas' solares menores de nº 3 dizem respeito somente à nossa pequena cadeia de globos, sejam eles portadores de Humanidades ou não. A nossa Terra pertence à essa cadeia. Além disso, dentro de um 'pralaya' menor existe um estado de repouso planetário ou, como dizem os astrônomos, de 'morte', como ocorre com a nossa atual Lua, na qual subsiste o corpo rochoso do planeta, mas o impulso vital foi extinto. Por exemplo: imaginemos que a nossa Terra pertença a um grupo de sete planetas ou mundos portadores de homens, dispostos mais ou menos em forma elíptica. Ocupando a nossa Terra exatamente o ponto central inferior da órbita de evolução, isto é, tendo chegado à metade da ronda, chamaremos ao primeiro globo de A, e ao último de Z. Após cada 'pralaya' solar há uma destruição completa de nosso sistema, e depois de cada sistema e, à cada vez, tudo se faz mais perfeito do que antes. (Mestre KH).

 

Nós, homens da Quarta Ronda, já estamos alcançando a segunda metade da Quinta Raça de nossa Humanidade da Quarta Ronda, enquanto os homens (os poucos precursores) da Quinta Ronda – embora estando ainda na sua Primeira Raça (ou melhor, classe) – são incomensuravelmente mais elevados do que nós espiritualmente, senão intelectualmente, já que tendo completado o desenvolvimento deste Quinto Princípio (alma intelectual), estão mais próximos do que nós, mais em contato com o seu Sexto Princípio, 'Buddhi'. Naturalmente, os indivíduos não estão igualmente desenvolvidos em todos, mas esta é a regra. (Mestre KH).


Para recapitular: em cada ronda há 7 anéis planetários ou terrestres para cada reino e um obscurecimento de cada planeta. O 'manvantara' menor está composto de 7 rondas, 49 anéis e 7 obscurecimentos. O período solar se compõe de 49 rondas etc... O pensamento humano se frustra ao especular quantos dos nossos 'pralayas' solares deverão ocorrer antes que chegue a Grande Noite Cósmica – e Ela chegará. (Mestre KH).

 

O Elemento Uno não somente enche o espaço e É o espaço, como também interpenetra cada átomo da matéria cósmica. (Mestre KH).

 

Quando soar a hora do 'pralaya' solar – embora o processo do avanço do homem em sua última Sétima Ronda seja precisamente o mesmo – cada planeta, em vez de meramente passar do visível para o invisível, à medida que o homem o abandona, será aniquilado. Com o início da Sétima Ronda do sétimo 'manvantara' menor, cada reino, tendo agora atingido o seu último ciclo, permanece em cada planeta, depois da saída do homem, apenas o aspecto ilusório das formas que outrora ali viveram e existiram. A cada passo que o homem dá nos arcos descendentes e ascendentes, conforme passa de Globo para Globo, o planeta deixado para trás se converte em uma forma vazia e cristalóide. Na sua saída, há um fluxo para fora das entidades de cada reino. Aguardando a passagem, a seu devido tempo, para formas superiores, elas são, não obstante, liberadas, porque, até o dia dessa evolução, descansarão mergulhadas em seu sono letárgico no espaço, até que, outra vez, sejam energizadas para a vida em um novo 'manvantara' solar. Os antigos elementais descansarão até que sejam chamados para que se convertam, por sua vez, em corpos de entidades minerais, vegetais e animais (em outra cadeia mais elevada de globos), em seu caminho para se tornarem entidades humanas (veja Isis), enquanto que as entidades germinais das formas mais inferiores (e nessa época de perfeição geral restarão muito poucas) ficarão suspensas no espaço como gotas de água, repentinamente congeladas, convertidas em pingentes. Elas se derreterão ao primeiro sopro quente de um 'manvantara' solar e formarão a alma dos futuros globos... O lento desenvolvimento do reino vegetal é possibilitado pelo descanso interplanetário maior do homem... Quando chega o 'pralaya' solar, toda a Humanidade purificada mergulha no Nirvana, e desse Nirvana intersolar ela renascerá nos sistemas mais elevados. O anel de mundos se destrói e, como uma sombra, desaparece na parede quando a luz é apagada. Temos todos os indícios de que no momento atual está ocorrendo em algum lugar um 'pralaya solar', enquanto dois menores estão terminando. (Mestre KH).

 

No princípio de um 'manvantara' solar, os elementos até então subjetivos do mundo material, nessa fase dispersos como pó cósmico, ao receber o impulso dos novos 'Dhyan Chohans' do novo sistema solar (os anteriores e mais elevados passaram para níveis superiores) formarão as ondulações primordiais da vida e separando-se em centros de atividade diferenciados, combinam-se numa escala graduada dos sete estágios de evolução. Como qualquer outro mundo do espaço, a nossa Terra tem que passar através de uma escala de sete estados de densidade antes de alcançar o seu último nível de materialidade. (Mestre KH).

 

É um erro supor que a Terra cairá no Sol. O próprio Sol é o primeiro a se desintegrar num 'pralaya solar'. (Mestre KH).

 

Os Graus de Iniciação de um Adepto marcam as Sete Etapas nas quais Ele descobre o Segredo dos Princípios Sétuplos na Natureza e no homem e desperta os seus poderes latentes. (Mestre KH).

 

 

 

 

Continua: Terceira Parte

 

 

 

 

 

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Notas:

1. Torah (do hebraico, significa instrução, apontamento, lei) é o nome dado aos cinco primeiros livros do Tanakh (também chamados de Hamisha Humshei Torah - as cinco partes da Torah) e que constituem o texto central do Judaísmo. Contém os relatos sobre a criação do mundo, a origem da Humanidade, o pacto de Deus com Abraão e seus filhos e a libertação dos filhos de Israel do Egito e sua peregrinação de quarenta anos até a Terra Prometida. Inclui também os mandamentos e as leis que teriam sido dadas à Moisés para o povo de Israel.

2. Manvantara, segundo a Teosofia, é o período de tempo do ciclo de existência dos planetas em que ocorre atividade. Ele dura, segundo o cômputo dos brâmanes, 4.320.000.000 de anos. O período de inatividade, chamado Pralaya, tem a mesma duração. Tomando 360 Manvantaras e igual número de Pralayas, obtém-se um Ano de Brahman. A duração de 100 Anos de Brahman forma uma Vida de Brahman, também chamada de Mahamanvantara, durando no total 311.040.000.000.000 anos. Este é, segundo Blavatsky, o período de atividade do cosmo, seguindo-se um período de inatividade, chamado Mahapralaya, de igual duração.

3. Em Advaita Vedanta, maya é ilusão. Maya é a fonte do ilusório, do que não é atual, do que encobre a atualidade cósmica. Para Schopenhauer, o véu de maya é o véu da ilusão, ou seja, o mundo enquanto representação e submetido ao princípio de razão puramente humana e objetiva. Enfim, tanto para Schopenhauer como para Kant, o mundo conhecido é o mundo dos fenômenos, isto é, representações objetivas do mundo através do conhecimento objetivo e sensorial do mundo, pois o objeto conhecido é o objeto como o sujeito o apresenta à sua consciência através de formas e categorias objetivas e subjetivas. Porém, como muito bem escreveu Ana Cristina Lutz Barbosa no seu ensaio A Ira de Aquiles e a Hesitação de Arjuna, a maior dádiva concedida aos humanos é o consolo metafísico de que sob o turbilhão de fenômenos, sob o véu de Maya – o véu da ilusão – continua fluindo a Vida Eterna. Isso, sim, é a maravilha das maravilhas, o milagre dos milagres, a esperança mística de todas as esperanças!

 

 




Bibliografia:

LEWIS, H. Spencer. Manual Rosacruz. 6ª edição. Coordenação de Maria A. Moura. Biblioteca Rosacruz. Volume especial. Rio de Janeiro: Renes, s. d.

SINNETT, Alfred P. O mundo oculto (A verdade sobre as cartas dos Mahatmas). Tradução de Alf Eyre. Brasília - DF: Editora Teosófica, 2000.

 

Páginas da Internet e Websites consultados:

http://br.geocities.com/cosmosofia_rdfa/textos9.html

http://www.levir.com.br/membros/membros7.php

http://www.levir.com.br/membros/ml/indexlt.htm

http://www.levir.com.br/membros/ml/intronotes.htm

http://www.extrabyte.info/img/moneta.gif

http://en.wikipedia.org/wiki/Allan_Octavian_Hume

http://pt.wikipedia.org/wiki/Manvantara

http://users.ez2.net/nick29/theosophy/lessons16.htm

http://www.urutagua.uem.br//005/07fil_fontana.htm

http://www.filosofiavirtual.pro.br/naturezaschopenhauer.htm

http://www.tantrayoga.pro.br/Diversos/Aquiles_e_Arjuna.pdf

http://pt.wikipedia.org/wiki/Tor%C3%A1

 

Música de fundo:

La Mer

Fonte:

http://www.damadanoite.adm.br/internacionais.htm