DEPOIMENTO: Em Pasárgada não encontrei a paz
Rodolfo Domenico Pizzinga
Música de fundo: Alleluia Schola
Cantorum do Pontifício Col. Intern. dos
pensando que era infeliz. No coração: dor e frio. O corpo: um só arrepio. À minha Origem Matriz fazia moucos ouvidos. Não sabia ser feliz.
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alguém falar em Pasárgada. Fui à busca da mulher amada, que ilusoriamente sonhei, pra muito sexo fazer na cama que sempre ideei. Fui-me embora pra Pasárgada, sem destino e sem tino. Aventura, extravagância e prazer.
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acontecesse o milagre de encontrar a calidez que em sonho eu sonhava. E a vida de vinagre, que nunca terminava, oxalá, por uma benção, pudesse mudar de vez. Era assim que eu pensava como néscio e toleirão.
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um grande susto tomei. Ninguém se importava com o rei. Também não se importava o rei. Não tomei banhos de mar porque lá não existia mar. Fiquei aflito em Pasárgada! O rio estava ressequido; não pude chamar a mãe-d'água para vir me consolar. Algumas prostitutas haviam morrido, outras envelhecido sem ter com quem poder estar... Contraceptivo? Como usar? Burro brabo e pau-de-sebo? — Acabaram — contou-me um mancebo. Quase desesperei... Mas nunca quis me matar. Pasárgada não era o lugar, pra viver, amar ou aventurar. Muito menos se suicidar.
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percebi enternecido que lá não havia lei. Alcalóide, sim, à vontade. Ninguém se importava com o rei. Também não se importava o rei. Mentira em lugar da verdade; só se respirava falsidade. Ninguém se importava com o rei. Também não se importava o rei. O povo vivia oprimido: não conhecia a liberdade, não praticava a fraternidade, não exercitava a eqüidade. Ninguém se importava com o rei. Também não se importava o rei. Locupletação, isto sim, era a regra que vigia do arrebol ao sem-fim. Mais-valia... Sobrevalia... Ninguém se importava com o rei. Também não se importava o rei. Pasárgada: quimera sem lei. Não havia felicidade, fé, esperança ou caridade. Tão-somente deslealdade e muita perversidade! Ninguém se importava com o rei. E muito menos se importava o rei.
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Não conhecia a ambição. Diversões e brincadeiras: carniça, bola, pega-ladrão. Em casa, apenas o rádio. Telefone e televisão eram panelas e chaleiras que eu brincava pelo chão. Minha mãe, lavando roupa – para que não faltasse pão – sempre dizia: — Filho, poupa. Amanhã pode faltar pão. Eu fedelho, quanta saudade! Ausência de sofreguidão.
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— Por que estar, então, sussurrou o Som do Silêncio, tão assim na contramão? Lute para vencer o magnetismo fatal, a infame perseguição, o império dos desregramentos e a absurda estagnação.
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daquele sonho inconseqüente. Encontrei a Rosa+Cruz que uma certa contraparente falou-me sem ter presente do Caminho e da LLuz que me tornariam diferente.
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1969 – Ano da Libertação! – em cuja redução teosófica aparece incontestemente o Sete da Regeneração!
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SÂR Validivar, então – em três oportunidades distintas – falou ao meu Coração.
que minh'alma acarinhava, pois eu não percebia a diferença entre a LLUZ e as penumbras. Então, encontrei o Rei, – que em meu ser sempre habitou – esperando em Santo Silêncio que chegasse a Nona Hora, Hora na qual me Iniciou. O dragão foi dominado. Amor: Sabedoria, Vontade, Atividade. O Número que não pode ser revelado.
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com Amor e Contristação. Choro pelos inebriados, oro pelos desgarrados, peço Luz para os desalmados – entra dia, sai dia – de pé, mas sempre deitados. Em meu Sanctum Imaculado – no qual persigo a Verdade – oro para mitigar o desvario da Humanidade.
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Hoje eu compreendo que a única afirmação é render-se ao Mestre-Irmão: Força de exclusiva opção que operará a Transfiguração do estando em eterno sendo. O Caminho só será florido pela Via da Iniciação no Sendeiro do Coração.
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fora, só há ilusão. Quatro Rosas no chapéu, uma no Coração. Ora et Labora Labora et Ora em tua Peregrinação, para que possa ser operada a Alquimia Transcendente de todo e qualquer labéu. Tudo será, então, completamente diferente, pois o que oculto estava, sorrindo, faz-se presente!
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Mas orar e trabalhar é só uma parte da faina. Solve et Coagula para que o Trabalho Alquímico não se reduza a paina que adeja pelo ar. Este é o único Caminho para não se deixar devorar!
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