A
votação na Assembléia Geral das Nações
Unidas para reconhecer um Estado Palestino será uma distração
no caminho para a paz com Israel.
Barack Obama,
Presidente dos Estados Unidos da América
Fonte:
http://noticias.r7.com/internacional/
Comentário
que eu gostaria de não fazer, mas, por inalienável
dever místico, farei: Ora, Senhor Presidente Barack
Obama! Distração? Como distração? Distração
de quê? Em relação a quê? Tudo, menos
distração! Entre outras coisas, distração
pode ser entendida como alheamento (alienação) ou,
ainda, também, como diversão, divertimento, recreação.
No caso em pauta, perdoe-me, nada disto se aplica ao demoroso conflito
israelo-palestino, que se arrasta desde o tempo do Mahatma Gandhi,
e, como está escrito em um texto que li na Internet, a seguir
parafraseado por mim, é um rosário de planos de paz
abortados e uma coleção cruel e fantasmagórica
de esperanças frustradas, de sangue, de destruição,
de mortes injustificadas, de lágrimas e de sei-lá-mais-o-quê.
Quem desconhece isto? Faça-me o favor, Presidente! O mundo
está repleto de boçais que não raciocinam,
mas não só de boçais. Alguns pensam, ponderam
e conseguem enxergar muito bem o que está por detrás
das palavras e ler as linhas ocultas nas entrelinhas. Este conflito
chegou, inclusive, a ceifar a vida de Yitzhak Rabin, Primeiro-ministro
de Israel que foi brutalmente assassinado no dia 4 de novembro de
1995 quando participava de um comício pela paz na Praça
dos Reis (hoje, Praça Yitzhak Rabin), em Tel Aviv, pelo estudante
judeu ortodoxo Yigal Amir, militante de extrema-direita, que se
opunha fanaticamente às negociações dos israelenses
com os palestinos. Para muitos, como para o débil mental
Yigal Amir, palestino bom é palestino morto. Todavia, será
que entendi mal? Até pode ser. Com todo respeito: será
que o Senhor pensou em dizer que a recusa da Assembléia Geral
das Nações Unidas em reconhecer um Estado Palestino
independente e autônomo autorizará a continuação
da indiscriminada e covarde imolação... e se confundiu?
Bolas; imolação rima com distração,
mas são coisas completamente diferentes! Bem, Presidente
Barack Obama, seja como for, eu tenho a mais absoluta certeza de
que, em seu Coração, o Senhor apóia a criação
de um Estado Palestino independente. Até seu vice-presidente
Joe Biden condenou a decisão de Israel de construir novas
casas em Jerusalém Oriental. O próprio Jimmy Carter,
ex-presidente dos Estados Unidos da América, Prêmio
Nobel da Paz e autor do livro Palestina: Paz, Não Apartheid,
disse neste livro que as opções de Israel incluem
um sistema
de 'apartheid', com dois povos ocupando a mesma terra, mas completamente
separados um do outro, sendo os israelenses totalmente dominantes,
e privando os palestinos de seus direitos humanos básicos,
com o pretexto de combater a violência. Esta é a política
que está sendo seguida agora… ainda
que, como disse Carter, o sistema de 'apartheid' na Palestina
não se baseie no racismo, mas no desejo de uma minoria de
israelenses por terras palestinas e na repressão de protestos
resultantes, que envolve violência. Uma pessoa
razoavelmente informada também não desconhece isto.
Por tudo isto, sim, como cinco mais cinco são dez, tenho
certeza absoluta de que um Estado Palestino independente está
em seus sonhos. Mas também tenho a mais absoluta certeza
de que não deixam (não deixam = chacais do mundo)
que o Senhor se pronuncie favoravelmente a isto e apóie publicamente
a proposição de Mahmoud Zeidan Abbas, Presidente da
Autoridade Nacional Palestina. Agora, não pense, Senhor Presidente
Barack Obama, que as duras e necessárias compensações
recairão apenas sobre as cabeças dos que não
deixam; recairá sobre a sua também. Neste campo, omissão
= comissão. Leve o tempo que levar, as compensações
educativas acontecerão. No passado, Senhor Presidente, amorosa
e fraternamente, adverti a família Bush com relação
ao Iraque, que não deu a menor bola. Ela, vaidosa, se achava
(e, provavelmente, ainda se acha) poderosa demais para dar bola
para um brasileiro sonhador que escreve umas maluquices no Website
Pax Profundis. O resultado? Bem, o resultado o Senhor sabe melhor
do que eu. Mas, por falar em vaidade e em todo-poderosidade, relembre,
Senhor Presidente, do General George Armstrong Custer (New Rumley,
Ohio, 5 de dezembro de 1839 – Little Bighorn, Montana, 25
de junho de 1876), trucidado junto com o Sétimo Regimento
de Cavalaria por uma montanha de índios enfurecidos, comandados
por Touro Sentado e Cavalo Louco.
General
George Armstrong Custer
O fato é
que, ciclicamente, impérios nascem e impérios fenecem.
O Universo continua! Ou compreendemos que somos todos um ou pagaremos
o dorido preço da incompreensão. Com relação
a isto, cada desvio é uma dor; remanchar é desnorteador.
O
reconhecimento de um Estado palestino é uma obrigação.
Recep Tayyip
Erdogan, Primeiro-ministro da Turquia
Fonte:
http://noticias.r7.com/internacional/
Lamento
ainda não poder saudar, desta tribuna, o ingresso pleno da
Palestina na Organização das Nações
Unidas. O Brasil já reconhece o Estado Palestino como tal,
nas fronteiras de 1967, de forma consistente com as resoluções
das Nações Unidas. Assim, como a maioria dos países
nesta Assembléia, acreditamos que é chegado o momento
de termos a Palestina aqui representada a pleno título. O
reconhecimento ao direito legítimo do povo palestino à
soberania e à autodeterminação amplia as possibilidades
de uma paz duradoura no Oriente Médio. Apenas uma Palestina
livre e soberana poderá atender aos legítimos anseios
de Israel por paz com seus vizinhos, segurança em suas fronteiras
e estabilidade política em seu entorno regional. Venho de
um País onde descendentes de árabes e judeus são
compatriotas e convivem em harmonia, como deve ser.
Dilma Rousseff,
Presidente do Brasil
Fonte:
http://paxprofundis.org/
livros/dilmaonu/dilmaonu.htm
O
problema palestino é quase insolúvel. Se eu fosse
judeu, diria aos judeus: não cometam a loucura de recorrer
ao terrorismo, porque, assim, vocês destroem a própria
causa de vocês, que, de outro modo, seria uma causa limpa
e defensável... Os judeus deveriam se reunir com os árabes,
associá-los à causa dos judeus europeus perseguidos
na Europa, em vez de confiar em britânicos ou em norte-americanos
ou, de fato, em vez de contar com qualquer tipo de ajuda de outros
povos, que não os descendentes de Jeová... Os judeus
só conseguirão se fixar [em
paz (efetiva e duradoura)] na
Palestina, se conquistarem a boa vontade dos árabes. Há
centenas de modos pelos quais se pode argumentar com os árabes.
A condição indispensável para qualquer argumento
é que os judeus dispensem a ajuda das baionetas inglesas...
Não estou defendendo os excessos dos árabes. Preferiria
que os árabes tivessem optado pela via da não-violência
[satyagraha
—›
princípio da não-agressão, forma não-violenta
de protesto como meio revolucionário]
na resistência contra o que consideram ser – e é
– ocupação inadmissível das terras dos
árabes. Mas, segundo os cânones aceitos por todos sobre
o certo e o errado, nada se pode dizer contra a resistência
árabe, face a inimigo tão imensamente mais poderoso.
Mahatma Gandhi
Fonte:
http://www.vivapalestina.com.br/?