Assim
como a eternidade não pode ter passado nem futuro, mas apenas presente,
o espaço ilimitado, no seu sentido estritamente literal, não
pode ter lugar distante nem próximo. As nossas concepções,
limitadas à estrita área de nossa experiência, tendem
determinar, se não um fim, pelo menos um princípio para o
tempo e para o espaço, mas,
na realidade, nada disto existe, pois,
neste caso, se existissem, o tempo não seria eterno nem o espaço
ilimitado.
[In:
Isis Unveiled: A Master-Key
to the Mysteries of Ancient and Modern Science and Theology (em
português, Ísis sem Véu: Uma Chave-Mestra para os
Mistérios da Antiga e Moderna Ciência e Teologia), Helena
Petrovna Blavatsky].
Não
há passado
nem futuro,
não há aqui perto nem lá
longe.
Nada está separado por muro,
são um o criminal e o monge.
Não
há
baixo nem elevado,
não há exterior nem interior.
Em tudo, só existe um lado,
e tudo está ao nosso dispor.
A
maldade não é usar o camelo
para transportar dinheiro,
provavelmente, mal adquirido.
A maldade é usar o camelo!
Bem,
só há uma Spira
Legis:
tudo
é Verdade e Caminho.1
Unidade
Cósmica = Rebis.2
Todos
voltaremos ao Ninho.
Exício
é um desvio3
na Senda4
–
Senda sem fim nem começo.
Só modificando nossa agenda,
endireitaremos cada tropeço.
Por
isto, não existe punição,
e nenhum
ser-aí é premiado.
Somente
pela Compreensão,
será
ajustado o
uadrado.
Enfim,
de fato, o que é viver?
Viver
é uma perenal romaria
(no
Ad Æternum
Sempre-Ser)
cuja
diplomação5
é a Alforria.
Logo,
tudo depende de nós:
alunos-Mestres
sincronamente.
Mais
catrapós menos catrapós,
o ser-aí
deixará de ser doente.
Caminhando
contra e a favor,
ora do
vento, ora do cata-vento,
entenderemos
que só o Amor
porá
um termo no desalento.
Mas,
já dança a 5ª Raça-raiz!
Devemos
utilizar a oportunidade,
pois,
terminada a 7ª Raça-raiz,
quem
asneirar ficará na saudade!
4ª
Ronda
______
Notas:
1 e
4. A Morte é a Curva da Estrada, Fernando Pessoa.
A morte
é a curva da Estrada,
Morrer é só não ser visto.
Se escuto, eu te ouço a passada
Existir como eu existo.
A Terra
é feita de céu.
A mentira não tem ninho.
Nunca ninguém se perdeu.
Tudo é Verdade e Caminho.
2. Rebis
é o símbolo da Unidade, pois, contém os princípios
opostos unidos. Em Alquimia, o Rebis
é o andrógino sublimado e perfeito depois de consumadas as
operações para O alcançar. Rebis
(o Andrógino Real) significa e simboliza a dualidade cósmica,
a perfeição do estado humano e o ideal a ser alcançado
tão-somente pelo mérito. O Alquimista francês Eugène
Canseliet (18 de dezembro de 1899 – 17 de abril de 1982) ensinou que
a palavra Rebis,
empregada pelos Filósofos da Arte, representa uma matéria
composta (matéria dupla, coisa dupla), ao mesmo tempo úmida
e seca, amálgama do Ouro e do Mercúrio Filosófico,
destinada a suportar as metamorfoses sucessivas sob a influência do
Fogo Alquímico. Visita
Interiora Terræ Rectificando Invenies Occultum Lapidem
– Veram Medicinam.
Visita o Interior da Terra, e, por Retificações
Sucessivas, Encontrarás a Pedra Oculta – a Verdadeira Medicina.
A escritora estadunidense, mística cristã, ocultista e discípula
de Max Heindel (23 de julho de 1865 – 6 de janeiro de 1919), fundador
da The Rosicrucian Fellowship, (Atlanta, EUA, 1882 – Santa
Mônica, EUA, 1975) Corinne Heline (Atlanta,EUA, 1882 – Santa
Mônica, EUA, 1975) explicou que o Homem Andrógino (o Andrógino
Divino) representa o equilíbrio perfeito entre as forças masculina
e feminina que atuam dentro do organismo humano.
Todas as forças planetárias são boas, independentemente
de seu aspecto para a Terra, e quando o homem tiver se convertido no Andrógino
Divino só experimentará influências espirituais elevadas,
que emanam das Inteligências Planetárias, porque terá
aprendido a se sintonizar com as harmonias cósmicas, e não
haverá nada nele que possa responder negativamente a quadraturas
[no sentido de um aspecto
qualquer considerado desafiante] e oposições...
No meio do peito do Andrógino está inscrita a palavra latina
Rebis, que significa 'a consumação divina de todas as coisas'.

Rebis
(Basilius Valentinus)
3. Se a Senda não
tem fim nem começo, é uma e somente uma. Logo, não
há propriamente desvio. Quando muito, poderemos considerar que o
que há é uma breve interrupção ou pausa (o que
também não é lá muito correto). Isto é
como o mânvântâra
e o prâlâya,
que são uma coisa só. Todavia, usei a palavra desvio por falta
de uma melhor, mas, poderia ter usado silêncio, cessação,
repouso etc. Enfim, nada disto explica uma grande desventura nem a Grande
Aventura.
5. A cada diplomação
se segue outra diplomação. Não há uma diplomação
definitiva. Portanto, cada diplomação é relativa.
Música
de fundo:
Alchemy
Interpretação: Philip Sayce
Fonte:
https://www.youtube.com/watch?v=eIFgSogyHZg
Páginas
da Internet consultadas:
https://pt.depositphotos.com/
https://thenounproject.com/
https://br.pinterest.com/pin/516928863465092585/
https://www.pinterest.de/pin/244461086006177003/
http://www.designedweb.co.uk/
https://dribbble.com/
http://paxprofundis.org/livros/and/div.htm
http://literaturaearte.blogspot.com/
2006/12/rebis-alquimico.html
https://mariadesvelada.blogspot.com/
2017/12/rebis.html
http://www.esoterismodemolay.com.br/
2013/10/alquimia-na-maconaria-parte-1.html
https://www.escritas.org/pt/t/661/
a-morte-e-a-curva-da-estrada
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