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Notas:
1. Há
algum tempo, publiquei um estudo denominado KaBaLa
(Princípios Elementares). Lá, escrevi o que segue,
agora ligeiramente editado: Como símbolo, e apenas como símbolo,
a Árvore da Vida só tem sentido se estiver invertida,
com suas raízes brotando da Raiz do Ser Integral, com seu tronco
atravessando o Pleroma
– Mundo Supraceleste; Rreino do
Pneuma e da LLuz
– e seus ramos sendo projetados transversalmente até alcançarem
o Plano Terrestre. Pode ser simbolicamente, e apenas simbolicamente, entendido
como o Deus-Uno, que em dado momento, através de um processo múltiplo
e ilimitado de emanações, projeções ou gerações,
projeta-se para o exterior de Si Mesmo, desdobrando-Se e gerando a série
das entidades divinas – os Eons
ou os Dez Sephirah
(no singular, Sephiroth)
apresentados na KaBaLa.
Neste sentido, pode-se bem compreender a Bhagavad Gita, que ensina
que, sem a destruição da Árvore (pois, Nela, o bem
o mal estão unidos), não é possível o alcançamento
da imortalidade, ou seja, é preciso ir além das raízes
para que aconteça a União com Krishna. Só assim, a
roda das encarnações poderá ser vencida durante esta
Idade de Brahma...
Do Sepher Yezirah,
extrai-se: Ele é
um acima de três, três estão acima de sete, sete estão
acima de doze, e todos estão ligados. Esta é,
sem dúvida, a chave cabalística secreta, que proporciona à
mente inquiridora a esperança de encontrar a reclamada e desejada
paz interior... E, se todos
estão ligados, nada mais adequado e inspirador para concluir
este sintético estudo sobre a KaBaLa
(20 + 2 + 30), do que uma breve reflexão sobre alguns apotegmas de
Tomas á Kempis (1380-1471), monge da Ordem de Santo Agostinho, que,
surpreendentemente, teve seu livro – Imitação de
Cristo – traduzido em mais e diferentes idiomas do que qualquer
outra obra, só sendo superado pela Sagrada Bíblia.
Entendeu Kempis que, de uma maneira geral, os homens buscam alcançar
o conhecimento.
Mas o que vale – perguntou o Padre – o
conhecimento sem caridade? O que vale o conhecimento desordenado?
Aliás, Saint-Martin fez a mesma observação. Assim,
segundo á Kempis, o conhecimento deve tornar o homem mais humilde
e mais prudente. E,
aquele que melhor conhece a si mesmo, eleva-se mais em seu próprio
conceito e não se deleita nas coisas que exaltam os homens. Não
faz outra coisa a KaBaLa
– e
a Tradição em geral – do
que estimular e oferecer caminhos que propiciem o autoconhecimento, pois,
se conhecendo, o ser conhecerá o Todo (relativamente). E, conhecendo
o Todo, alcançará a Verdade – ainda que sempre relativa.
A busca do autoconhecimento – que
equivale à busca da LLuz
ou da Verdade – impõe três objetivos, que segundo Blaise
Pascal (1623-1662) são: descobri-lo
quando procurado; demonstrá-lo quando possuído; e discriminá-lo
do falso, quando examinado.
2. Singularidade
no sentido de eudade, como compreensão egoística e distorcida
da Alma Imortal e da Unidade da Vida. Já a unilateralidade, seja
entendida como uni + lateralidade, seja compreendida como unilateral + -i-
+ -dade,
como qualidade de unilateral (parcialidade), é uma ilusão.
3. Muitos
admitem que a cidade subterrânea de Agharta teria sido fundada por
sobreviventes do continente perdido de Atlântida. Acredita-se, também,
que a cidade de Lhasa, no Tibete, que a base da Pirâmide de Gizeh,
no Egito, e que as principais cidades astecas, maias e incas possuem túneis
interligando-as à cidade subtérrea de Agharta. Acredita-se,
finalmente, que a superlativamente desenvolvida civilização
de Agharta seria uma continuação da civilização
atlante, amante da paz e dedicada à pesquisa científica, sendo
capaz de controlar e de aproveitar as forças naturais. Agharta teria
alcançado um elevado grau de civilização, de organização
econômica e social e de progressos culturais e científicos
que ultrapassam o poder da imaginação. Sua capital é
Shambalah. Em sentido diametralmente oposto, cafarnaum é um lugar
em que há tumulto, desordem, confusão, mixórdia e devassidão.
Já a cidade bíblica de Cafarnaum ficava situada na margem
norte do Mar da Galiléia, próxima de Betsaida. Grafites gregos,
aramaicos, siríacos e latinos testificam o fato de a Cidade ter sido
freqüentemente visitada por peregrinos cristãos, no século
IV. E tu, Cafarnaum,
porventura elevar-te-ás até o céu? Haverás de
ser abatida até o inferno. Se em Sodoma tivessem sido feitas as maravilhas
que se fizeram em ti, talvez existisse ainda hoje. (Evangelho
de São Mateus, XI, 23).
Nota
editada das fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cafarnaum
http://pt.wikipedia.org/wiki/Agharta
Cafarnaum
Música
de fundo:
Earth
Angel (Will You Be Mine)
Composição: Curtis Williams, Jesse Belvin e Gaynel Hodge
Interpretação: The Platters
Fonte:
http://www.pcdon.com/JohnnyMathisThePlatters.html