Este
estudo tem por objetivo apresentar para reflexão a 2ª parte
de alguns fragmentos da controvertidíssima obra Jesus
ou o Segredo Mortal dos Templários, de autoria de Robert
Ambelain.
Pensamentos
Ambelainianos
A
necessidade carece de lei, e o dinheiro é o nervo da guerra.
Bandidos,
assassinos e publicanos [cobrador
de impostos no Império Romano] devem ser colocados na
mesma categoria. (Talmud).1
De
maneira geral, os fatos históricos bíblicos são reais,
isto é inegável; o que é falso são os detalhes,
e, sobretudo, os comentários que [pelos
motivos mais sórdidos] foram sendo acrescentados daí
em diante.
Em
Jesus, havia
uma indiscutível autoridade e
uma obediência2
total dos seus colaboradores.
De
tal pai, tal filho De tal filho,
tal pai.
Os
católicos modernos não deixam jamais de sublinhar a ação
de Jesus expulsando os mercadores do Templo do templo, assim como os cambistas
de moeda, para demonstrar até que ponto o Cristianismo [primitivo]
era oposto ao Capitalismo até a morte.
Hosana
– Filho de David! Bendito O que vem em Nome de ADoNaY!3
Hosana nas alturas!
Os
gnósticos, os maniqueus, os templários e os cátaros
sempre se recusaram em confundir Jesus com Deus ou com o Cristo Superior
[Cósmico],
Celeste, puramente Espiritual e Pneumático.
Para
os ingênuos, famintos de milagres, tudo vale.
Não
se tira um peixe da água para o seu bem, a não ser em proveito
unicamente do pescador, e, com antecipação, pode-se dizer
que já
está «frito».4
ICHTYS
[]
Iesous Christos
Theou Yios Soter. [].
Jesus Cristo, Filho de Deus, Salvador.
ICHTHYS
(Símbolo do Peixe; Representa o Cristianismo)
Plágio
evidente dos escribas do século IV ao compor os Evangelhos: Jesus,
após Sua morte, teve Seu corpo envolvido com aromas, ressuscita no
terceiro dia e ocupa um lugar no Céu, perto de Deus. Tudo isto é
igual a Tammuz [deus sumério
da vegetação e do pastorício que morria todos os anos
para ressuscitar, simbolizando o ciclo de vida vegetal] e a Adonis
[Deus
grego eternamente negro, ligado à vida, à morte e à
ressurreição].
Jonas
no ventre de um enorme peixe marinho
Estupidez. Um homem vivendo três dias e três noites no estômago
de um enorme peixe marinho
não poderia dali sair vivo, fresco e desperto!
O
culto a Mithra [deus do Sol,
da sabedoria, das legiões e da guerra na Mitologia Persa]
reinou no Coração de seus fiéis durante mil e novecentos
anos. Seu desaparecimento coincidiu com as medidas adotadas pelos imperadores
cristãos e com a instigação dos padres da Igreja contra
tudo o que não era cristão, e cristão ortodoxo... Na
ceia dos seguidores de Mithra descobre-se esta surpreendente frase: «Quem
não comer de meu corpo e não beber de meu sangue, de modo
a se confundir comigo e eu com ele, não obterá a Salvação...»
(Citado por Martin Vermaseren)... Quando Mithra sobe ao Céu, ocupa
seu lugar ao lado de seu pai, Ahura Mazda [ou
Ormuzd, princípio ou deus do bem, segundo o Zoroastrismo e a Mitologia
Persa], e este declara que «orar à Mithra é
orar à Aura Mazda». No Evangelho de João,
V: 23
está escrito: «Que todos honrem o Filho como honram o Pai...»
Enfim, é impossível não admitir as interferências
do culto à Mithra no Cristianismo, introduzido (consciente ou inconscientemente)
pelos redatores anônimos dos Evangelhos.
O
batismo,
por imersão nas águas (não obstante, impuras) do Rio
Jordão, é uma cópia do Hinduísmo [Religião
Védica], existente há pelo menos vinte ou trinta
séculos na Índia e no Nepal.
50
é
o número do Logos; 666 é o número do demônio,
do mal.5
'Quem
quer provar muitas coisas não prova nenhuma', diz a sabedoria popular.
'As
trevas turvam o julgamento do homem.'
Na
época, Herodes Antipas [filho
de Herodes, o Grande] representava o poder temporário
judaico, enquanto Pontius Pilatus representava o poder temporário
romano, a potência ocupadora e protetora, e, portanto, superior. A
prisão de Jesus fez de Herodes e Pilatus amigos, pois, antes, eram
inimigos.
Durante
muito tempo,
Jesus gozou da benevolência discreta de uns e da neutralidade
prudente e da indiferença hostil de outros. Mas, um belo dia, Roma
esgotou, por fim, sua paciência, e decidiu terminar com Ele, e, então,
o Judaísmo oficial teve
que imprescindivelmente
tomar
partido. No Evangelho de João, XI: 50, lê-se: «Vocês
não sabem nada! Não compreendem que vale mais para todos que
morra um só homem pelo povo e que não pereça toda a
nação judia?»
Importante:
a História costuma apresentar os judeus como se esforçando
para condenar Jesus, e Pilatus (que tinha como tarefa essencial manter a
ordem, mas, a ordem romana unicamente, que implicava nos castigos romanos:
açoite com vara, chicotadas, prisão, decapitação,
crucificação etc.) se esforçando para O declarar inocente,
quando, com toda segurança, deve ter sido justamente o contrário.
Por isto, Jesus, efetivamente, não foi supliciado segundo a lei judia,
mas, segundo a lei romana e pelos romanos, não por judeus. A crucificação
jamais foi um modo de execução legal em Israel, e não
seria inovada com Jesus, e menos ainda na Páscoa. Por outro lado,
jamais aconteciam duas condenações de morte no mesmo dia:
isto era contrário à lei dos judeus. Portanto, o Sanedrim
[Sinédrio, assembléia
judia de anciãos da classe dominante à qual diversas funções
políticas, religiosas, legislativas, jurisdicionais e educacionais
eram atribuídas]
não poderia executar Jesus e os dois ladrões ao mesmo tempo
e no mesmo dia.
A
mais grave acusação contra Jesus foi a de ter pretendido ser
rei, ainda que clandestino e em potência.
No
caso dos condenados à cruz, era habitual indicar o motivo pelo qual
deviam sofrer este suplício, e, para isso, cravavam um cartaz no
qual estava escrito qual era o crime. E, no caso de Jesus, Pilatus mandou,
assim parece, que fosse escrito, literalmente, em latim, em grego e em hebreu
aquilo que constituía o motivo essencial de sua crucificação:
«Jesus de Nazaré, rei dos Judeus»,6
acrescentando, possivelmente, alguma alusão a seus feitos delitivos,
o qual justificava que fosse crucificado de cabeça para cima.
Como
observou o doutor Oscar Cullmann (1902 – 1999), exegeta e historiador
protestante, Jesus foi condenado à cruz como chefe zelote, e este
qualificativo bastava sobradamente para substituir todos os outros delitos,
em virtude de sua gravidade. E é também muito provável
que os dois «bandidos» que foram executados com Ele, a seu lado,
fossem também zelotes, membros de Sua tropa, quer dizer, aos olhos
dos romanos, malfeitores. Entretanto, esses dois
«bandidos» poderiam
ter sido membros do bando de Barrabás, como pensava o professor de
História Daniel-Rops.7
Se
Jesus afirmou ao bom ladrão que naquele mesmo dia estaria com Ele
no paraíso, como pôde descer aos infernos durante três
dias?
José
da Arimatéia era o proprietário da tumba onde foi inumado
Jesus; era discípulo de Jesus, mas, «em segredo, por temor
dos judeus»; era «membro do conselho» e, aparentemente,
do Sanedrim. Todavia, parece que José de Arimatéia,
em hebreu, é José bar-ha-mettim, quer dizer, «José
da-fossa-dos-mortos» – um coveiro de profissão. No Evangelho
Gnóstico
de Bartolomeu, o
proprietário do local onde foi sepultado Jesus não se chamava
José, mas, sim, Filogenes (do grego 'philos': amigo, e 'genos': nascimento,
vida). Ou seja: o Amigo da Vida.
O
sacerdote,
liturgista, autor e conferencista Lucien Deiss (1921
– 2007) afirmou que a autenticidade textual da frase
de perdão «Pai, perdoa-os, porque não sabem o que fazem»
(Evangelho de Lucas, XXIII: 34.) é controvertida.
O
Evangelho
de Mateus é de um pseudoMateus, porque o primeiro Evangelho
se perdeu já
na época do padre grego, teólogo
e filósofo neoplatônico patrístico
Orígenes,
o Cristão (Alexandria, Egito, cerca de 185 – Cesaréia,
ou, mais provavelmente, Tiro, 253).
Os
cristãos, durante vinte séculos, fundaram
seu anti-semitismo
permanente. Sobre esta falsidade-crueldade, justificaram-se as matanças,
as violações, os saques e os atos de violência contra
os judeus.
«Caia
o Seu sangue sobre nós e sobre nossos filhos» é
uma
frase encontrada somente no Evangelho de Mateus. Não foi jamais pronunciada
nestes termos pela massa judia congregada diante do palácio de Pilatus.
Foi elaborada, dos pés a cabeça, por nossos falsificadores
anônimos dos séculos IV e V, para justificar a cadeia implacável
de perseguições e de desgraças que se abateram sobre
o desgraçado povo judeu, cadeia cuja origem, eles, melhor do que
ninguém, podiam justificar.
Depois
da execução de Jacques de Molay (1244 – 1314) e de Geoffroy
de Charnay 1251
– 1314),
Grande-mestre e Comendador Provincial, respectivamente, da Ordem do Templo,
que foram queimados vivos em Paris, na Ilha da Cidade (exatamente na ilhota
conhecida como «Ilha dos Judeus»), o Papa Clemente V, nascido
Bertrand de Gouth (1264
– 1314)
morreu «nos primeiros quarenta dias», e, no mesmo ano, depois
de nove meses, morreu, por sua vez, o
Rei da França Filipe
IV, cognominado o Rei Belo, o Rei de Mármore ou o Rei de Ferro (1268
– 1314).8
Frase
derradeira pronunciada por Jesus: «ELI! ELOHIM! LAMA, ASTAGNA TANI!»
(Conjuração! Maldição! Por Lama, Astagna Tanií).9
Os
cristãos ordinários – que passaram à 'Gnosis'
–
afirmavam que o
mundo era obra de um demiurgo imperfeito, não de um Deus Supremo.10
Nos
Acta Pilati [Atos de Pilatus],
apócrifo copto, presente na primeira parte do célebre Evangelho
de Nicodemos, em seu segundo fragmento, está escrito: «Então,
na sexta hora, a escuridão se fez sobre a Terra inteira, até
a nona hora. O Sol se obscureceu. Jesus gritou com voz forte: "Aba...
Abi... Adach... Ephkidru... Adonai... Aroa... Sabel... Luel... Eloi... Elemas...
Abakdanei... Orioth... Mioth... Uaath... Sun... Perineth... Jothat..."»
Isto é o que se chama «Nomes de Poder» nos livros
antigos de
Magia, e, nos mais conhecidos, com
freqüência, se
encontram alguns deles. Por serem diferentes da frase clássica, sua
presença afirma o caráter encantatório das últimas
palavras de Jesus. E, a continuação deste manuscrito sublinha
ainda mais a importância desta assombrosa tradição:
«No momento em que o Salvador disse estas coisas, o ar mudou, o lugar
se obscureceu, abriu-se o abismo, o firmamento entrou em comoção...»
Deste breve estudo, tiramos facilmente uma conclusão: as últimas
palavras de Jesus – o Grande-mestre dos Templários
– foram
uma maldição contra a Cidade que O abandonara em sua tentativa
de liberação do jugo romano.
A
crucificação, ao desconjuntar o condenado sobre a cruz, causava
rapidamente um começo de asfixia. Para fazer durar o suplício,
os legionários (que,
quase sempre, exerciam
o papel de verdugos), perfuravam o flanco direito do condenado com uma lança,
atirada sobre o fígado, sob as costelas. Tratava-se de uma espécie
de pneumotórax, e assim, ao chegar o ar diretamente ao pulmão,
retardava a ameaça de asfixia e fazia durar o suplício.11
Dizem
que o Santo Prepúcio de Jesus [Præputium
Domine] está conservado no Vaticano,
apesar de várias igrejas reclamarem possuir o Sagrado Prepúcio,
ainda que o Menino Jesus tenha sido um só e só pudesse ter
um prepúcio!!! O Papa Clemente VII declarou que o Prepúcio
Sagrado era uma relíquia verdadeira e fruto do Corpo de Jesus, concedendo
indulgências aos peregrinos que viessem prestar homenagem ao Prepúcio!!!
O
Gólgota,
como lugar da execução de Jesus, foi escolhido no século
IV por seu nome, pela lenda que o acompanhava e também para comodidade
dos peregrinos, já que em sua proximidade não há nenhum
cemitério judeu ritual, tendo o local da crucifixão sido muito
próximo ao Monte das Oliveiras.
A
ingenuidade dos fiéis não tem limites, e sempre
se preferirá
a fé pueril à crítica racional.
As
relações de Jesus com
os habitantes da Samaria sempre
causaram escândalo na
Judéia, pois, a
Samaria era
considerada terra herege e impura.
Segundo
a Profecia de Isaías (LIII: 12), a decadência
do Messias estava decidida e era querida pelo próprio Deus.
Para
os partidários de um esoterismo das Escrituras
foram formuladas execrações
e excomunhões dogmáticas.12
O
título
de «Filho de Deus» era reservado a Jesus por seus seguidores.
Se
o Corpo de Jesus tinha sido incorruptível desde sua formação,
não teria existido ressurreição no sentido exato do
termo nem encarnação no sentido humano da palavra.
Os
cristãos primitivos [não-Iniciados]
acreditavam em uma «Ascensão Corporal» de
Jesus para ocupar, no Plerômio [Pleroma,
em grego ],
Seu lugar à direita de Deus.
As
contradições e incoerências bíblicas, em muitos
casos, se tornam incompreensíveis, como é o caso, por exemplo,
de onde e quando apareceu Jesus depois da 'ressurreição' –
na verdade, uma trama ulterior urdida por escribas anônimos empenhados
em redigir textos que, necessariamente, deviam elaborar a 'lenda da ressurreição'
(o famoso «Corpo da Ressurreição» dos teólogos)',
e o da 'ascensão', que também
ora se dá
em um lugar ora em outro.
Jesus
tinha um irmão gêmeo. No texto copto do século IV, o
célebre Evangelho de Bartolomeu, diz Jesus: — «Saúdo
a ti, meu gêmeo, segundo Cristo...»
Na
História do Cristianismo, as muito escassas aparições
de Jesus à enlevados ou à místicos em transe sempre
são subjetivas. Às vezes, têm lugar em sonhos. Nunca
mais se verá aparecer Jesus, sentar-se à uma mesa, comer e
beber, fazer tocar suas mãos e seus pés. O Papa Pio XII, por
exemplo, afirmou que, quando estava doente, Jesus lhe tinha aparecido à
cabeceira de sua cama para curá-lo e lhe ensinar. O Cardeal Eugène-Gabriel-Gervais-Laurent
Tisserant (1884 – 1972), informado do prodígio, confirmou zombador:
— «Por que não? São coisas da sua idade!»
Sem
dúvida, os ritos e o culto cristão [melhor
seria dizer católico], durante tantos séculos,
constituíram uma forma-pensamento, uma egrégora, que, pouco
a pouco, pela piedade de milhões de crentes, revestiu o tamanho,
o rosto e a juventude de um Jesus ideal, imaginado pelas multidões
crentes. E este Jesus egregórico não se parece em nada ao
Jesus histórico. Todavia, como forma-pensamento, este poderoso aglomerado
psicomagnético, como todas as egrégoras, pode reagir e se
manifestar [porque, como
todos os deuses criados, acaba adquirindo vida, identidade e vontade próprias].
Jesus
jamais se apresentou como objeto de um holocausto expiatório 'stricto
sensu'. Jamais declarou que sua morte dolorosa
(apesar de saber
qual seria
sua sorte – crucificação, com a flagelação
preliminar, tal como estava prescrito pela lei romana) teria como efeito
liberar as almas das garras do demônio.
Última
Ceia: «Quem não comer de minha carne e não beber de
meu sangue não terá a Vida Eterna»
Fiéis de Mithra: Quem não comer de minha carne e beber de
meu sangue, não Viverá.»
A
noção de um Jesus acalmando com seus sofrimentos, livremente
aceitos, a cólera de seu Pai Celestial (quer dizer, de Si-mesmo,
já que é consubstancial e coeterno com Seu
Pai), apareceu com o tempo, e se impôs, graças
ao próprio
tempo, como um fato consumado, apesar de seu caráter
totalmente irracional e teologicamente insustentável.
As
antigas escolas alexandrinas estavam afastadas desta falsa noção
de uma única e exclusiva vida expiatória, própria do
Cristianismo ordinário, ao condicionar a salvação da
alma ao acesso progressivo às esferas superiores... (Sublinhado
meu).
No
espírito dos profetas, os salvadores não são mais do
que homens predestinados, e nada mais do que isto.
Afirmar
que o Novo Testamento é a realização do Antigo Testamento
é uma presunção
inconsistente.
Doutrina
de Judas, da Gamala, ou Judas, o Galileu: Haverá um só Amo,
um só Rei, o Deus de Israel – Yavé [YHVH,
).
A
imprensa, o cinema, o rádio e a televisão nos acostumaram
a um «modelo especial de cristão». Mas, este «modelo»
não concorda com a verdade histórica.
Judas
Iscariote (que era ladrão de profissão e salteador de caminhos,
como a maioria dos sicários) não se suicidou; foi executado.13
Na
Franco-maçonaria escocesa, os primeiros graus, chamados «de
vingança», apresentam um caráter judaico absoluto. O
ritual manuscrito do grau de Cavaleiro Kadosh, de 1756, prova-o mais que
sobradamente.14
Salomé
acaba por desaparecer da História, levando-se em conta seu papel,
um tanto particular, ao lado de Jesus. Se recordarmos que existia um parentesco
por aliança entre a família da Maria, mãe de Jesus,
e a de Herodes, as relações entre sua enteada Salomé
e Jesus aparecem já imensamente menos surpreendentes do que à
primeira vista... Toda a história de Jesus, «filho de David»,
não é mais do que a continuação de uma guerra
sem piedade, suscitada, ao mesmo tempo, por interesses políticos
e dinásticos, conduzida pelos herdeiros legítimos do trono
de Israel, tanto contra os usurpadores idumeus, como contra os ocupantes
romanos... Tanto o «Jesus
da História» está muito longe do «Jesus carpinteiro»
como a «Salomé
histórica»
está da «Salomé
do teatro e do cinema».
Seja como for, como anuncia o Ritual Maçônico, o tempo altera
e apaga a palavra do homem, mas, o que se confia ao Fogo perdura indefinidamente.
Jacques
de Molay (1244 – Paris, 11 de março de 1314), último
Grão-mestre da Ordem dos Cavaleiros Templários:
«Nossas
confissões, obtidas tanto por tortura como por astúcia e engano,
são nulas e inválidas, e não as reconhecemos já
como verídicas».
Os
sinos de Notre-Dame tocam lentamente a morte. As lenhas da fogueira são
acesas. E troveja a voz de Jacques de Molay: «Clemente e tu também
Felipe, traidores à palavra dada, coloco os dois ante o Tribunal
de Deus! A ti, Clemente, antes de quarenta dias, e a ti, Felipe, dentro
de um ano». Reina um silêncio de morte; ouve-se apenas o crepitar
das fogueiras. E assim aconteceu. O papa morre de disenteria e de vômitos
em Roquemaure, no vale do Ródano, em 9 de abril de 1314, vinte e
oito dias mais tarde. E Felipe, o Formoso, morre em 29 de novembro de 1314,
em Fontainebleau, arrojado de seu cavalo, mais ou menos nove meses mais
tarde. E assim, por um estranho mistério do Verbo, o destino, obsessivo
e monótono, fez ressonar incessantemente, ao longo da História
da França, o nome do último Grande-mestre dos Templários...
Jacques
de Molay. [Pronúncia: zak de mole].
Durante
mais de quinze séculos, uma verdadeira «lavagem cerebral»
dogmática impregnou, às boas, ou às más, o psiquismo
hereditário do homem ocidental; freqüentemente, sem que este
se dê conta, tornou-o mais ou menos refratário à crítica,
inclusive à lógica mais evidente.
Será
Deus mesmo quem, em seu amor infinito, substitui o homem, sacrifica-se por
ele e sofre em seu lugar? Ora, isto é inverossímil!15
Senti
um Cheiro e Senti um Gosto
______
Notas:
1. Aqui
cabe bem a pergunta: e quem cobra o dízimo de quem, sem qualquer
constrangimento, cobra (recebe) o dízimo, estimulando perversamente
os negócios com Deus? Conforme já argumentei em outro trabalho,
se Deus existe e é o criador onipotente de tudo, é, claro,
o dono de tudo. Ora, se isto é assim, por que Deus precisaria de
dízimo? Por que Ele precisaria ou teria que receber o que, por direito
de produção-criação, já é Dele?
Bem, bem, bem, se Deus existe, uma coisa que Ele certamente não tem
é um gazofilácio.
2. Não
creio que houvesse uma obediência total (cega, irresponsável)
por parte dos Discípulos de Jesus. Eles obedeciam porque era razoável
que obedecessem às ordens ou às sugestões razoáveis,
racionais, inteligíveis, porque, se Jesus determinasse que fizessem
uma absurdeza, certamente eles não obedeceriam. Por exemplo, essa
coisa bíblica de que Deus falou com Abraão e lhe pediu uma
verdadeira prova de fé, determinando que levasse o seu filho para
oferecê-lo em holocausto no Monte Moriyah, que fica próximo
a Salém, é uma verdadeira maluquice. Isto, tenha a santa paciência,
não tem o menor cabimento. Só mesmo no Primeiro Testamento
da Bíblia este troço pode aparecer como prova de fé;
nem a KaBaLa
pode explicar um contra-senso destes, seja por Notarikon,
seja por Gematria,
seja por Themurah.
Ora, se Deus me pedisse uma coisa destas, eu O mandaria plantar batatas
lá em Maranguape. Isto seria meio que a mesma coisa que Jesus, para
testar um de seus Discípulos, lhe dissesse: — Fulano-dos-anzóis-carapuça,
se tu me amas de verdade, atira-te já daquele penhasco.
E o variado do Fulano-dos-anzóis-carapuça,
de repente, se põe a correr, se atira do penhasco, e –
como naquela época ainda não havia sido criado o
e seu irmão, o Fulano-dos-grudes, não conseguiu impedi-lo
de cometer o desatino – se atira, bota o bloco na rua e passa comer
capim pela raiz. Se uma doideira destas tivesse acontecido, o Ministério
de Jesus teria ido por água abaixo. Duas conclusões: 1ª)
obediência tem limites; e 2ª) da Boca de Jesus, ao que eu saiba,
jamais saiu uma vírgula que fosse incoerente. As incoerências
estão no bestunto dos bucéfalos que, até hoje, não
compreenderam o que Ele ensinou, lendo a letra, quando lêem, mas,
sem conhecer a música. E, quando conhecem um catiquinho, desafinam!
Já imaginou alguém cantar Summertime
em ritmo de rock
pauleira? isto é fazer levantar cadáver do jazigo!
O
Bucéfalo
3. Rapidamente,
é interessante refletir e recordar que a palavra ADoNaY,
KaBaLística
e numericamente, equivale a 65 (1 + 4 + 50 + 10). E, ADoNaY
+ YHVH
AMeN, pois, (1 + 4 + 50 + 10) + (10 + 5 + 6 + 5) = (1 + 40 +
50), ou seja: 65 + 26 = 91. Se AMeN
é numericamente igual a 91 (9 + 1 = 10
1 + 0 = 1), pode-se dizer que YHVH
e ADoNaY
implicam esotericamente na existência assexual (andrógina)
do Senhor no interior de cada indivíduo – o Deus de nossos
Corações. Bem, se isto não admite exceção,
por que, por exemplo, o conflito interminável no Oriente Médio
entre judeus e árabes? Por que o desentendimento insuperável
lá na Península Coreana? Por que a Guerra Civil Síria,
que já produziu aproximadamente 200.000 mortos, mais de 6,5 milhões
de desalojados e mais de 2,9 milhões de refugiados? Por que a insurgência
iraquiana? Por que a discordância-separatismo na Ucrânia? Por
que a interminável guerra contra o narcotráfico no México?
Por que os conflitos civis no Norte da África? Por que os conflitos
fundamentalistas radicais entre muçulmanos e não-muçulmanos?
Por que o conflito entre cristãos e muçulmanos na Nigéria?
Por que xiitas e sunitas não se entendem? Por que a guerra civil
no Sudão, causadora de uma crise humanitária sem precedentes
na História da Humanidade? Por que budistas e mulçumanos,
na Tailândia, não se toleram? Por
que, em 1950, o Partido Comunista da China marchou rumo ao Tibete e assumiu
o controle do território e anexando-o como província? Por
que o inacabável embargo dos Estados Unidos a Cuba (descrito em Cuba
como el bloqueo),
iniciado em 7 de fevereiro de 1962? Por que a guerrilha revolucionária
marxista-leninista das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia
– Exército do Povo não tem um fim? Por que milícias
rivais islamitas voltaram a se enfrentar na Líbia? Por que tudo isto?
Simplesmente, porque o Deus do Coração de todos os atores
entranhados nestes conflitos está mudo, mas, não está
nem cego nem surdo, como está mudo nos Corações dos
atores de outras desarmonias-ignorâncias que não citei aqui.
Mas, repito: Ele não está nem cego nem surdo, e tudo haverá
de ser devidamente compensado. Isto, se puder haver compensação,
porque em diversos casos o que haverá mesmo será entropização
definitiva.
4. Como
não se subtrai um animal do seu habitat
terrestre para o seu bem, a não ser em proveito unicamente do comedor,
e, com antecipação, pode-se dizer que já virou churrasco
ou ensopadinho. Poderemos argumentar o que quisermos, mas, quem mata um
animal para comê-lo mata, no mínimo, um pedaço de si-mesmo.
Quem usa carne animal em sua dieta poderá muito justamente perguntar:
— Mas, e os
vegetais? Bem, aqui vale o ditado: Dos
males, o menor. Por outro lado, é possível um
tipo de alimentação sem o uso de animais e de vegetais, mas,
deixarei para tratar deste tema em outra ocasião, porque está
associado a um nível de desenvolvimento espiritual que estamos longe
de alcançar aqui na Terra. Seja como for, quando estivermos mortos,
este tipo de desarmonia (nos alimentando de irmãos) não provocaremos.
Entretanto, é inegável que não é o que entra
pela boca do ser-aí-no-mundo que compromete a sua existência
e a sua ascensão, mas, sim, o que dela sai. Se não fosse assim,
o senhor Adolf "Führer" Hitler, que, segundo dizem, era vegetariano,
seria um santinho, e não o coisa-pra-lá-de-péssima
que foi, ainda que, com toda a sua crueldade, tenha auxiliado a Humanidade
de uma forma profundamente esotérica, impossível de ser apreendida
apenas com a razão. Todavia, isto não justifica nem abona
as atrocidades perpetradas pelo Deutsches
Reich (Reich Alemão), entre e 1933 e 1943, e, depois,
Großdeutsches
Reich (Grande Reich Alemão), entre 1943 e 1945.
5. Confira
o texto Seiscentos e Sessenta e Seis que divulguei no endereço:
http://paxprofundis.org/livros/666/666.html
6.
INRI:
Na realidade,
INRI, é um Mantra poderosíssimo. Como explica
o Mago Jefa Jorge Enrique Francisco Adoum (10 de março de 1897 –
Rio de Janeiro, em 4 de maio de 1958), INRI
(YOD-NUM-RESh-YOD)
é uma Palavra de altos poderes Místicos, Iniciáticos
e Mágicos. Eliphas Levi afirmou que este Mantra Sagrado significa
Isis Naturæ
Regina Ineffabilis (Isis, a Rainha Inefável da Natureza).
Os antigos Iniciados persas formavam com estas quatro letras arqueométricas
três aforismos distintos: Ignem
Natura Regenerando Integrat (Pelo Fogo toda a Natureza é
Regenerada); Igne
Natura Renovatur Integra (O Fogo Renova a Natureza Inteira)
e Igne Nitrum Roris
Invenitur (Pelo Fogo o Sal é extraído do Orvalho).
INRI
também pode significar In
Necis Renascere Integer (A Morte Iniciática faz o Iniciado
Renascer Intacto e Puro). INRI
também pode estar associado aos Quatro Elementos: Yam
(Água), Nour
(Fogo), Ruach
(Ar) e Yabeshah
(Terra). E há, ainda, a possibilidade: Intra
Nobis Regnum Dei (Em nosso Interior está o Reino de Deus).
Enfim, considerar que este Mantra possa significar Iesus
Nazarenus Rex Iudæorum (Jesus Nazareno, Rei dos Judeus)
é, no mínimo, afirmar o absurdo de todos os absurdos! Meu
Reino não é deste mundo! É
interessante observar que, considerando os Valores Externos das letras da
Palavra INRI
(YOD
= 10, NUM
= 50, RESh
= 200 e novamente o YOD
= 10), a soma dos valores numéricos destas letras é 270 –
que é, entre outros, um número precessional. 270
x 8 = 2.160. 2.160
x 12 = 25.920 (Grande Ano de Platão, Grande Ciclo de Precessão
Equinocial ou Grande Ano Zodiacal, que corresponde à respiração
humana que ocorre em um dia, se considerarmos 18 respirações
por minuto em um organismo equilibrado e harmônico, o que, em 24 horas,
resultará em 25.920 respirações, isto é: 18
x 60 x 24 = 25.920). Voltando
à Palavra INRI,
o I
faz fluir o sangue à cabeça; o N
conduz nossa mente ao mundo interno, convertendo-se em instrumento da manifestação
interna; o R
significa e representa a cabeça, o movimento e a revolução;
e o I
final fixa a energia absorvida pelo sangue.
Vocalizar: IIIIIII...
NNNNNNN... RRRRRRR... IIIIIII...
Logo, INRI,
fazendo o sangue fluir para a cabeça, produz outros efeitos transcendentais:
a energia criadora, ao ser erguida pela vontade do Iniciado, através
da espinha dorsal, até atingir a cabeça, produz, a princípio,
a coroa de espinhos, cujas dores são incalculáveis. INRI,
como Mantra para a cura física das dores de cabeça, é
algo surpreendente, mas para a Iniciação Interna é
muito doloroso. Mas, se você tiver coragem...
Um outro exercício
muito interessante é, na hora do banho, com água bem quente
(mas, não tão quente a ponto de incomodar ou queimar o corpo),
em forma de jato, massagear toda a coluna, em uma espécie, digamos
assim, de hidromassagem-moxa (moxabustão). Este exercício
também pode ser aplicado, por exemplo, ao Ponto E-36
(Zusanli).
Enfim, parece impossível
que Pilatus tivesse mandado escrever que Jesus era originário de
Nazaré, posto que dita localidade não existia em sua época,
mas, sim, seria criada por volta do século VIII, para satisfazer
os peregrinos. Então, o N
de INRI
pode significar o que quisermos, menos Nazareno nascido em Nazaré.
7. Os zelotes constituíam
uma seita e um partido político judaico que desencadeou uma revolta
na Judéia na época de Titus Flavius Vespasianus Augustus (30
de dezembro de 39 – 13 de setembro de 81), Imperador Romano entre
os anos de 79 e 81. Os zelotes constituíam a ala radical dos fariseus
e preconizavam Deus como o único dirigente, o soberano da nação
judaica, opondo-se à dominação romana.
8. Jacques de Molay,
pouco antes de ser queimado vivo, previu que, em menos de um ano, o Papa
Clemente V e o Belo Rei da França Filipe IV se juntariam a ele no
além-túmulo. E aconteceu!
9. Penso que, novamente,
o digno Pedreiro-livre Robert Ambelain andou delirando um pouquinho. Ora,
como um Alto Iniciado, como Jesus, proferiria uma conjuração
esdrúxula destas? Isto não faz o menor sentido. Jesus (IESCHOUAH)
disse exatamente ALI,
ALI, LMH ShBHhTh-NI (Deus
meu! Deus meu! Por que, Senhor, tanto me glorificas), que
era a fórmula final esotérica e sacramental dos Ritos Iniciáticos
do Antigo Egito, e era pronunciada após terríveis provas de
Iniciação nos Mistérios (ditos pagãos), enfim,
era a exclamação derradeira proferida pelo Iniciado, quando,
então, era já considerado como Filho e Glorioso Eleito do
Sol, que equivale a Deus
meu, Sol meu, esparziste sobre mim os Teus Fulgores. O fato
é que poderão ser escritas sei lá quantas e mais tantas
páginas sobre a vida de Jesus, mas, efetivamente, não se saberá
jamais quem Ele foi-é realmente. Mas, como todos têm direito
a especular... Por outro lado, o que interessa o que Jesus foi ou é?
Cada um de nós deve e precisa, sim, lutar para se livrar da sempre
presente crucificação, derivada da ignorância consentida,
e se alçar a Dimensões e Planos mais elevados. Ficar discutindo
e fofocando sobre a vida de Jesus ou de outro Avatar é pura perda
de tempo. Fica a pergunta: por que, então, eu divulgo estes trabalhos?
Por um único motivo: é impossível que se encontre em
uma única Fraternidade Esotérica todas as informações
relativas ao Esoterismo Iniciático. Cotejar, confrontar, estabelecer
comparações e investigar em diversas fontes autênticas
alargam o horizonte do entendimento, ainda que eu pense que não adianta
pertencer a diversas Ordens Fraternais, pois, isto mais perturba do que
esclarece, mais complica do que elucida ou ilustra.
10. Isto é, ao
mesmo tempo, interessante e contraditório. Pense nisto: se existe
mesmo um Deus Supremo, onipotente e sentado em um trono de ouro, por que
Ele permitiu que um Demiurgo imperfeito, marca mixórdia, criasse
o mundo? Isto não faz o menor sentido. Como é possível
se admitir a existência de uma espécie de Segundo Deus, que
teria recebido do Primeiro Deus o governo geral da Criação?
Ora, a se admitir um Segundo Deus, pode-se muito bem admitir um Terceiro
Deus, um Quarto Deus e até um n-ésimo Deus. Ou não?
Já citei esta passagem de Epicuro (341 a.C – 270 a.C) em outros
textos. Acho que não custa nada repeti-la aqui. Deus,
ou quer impedir os males e não pode, ou pode e não quer, ou
não quer nem pode, ou quer e pode. Se quer e não pode, é
impotente: o que é impossível em Deus. Se pode e não
quer, é invejoso: o que, do mesmo modo, é contrário
a Deus. Se nem quer nem pode, é invejoso e impotente: portanto, nem
sequer é Deus. Se pode e quer, que é a única coisa
compatível com Deus, de onde provém, então, a existência
dos males? Por que razão não os impede? Uma
outra versão seria: Deus deseja prevenir o mal, mas não
é capaz? Então, não é onipotente. É capaz,
mas, não deseja? Então, é malevolente. É capaz
e deseja? Então, por que o mal existe? Não é capaz
e nem deseja? Então, por que lhe chamamos Deus? Os
deuses, segundo Epicuro, viviam em perfeita harmonia, desfrutando da bem-aventurança
(felicidade) divina. Não seria preocupação divina atormentar
o homem de qualquer forma. Os deuses deveriam ser tomados, como foram em
tempos remotos, modelos de bem-aventurança, e não seres instáveis,
com paixões humanas, que devem ser temidos. Desta forma, Epicuro
procurou tranqüilizar as pessoas quanto aos tormentos futuros ou após
a morte. Não há porque temer os deuses nem em vida e nem após
a vida. Epicuro também ponderou: É
sem valor pedir aos deuses aquilo que nós mesmos podemos realizar.
11.
Um dos dez melhores poemas do poeta, crítico literário e de
arte, professor de Literatura e tradutor brasileiro Manuel Bandeira (1886
–1968) é Pneumotórax:
Febre, hemoptise,
dispnéia e suores noturnos.
A vida inteira que podia ter sido e que não foi.
Tosse, tosse, tosse.
Mandou
chamar o médico:
— Diga trinta e três.
— Trinta e três… Trinta e três… Trinta e três…
— Respire.
—
O senhor tem uma escavação no pulmão esquerdo e o pulmão
direito infiltrado.
— Então, doutor, não é possível tentar
o pneumotórax?
— Não. A única coisa a fazer é tocar um tango
argentino.
Talvez, ao escrever
este poema, Manuel
Bandeira tenha pensado no tango Fumando
Espero, composto em 1922 por Juan Viladomat Masanas (música)
e Félix Garzo (letra). Poderá haver coisa pior do que alguém
receber a notícia do seu médico de que a
única
coisa a fazer é tocar um tango argentino? Acho que há:
ser furado no lado para provocar um pneumotórax e retardar a ameaça
de asfixia e fazer durar o suplício crucificador. Isto é o
cúmulo da crueldade. Bem, se algum consolo houve na crucificação
de Jesus, é que Ele não foi crucificado de cabeça para
baixo, coisa que era destinada aos soberbos (fossem homens ou mulheres)
que haviam cometido um sacrilégio contra a majestade imperial, divinizada,
que encarnava o Império Romano por inteiro.
12. Mas, haverá
coisa mais esotérica de que as três primeiras palavras do Gênesis
BRAShITh BRA ALHIM?
As pessoas, de modo geral,
preferem, por exemplo, a estorinha de Jonas – que esteve no ventre
de um grande peixe três dias e três noites – pois, assim,
poderão, por relação ou semelhança, justificar
que (ou como) o Filho do Homem esteve três dias e três noites
no seio da Terra. Quanto mais eu fico velho e careca mais me convenço
de que a pior doença é a ignorância. Agora, quando a
ignorância é milagrento-fideísta, a coisa toma feição
de filme de horror de baixa qualidade. Agora, preste atenção
no interessante silogismo proposto por Robert
Ambelain: Se
a aventura de Jonas é um tema esotérico e simbólico,
então, a ressurreição também é um tema
esotérico e simbólico. Mas, se a ressurreição
é um acontecimento histórico real, então, a aventura
de Jonas é um fato histórico e real. Dado que este fato [a
aventura de Jonas]
é totalmente
impossível, o mesmo acontece com seu paralelo [a
ressurreição].
Ressurgimento em carne e osso depois de morto, enterrado e podrido só
na cuca de fanático religioso ignorante, seja ele um destrambelhado
meio um bocadinho boçal, seja ele
um boçal meio
um bocadinho destrambelhado.
A Ressurreição
é outra coisa – não-física, Místico-esotérica,
Iniciática –
e não é para todo mundo. Quanto a isto, precisamos
tirar o cavalinho da chuva, senão o pobrezinho poderá ficar
constipado. Há uns caras-aí
azedos
e fedorentérrimos que não ressurgirão, nem que uma
cobra-d'água fume cachimbo sem tossir, que um jesus-meu-deus solfeje
La Traviata
em sânscrito ou que um sapo-cururu baile graciosamente Fumando
Espero com
uma perereca-azul. Enfim, como assinala Robert
Ambelain, foram os escribas dos séculos IV e V de nossa
era os que imaginaram uma ressurreição puramente carnal e
terrestre. E daí...
que tais.
O Quarteto
Impossível
(Sapo-cururu, Perereca-azul, Jesus-meu-deus
e Cobra-d'água
13. Será que
Judas Iscariote era mesmo ladrão
de profissão e trombadinha de caminhos (porque
sua esposa lhe reclamava dinheiro sem cessar) tendo sido executado
como castigo pela sua traição, ou teria recebido, a contragosto,
a missão do Próprio Jesus de fazer o que fez? Ora, trair um
Alto Iniciado – se traição realmente houve – não
é coisa que se tira do nada e se faz assim de araque. A própria
participação de Pilatus no julgamento e na posterior crucificação
de Jesus ainda não foi devidamente contada e esclarecida a contento.
Existem mais coisas
entre o céu e a Terra... e nós, por não
saber a verdade dos fatos, continuamos a acreditar em potocas fabricadas,
para dar sustentação a uma teologia moribunda, que, sem elas,
não se sustentaria por si-mesma. Mas, ainda demorará um pouquinho!
Há certos silêncios que revelam tudo.
14. Cavaleiro Kadosh
é um determinado grau da Maçonaria de certos ramos do Antigo
e Aceito Rito Escocês. O termo Kadosh é derivado da palavra
hebraica ,
que significa sagrado ou consagrado. Kadosh e Cavaleiro Kadosh são
freqüentemente abreviados em documentos ou siglas maçônicas
como K–H.'. e K.'.K.'.D.'.H.
15. Professor que faz
pelo aluno o que cabe ao aluno fazer não é professor; é,
no mínimo, um bisonho atrapalhador. Ora, o Deuteronômio
XXIV: 16 já ensinava isto: «Os
pais não morrerão por causa dos filhos nem os filhos morrerão
por causa dos pais: cada um morrerá só por seu próprio
'pecado'...» Em Jeremias XXXII: 19 se lê:
«Senhor! Grande
em conselho e poderoso em obras, cujos olhos estão abertos sobre
todos os caminhos dos mortais, para dar a cada um segundo sua conduta e
segundo o mérito de suas ações...»
Não adianta; de uma forma ou de outra, cada um haverá de fazer
as justas compensações por seus pensamentos, por suas palavras
e por seus atos. Ponto final. Só mais uma coisinha: haverá
absurdo mais extravagante do que essa invenção padresca de
pecado original
– do
qual, querendo ou não querendo, somos todos culpados, desde o nascimento,
pelas estrepolias que o senhor Adão e a senhora Eva andaram fazendo
atrás da moita, lá no paraíso? Ora, eu e o ET (filho
do Steven Spielberg), pelo menos, sabemos que não tivemos nada com
aquilo, por isto, recusamos peremptoriamente a imposição teológica
dessa maluquice de pecado
adâmico-costelinha-adâmica. Pombas e urubus! Nem
os patavinos nem os pataxós acreditam nisto! Sei lá, mas,
como acabaram com o insulso limbo-depósito-de-almas-inúteis,
talvez, um dia, resolvam acabar também com esse treco de pecado
original-transacional
– tão suspeito quanto inautêntico. Eu juro que, neste
dia, comemorarei à grande, com champanhota e bolinhos de carne de
soja à milanesa!
Páginas
da Internet consultadas:
http://www.phoenixmasonry.org/AASR
_1884_/30th_degree_knight_kadosh.htm
http://en.wikipedia.org/wiki/Knight_Kadosh
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cavaleiros_Kadosh
http://www.webpassaros.com.br/tico-tico.php
http://galeria.colorir.com/animais/a-selva/
serpente-pintado-por-cobra-226895.html
http://galeria.colorir.com/animais/bosque/
ra-4-pintado-por-sapo-cururu-241018.html
http://www.culturamix.com/animais/anfibios/
fotos-de-sapos-ras-e-pererecas
http://pt.wikipedia.org/wiki/Prep%C3%BAcio_sagrado
http://www.revistabula.com/564-os-
10-melhores-poemas-de-manuel-bandeira/
http://www.rdpizzinga.pro.br/livros/jesus/jesus.html
http://www.planete-aventure.net/
jeux.php?num_jeu=453&cat=solution
http://books.google.com.br/
http://pt.wikipedia.org/wiki/INRI
http://www.bijbelaantekeningen.nl/gallery3/bn/I/INRI/INRI2
http://pt.wikipedia.org/wiki/A%C3%BAra-Masda
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mitra_(mitologia)
http://www.infopedia.pt/$tammuz
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ichthys
http://super.abril.com.br/blogs/superlistas/7-conflitos
-atuais-causados-por-diferencas-religiosas/
http://pt.wikipedia.org/wiki/
Anexo:Lista_de_conflitos_em_curso
http://3d-animated-gif.blogspot.com.br/
2010_05_01_archive.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Abra%C3%A3o
http://www.hermanubis.com.br/LivrosVirtuais.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Robert_Ambelain
Música
de fundo:
Alouette
Interpretação: Alain le Lait
Fonte:
http://www.mamalisa.com/?t=es&p=1446&c=22
Direitos
autorais:
As animações,
as fotografias digitais e as mídias digitais que reproduzo (por empréstimo)
neste texto têm exclusivamente a finalidade de ilustrar e embelezar
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são exclusivos de seus autores. Entretanto, como nem sempre sei a
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