Há 
      alguns anos, publiquei o trabalho Dilma 
      Rousseff (Propostas, Convicções e Memórias). 
      Hoje, o objetivo deste trabalho é apresentar para reflexão 
      alguns fragmentos do pensamento político do Senador pelo Partido 
      da Social Democracia Brasileira (PSDB) Aécio Neves da Cunha – 
      do qual se tornou Presidente Nacional em 18 de maio de 2013 – e que 
      disputará, com a Presidente Dilma Rousseff, no segundo turno, a Presidência 
      do Brasil, na eleição de 2014. Ao ler este trabalho, se Aécio 
      for eleito, você poderá cobrar dele o que ele tanto cobrou 
      da Presidente Dilma e do PT nos últimos anos.
     
     
     
    Breve 
      Biografia
     
     
     
    Aécio 
      Neves da Cunha (Belo Horizonte, 10 de março de 1960) é um 
      economista e político brasileiro, filiado ao Partido da Social Democracia 
      Brasileira (PSDB). Foi o décimo sétimo Governador de Minas 
      Gerais entre 1º de janeiro de 2003 a 31 de março de 2010, sendo 
      senador pelo mesmo Estado. Aécio é o candidato de seu partido 
      à Presidência do Brasil na eleição de 2014.
    Natural 
      de Belo Horizonte, Aécio é graduado em Economia pela Pontifícia 
      Universidade Católica de Minas Gerais. É neto do ex-Presidente 
      Tancredo Neves, com quem adquiriu suas primeiras experiências políticas. 
      Em 1987, iniciou o seu primeiro mandato como deputado federal pelo Estado 
      de Minas Gerais, exercendo o cargo até 2002, totalizando quatro mandatos. 
      Presidiu a Câmara dos Deputados no biênio de 2001-2002, renunciando 
      ao cargo em dezembro de 2002.
    Aécio 
      foi eleito Governador de Minas Gerais em 2002. Como Governador, teve bons 
      índices de aprovação e foi reeleito na eleição 
      de 2006, tendo desta vez a maior votação já registrada 
      no Estado. Renunciou ao cargo de Governador em março de 2010, a fim 
      de concorrer ao senado federal, sendo substituído pelo seu vice, 
      Antônio Anastasia. Nas eleições de 2010, foi eleito 
      o senador com a maior votação do Estado. Assumiu o cargo em 
      1º de fevereiro de 2011 e, em 2013, foi escolhido Presidente nacional 
      do PSDB. Sua aprovação ao deixar o Governo do Estado de Minas 
      Gerais foi de 92%, sendo que 76% consideraram seu Governo como ótimo 
      ou bom. 
    Aécio 
      foi considerado pela revista Época como um dos 100 brasileiros mais 
      influentes em 2007, 2008, 2009, 2010, 2011, 2012 e 2013. Como Deputado Federal 
      e Senador, foi eleito um dos Cabeças do Congresso, lista 
      produzida pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP). 
      
    Dentre 
      as honrarias que Aécio recebeu, duas sobressaem: Comendador da Ordem 
      Nacional da Legião de Honra – França (13 de novembro 
      de 2008) e Medalha Ulysses Guimarães (29 de outubro de 2013). 
     
     
     
    
      
      
     
     
     
    Pensamento 
      Político de Aécio Neves
     
     
     
    Só 
      os valores democráticos são capazes de apontar o caminho a 
      uma sociedade em crise de confiança, frustrada em seus sonhos e insegura 
      com seu futuro. E, principalmente, indignada com a realidade que vivencia.
     Pouco 
      adianta a Presidente reafirmar no concerto internacional a posição 
      do Brasil como País aberto, democrático, que respeita as regras 
      internacionais, se, na prática, damos guarida a Governos autoritários 
      que desprezam a Democracia e o estado de direito.
    A 
      Presidente [Dilma 
      Rousseff] contradiz a diretoria anterior da PETROBRAS. 
      É preciso que o Brasil saiba a verdade.
     Se 
      houve um encaminhamento equivocado por parte da diretoria internacional, 
      como atesta a nota da Presidente da República, o esperado é 
      que aquele que fez esse encaminhamento ou fosse demitido ou fosse investigado. 
      Mas, ele foi promovido, no Governo da própria Presidente Dilma Rousseff, 
      e ocupa a diretoria na BR Distribuidora. Isto é inaceitável.
    Esse 
      ‘modus operandi’ do PT não é mais aceito pela 
      sociedade brasileira. Depois, o Governo se pergunta: por que as pessoas 
      estão na rua? Por que essas manifestações? É 
      porque as pessoas estão cansadas dessa ausência de respostas. 
      
     Não 
      dá, novamente, para fazer aquilo que se tornou um mantra em todas 
      as denúncias que ocorrem em relação ao PT: terceirizar 
      responsabilidades. De “não sabia” em “não 
      sabia”, o Brasil chegou onde chegou. 
    Qualquer 
      pessoa que queira pensar o Brasil com seriedade para as próximas 
      décadas tem que incluir a questão da sustentabilidade no seu 
      programa. Qualquer ação de Governo deve ter a preocupação 
      com a preservação ambiental.
     
     
     
      
      
     
     
    Na 
      administração pública, fazer mais com menos significa 
      gastar menos com o Estado e mais com o cidadão.
    Tenho 
      muitos amigos na oposição. Amizade esculpida diariamente no 
      respeito e na compreensão de que a cena política que representa 
      a Nação não pode prescindir de nenhum dos seus protagonistas. 
      Mais importante do que a existência da oposição é 
      a sua persistência na luta pelo poder e na crítica ao poder 
      estabelecido, que são fundamentais para o bom funcionamento da Democracia.
    Tem 
      político que adora dizer que mudou o Brasil, mas, quem muda o Brasil 
      todo dia é o brasileiro que acorda cedo para chegar ao trabalho.
     
     
    
     
    As 
      coisas estão correndo bem. O resultado não precisa vir hoje, 
      mas, tenho certeza que, em 2014, o sentimento de mudança irá 
      prevalecer.
    Na 
      campanha, nossa candidatura irá canalizar esse sentimento dos que 
      querem mudar o que está aí.
    É 
      urgente agir, com coragem e responsabilidade, para não permitir que 
      o País retroceda e coloque em risco as conquistas que nos trouxeram 
      até aqui.
    O 
      conhecido "jeitinho brasileiro" ameaça ganhar status de 
      política de Estado, tal a freqüência com que tem sido 
      usado como estratégia de repaginação dos indicadores 
      macroeconômicos. Os exemplos vão se acumulando, dia-a-dia.
    Para 
      calcular a inflação, nada melhor do que contar com o controle 
      político sobre preços administrados em setores estratégicos. 
      E por que não atrasar a transferência de R$ 7 bilhões 
      a Estados e Municípios, inclusive recursos voltados para a saúde 
      pública, prejudicando milhões de brasileiros, para dar a impressão 
      de que se cumpriu o superavit primário?
    Neste 
      campo, se instalou um autêntico vale-tudo, como a estarrecedora operação 
      da Caixa Econômica Federal, ainda sob grave suspeição, 
      na transferência de recursos de contas de caderneta de poupança 
      pretensamente inativas para engordar o seu balanço. É a velha 
      tática: "se colar, colou..."
    O 
      resultado da Economia brasileira certamente seria melhor se o esforço 
      gasto em maquiar números fosse efetivamente aplicado no aperfeiçoamento 
      da gestão. Instituições que guardam histórico 
      compromisso com o rigor, com a transparência e com o profissionalismo, 
      como o Banco Central, estão cada vez mais isoladas diante do descontrole 
      fiscal generalizado e, não por acaso, patinam na implementação 
      do ajuste necessário para amenizar o ambiente inflacionário.
    Hoje, 
      o Brasil é governado pelo improviso, pelo marketing. Se, a partir 
      de 2001, sem entrar no mérito dessas decisões, o Governo optou 
      por subsidiar a gasolina, por dar um estímulo à aquisição 
      de carros, por dar sucessivamente isenções de IPI para a aquisição 
      de carros, era necessário que, ao mesmo tempo, percebesse que, em 
      um futuro próximo, teríamos um aumento extremamente expressivo 
      da frota. Em dez anos, duplicamos nossa frota de automóveis, quadruplicamos 
      a de motocicletas e não houve nenhum investimento estruturante em 
      transporte de massa. 
    Nós 
      precisamos reestatizar a PETROBRAS, entregar novamente a PETROBRAS aos brasileiros 
      e aos seus interesses. 
     Estamos 
      no limiar de um novo ciclo econômico do Brasil, disse 
      o Ministro da Fazenda, para justificar o injustificável. A verdade 
      é que, infelizmente, o Brasil está perdendo oportunidades 
      preciosas de ativar o seu crescimento, como a Copa, pródiga em promessas 
      de realizações e pífia em resultados, até o 
      momento.
    Os 
      investimentos em infra-estrutura são praticamente inexistentes, em 
      face ao que foi prometido. Em termos de desempenho, o que temos a mostrar 
      à comunidade internacional, para nossa vergonha, é o segundo 
      pior crescimento na América do Sul, atrás apenas da Venezuela.
    A 
      desconfiança generalizada da sociedade não é uma peça 
      ficcional criada pelos críticos do Governo, mas, o resultado de uma 
      gestão ineficaz, pouco transparente e incapaz de reintegrar o País 
      a uma rota de desenvolvimento e de ampliação das conquistas 
      sociais.
    É 
      urgente agir, com coragem e responsabilidade, para não permitir que 
      o País retroceda e coloque em risco as conquistas que nos trouxeram 
      até aqui.Uma das principais, a credibilidade, nem mesmo o "jeitinho 
      brasileiro" foi capaz de assegurar. Esta, infelizmente, já perdemos.
    O 
      único caminho seguro para o futuro do Brasil é transformar 
      a educação em prioridade de Estado, com ampla participação 
      da população. Foi assim nas trajetórias de diversos 
      Países, que deram o grande salto para o desenvolvimento. Em todos 
      houve decisivos investimentos em educação e em qualificação 
      profissional. 
    Pela 
      sua relevância, o Bolsa Família merece ser não só 
      institucionalizado, mas, também, aperfeiçoado. Além 
      da iniciativa para fortalecê-lo, estou apresentando duas outras propostas 
      para ampliar os seus benefícios de maneira substantiva.
    Nesta 
      segunda-feira, o PSDB pedirá esclarecimentos formais à CEF 
      e, diante das explicações apresentadas, avaliará as 
      medidas legais cabíveis para garantir os direitos dos poupadores 
      brasileiros, assegurar o fiel cumprimento da legislação em 
      vigor e responsabilizar judicialmente os responsáveis por esta possível 
      apropriação indevida e ilegal de recursos poupados por milhares 
      de brasileiros. 
    Criar 
      condições para a ressocialização de detentos 
      ultrapassa o respeito aos direitos humanos: é também medida 
      eficaz de defesa da própria população.
     
     
     
      
      
     
     
    Não 
      há política pública mais transformadora do que a correta 
      aplicação do dinheiro público com transparência 
      e eficiência.
    Semana 
      passada, defendi a alocação exclusiva dos recursos do pré-sal 
      para a educação brasileira.1
    Não 
      tenho dúvida de que a abertura ao investimento privado é o 
      caminho certo para a recuperação da nossa combalida infra-estrutura . 
      É nesta trilha que o Governo deve perseverar. Mas, é necessário 
      que o programa seja mais transparente, equilibrado e, sobretudo, livre de 
      ideologia e preconceitos. Assim, ele poderá dar certo, como todos 
      esperamos, e o País precisa.
    É 
      preciso agora correr contra o tempo. O programa de concessões para 
      desenvolver o setor de infra-estrutura parece ser a única carta que 
      o Governo tem nas mãos para mudar o rumo da Economia. Mais uma carta, 
      aliás, que o PT tomou de empréstimo ao programa do PSDB.
    Deve 
      preocupar muito o Governo, porque 66% da população querem 
      mudanças profundas. Este é o dado consistente nesse momento.
    Nos 
      grandes espaços da comunicação de massa há um 
      monólogo da Presidente da República, seja institucionalmente, 
      seja através de uma bilionária propaganda de Governo. Tenho 
      muita tranqüilidade. Acho que o sentimento é de mudança, 
      e cabe a nós, do PSDB, mostrar que podemos ser a mudança com 
      segurança no Brasil.
    A 
      verdade é que pagamos um alto preço pela ineficiência 
      dos últimos anos. Com a infra-estrutura deteriorada, o País 
      vem perdendo competitividade no cenário internacional. Por questões 
      ideológicas, o PT impôs um calendário de atraso ao País.
    Não 
      há desperdício maior do que você começar uma 
      obra, investir recursos nela e não terminá-la, porque aí 
      o benefício não chega. O Brasil hoje é um grande cemitério 
      de obras inacabadas.
     Temos 
      dois desafios hoje no Brasil. O primeiro deles é fazer o Brasil voltar 
      a crescer, e voltar a crescer de forma sustentável. É isto 
      que irá garantir a geração de emprego de melhor qualidade. 
      
    Todos 
      nós devemos ser julgados pela coerência dos nossos pensamentos 
      e atitudes. 
    Entre 
      os grandes desafios que o Brasil tem, um possui conotação 
      especial pelo significado que imprime à vida em sociedade: o da recomposição 
      ética da atividade política. 
    Tenho 
      viajado e conversado com pessoas de diferentes regiões e, por mais 
      específicas que sejam as realidades de cada uma, há um sentimento 
      comum de descrença, de indignação com os episódios 
      que ocorrem à nossa volta. E todos eles se remetem à perda 
      dos limites éticos que deveriam ordenar a vida em comunidade.
     Os 
      graves acontecimentos envolvendo políticos não depõem 
      apenas contra indivíduos. Acabam por rebaixar a atividade política 
      como um todo. Infelizmente, nos últimos anos, aos olhos da população, 
      a política vem perdendo sua dimensão de instrumento transformador 
      da sociedade.
     Tenho 
      dito que um dos maiores desserviços que o PT presta ao País 
      é a insistente tentativa de legitimar a mentira como instrumento 
      do debate e da luta política.
    Na 
      política, a mentira tem várias faces. Às vezes, se 
      apresenta com uma mais suave, se finge inofensiva, em pequenas imprecisões 
      ditas aqui e ali.
    A 
      mentira pode, ainda, se apresentar raivosa e destrutiva, estimulando a intolerância 
      e o ódio. Na Internet, esforços gigantescos são organizados 
      para caluniar e difamar adversários, vistos como inimigos a serem 
      abatidos a qualquer preço em sua honra, em sua imagem pública. 
      Para, em covarde alquimia, tentar transformar mentira em verdade.
    Winston 
      Churchill disse, certa vez, que, enquanto 
      a mentira dá a volta ao mundo, a verdade ainda não terminou 
      de calçar os sapatos para sair de casa. Pelo Brasil 
      e por brasileiros de bem, como monsenhor Paiva, tomara que aqui a verdade 
      consiga se apressar.
    Sabemos 
      que não há solução fácil. Mas, precisamos 
      nos pôr a caminho. 
    Montoro 
      dizia que ninguém 
      mora no País ou no Estado, moramos nos municípios. 
      E alertava: quanto mais 
      longo o trajeto do recurso público até o seu destino final 
      – o cidadão – maiores são as chances de desperdício 
      e de desvios pelo caminho.
    A 
      questão de fundo ultrapassa a mera razão aritmética 
      das finanças dos Governos e alcança um outro patamar de reflexão. 
      Não há como superar pobreza, atraso e déficits gigantescos 
      desconsiderando aqueles que deveriam ser parceiros da travessia para um 
      novo patamar de desenvolvimento.
    Apesar 
      da convulsão nas áreas de saúde e de segurança, 
      os recursos federais são incompatíveis com a dimensão 
      e a gravidade dos problemas. Na saúde, a participação 
      federal é declinante. Na segurança, 87% do total das despesas 
      estão, hoje, a cargo de governadores e prefeitos.
    Em 
      19 de novembro de 1983, há exatos 30 anos, Tancredo Neves e Franco 
      Montoro, Governadores de Minas Gerais e São Paulo, posicionaram-se 
      de forma decisiva a favor daquela que seria a mais importante campanha de 
      mobilização popular do Brasil contemporâneo – 
      as Diretas-Já.
    O 
      alerta de hoje encontra amparo na realidade de Estados e Municípios 
      cada vez mais fragilizados e dependentes da benemerência do Governo 
      Central.2
    O 
      crescimento da desigualdade é evidente: 1% dos brasileiros com rendimentos 
      mais elevados ganham 87 vezes mais do que 10% dos brasileiros com os rendimentos 
      mais baixos. Em 2011, esta diferença era de 84 vezes.
    Também 
      é preocupante a questão da renda e do trabalho. O apagão 
      de mão-de-obra qualificada se aprofunda pela baixa escolaridade do 
      trabalhador e pela sua frágil formação para o mundo 
      cada vez mais exigente do trabalho.
    Os 
      novos dados do analfabetismo, que surpreenderam o País, somados à 
      informações já reveladas por outras pesquisas e constatadas 
      diariamente em todo o Brasil, mostram um Governo que vem menosprezando a 
      mais poderosa alavanca de transformação social: a educação.
    Quando 
      o Governo do PSDB implantou os programas de transferência de renda 
      – que continuam sendo fundamentais – na década de 1990, 
      o objetivo era que fossem ponto de partida para conquistas sociais importantes 
      e definitivas para as famílias cadastradas. O PT fez com que esses 
      programas se transformassem em ponto de chegada. E, hoje, contenta-se com 
      a administração da pobreza, ao invés de investir em 
      formas efetivas para a sua superação.3
    O 
      PT submeteu a lógica de ações estratégicas para 
      o País à conveniência do discurso político da 
      legenda. Por isto, insiste em tratar a pobreza pela ótica exclusiva 
      da privação de renda, quando o mundo caminha na direção 
      de percebê-la como uma privação mais ampla, também 
      de direitos e serviços. Esta visão, mais realista e mais justa 
      com milhões de famílias, esbarra nos maus resultados da gestão 
      federal em diversas áreas, na propaganda e no discurso salvacionista 
      do Governo.
    Por 
      mais que a atual administração federal tenha criado o mantra 
      de que acabou com a miséria no País, os brasileiros sabem 
      que isto não é verdade. Precisamos ter coragem de fazer avançar 
      as políticas sociais no País, para que elas sejam de fato 
      instrumento de travessia na vida de milhões de brasileiros.4
    Quando 
      assumi o Governo de Minas, falei: ‘tenho uma prioridade, uma acima 
      das outras, que é a educação’. A gente começou 
      a estabelecer metas. Se aquela meta era alcançada, todo mundo que 
      trabalhava naquela área recebia um salário a mais. A secretária 
      da escola, a professora, a diretora, a servente. Houve um salto de qualidade 
      na educação do Estado, e, hoje, a gente pode dizer que Minas 
      tem a melhor educação básica do Brasil, segundo o MEC.
    O 
      que eu vejo é o Governo falando toda hora: não, 
      a inflação está sob controle; não tem inflação 
      nenhuma. Mas, e quem vive no dia-a-dia? O Governo tem que 
      focar. Em primeiro lugar, cuidar da Economia, tem que garantir tolerância 
      zero com a inflação. Não pode mais haver inflação. 
      Esta foi a grande conquista da sociedade brasileira.
    Tive 
      o privilégio de, ainda muito jovem, com 24 anos, acompanhar de perto 
      aquele período decisivo na vida de nosso País, e de, com ele 
      [Tancredo Neves], 
      aprender várias lições – uma, especialmente importante: 
      a de que cada geração tem seu compromisso com a História. 
      Por isto, é necessário que os líderes estejam sempre 
      à altura dos desafios de seu tempo.
    A 
      intensidade daqueles dias me acompanha até hoje – na memória 
      e no coração. Primeiro, as viagens pelo Brasil, os comícios 
      das Diretas e a frustração pela não aprovação 
      da Emenda Dante de Oliveira.5
    Ninguém 
      comemora prisão ou sofrimento de quem quer que seja.
    Foi 
      um trabalho de artífice, minuciosamente planejado por grandes brasileiros, 
      para que a mobilização nacional daqueles dias pudesse garantir, 
      de alguma forma, aquele que era nosso maior objetivo: o fim do autoritarismo. 
      Nosso reencontro com a liberdade e a Democracia.
    Muitas 
      vezes, só o tempo nos dá a compreensão do que vivemos...
    Para 
      grande parte das pessoas, a transição democrática terminava 
      ali, com a eleição de Tancredo. Mas, por mais que este fosse 
      um marco fundamental, sabíamos que não era o fim do processo. 
      Ainda existiam focos de resistência no regime militar, e fontes do 
      Presidente eleito o aconselhavam a ser prudente e manter a vigilância.6
    Tancredo 
      sabia que repousava sobre seus ombros a responsabilidade pela transição 
      democrática. Tinha consciência de que o País caminhava 
      em terreno ainda frágil. Temia especialmente que a percepção 
      sobre alguns problemas de saúde que estavam surgindo pudesse, naquele 
      momento, servir como pretexto para as forças políticas que 
      buscavam o retrocesso.
    Há 
      uma passagem do Antigo Testamento, reproduzida na capa do extinto Jornal 
      da Tarde, na edição sobre sua morte, da qual sempre me recordo: 
      E o Senhor lhe disse: 'Eis 
      a terra. Eu a darei à tua posteridade. Tu a viste com teus olhos, 
      mas não passarás a ela'.
    Quem 
      muda o Brasil é você que está estudando, ralando. O 
      Estado tem que dar condições. Gastar menos com sua estrutura 
      para gastar mais com as pessoas. O Governo não pode empatar a vida 
      das pessoas, tem que ser parceiro. Mas, quem vai mudar a vida de cada um 
      de vocês ou de cada um de nós, somos nós mesmos. É 
      quem tiver a disposição de ralar e de enfrentar.7
    Infelizmente, 
      no Governo do PT, a convocação de cadeia de rádio e 
      televisão com dinheiro público passou a ser uma peça 
      de marketing, de propaganda do Governo, das suas ações e de 
      críticas aos adversários.
    Eu 
      vou usar um termo, talvez uma frase, que sintetiza o que estou querendo 
      dizer: abdica-se, mais uma vez, da defesa de interesses reais do Brasil, 
      para privilegiar uma ação de marketing eleitoral. 
    Ao 
      longo de sua história, o PT fez do combate ferrenho às privatizações 
      uma de suas bandeiras mais ostensivas. Nos pleitos, vendeu ao eleitorado, 
      com hipocrisia, a certeza de que as privatizações seriam um 
      crime de lesa-pátria, uma entrega do patrimônio nacional a 
      preços aviltantes.
    O 
      Governo do PSDB, em Minas, sempre esteve verdadeiramente comprometido com 
      a Assistência Social. Com uma gestão de excelente qualidade, 
      o Estado se tornou referência nacional na implantação 
      do Sistema Único da Assistência Social.
    Triste 
      o povo que não conhece a sua História, pois, irá ter 
      muito mais dificuldade para construir seu futuro. 
    Ao mesmo tempo 
      que nos orgulham os ganhos formidáveis de produtividade no campo, 
      é desoladora a descrença dos produtores na capacidade de o 
      Governo Federal prover investimentos mínimos, em logística 
      e em infra-estrutura, que garantam menores custos e maior competitividade 
      no momento de escoar a produção.
    Este 
      é o terceiro ano consecutivo em que o Brasil cai no Índice 
      de Competitividade Mundial, divulgado pelo International Institute for Management 
      Development (IMD): em 2010, ocupávamos o 38º lugar; em 2011, 
      o 44º; em 2012, 46º. Na edição 2013, o Brasil caiu 
      mais cinco posições: está em 51º lugar entre 60 
      países.
     
     
     
      
      
     
     
    A 
      ausência de planejamento, o improviso e a prioridade dada ao marketing 
      têm condenado os desafios do Brasil real ao esquecimento.
    Os 
      dados da evolução do Índice de Desenvolvimento Humano 
      Municipal (IDHM) no Brasil entre 1991 e 2010 demoliram, de uma vez por todas, 
      uma das teses mais repetidas pela máquina de propaganda do PT: a 
      de que o Partido detém a exclusividade e a primazia do combate à 
      pobreza no País.
    É 
      deplorável, sob todos os aspectos, a atitude tomada pelo Governo 
      da Presidente Dilma Rousseff no episódio envolvendo a transferência 
      do senador boliviano Roger Pinto Molina para o País.
    Ao expor à 
      execração pública o diplomata Eduardo Saboia, o Governo 
      Brasileiro se curva, mais uma vez, a conveniências ideológicas. 
      Mais grave ainda, abandona as melhores tradições da nossa 
      diplomacia.
    Já 
      o Governo da Presidente Dilma preferiu, mais uma vez, submeter-se às 
      imposições do Governo Evo Morales, e jamais atuou efetivamente 
      para solucionar o impasse diplomático e garantir ao senador Molina 
      a concessão do salvo-conduto que as boas normas do Direito Internacional 
      recomendam e impõem em situações assim.
    O 
      recente episódio envolvendo o senador Molina é apenas mais 
      um de um triste retrospecto, que inclui a tíbia reação 
      de Brasília à desapropriação de ativos da PETROBRAS, 
      na Bolívia, em 2006. Prosseguiu com a deportação, em 
      tempo recorde, de dois boxeadores cubanos durante os jogos Pan-Americanos 
      de 2007, o apoio à tentativa de retomada do poder em Honduras por 
      Manuel Zelaya, os afagos ao Governo Iraniano, a sanção imposta 
      ao Paraguai após a deposição de Fernando Lugo da Presidência 
      do País e a condescendência com que, sob orientação 
      petista, nossa diplomacia trata o regime cubano e o bolivarianismo da Venezuela.
    O 
      PSDB manifesta seu irrestrito apoio à defesa da dignidade humana, 
      ao respeito a valores universais do estado democrático e ao direito 
      irrevogável de ir e vir reservado aos cidadãos de bem e condena 
      de forma veemente a opção escolhida pelo Governo Brasileiro 
      de se curvar a interesses menores, não condizentes com nossas melhores 
      tradições diplomáticas.
    A 
      alarmante e dramática violência que se abate sobre a nossa 
      juventude é uma tragédia de muitas faces, entre as quais se 
      destacam os homicídios e os acidentes de trânsito, contados 
      aos milhares por ano, e que justificam os temores e apreensões de 
      tantos pais e mães. Outra preocupação 
      é o alto desemprego entre os jovens, que destoa do discurso do pleno 
      emprego tão alardeado pelo Governo. A taxa para quem tem entre 16 
      e 24 anos está quase três vezes acima da média, pontuando 
      em 15%, o que confirma que ainda devemos aos jovens novas portas de oportunidades, 
      para que possam construir suas vidas profissionais e conquistar sua preciosa 
      autonomia.
    Para 
      os nossos filhos, o mundo virtual é o mundo real, e chama a atenção 
      o crescimento de relatos de bullying,8 
      da cruel e gratuita exposição da privacidade provocada por 
      amigos na Internet. Infelizmente, estão longe de constituir episódios 
      isolados, e parecem apontar para uma triste e desrespeitosa banalização 
      das relações humanas.
    Para 
      o PSDB, não é uma opção apresentar uma proposta 
      alternativa, é nosso dever. Esse ciclo de poder do PT tem que acabar. 
      Chega de engodo e enrolação.
    Ao 
      contrário dos nossos adversários, não nos contentamos 
      com a administração diária da pobreza e da miséria. 
      Trabalhamos para a sua superação. Por isto, a educação 
      é tratada de forma prioritária. Temos ainda uma diferença 
      profunda de compreensão do que é o Bolsa Família. Para 
      nós, é um ponto de partida. Para o PT, um ponto de chegada.
    Chegou 
      a hora de nos reunirmos. Não me cansarei. Vou rodar este Brasil para 
      dizer que nós temos a melhor proposta, temos os melhores quadros, 
      nós prezamos valores. A ética e a eficiência têm 
      que voltar a andar juntas neste Brasil.
    Existe 
      outro caminho surgindo: o caminho da seriedade, da competência, da 
      decência. Que ecoe este brado: o caminho da competência é 
      o caminho do PSDB. Viva a boa política, viva o PSDB.
    É 
      obrigação do PSDB ter um projeto novo de Brasil. Um projeto 
      que passe pela refundação da Federação, com 
      o resgate dos Municípios e dos Estados, por uma generosidade maior 
      do Governo Federal no financiamento da saúde, da segurança, 
      pela eficiência na busca dos investimentos para cada região. 
      Temos uma responsabilidade enorme com o Brasil.
    Queremos 
      que o Brasil dê um salto de qualidade. Não podemos aceitar 
      que o Brasil cresça na América do Sul apenas mais do que a 
      Venezuela, como vai ocorrer este ano. No ano passado, crescemos mais apenas 
      do que o Paraguai. Não é justo com os brasileiros. Nenhuma 
      propaganda, por mais maciça, por mais bilionária que seja, 
      como a propaganda oficial, vai mascarar a realidade.
    Os 
      jovens precisam ter oportunidades, precisam ser qualificados para entrar 
      no mercado de trabalho de forma competitiva. Não é justo que 
      o Governador Teotônio Vilela tenha que assinar um cheque de R$ 50 
      milhões todo mês e repassar à União, porque a 
      União não quer renegociar a dívida dos Estados. Este 
      dinheiro tinha que ficar aqui para investimentos em saúde, saneamento, 
      educação, em qualificação dos jovens. O Governo 
      do PT, a grande verdade é esta, vem fazendo muito mal ao País.
    A 
      Ferrovia de Integração Oeste Leste (FIOL) está sem 
      um palmo de trilho colocado. A Transnordestina, programada para estar pronta 
      há dois anos, dos 1.700 km não tem 300 km prontos. A Transposição 
      do São Francisco é de doer o coração. Obras 
      há três anos abandonadas. Isto não é normal. 
      Obras custando duas ou três vezes o 
      orçamento inicial e não concluídas. Isto é maior 
      desperdício de dinheiro público que se pode ter. Ninguém 
      vai me convencer que é normal uma obra como a Refinaria Abreu e Lima, 
      em Pernambuco, ser orçada em R$ 4 bilhões, já ter gasto 
      R$ 30 bilhões e não estar pronta. Isto é assalto aos 
      cofres públicos. O Brasil precisa 
      de Governo eficiente para que não percamos definitivamente a nossa 
      credibilidade.
    Há 
      uma geração que precisa ser ouvida para ser fortalecida em 
      seus valores e identidades, desafio que se impõe à sociedade 
      como um todo.
    A 
      mais recente exposição dessa mitologia está no discurso 
      da Presidente da República na saudação ao Papa Francisco, 
      em sua chegada ao Rio, quando apontou extraordinários 
      resultados nos últimos dez anos na redução da pobreza, 
      na superação da miséria e na garantia da segurança 
      alimentar à nossa população.
    É 
      inacreditável até onde é capaz de ir o desrespeito 
      do PT e da Presidente Dilma com Minas e os mineiros. A Presidente voltou 
      a Minas, e sem ter o que apresentar, lançou como se novo fosse, o 
      mesmo programa lançado diversas vezes pelo Presidente Lula e por 
      ela mesma, e que, até hoje, não se transformou em realidade.
    Como 
      a Presidente e o PT podem ter tido a coragem de pisar o chão da História 
      de Minas, e, ao invés de se desculpar por não terem cumprido 
      o que anunciaram há quatro anos, mentir aos mineiros como se estivessem 
      anunciando um novo benefício ao Estado?
    A 
      Diplomacia Brasileira já viveu dias melhores. As circunstâncias 
      que forçaram a fuga cinematográfica do senador asilado Roger 
      Molina, da embaixada em La Paz para o Brasil, derrubaram o pouco que restava 
      da imagem de profissionalismo da nossa Chancelaria. Longe 
      de ser fato isolado, o episódio se inscreve em um incrível 
      rol de desacertos que se acumulam na gestão da política externa, 
      desde que a ela se impôs um nítido viés ideológico.
    O 
      Brasil não reagiu, por exemplo, à expropriação 
      das refinarias da PETRBRAS em Santa Cruz; colaborou para afastar o Paraguai 
      do MERCOSUL, abrindo as portas à Venezuela chavista; apoiou, com 
      eloqüência, o Governo Iraniano e achincalhou o instituto do asilo, 
      ao deportar, em tempo recorde, dois boxeadores cubanos durante os Jogos 
      Pan-americanos de 2007.
    Ao 
      enfraquecer o patrimônio ético e moral do asilo, que já 
      salvou a vida de centenas de brasileiros vítimas de perseguição 
      política, o País se apequena diante da comunidade internacional.
    O 
      esforço feito no passado para reinserir o Brasil no mapa global, 
      com atuação relevante em temas importantes no âmbito 
      multilateral, tem sido muito atingido. A verdade é que a política 
      externa deixou de representar os interesses permanentes do Estado Brasileiro 
      para defender o ideário do Governo de plantão.
    O 
      declínio da credibilidade do Itamaraty é um retrato lamentável 
      de uma gestão submersa em questões ideológicas, e de 
      um Governo que se supõe sinônimo de País, incapaz de 
      perceber a diferença entre a conveniência de um e os interesses 
      maiores do outro.
    O 
      novo somos nós. Porque aqueles que estão no Governo envelheceram. 
      E nós temos que mostrar isto para a população brasileira.
    O 
      que está acontecendo com o Brasil? Trabalhadores, empresários, 
      donas de casa, muita gente já não esconde a preocupação 
      com os rumos do País e anda fazendo a mesma pergunta. Onde foi parar 
      aquela euforia, inflamada por um discurso que apregoava um patamar de desenvolvimento 
      jamais visto na nossa História?
    Já 
      não é possível esconder as fissuras na paisagem econômica. 
      A geração de empregos registrou o pior julho dos últimos 
      dez anos. A renda média do trabalhador vem caindo há cinco 
      meses. O setor de serviços desacelerou, a indústria perdeu 
      competitividade. Com a Economia patinando, viramos o "patinho feio" 
      entre as nações emergentes.
     
     
     
      
    
     
      
    O 
      ciclo virtuoso do crescimento chegou ao fim sem as mudanças que o 
      País tanto demanda. Desperdiçamos uma safra recorde de oportunidades 
      durante a última década. E percebemos, agora, que faltam a 
      aqueles que têm a responsabilidade de governar a energia e a competência 
      necessárias para reagir.
    O 
      Governo queima credibilidade ao afrontar os fundamentos clássicos 
      da administração e do bom senso. Como entender a manutenção 
      de uma máquina pesada e cara, quando a qualidade da nossa infra-estrutura 
      está em 107º lugar no ranking de 144 países do Fórum 
      Econômico Mundial? Qual é nossa prioridade, afinal?
    Retrato 
      do descompasso, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) 
      é um inventário de obras inconclusas, com projetos ressuscitados 
      para abastecer palanques políticos. Setores estratégicos da 
      Economia pagam o preço de erros sérios de planejamento, como 
      é o caso das hidrelétricas do Rio Madeira.
    Cresce 
      o incômodo com a falta de transparência. O Governo injeta bilhões 
      no BNDES e não permite que a sociedade, que paga essa conta, conheça 
      o destino deste dinheiro, alimentando as suspeitas de privilégios 
      que não atendem aos interesses nacionais.
    Fica 
      evidente a distância entre discurso e realidade. Os mesmos programas 
      são lançados diversas vezes, como se fossem novas iniciativas. 
      O Governo, que se recusou assumir a sua parte no compromisso previsto na 
      Emenda 29 e vem diminuindo há dez anos a sua participação 
      nos gastos com saúde, é o mesmo que lança projetos 
      improvisados, como o Mais Médicos, que não resolve os problemas, 
      mas, alimenta o marketing oficial.
    Para 
      voltar a apostar no futuro, os brasileiros precisam recuperar a confiança 
      no País. Para tanto é essencial que o Governo faça, 
      pelo menos, o básico: controle a inflação, equilibre 
      as contas públicas, priorize os gastos em educação, 
      em saúde e em segurança e crie condições institucionais 
      para que os investimentos privados floresçam. Acima de tudo, o momento 
      requer uma gestão de responsabilidade. 
      
    Muitas 
      vezes, a sensação que parece prevalecer é que quase 
      tudo o que nos trouxe até aqui já não faz tanto sentido. 
      Será? Lembrei-me de Ruy Castro e de suas crônicas recheadas 
      de ironia e de inteligência, aqui mesmo nesta Folha, na qual, volta 
      e meia, nos alerta para o reconhecimento que devemos a nomes importantes 
      da nossa cultura.
    Vivemos 
      uma autêntica revolução, e ela nos coloca no portal 
      de um mundo que inaugura novas relações sociais e humanas, 
      provocadas por enormes transformações tecnológicas. 
      Ainda que seja constatação verdadeira, quando apresentado 
      e endeusado como valor absoluto, o novo acaba por transformar em obsoleto 
      o que veio antes.
    Duro 
      é reconhecermos que certamente estamos muito aquém do que 
      tantos brasileiros sonharam. E mereciam.
    Mas, 
      a resignação em adiar projetos e soluções para 
      um tempo que ainda virá não deixa de ser uma forma de transferirmos 
      indefinidamente responsabilidades. E de perdoarmos a nós mesmos, 
      enquanto sociedade, por tudo o que ainda não fomos capazes de fazer.
    Rumo 
      a completar seu décimo primeiro ano no poder, e vendo sua popularidade 
      se esvair, o PT, mais do que nunca, precisa agora se escorar nesse mito 
      que ele próprio se incumbiu de construir. Nem mesmo os dirigentes 
      da Legenda acreditam na sua veracidade, mas, continuam a reproduzir a cantilena, 
      sobretudo, depois que o mito fundador, o do monopólio da ética, 
      foi soterrado pelas condenações do mensalão.
    Em 
      artigo recente, o jornalista e ex-deputado Fernando Gabeira chama a atenção 
      para o tipo de prática política em que a versão é 
      mais importante que a verdade, e em que militantes se dispõem a repetir 
      mecanicamente as teses que vêm da cúpula partidária: 
      Ao constatar que são 
      frágeis, tentam salvá-las com seu entusiasmo e, naturalmente, 
      com a raiva contra quem discorda. Infelizmente, o que Gabeira 
      aponta, com correção e pertinência, é o que constatamos 
      todos os dias, especialmente na Internet.
    A 
      Presidente da República não assumiu suas responsabilidades, 
      tangenciou os problemas e buscou desviar o foco dos reais interesses expressos 
      pela população.
    Eu 
      espero que ela (Dilma) possa ir amanhã, como é natural, participar 
      deste evento de prefeitos. Porque tudo que o Brasil não precisa é 
      de uma Presidente sitiada, que não pode participar de eventos como 
      esse. A questão da Federação é central no Brasil 
      que nós queremos construir. Transferir recursos para os Municípios 
      e para os Estados de forma corrente é essencial.
    Existe 
      uma agenda no Congresso Nacional que trata da Federação – 
      ampliação dos recursos do fundo de participação, 
      renegociação da dívida dos Estados, fim da tributação 
      do PASEP – que poderiam ser tomadas pela Presidente da República, 
      bastando uma palavra à sua base. Mas, ela sempre adia esses problemas. 
      E prefere o marketing, prefere medidas absolutamente paliativas que não 
      tratam das questões na profundidade que precisam ser tratadas, como 
      a questão da saúde pública, que precisa de financiamento 
      e de gestão. E não de medidas absolutamente marginais ou setoriais 
      como essas que nós estamos ouvindo hoje.
    Nós 
      temos uma proposta no Congresso Nacional que foi derrubada pela base de 
      apoio ao Governo, seguindo uma orientação da Presidente da 
      República: 10% das receitas brutas do orçamento federal para 
      a saúde pública. Isto, casado com gestão, aí, 
      sim, enfrenta-se com clareza o problema.
    Durou 
      menos de 24 horas a validade das declarações da Presidente 
      da República na reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico 
      e Social, assegurando que a inflação não é motivo 
      de preocupação e que as contas públicas estão 
      sob controle.9
    O 
      cenário descrito na ata do Comitê de Política Monetária 
      (COPOM), divulgada no dia seguinte, é outro – a inflação 
      continua elevada e resistente, exigindo máxima atenção.A 
      ata também contradiz a Presidente em relação às 
      contas públicas. Enquanto a primeira mandatária garante que 
      a política fiscal 
      é robusta, o COPOM vê o 
      balanço do setor público em posição expansionista, 
      com crescente elevação 
      dos gastos públicos, o que acaba elevando a pressão inflacionária.
    A 
      Presidente verá que se engana atribuindo as críticas ao seu 
      Governo ao pessimismo generalizado da oposição, dos empresários 
      e da imprensa. A preocupação de inúmeros setores decorre, 
      na verdade, de reiterados erros da política econômica.
    Nos 
      últimos dois anos, a inflação do setor de serviços 
      se manteve acima de 7,5% ao ano. A inflação dos alimentos, 
      aquela que atinge e penaliza as famílias mais carentes, chegou, em 
      junho deste ano, a quase 13% – muito acima da inflação 
      média.
    São 
      passados onze anos de Governo do PT e a verdade é que, enquanto outros 
      Estados, durante todos esses anos, receberam centenas de milhões 
      do Governo Federal para seus metrôs, o de BH ainda não saiu 
      do papel. A duplicação da BR-381, tantas vezes anunciada, 
      se transformou subitamente em uma obra muito menor do que a prometida.
    É 
      também curiosa a obsessão da Presidente Dilma com o ex-Presidente 
      Fernando Henrique. Por que o ex-Presidente incomoda tanto a Presidente?
    A 
      Presidente será sempre bem-vinda a Minas. Mas, esperamos que, da 
      próxima vez, ela dê demonstrações de respeito 
      não apenas ao ET de Varginha, mas, a todos os mineiros.
    No 
      que tange às contas públicas, o investimento federal, nos 
      dois primeiros anos do Governo, ficou estacionado como percentual do PIB. 
      De janeiro a maio deste ano, o gasto público do Governo Federal cresceu 
      R$ 40 bilhões, uma expansão de 13%, o mesmo ritmo de crescimento 
      dos primeiros cinco meses de 2012. No mesmo período, o crescimento 
      do investimento público, de acordo com dados oficiais divulgados 
      pelo Tesouro Nacional, foi de só R$ 604 milhões.
    Apesar 
      do crescimento exponencial do gasto federal, o investimento ficou praticamente 
      estagnado. A expansão concentrou-se nas despesas de custeio, que 
      pressionam a inflação, apontando para uma menor economia fiscal 
      no futuro.
    O 
      principal mal causado ao País por essa sucessão de equívocos 
      está sinalizado, com todas as letras, no parágrafo 21 da ata 
      do COPOM: o documento aponta como fator de restrição à 
      retomada do crescimento a desconfiança das famílias e das 
      empresas no Governo e em sua política econômica. Sem 
      confiança, as famílias não consomem, os empresários 
      não investem e a Economia não anda. Sem o diagnóstico 
      correto, a terapia pode acabar agravando a doença.
    Em 
      sua breve e já inesquecível visita, o Papa Francisco legou 
      aos brasileiros exemplos revigorantes e uma oportuna mensagem de otimismo, 
      tão necessária neste ano de tantas dificuldades. 
      Sejamos luzeiros de esperança! Tenhamos uma visão positiva 
      sobre a realidade! Foi sua exortação no Santuário 
      de Nossa Senhora Aparecida.
    Quem 
      viu o Papa Francisco pela televisão ou ao vivo nos lugares onde esteve 
      pôde obter a personificação de um novo sentido de liderança, 
      marcado por posições reformadoras emblemáticas e grandes 
      simbolismos, nesta hora em que tantos questionamentos recaem sobre aqueles 
      que têm a responsabilidade de dirigir instituições: 
      dispensou protocolos de chefe de Estado, desfilou pelas avenidas em carro 
      simples e com as janelas abertas e impediu as ostentações 
      e os exageros de praxe, buscando mais sinergia com os fiéis, postura 
      que adotou desde o primeiro momento em que foi escolhido como sucessor de 
      Bento XVI. Se a juventude esteve no centro de suas mensagens, foi enfático 
      ao advertir que a sociedade deve assegurar à ela as condições 
      materiais e imateriais 
      para o seu desenvolvimento, oferecendo fundamentos sólidos sobre 
      os quais se deve construir a vida. Garantir-lhe segurança e educação. 
      Transmitir-lhe valores duradouros, como espiritualidade, solidariedade, 
      perseverança, fraternidade e alegria. Para 
      quem tem filho ou filha na juventude, como é o meu caso, as palavras 
      alentadoras de Francisco fizeram todo o sentido. Bote 
      esperança e os seus dias serão iluminados, 
      ele sugeriu aos jovens, em um de seus discursos. Vale, aliás, para 
      jovens de qualquer idade. Houve oportunidade também para que ele 
      demarcasse como enxerga a questão social nos dias de hoje. Quando 
      eleito, meses atrás, o argentino Jorge Mario Bergoglio escolheu seu 
      nome como papa em homenagem a São Francisco de Assis, indicando a 
      ênfase que colocaria na defesa dos mais carentes. Na comunidade pobre 
      da Varginha, no Rio de Janeiro, o Papa fez o apelo para que ninguém 
      permaneça insensível às desigualdades e possa contribuir 
      para acabar com as injustiças: A 
      medida da grandeza de uma sociedade é dada pelo modo como esta trata 
      os mais necessitados. O Papa Francisco mostrou-se bem sintonizado 
      com as manifestações de junho no Brasil. Entre a indiferença 
      egoísta e o protesto 
      violento, termos usados por ele, pregou a alternativa do 
      diálogo e defendeu o respeito aos princípios éticos. 
       O futuro exige de nós 
      uma visão humanista da Economia e uma política que realize 
      cada vez mais e melhor a participação das pessoas, evitando 
      elitismos e erradicando a pobreza, disse. Este permanece 
      sendo o objetivo em torno do qual todos devemos nos unir. 
    O 
      que hoje se precisa fazer para estimular o médico a ir para as pequenas 
      comunidades, para as periferias dos grandes centros, e esperamos que isso 
      ocorra, é planejamento e investimento nessas áreas. É 
      o reajuste do SUS, é salvar as Santas Casas, é criar um ambiente 
      favorável para que os médicos possam fazer isso não 
      por obrigação, mas, por opção.
    Se 
      é legítimo que a sociedade cobre soluções para 
      os problemas brasileiros, é igualmente fundamental que não 
      percamos de vista o que é de fato prioritário.
    A 
      Presidente não pode ser diariamente desafiada a demonstrar a viabilidade 
      do seu nome para 2014 ou ser instada a priorizar uma agenda meramente eleitoral, 
      quando o País espera o combate à inflação e 
      ao baixo crescimento e soluções para a extensa pauta de reivindicações 
      no campo dos serviços públicos em áreas essenciais. 
      Muitas das medidas necessárias, talvez, não atendam os interesses 
      políticos do seu Partido ou à lógica do seu marketing 
      pessoal, mas, são fundamentais para o País e não podem 
      mais ser retardadas.
    Escolher 
      um candidato é sempre prerrogativa de um partido ou das alianças 
      que se formam. Entretanto, ao retirar o tapete sob os pés da Presidente, 
      movido pelas conveniências da conjuntura, o PT, na verdade, contribui 
      para debilitar ainda mais a sua gestão, com graves riscos para a 
      governança. O que é um assunto aparentemente doméstico 
      do PT passa a ser, portanto, uma preocupação de todos.
    Imaginando 
      que venceria por WO, o PT acabou atropelado pela força da realidade. 
      Quando as pesquisas indicaram a queda brutal da intenção de 
      voto na candidata, a legenda atirou o seu nome aos leões, ensaiando 
      o coro pela volta do ex-Presidente Lula à disputa, enquanto sua base 
      de apoio a tudo assiste sem esboçar qualquer gesto de solidariedade.
    Por 
      incrível que pareça, o maior problema que a Presidente Dilma 
      Rousseff enfrenta não está nas manifestações 
      de rua, na queda da popularidade ou nas vaias em eventos. Quem se dedica 
      à vida pública sabe que faz parte da Democracia enfrentar 
      adversidades como essas, por mais constrangedoras que sejam. A grande dificuldade 
      vem do seu próprio partido, o PT. Nunca antes na trajetória 
      de um chefe de nação foi tão oportuno invocar a máxima 
      segundo a qual quem tem determinado tipo de amigos, não precisa de 
      inimigos. 
    Nada 
      tem impactado mais as receitas estaduais e municipais do que a constante 
      redução do montante dos fundos, afetando diretamente a capacidade 
      dos governadores e, sobretudo, dos prefeitos de atenderem os pedidos da 
      população nas áreas de saúde, educação, 
      segurança e saneamento.
    É 
      lamentável que, mais uma vez, a Presidente vire as costas para os 
      Estados e, principalmente, para os Municípios brasileiros, deixando 
      claro o descompasso entre o discurso e as ações do Governo 
      do PT.
    Em 
      fevereiro, com nada menos que 20 meses de antecedência em relação 
      ao pleito de 2014, o PT lançou a candidatura da atual Presidente 
      e colocou em marcha, sem disfarce, sua campanha eleitoral, forçando 
      o Governo a escolher entre a lógica da reeleição e 
      os interesses do País.
    Defendemos 
      o fim das coligações proporcionais, para impedir a usurpação 
      do voto do eleitor, que vota em um determinado candidato e elege outro, 
      que não tem na sua atuação parlamentar qualquer sintonia 
      com aquele que efetivamente recebeu o voto. Estamos 
      defendendo aqui, algo que a meu ver é extremamente importante nessa 
      mesma direção do fortalecimento dos partidos, que é 
      o retorno da cláusula de desempenho. Os partidos, para terem funcionamento 
      parlamentar, precisarão ter o respaldo de uma parcela mínima, 
      pré-estabelecida, da população.E estamos aqui, depois 
      de uma discussão muito profunda, e a partir dos exemplos que a própria 
      Presidência da República atual e o Governo do PT têm 
      dado, de priorizar a reeleição em detrimento do País, 
      estamos defendendo o mandato de cinco anos para todos os cargos eletivos, 
      sem direito à reeleição.
    Eu 
      acredito, sim, que o Congresso tem feito um esforço – mas, 
      repito, aquém do necessário.
    Nós, 
      do PSDB, continuaremos cobrando do Governo Federal a agenda que interessa 
      ao Brasil: transparência e seriedade na gestão pública.
    Defendemos 
      que o Governo Federal corte pela metade o número de ministérios, 
      corte pela metade os mais de 22 mil cargos comissionados. No quesito transparência, 
      que mostre para o Brasil quais são os gastos da Presidência 
      com cartões corporativos, que mostre aos brasileiros os gastos, agora 
      tratados como sigilosos, das viagens presidenciais – até do 
      ponto de vista emblemático, simbólico, para mostrar que trata 
      essa questão das manifestações com respeito. 
    Vamos 
      continuar insistindo no financiamento de 10% dos recursos brutos do orçamento 
      para a saúde, 10% do PIB para educação, não-contingenciamento 
      dos recursos de segurança pública, do Fundo Penitenciário 
      e do Fundo Nacional de Segurança para integração maior 
      com os Estados e com os Municípios, e que os investimentos em mobilidade 
      sejam priorizados.
    Defendemos 
      que o Governo sepulte, de uma vez por todas, esse malfadado projeto do trem-bala, 
      que custará cerca de 50 bilhões de reais, e priorize os metrôs 
      das grandes capitais – que, infelizmente, no Governo do PT, nos 10 
      anos e meio do Governo do PT, não tiveram qualquer priorização 
      por parte do Governo.
    Se 
      os partidos brasileiros, sem exceção, saem politicamente abalados 
      do saudável vendaval de passeatas no País, um deles certamente 
      se ressente mais: o PT.
    Pressionado 
      a oferecer respostas ao País, o Governo Federal improvisou uma constituinte 
      restrita, rapidamente abandonada, e busca, por meio da proposta de um plebiscito 
      de complexa elaboração, aprovar uma agenda que interessa muito 
      mais ao PT do que ao Brasil. 
      Assim, o Governo Federal patrocina manobras que visam tirar o foco das legítimas 
      reivindicações apresentadas pela população, 
      oferecendo justamente mais daquilo de que os brasileiros demonstram estar 
      fartos: desrespeito.
    Um 
      bom contraponto à intolerância de Marilena Chaui é um 
      texto do ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso, de 2011. Nele, foi enfatizada 
      a necessidade de maior diálogo com a classe média: O 
      caminho não se constrói apenas por partidos políticos 
      nem se limita ao jogo institucional. Ele brota também da sociedade, 
      de seus blogs, tuítes, redes sociais, da mídia, das organizações 
      da sociedade civil, enfim, é um processo coletivo. Não existe 
      só uma oposição, a da arena institucional; existem 
      vários focos de oposição, nas várias dimensões 
      da sociedade. 
     Sempre 
      apoiamos a reforma política. Lamentamos que nesses dez anos o Governo, 
      com a ampla base que tem no Congresso Nacional, praticamente 80% dos membros 
      da Câmara e do Senado, não a tenha aprovado. 
    A 
      Presidente da República quer dizer aos brasileiros que aquilo que 
      os levou às ruas foram as propostas que interessam ao PT na reforma 
      política. E não a calamidade da saúde pública, 
      a falência da mobilidade urbana, em especial o transporte público, 
      e o aumento da criminalidade. Mais uma vez, o Governo mostra que não 
      entendeu absolutamente nada do que a população brasileira 
      quis dizer. Questões pontuais como, por exemplo, até do ponto 
      de vista simbólico, acabar com metade desses ministérios que 
      atendem apenas aos companheiros. Acabar com metade dos 22 cargos comissionados 
      para dar um exemplo ao Brasil. Enterrar o projeto do trem-bala, que custará 
      R$ 50 bilhões, investindo esses recursos nos metrôs das principais 
      centros urbanos. Garantir os 10% dos recursos para a saúde. Garantir 
      os 10% do PIB para a educação. São essas as respostas 
      que o Brasil clama.
    A 
      Presidente da República acorda de um sono profundo e apresenta ao 
      Congresso alguns temas de reforma política que, se necessários 
      são, e eu concordo que são, não respondem às 
      demandas da população brasileira. Na verdade, o que a Presidente 
      busca fazer é convidar o Congresso Nacional para um passeio de primeira 
      classe numa cabine do Titanic.
    O 
      Governo erra muito e quem perde é a população brasileira. 
      Infelizmente, estamos vendo passar o tempo e as questões centrais 
      (mobilidade urbana, saúde de qualidade, diminuição 
      desse número escandaloso de ministérios e de cargos em comissão, 
      melhoria da qualidade da segurança pública) nada disso acontece 
      no Brasil.
    O 
      que estamos assistindo, infelizmente para o Brasil, é o fim antecipado 
      de um Governo que não consegue dar respostas, não consegue 
      mostrar efetivamente que tem disposição. Em primeiro lugar, 
      de reconhecer os seus equívocos, de fazer um mea culpa e iniciar 
      uma fase nova. O Governo velho continua falando para um Brasil novo, que 
      surgiu das ruas.
    O 
      que seria razoável, hoje, é o Governo assumir a sua responsabilidade. 
      O Governo tem um mandato que só se encerra no final do ano que vem. 
      O Governo tem que garantir financiamento para a saúde e para a educação. 
      
    O 
      Governo tem que cortar os gastos supérfluos, tem que investir nos 
      metrôs das capitais, tem que agir com ética e com decência. 
      É isso que o Brasil quer. E nós, congressistas, temos, sim, 
      que votar, dentre tantas questões, o tema da reforma política.
    E 
      nós da oposição defendemos que, votada a reforma política, 
      possamos submetê-la a um referendo junto com as eleições 
      do ano que vem. Isso é racional, isso é bom para o Brasil. 
      O resto é engodo. O resto é um Governo que não tem 
      coragem de assumir as suas responsabilidades.
    A Presidente 
      Dilma Rousseff cometeu enorme injustiça com o técnico Luiz 
      Felipe Scolari ao dizer que seu Governo tem um padrão 
      Felipão. Foi uma comparação infeliz, 
      já que em nada os "times" se assemelham. A primeira grande 
      diferença é que Felipão convocaria os melhores, e não 
      os mais próximos ou os mais amigos. Por 
      tudo que os brasileiros conhecem dele, sabem que não toleraria qualquer 
      tipo de privilégio. Transparente como é, seria intransigente 
      com os desvios, com a má conduta e com a corrupção. 
      Corajoso, jamais jogaria só para a torcida, evitando decisões 
      às vezes difíceis e impopulares, mas, necessárias. 
      Onde o treinador está a sua liderança se estabelece naturalmente 
      pelo respeito e pela competência. Suas firmes convicções 
      nunca o impediram de aceitar críticas e reconhecer erros quando eles 
      ocorrem. Se introduzido como paradigma para administração 
      pública, o padrão Felipão mudaria importantes prioridades 
      do Governo. Logo de início, certamente, armaria uma defesa intransponível 
      contra a inflação. Seus volantes marcariam a corrupção 
      sob pressão. A articulação do meio-campo se daria sob 
      o regime de alta transparência e solidariedade de esforços. 
      No ataque, a criatividade e o talento brasileiros ganhariam espaço 
      e estímulo para aplicar goleadas nos nossos verdadeiros inimigos: 
      a desigualdade, a ignorância, a violência, a injustiça 
      e o baixo crescimento. Com um padrão Felipão correríamos 
      dez vezes mais, de forma organizada, perseguindo objetivos claros. A leniência 
      estaria fadada ao banco de reservas, a incompetência levaria cartão 
      vermelho assim que entrasse em campo e o improviso não provocaria 
      vaias nos estádios lotados. O estilo Scolari não canta vitória 
      antes da hora, não permite salto alto e nem desrespeito ao oponente. 
      Entende adversários como adversários, nunca como inimigos, 
      e é capaz inclusive de reconhecer méritos neles. É 
      duro, mas leal e verdadeiro. Exemplos como o do técnico Felipão 
      são preciosos quando ultrapassam a fronteira do utilitarismo e da 
      apropriação indevida, e incorporam valores como qualidade, 
      espírito de equipe e convergência em torno de causas comuns. 
      Sem esquecer o mais importante: o Brasil em primeiro lugar.
    Eu, 
      talvez até ingenuamente, acreditei na proposta de um pacto. Fui à 
      tribuna, como Presidente do maior partido de oposição, apresentei 
      uma agenda à Presidente da República. Uma agenda na qual muitos 
      dos temas dependiam da sua própria vontade pessoal. E aguardava, 
      obviamente, que a Presidente da República chamasse a oposição 
      para dialogar. Se você quer um pacto com o País, você 
      tem de chamar aqueles que tiveram quase metade dos votos nas últimas 
      eleições. Não. Ela preferia fazer um pacto com aqueles 
      que dizem amém. A Presidente chamou Governadores e Prefeitos de Estado 
      e constrangeu a todos porque só ele teve direito à palavra. 
      Não foi um diálogo. Foi um monólogo. Chamou um segmento 
      da sociedade que o Governo controla. Muitos dos que recebem mesada do Governo. 
      E ignorou segmentos políticos que representam metade da população 
      brasileira. E voltou como um bumerangue. A proposta equivocada e o erro 
      na verdade têm uma velocidade própria. E a Presidente da República 
      está conhecendo a velocidade do erro. A Constituinte durou 24 horas 
      e a proposta do plebiscito não durou duas semanas. 
    Defendemos, 
      há muito tempo, o fim do voto secreto. Em todas as votações. 
      Com uma exceção que eu pessoalmente acho que tem de haver. 
      Na votação de vetos. Porque preservar o voto secreto na derrubada 
      de um veto presidencial é preservar o Parlamento das pressões 
      do Poder Executivo. Porque com o voto aberto 
      na maioria grande que o Governo tem, é muito difícil de ser 
      derrubado. Então, em todos os outros casos os votos devem ser secretos 
      porque a lógica nos vetos é a lógica inversa. O voto 
      secreto preserva a vontade do parlamentar, a decisão pessoal do parlamentar, 
      e inibe essa decisão de pressões do Poder Executivo. Portanto, 
      defenderemos, a partir da próxima semana, o fim do voto secreto em 
      todas as votações, preservando no veto para que não 
      haja pressão do Governo Federal. 
    A 
      Presidente, me parece, não gosta do diálogo. Prefere o monólogo.
    A 
      agenda da reforma política é necessária; Hoje mesmo 
      cobrei do Presidente do Senado Federal que coloque em pauta um projeto aprovado 
      na Comissão de Justiça da Casa, que garante que todas as propostas 
      de reforma política e eleitoral sejam submetidas a referendo. E que 
      esse referendo ocorra no dia da eleição, no ano que vem. 
    Onde 
      estão os investimentos em segurança contingenciados ano a 
      ano pelo Governo? Onde está a vontade política de aumentar 
      o financiamento da saúde que, nos últimos dez anos, diminuiu 
      muito no Brasil? Onde está a vontade política de garantir 
      que Plano Nacional de Educação seja cumprido, com 10% do PIB 
      em educação? Não vi nenhuma resposta da Presidente 
      da República à agenda das oposições. O que percebemos 
      é que ela (Dilma) prefere o monólogo, prefere a foto, prefere 
      o encaminhamento do marqueteiro oficial a ouvir as oposições, 
      que representam praticamente metade da população. Aliás, 
      hoje, pelas últimas pesquisas, já representam bem mais que 
      metade da população. 
    Da 
      nossa parte, estaremos aqui prontos para votar uma reforma política 
      que vincule, que link, que aproxime os partidos políticos do sentimento 
      da população brasileira.
    Não 
      dá mais para tentar esconder a escalada da inflação, 
      como insiste em fazer o Governo Federal, tratando-a como se fosse um parente 
      incômodo atrapalhando a festa da família. Não 
      serão ataques à oposição que irão permitir 
      que a inflação volte ao controle e que o Brasil supere o crescimento 
      pífio.
    Fica 
      claro que o Brasil cor-de-rosa, pintado e cantado em verso e prosa na propaganda 
      oficial, do Brasil sem miséria, das empresas batendo recordes de 
      produção, da saúde e da educação avançando, 
      não encontra correspondência na vida real das pessoas. Mudou 
      o Brasil? Como? Com a estabilidade econômica, com o início 
      dos programas de transferência de renda, com as privatizações 
      essenciais à modernização da Economia Brasileira, com 
      a Lei de Responsabilidade Fiscal. Essas foram as mudanças estruturais 
      que ocorreram no Brasil. Avanços vieram depois, sim, mas, exatamente, 
      no leito dessas mudanças ocorridas no Governo do Presidente Fernando 
      Henrique.
    O 
      ex-Presidente Lula teve, pelo menos, dois grandes méritos: manter 
      a política macroeconômica herdada do Governo anterior, desdizendo 
      seu discurso, mas mantendo os conceitos de metas de inflação, 
      câmbio flutuante, superávit primário, e o fato de ter 
      adensado e ampliado os programas de transferência de renda. Uma virtude 
      do Presidente. Mas, acho que hoje há um sentimento claro de que o 
      Brasil precisa de um novo rumo, de um novo direcionamento. 
    Sou 
      parlamentar com 30 anos de mandato, mas, qualquer manifestação 
      que significa uma tentativa de apropriação de direcionamento 
      objetivo deste movimento é um equívoco. Ele não é 
      apenas contra o Governo, é uma insatisfação generalizada. 
      Os serviços públicos são de péssima qualidade, 
      o custo de vida aumenta a cada dia. A saúde, a educação 
      e a segurança pública estão caóticas no Brasil. 
      Então, há um sentimento difuso, hoje, e é um sinal 
      da sociedade que deve ser reconhecido e recebido com muita humildade pelos 
      Governantes. Acho um equívoco tanto alguém querer se apropriar 
      deste movimento quanto também transferir responsabilidades para outros. 
      
    É 
      preciso que a Presidente tenha serenidade para fazer um diagnóstico 
      correto do que está levando à fragilização da 
      Economia e à diminuição das expectativas positivas 
      que existiam em relação ao Brasil. Não serão 
      ataques fortuitos e absolutamente fora do tom à oposição 
      que vão permitir que a inflação volte ao controle e 
      que o Brasil supere o crescimento pífio que teve nos últimos 
      dois anos. Desejo à Presidente da República muita serenidade 
      nessa hora e que sua queda nas pesquisas eleitorais não afete seu 
      humor, porque precisamos de uma Presidente serena e tranqüila para 
      fazer a avaliação correta do que está acontecendo com 
      o Brasil, para que tome as medidas corretas. 
    Vou 
      estar de mangas arregaçadas, caminhando por toda Minas Gerais para 
      que nós possamos continuar avançando, impedindo que qualquer 
      retrocesso tome conta do nosso Estado.
    Defendo 
      que as coisas sejam naturais. Não acredito em imposições, 
      em alianças forçadas que vêm de cima para baixo, pois 
      elas não se traduzem em votos e em apoio da militância e das 
      pessoas.10
    Defendemos 
      que o Congresso tenha uma agenda rápida para votar a reforma política 
      e que depois seria submetida a um referendo. Isso me parece o mais razoável.
    O 
      Brasil não merece um messias. O Brasil é e será sempre 
      de cada um e de todos os brasileiros.
    Temos 
      que lembrar da luta de Tancredo pela Democracia. Temos que dar um basta 
      ao aparelhamento do Estado e aos que querem se perpetuar no poder.
    Na 
      política, você tem de ter convicções, senão 
      não vai a lugar nenhum. Eu tenho as minhas, mas, se alguém 
      me convencer, estou aberto. Só não dá para fazer as 
      coisas sob pressão. Não adianta empurrar. Porque empurrando 
      eu não vou. Eu tenho uma responsabilidade muito grande com Minas. 
      Fizemos uma transformação radical no Estado, na cabeça 
      das pessoas, nos servidores. Minas estava estagnada. Mas, hoje é 
      o Estado que mais cresce no País. Vamos anunciar neste primeiro semestre 
      R$ 50 bilhões de investimentos novos. São Paulo, com toda 
      a pujança, vai anunciar R$ 37 bilhões. Nós estamos 
      em um momento muito virtuoso, empresas vindo, empregos vindo. O interior 
      mais pobre se desenvolvendo, a educação melhorando, e eu tenho 
      responsabilidade pela continuidade disto. Se voltar o mesmo time que derrotamos 
      lá atrás, o PMDB antigo, tudo o que nós fizemos aqui 
      se perde, é muito fácil desconstruir.
    A 
      minha decisão não pode ser tomada a partir de opiniões 
      pessoais, até de boas intenções de alguns companheiros. 
      Elas são legítimas, mas, a minha decisão tem de ser 
      tomada através de uma análise muito profunda que eu faço 
      do cenário político. 
    Quem 
      tem prazo não tem pressa.
    Devemos 
      estar preparados para responder à autoritária armadilha do 
      confronto plebiscitário e ao discurso que perigosamente tenta dividir 
      o País ao meio, entre bons e maus, entre ricos e pobres. Nossa tarefa 
      não é dividir, é aproximar. E só aproximaremos 
      os brasileiros uns dos outros através da diminuição 
      das diferenças que nos separam. 
    Em 
      Minas, costuma-se dizer que, em política, devem brigar as idéias, 
      não os homens. Por isto, durante o meu Governo, o Palácio 
      das Mangabeiras, residência oficial do Governador do Estado, vem recebendo 
      deputados, senadores, governadores e ministros de todos os partidos, inclusive 
      da oposição. À luz do dia.
    Hoje, 
      de forma muito clara, estamos percebendo como é bom para a população, 
      quantas vantagens tem a população, quando você planeja 
      conjuntamente, quando se tem estratégias comuns que permitam um ganho 
      de tempo, uma otimização dos recursos financeiros nos esforços 
      de todos nós.
    A integração 
      das ações, da inteligência e das diligências da 
      Polícia Civil e da Polícia Militar é o caminho mais 
      curto para nós enfrentarmos com êxito o problema da segurança 
      e da criminalidade.
    Ao 
      descrever sua participação ao lado do avô, o Presidente 
      Tancredo Neves, sobre a transição da Ditadura Militar para 
      a Democracia no Brasil: — Espectador privilegiado da mais 
      bem construída articulação política já 
      feita no Hemisfério Sul, que nos levou a retomada da Democracia.
    Eu 
      fui formado na Democracia, e o contraditório é não 
      apenas importante, mas, necessário à Democracia.
    O 
      Brasil de hoje compreende, cada vez mais, que o futuro não está 
      nas mãos de um homem ou de um grupo, não depende de um messias 
      ou de um salvador da pátria. O futuro depende de todos e de cada 
      um de nós. 
    Os 
      Governos podem fazer muito quando atuam com responsabilidade e comprometimento, 
      mobilizados por desafios e sonhos coletivos e se colocam ao lado dos cidadãos. 
      
     É 
      hora de reunirmos a nação inteira, para a tarefa de promover 
      as mudanças corajosas que a realidade exige. Essa tarefa ainda se 
      encontra inconclusa. A depressão econômica, da qual somos vítimas 
      agora, irá nos exigir sacrifícios ainda maiores nos próximos 
      meses. O Brasil é um dos Países mais preparados para vencê-la, 
      graças aos esforços de seu povo e de diferentes Governos. 
      No entanto, ainda nos resta responder aos deveres que nos impõe a 
      realidade.
    O 
      sal de nosso batismo, como povo, teve o sabor da liberdade. Não fomos 
      educados para a dócil aceitação do despotismo, mas, 
      sim, instruídos pelas vicissitudes a encontrar a paz no diálogo 
      entre iguais.
    O 
      que buscamos são alternativas para os desafios do nosso tempo, reunindo 
      a preocupação ambiental, e, aí, passamos pela reciclagem, 
      com a preocupação social e a mobilização dos 
      catadores de papel e recicladores.
    A raiz 
      dos grandes problemas brasileiros é a crescente e absurda concentração 
      de receitas tributárias nas mãos da União.
    Sobre 
      a morte de Tancredo Neves: — O Brasil perdeu a grande oportunidade 
      de ter um Presidente da dimensão do Brasil.
    Não 
      acho que a única herança que um pai de família queira 
      deixar para seu filho seja um cartão do Bolsa Família.
    O 
      Governo Dilma não é um Governo de coalizão, é 
      de cooptação. Vale tudo para ganhar um minuto de TV. O PSDB 
      não teme adversários.
    O 
      Governo Dilma falhou. Falhou na condução da política 
      econômica, na gestão do País e no aprofundamento dos 
      programas nas áreas sociais. 
    Ao 
      contrário do PT, não me contento com a administração 
      diária da pobreza. Quero a superação da pobreza.
    O 
      PT é comprometido com esse corporativismo sindical que não 
      quer avaliação. Tem horror de ser avaliado.
    Os 
      petistas tratam o Bolsa Família como um ponto de chegada no combate 
      à pobreza. Nós queremos tratar o programa como um ponto de 
      partida para um outro patamar, para a transformação social 
      que todos buscamos para o País. 
    Comentando 
      a quantidade de mulheres bonitas em uma festa no Rio de Janeiro: 
      — Isso está uma loucura. Dá até para fazer uni-duni-tê.11
     
     
     
      
      
      
      
      
      
    As 
      Gatinhas do Aécio
      (Uni-duni-tê, 
      salamê minguê...
      A escolhida foi você!)
     
     
     
    ______
    Notas:
    1. Não 
      há um só brasileiro que não saiba que, até hoje, 
      terça-feira, 7 de outubro de 2.014, nenhum Governo – federal, 
      estadual ou municipal – deu qualquer bola efetiva e concertada para 
      os professores e para os profissionais da área da saúde (nutricionistas, 
      médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, osteopatas, profissionais 
      de educação física, serviço social, fonoaudiólogos, 
      dentistas, terapeutas ocupacionais, psicólogos, biomédicos, 
      farmacêuticos, entre outros). Se você observar, seja qual for 
      o programa de televisão, seja o canal que for, as discussões 
      e as análises políticas são tratadas, de maneira geral, 
      em termos do que interessa ou do que possa vir a interessar ao Governo, 
      à oposição, a um partido político ou a um político 
      em particular, seja no que concerne a alianças, conchavos, trocas-trocas, 
      tráfico de influência, apegos, apoios, vantagens, coligações 
      etc., seja no que concerne a escândalos, malfeitos, delitos, desvios, 
      maracutaias, corrupção etc., e quase nada ou nada mesmo do 
      que possa realmente interessar ao povão brasileiro, que é 
      tratado, pelos políticos em geral, com raras e honrosas exceções, 
      como mera massa de manobra, povão este que é marionetado 
      e manipulado ao sabor do vento que venta cá ou da marola que ondeia 
      lá. Se mudassem o nome de Brasília para Fantasy 
      Island, era capaz de muito pouca gente notar! O mais triste 
      é que aqueles que poderiam mudar ou fazer mudar alguma coisa, normalmente, 
      não têm o apoio nem o carisma necessário para tocar, 
      magnetizar ou influir os Corações. São bem-intencionados, 
      mas, não conseguem se eleger. E não conseguem se eleger, em 
      grande parte, por causa dos resultados das pesquisas que são divulgados, 
      porque a mediocridade não vota em candidato está lá 
      na rabeira. Ideologia? Ora, isto é uma acirologia. Quem está 
      aí para a aretologia?
     
     
     
      
      
     
     
    2. E 
      por que não se acaba já com essa benemerência 
      de merda?
    3. Eu 
      não quero nem vou afirmar que seja o caso do PT, mas, claro, sempre 
      deu mais voto dar o peixe do que ensinar a pescar. Só que o cara 
      que gosta de ganhar o peixe e não quer aprender a pescar não 
      se libertará nunca. Morrerá dependente do peixe que ele ganha 
      e não pesca. Simples assim. Mas, os maus políticos adoram 
      isto. Daí, o pé esquerdo de um sapato antes da eleição 
      e o pé direito depois; a dentadura de cima antes da eleição 
      e a dentadura de baixo depois; o fudelhufas 
       antes e o cagahouse 
      depois... E por aí vai.
    4. Nesta 
      matéria de travessia, também não adianta financiar 
      um barco sem remos ou mesmo um caiaque com remos, para o infeliz cruzar 
      o Oceano Atlântico. Tudo é questão de peso e medida.
    5. Recebeu 
      o nome de Emenda Dante de Oliveira Pereira de Carvalho a Proposta de Emenda 
      Constitucional (PEC) nº5/1983, apresentada pelo Deputado Federal Dante 
      de Oliveira (PMDB-MT) (Cuiabá, 6 de fevereiro de 1952 – Cuiabá, 
      6 de julho de 2006), que tinha por objetivo reinstaurar as eleições 
      diretas para Presidente da República no Brasil, através da 
      alteração dos artigos 74 e 148 da Constituição 
      Federal de 1967 (Emenda Constitucional nº 1, de 1969), uma vez que 
      a tradição democrática havia sido interrompida no País 
      pelo golpe militar de 1964. A enorme pressão popular para que a Emenda 
      fosse aprovada se transformou em um dos maiores movimentos político-sociais 
      da História do Brasil, e logo recebeu o nome de Diretas-Já. 
      De acordo com uma pesquisa do IBOPE, 84% da população brasileira 
      era favorável à aprovação da Emenda. Apesar 
      do alarido popular, a Proposta de Emenda Constitucional foi rejeitada pela 
      Câmara dos Deputados no dia 25 de abril de 1984. Por se tratar de 
      uma emenda constitucional, era necessário votos favoráveis 
      de dois terços da Casa (320 deputados) para que a Proposta seguisse 
      ao Senado. O resultado da votação foi: 298 deputados a favor; 
      65 contra; 3 abstenções e 113 ausências no plenário. 
      Com a rejeição 
      da Emenda, a eleição para Presidente da República de 
      1985 foi novamente indireta. Entretanto, articulações da oposição 
      ao regime militar, em especial do PMDB, endossadas pela mídia e com 
      forte apoio popular, racharam a base governista, que era maioria no Congresso 
      Nacional, ocasionando a escolha do oposicionista Tancredo de Almeida Neves, 
      do PMDB, (São João del-Rei, 4 de março de 1910 – 
      São Paulo, 21 de abril de 1985), como Presidente da República. 
      Encerrou-se, assim, um ciclo de cinco Presidentes militares, iniciado em 
      1964. Tancredo, porém, nunca viria a tomar posse, falecendo por sérios 
      problemas de saúde no dia 21 de abril de 1985. Seu vice, José 
      Sarney, tomou posse em 15 de março daquele mesmo ano, sendo também 
      um dos responsáveis pelo processo de redemocratização 
      do País, mesmo tendo apoiado os militares por vinte anos.]
    6. Até 
      hoje, século XXI, em 2.014, há uns filhos-da-puta-que-os-pariu 
      têm saudades dos tempos de chumbo, do autoritarismo, da ausência 
      de liberdade e das torturas! 
    7. Isto 
      é equivalente ao que sempre costumo dizer: somos responsáveis 
      por tudo.
    8. Bullying 
      (anglicismo, bullying) 
      é um termo utilizado para descrever atos de violência física 
      ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo 
      ou por grupo de indivíduos, causando dor e angústia, sendo 
      executadas dentro de uma relação desigual de poder. O bullying 
      é um problema mundial, no qual a agressão física ou 
      moral repetitiva deixam marcas para o resto da vida. O agressor inferioriza 
      e se impõe sobre o outro, na tentativa de o superar em termos físicos 
      e psicológicos e de satisfazer seu ego. Quase sempre, não 
      tem o suporte de uma boa educação, com conselhos e amparos 
      apropriados. E é isto que mais o encoraja a fazer o que faz. Já 
      a vítima, é alguém desamparado, na maioria das vezes, 
      sem refúgio e com medo de tudo. Conforme 
      enfatiza Carlos Rodrigues Brandão, através 
      do outro, vejo quem sou, crio o outro para me tornar superior sobre ele. 
      Em 20% dos casos, o praticante do bullying 
      também pode ser vítima. Nas escolas, a maioria dos atos de 
      bullying 
      ocorre fora da visão dos adultos, e grande parte das vítimas 
      não reage ou fala sobre a agressão sofrida.
    9. Quem 
      vai a supermercado sabe perfeitamente bem que, ao contrário, a inflação 
      é motivo de superlativa preocupação. Quanto às 
      contas públicas, bem, desde o tempo em que Adão era cadete, 
      nunca tiveram qualquer controle. No Brasil a regra é: gastar mais 
      do que é arrecadado. E dane-se o mundo, que eu não me chamo 
      Segundo nem Tocafundo! O Brasil até parece uma querida amiga que 
      eu tenho que padece de Transtorno Bipolar, e que, na fase maníaca 
      (eufórica), além de se tornar verborrágica e muito 
      fora-do-comummente 
      sorrisonha, se puder, compra até foguete interplanetário e 
      disco voador (com ou sem extraterrestrezinho dentro). Uma vez, ela quase 
      comprou uma esdrúxula maquininha de amolar vento! É meio que 
      a nossa PETROBRAS, que fez um mau negócio ao comprar, em 2006, uma 
      refinaria em Pasadena, nos EUA, como admitem os dirigentes de ontem e de 
      hoje da Estatal, segundo afirma Gustavo Patu. Não 
      só porque o montante desembolsado supera em muito o atual valor de 
      mercado da Refinaria; também não faz mais sentido refinar 
      petróleo brasileiro para o mercado americano, agora que é 
      preciso importar combustíveis para o Brasil. Há três 
      hipóteses, não excludentes entre si, para explicar a trapalhada: 
      1) azar, na forma de reviravoltas imprevisíveis da Economia; 2) imperícia 
      por riscos subestimados ou decisões equivocadas; 3) dolo, se funcionários 
      e autoridades provocaram propositalmente as perdas para desviar recursos 
      em proveito próprio. Sinceramente? Eu acho tudo isso 
      um horror. Bem, pelo menos já não importamos mais (compulsoriomentalissimamente) 
      ioiôs, bambolês de plástico, rádios de pilhas, 
      comida para cachorro, meias de náilon, canetas esferográficas 
      e máquinas de empacotar punzinhos. 
     
     
    
     Máquina 
      de Empacotar Pum
     
     
    10. 
      Essa questão de coisa imposta (seja autoritária, seja totalitária) 
      não é só em política; vale em tudo e para tudo.
    11. 
      E, dependendo da festa, dá até para fazer salamê minguê!
     
    Páginas 
      da Internet consultadas: 
    http://www.fright-bytes.com/
    https://czarniklife.wordpress.com/tag/aldona/
    https://lizzyforeal.wordpress.com/page/8/
    http://www.countrypickerpa.com/
      country/about.ashx
     http://www.the-site.name/
    http://burroempacado.blogspot.com.br/
    http://oficiodahistoria.blogspot.com.br/2009/01/
      segunda-repblica-ou-repblica-populista_22.html
    http://www.viomundo.com.br/denuncias/
      ronald-barata-nao-ha-chance-de-golpe-no-brasil.html
    http://www1.folha.uol.com.br/poder/2014/03/1433096-entenda
      -o-caso-da-refinaria-da-petrobras-em-pasadena-eua.shtml
     http://pt.wikipedia.org/wiki/Bullying
    http://mybabymonsters.com/
    http://pt.wikipedia.org/wiki/Proposta_de
      _Emenda_Constitucional_Dante_de_Oliveira
    http://sol2611.wordpress.com/
    http://www.clipartpanda.com/
    http://www.astrologydating.com/pub/blog_post/
      astrology-and-depression-the-role-of-the-moon
    http://imgarcade.com/1/animated-lawn-mower/
    http://pt.wikiquote.org/wiki/A%C3%A9cio_Neves
    http://en.wikipedia.org/wiki/Nuclear_weapon_design
    http://pt.wikipedia.org/wiki/A%C3%A9cio_Neves
     
    Música 
      de fundo: 
    Peixe 
      Vivo
      Interpretação: Fábio Caramuru
    Fonte: 
      
    http://redmp3.ru/7990699/f-bio-caramuru-peixe-vivo.html
    Observação: 
       
    Esta 
      era música predileta do Presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira 
      (Diamantina, 12 de setembro de 1902 – Resende, 22 de agosto de 1976).
     
    Direitos 
      autorais:
    As animações, 
      as fotografias digitais e as mídias digitais que reproduzo (por empréstimo) 
      neste texto têm exclusivamente a finalidade de ilustrar e embelezar 
      o trabalho. Neste sentido, os direitos de copyright 
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