VIDA UNIVERSAL

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

 

A idéia da Vida Universal – composta de vidas atômicas individuais – é um dos mais antigos ensinamentos da Filosofia Esotérica.

 

Helena Petrovna Blavatsky (1831 - 1891)

 

 

Fonte:

http://www.levir.com.br/index.php

 

 

 

 

 

 

 

 

Se, por um lado,

cada vida individual

manifesta e refletida,

por outro lado,

não há uma vida preferencial,

não há uma vida unilateral.

Haveremos de perceber

que o dia e a noite são um,

que o frio e o calor são um.

Somos todos um-em-Um

– na Agharta ou no cafarnaum.3

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Notas:

1. Há algum tempo, publiquei um estudo denominado KaBaLa (Princípios Elementares). Lá, escrevi o que segue, agora ligeiramente editado: Como símbolo, e apenas como símbolo, a Árvore da Vida só tem sentido se estiver invertida, com suas raízes brotando da Raiz do Ser Integral, com seu tronco atravessando o Pleroma – Mundo Supraceleste; Rreino do Pneuma e da LLuz – e seus ramos sendo projetados transversalmente até alcançarem o Plano Terrestre. Pode ser simbolicamente, e apenas simbolicamente, entendido como o Deus-Uno, que em dado momento, através de um processo múltiplo e ilimitado de emanações, projeções ou gerações, projeta-se para o exterior de Si Mesmo, desdobrando-Se e gerando a série das entidades divinas – os Eons ou os Dez Sephirah (no singular, Sephiroth) apresentados na KaBaLa. Neste sentido, pode-se bem compreender a Bhagavad Gita, que ensina que, sem a destruição da Árvore (pois, Nela, o bem o mal estão unidos), não é possível o alcançamento da imortalidade, ou seja, é preciso ir além das raízes para que aconteça a União com Krishna. Só assim, a roda das encarnações poderá ser vencida durante esta Idade de Brahma... Do Sepher Yezirah, extrai-se: Ele é um acima de três, três estão acima de sete, sete estão acima de doze, e todos estão ligados. Esta é, sem dúvida, a chave cabalística secreta, que proporciona à mente inquiridora a esperança de encontrar a reclamada e desejada paz interior... E, se todos estão ligados, nada mais adequado e inspirador para concluir este sintético estudo sobre a KaBaLa (20 + 2 + 30), do que uma breve reflexão sobre alguns apotegmas de Tomas á Kempis (1380-1471), monge da Ordem de Santo Agostinho, que, surpreendentemente, teve seu livro – Imitação de Cristo – traduzido em mais e diferentes idiomas do que qualquer outra obra, só sendo superado pela Sagrada Bíblia. Entendeu Kempis que, de uma maneira geral, os homens buscam alcançar o conhecimento. Mas o que vale – perguntou o Padre – o conhecimento sem caridade? O que vale o conhecimento desordenado? Aliás, Saint-Martin fez a mesma observação. Assim, segundo á Kempis, o conhecimento deve tornar o homem mais humilde e mais prudente. E, aquele que melhor conhece a si mesmo, eleva-se mais em seu próprio conceito e não se deleita nas coisas que exaltam os homens. Não faz outra coisa a KaBaLae a Tradição em geral – do que estimular e oferecer caminhos que propiciem o autoconhecimento, pois, se conhecendo, o ser conhecerá o Todo (relativamente). E, conhecendo o Todo, alcançará a Verdade – ainda que sempre relativa. A busca do autoconhecimento – que equivale à busca da LLuz ou da Verdade – impõe três objetivos, que segundo Blaise Pascal (1623-1662) são: descobri-lo quando procurado; demonstrá-lo quando possuído; e discriminá-lo do falso, quando examinado.

2. Singularidade no sentido de eudade, como compreensão egoística e distorcida da Alma Imortal e da Unidade da Vida. Já a unilateralidade, seja entendida como uni + lateralidade, seja compreendida como unilateral + -i- + -dade, como qualidade de unilateral (parcialidade), é uma ilusão.

3. Muitos admitem que a cidade subterrânea de Agharta teria sido fundada por sobreviventes do continente perdido de Atlântida. Acredita-se, também, que a cidade de Lhasa, no Tibete, que a base da Pirâmide de Gizeh, no Egito, e que as principais cidades astecas, maias e incas possuem túneis interligando-as à cidade subtérrea de Agharta. Acredita-se, finalmente, que a superlativamente desenvolvida civilização de Agharta seria uma continuação da civilização atlante, amante da paz e dedicada à pesquisa científica, sendo capaz de controlar e de aproveitar as forças naturais. Agharta teria alcançado um elevado grau de civilização, de organização econômica e social e de progressos culturais e científicos que ultrapassam o poder da imaginação. Sua capital é Shambalah. Em sentido diametralmente oposto, cafarnaum é um lugar em que há tumulto, desordem, confusão, mixórdia e devassidão. Já a cidade bíblica de Cafarnaum ficava situada na margem norte do Mar da Galiléia, próxima de Betsaida. Grafites gregos, aramaicos, siríacos e latinos testificam o fato de a Cidade ter sido freqüentemente visitada por peregrinos cristãos, no século IV. E tu, Cafarnaum, porventura elevar-te-ás até o céu? Haverás de ser abatida até o inferno. Se em Sodoma tivessem sido feitas as maravilhas que se fizeram em ti, talvez existisse ainda hoje. (Evangelho de São Mateus, XI, 23).

Nota editada das fontes:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Cafarnaum

http://pt.wikipedia.org/wiki/Agharta

 

 

Cafarnaum

 

 

Música de fundo:

Earth Angel (Will You Be Mine)
Composição: Curtis Williams, Jesse Belvin e Gaynel Hodge
Interpretação: The Platters

Fonte:

http://www.pcdon.com/JohnnyMathisThePlatters.html