A ETERNA ETERNIDADE

 

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

 

 

 

Assim como a eternidade não pode ter passado nem futuro, mas apenas presente, o espaço ilimitado, no seu sentido estritamente literal, não pode ter lugar distante nem próximo. As nossas concepções, limitadas à estrita área de nossa experiência, tendem determinar, se não um fim, pelo menos um princípio para o tempo e para o espaço, mas, na realidade, nada disto existe, pois, neste caso, se existissem, o tempo não seria eterno nem o espaço ilimitado. [In: Isis Unveiled: A Master-Key to the Mysteries of Ancient and Modern Science and Theology (em português, Ísis sem Véu: Uma Chave-Mestra para os Mistérios da Antiga e Moderna Ciência e Teologia), Helena Petrovna Blavatsky].

 

 

 

 

 

 

Não há passado nem futuro,

não há aqui perto nem lá longe.

Nada está separado por muro,

são um o criminal e o monge.

 

Não há baixo nem elevado,

não há exterior nem interior.

Em tudo, só existe um lado,

e tudo está ao nosso dispor.

 

 

A maldade não é usar o camelo
para transportar dinheiro,
provavelmente, mal adquirido.
A maldade é usar o camelo!

 

 

Bem, só há uma Spira Legis:

tudo é Verdade e Caminho.1

Unidade Cósmica = Rebis.2

Todos voltaremos ao Ninho.

 

Exício é um desvio3 na Senda4

– Senda sem fim nem começo.

Só modificando nossa agenda,

endireitaremos cada tropeço.

 

Por isto, não existe punição,

e nenhum ser-aí é premiado.

Somente pela Compreensão,

será ajustado o uadrado.

 

Enfim, de fato, o que é viver?

Viver é uma perenal romaria

(no Ad Æternum Sempre-Ser)

cuja diplomação5 é a Alforria.

 

Logo, tudo depende de nós:

alunos-Mestres sincronamente.

Mais catrapós menos catrapós,

o ser-aí deixará de ser doente.

 

Caminhando contra e a favor,

ora do vento, ora do cata-vento,

entenderemos que só o Amor

porá um termo no desalento.

 

 

 

 

Mas, já dança a 5ª Raça-raiz!

Devemos utilizar a oportunidade,

pois, terminada a 7ª Raça-raiz,

quem asneirar ficará na saudade!

 

 

 

4ª Ronda

 

 

 

______

Notas:

1 e 4. A Morte é a Curva da Estrada, Fernando Pessoa.

A morte é a curva da Estrada,
Morrer é só não ser visto.
Se escuto, eu te ouço a passada
Existir como eu existo.

A Terra é feita de céu.
A mentira não tem ninho.
Nunca ninguém se perdeu.
Tudo é Verdade e Caminho.

2. Rebis é o símbolo da Unidade, pois, contém os princípios opostos unidos. Em Alquimia, o Rebis é o andrógino sublimado e perfeito depois de consumadas as operações para O alcançar. Rebis (o Andrógino Real) significa e simboliza a dualidade cósmica, a perfeição do estado humano e o ideal a ser alcançado tão-somente pelo mérito. O Alquimista francês Eugène Canseliet (18 de dezembro de 1899 – 17 de abril de 1982) ensinou que a palavra Rebis, empregada pelos Filósofos da Arte, representa uma matéria composta (matéria dupla, coisa dupla), ao mesmo tempo úmida e seca, amálgama do Ouro e do Mercúrio Filosófico, destinada a suportar as metamorfoses sucessivas sob a influência do Fogo Alquímico. Visita Interiora Terræ Rectificando Invenies Occultum LapidemVeram Medicinam. Visita o Interior da Terra, e, por Retificações Sucessivas, Encontrarás a Pedra Oculta – a Verdadeira Medicina. A escritora estadunidense, mística cristã, ocultista e discípula de Max Heindel (23 de julho de 1865 – 6 de janeiro de 1919), fundador da The Rosicrucian Fellowship, (Atlanta, EUA, 1882 – Santa Mônica, EUA, 1975) Corinne Heline (Atlanta,EUA, 1882 – Santa Mônica, EUA, 1975) explicou que o Homem Andrógino (o Andrógino Divino) representa o equilíbrio perfeito entre as forças masculina e feminina que atuam dentro do organismo humano. Todas as forças planetárias são boas, independentemente de seu aspecto para a Terra, e quando o homem tiver se convertido no Andrógino Divino só experimentará influências espirituais elevadas, que emanam das Inteligências Planetárias, porque terá aprendido a se sintonizar com as harmonias cósmicas, e não haverá nada nele que possa responder negativamente a quadraturas [no sentido de um aspecto qualquer considerado desafiante] e oposições... No meio do peito do Andrógino está inscrita a palavra latina Rebis, que significa 'a consumação divina de todas as coisas'.

 

 

Rebis

Rebis
(Basilius Valentinus)

 

3. Se a Senda não tem fim nem começo, é uma e somente uma. Logo, não há propriamente desvio. Quando muito, poderemos considerar que o que há é uma breve interrupção ou pausa (o que também não é lá muito correto). Isto é como o mânvântâra e o prâlâya, que são uma coisa só. Todavia, usei a palavra desvio por falta de uma melhor, mas, poderia ter usado silêncio, cessação, repouso etc. Enfim, nada disto explica uma grande desventura nem a Grande Aventura.

5. A cada diplomação se segue outra diplomação. Não há uma diplomação definitiva. Portanto, cada diplomação é relativa.

 

 

 

 

Música de fundo:

Alchemy
Interpretação: Philip Sayce

Fonte:

https://www.youtube.com/watch?v=eIFgSogyHZg

 

Páginas da Internet consultadas:

https://pt.depositphotos.com/

https://thenounproject.com/

https://br.pinterest.com/pin/516928863465092585/

https://www.pinterest.de/pin/244461086006177003/

http://www.designedweb.co.uk/

https://dribbble.com/

http://paxprofundis.org/livros/and/div.htm

http://literaturaearte.blogspot.com/
2006/12/rebis-alquimico.html

https://mariadesvelada.blogspot.com/
2017/12/rebis.html

http://www.esoterismodemolay.com.br/
2013/10/alquimia-na-maconaria-parte-1.html

https://www.escritas.org/pt/t/661/
a-morte-e-a-curva-da-estrada

 

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