RUBÁYYÁT 8

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Uma pergunta para a qual eu não consigo encontrar uma resposta adequada:

É evidente que eu não precisaria acrescentar o comentário, em parte histórico, que irei apor, mas farei isso. Como qualquer instituição humana, a Igreja Católica teve e tem lá seus simoníacos e seus demônios e seus Santos e seus Iniciados. São exemplos de demônios: Rodrigo Borgia (papa Alexandre VI), César Borgia (filho de Rodrigo Borgia elevado, sucessivamente, por Rodrigo a bispo, a arcebispo e a cardeal aos dezoito anos!!!) e Lucrécia Borgia (filha de Rodrigo Borgia que teria tido um filho com seu irmão César Borgia). São exemplos de Santos e Iniciados: Aurelius Augustinus, Francesco Bernardone, Angelo Giuseppe Roncalli (Papa João XXIII)... Então, repito: Por que tanta incompreensão? Por que tanta intolerância? Por que tanta desfaçatez? Por que tanta... Por que tentar esconder o próprio lixo debaixo do tapete? Enganar? A quem? Por outro lado, a Igreja Católica também não está só composta por homossexuais e pedófilos. Todavia, se estivesse, quem poderia julgar? Cada um faz o que quer e, ipso facto, responde por seus atos. O exagero forçado nos comentários acima foi para chamar a atenção daqueles que metem uma trave em cada olho e não querem ver o que deve e precisa ser visto, pois só vendo o que deve e precisa ser visto é que poderemos conhecer a humildade e a tolerância, irrestritamente. O ilimitado Universo global é constituído de ilimitados universos-ilhas que, ininterruptamente, funcionam como cadinhos cósmicos nos quais tudo é transmutado... ascensionalmente. Portanto, nada justifica qualquer tipo de preconceito. Pela Lei da Entropia seremos todos 'mutabilizados'; pela Lei da Regeneração seremos todos ascensionados. Paz Profunda a todos os seres. Enfim, Vicente Velado, FRC, Abade da Ordo Svmmvm Bonvm para o Terceiro Mundo, em um de seus escritos, ensinou: Um MESTRE [e quem tem caráter, me permito acrescentar] não faz ataques a pessoas ou a instituições, não discrimina seres humanos por sua opção sexual, pela cor ou pela condição social. Não ofende, não agride e sequer demonstra qualquer sombra de intolerância, de arrogância ou de prepotência. O Frater Velado diz mais: Os seres não nascem já dotados ou infundidos de uma 'alma' que tudo permeie; mas, eles mesmos é que a criam — quando o fazem. Isso não é um privilégio de criaturas humanas; qualquer animal pode fazer isso, consciente ou inconscientemente. As criaturas que não produzem uma alma (a sua contraparte 'imaterial'), ao serem submetidas ao evento da morte, são abolidas da individualidade e recicladas na massa energética, que retém todas as experiências dos seres individuais em registros que constituem a sua memória. Essa memória é usada para definir, em um todo harmônico, como serão as novas vibrações que irão criar novos seres e mundos inteiros. Para quem quiser se borrar de medo, leia, ainda, o que Velado afirma: A reencarnação não é uma regra geral para os seres, mas uma exceção, visto que a maioria dos seres é simplesmente reciclada, sendo o seu 'lúmen' (essência cognitiva primordial) empregado na constituição de novas manifestações (criaturas ou não) — tal como se dá com galáxias inteiras, enquanto umas poucas subsistem como seres cósmicos em permanente evolução e progresso — situados em um Patamar ETERNO ou em um plano intermediário de ‘baldeação’. Tenho dito e repetido que o pior moralista é o moralista de salão. É Natal; precisamos pensar muito nisso.

Observação:

Para um entendimento concertado do último rubáy, sugiro a leitura dos textos que escrevi há algum tempo:

1º - Depoimento: Em Pasárgada não encontrei a paz

http://paxprofundis.org/livros/pasargada/pasargada.html

2º - As Prostitutas (Que Eu Tanto Amei)

http://paxprofundis.org/livros/prostitutas/prostitutas.html

Música de fundo:

Strangers In The Night (Charles Singleton, Eddie Snyder & Bert Kaempfert)

Fonte:

http://home.arcor.de/dinoandfriends/frank_midis.htm

 

Rio de Janeiro, 26 de dezembro de 2006.