KaBaLa

(
PRINCÍPIOS ELEMENTARES)
 

Rodolfo Domenico Pizzinga

http://paxprofundis.org
 

Música de fundo: Hava Nagila
Fonte:
http://mywebpages.comcast.net/luciotti/bonmedia.htm

 

 

 

 

KaBaLa  não  é  magia

 

 

A KaBaLa

 

 As principais fontes de informação sobre a Cabala (que, por transliteração se escreve KaBaLa) são o Zohar ou Livro do Esplendor e o Sepher Yezirah ou Livro da Criação. A KaBaLa é a alma ou o espírito da Tradição. O esoterismo só se faz integral se compreendido sob apoiamento na KaBaLa. Na Palestina, a KaBaLa era conhecida pelos Essênios, pelos Caldeus, pelos Essênios, pelos Faraós do Egito Antigo, pelos Babilônios e pelos Sumerianos (aproximadamente 900 a 12000 a.C.).

O Sepher Yezirah (Livro da Criação) descreve a obra da criação, e ensina que há 32 (TRINTA E DUAS) SENDAS DE SABEDORIA e 50 (CINQÜENTA) PORTAS DA INTELIGÊNCIA. As Trinta e Duas Sendas (ou Caminhos) da Sabedoria são: Inteligência Admirável, Glória Segunda, Inteligência Santificante, Inteligência Receptora, Inteligência Radicular, Inteligência de Influência Média, Inteligência Oculta, Inteligência Perfeita e Absoluta, Inteligência Purificada, Inteligência Resplandecente, Inteligência do Fogo, Inteligência da Luz, Inteligência Indutiva da Unidade, Inteligência que Ilumina, Inteligência Construtiva, Inteligência Triunfante e Eterna, Inteligência da Predisposição, Inteligência ou Morada da Afluência, Inteligência do Oculto ou de Todas as Atividades Espirituais, Inteligência da Vontade, Inteligência que Agrada Àquele que Busca, Inteligência Fiel, Inteligência Estável, Inteligência Imaginativa, Inteligência de Tentação ou de Prova, Inteligência que Renova, Inteligência que Agita, Inteligência Natural, Inteligência Corpórea, Inteligência Coletiva, Inteligência Perpétua e Inteligência Auxiliar.

As Cinqüenta Portas da Inteligência, segundo Kircher e citadas por Gérard Encausse (Papus), dividem-se em seis classes, quais sejam: primeira classe – Princípio dos Elementos (constituída de Dez Portas); segunda classe – Década dos Mistos (constituída de Dez Portas); terceira classe – Década da Natureza Humana (constituída de Dez Portas); quarta classe – Ordens dos Céus, Mundo das Esferas (constituída de Dez Portas); quinta classe – Das Nove Ordens de Anjos, Mundo Angélico (constituída de Nove Portas); e sexta classe – AIN SOPh, Deus Imenso (Classe Exclusiva. Esta é a única Porta que o homem mortal não conheceu e pela qual nenhuma pesquisa do espírito penetrou, bem como, Moisés não conseguiu entrar). Para se ultrapassar esta Porta e conhecer os segredos que ela esconde, é preciso ressurgir assintoticamente no seio de AIN-SOPh. O Zohar trata dos atributos da Divindade (os dez Sephiroth, no singular, Sephirah), dos quatro mundos, do bem e do mal, da alma humana e da salvação. O Apocalipse de São João também é considerado um livro cabalístico, mas todas as três obras têm por fundamento o Gênese de Moisés. A língua de Moisés embute sempre, minimamente, três sentidos: material, simbólico e espiritual. Para os cabalistas, números, medida e peso presidem o Universo, e a criação forma uma Unidade de causas e de efeitos, de tal sorte que cada causa está associada a um número específico. Deve-se também levar em conta que cada letra hebraica é uma potência efetiva, englobando três funções, quais sejam: uma hieroglífica, uma numérica e uma ideativa. Contudo, há uma quarta: SAGRADA...
O TRÊS preside a KaBaLa, a KaBaLa preside o Universo, e o Universo e o(s) ser(es) constituem uma única célula. Por isso, pensamentos, palavras e ações não se esgotam em si. E assim, não se move um grão de areia sem que todo o Universo não seja, de uma forma ou de outra, afetado em sua estrutura. Causa - efeito - causa - efeito - causa... Quanto aos 32 Caminhos de Sabedoria expostos no Sepher Yezirah, por um lado representam a soma dos 10 Sephiroth e das 22 letras, e, por outro, são o resultado da soma do valor numérico da primeira letra e da última letra do Pentateuco hebreu, BET e LaMeD, ou seja, 2 + 30 = 32. Trinta e dois é também a quinta potência do número dois (25 = 32). Mistério!
O alfabeto hebraico consiste de três letras matrizes - ALeF, MeM e ShIN - sete letras duplas (que têm pronúncia dupla) e doze consoantes simples. O poder global da KaBaLa se expressa pelas 22 (vinte e duas) letras. A KaBaLa ensina que o Criador combina perpetuamente 1 ou ALeF, 40 ou MeM e 300 ou ShIN com outros números. A seguir, apresentam-se as correspondências entre as três letras matrizes, o Universo, o ano e o homem1:

 

LETRAS MATRIZES
UNIVERSO
ANO
HOMEM
MeM
Água
(Grande Abismo
Águas Primordiais)
Frio
Corpo
(Líquido
Amniótico)
ALeF
Ar
(Éter)
Umidade
Coração
(Sopro Vital)
ShIN
Fogo
(Fogo Etéreo
dos Céus)
Calor
Cabeça
(Fogo do
Intelecto)

Quadro 1: Correspondência Triádica das Três Letras Matrizes


Ainda que no Sepher Yezirah não haja separação do elemento Terra das Águas Primordiais, há autores que sugerem uma QUARTA LETRA MATRIZ – TaV – representativa deste quarto elemento. Outros sugerem que há uma relação entre o NOME SAGRADO, particularmente das duas letras HE, com as letras mães. Nesse sentido, o Tetragrammaton seria, em verdade, formado só por vogais! Em última instância, é preciso acrescentar que as (combinações de) vogais encerram excepcionais...
Contrariando o Diteísmo, Deus (o Deus interior que construímos) é autor exclusivo do bem (e do incompreendido mal). Este conceito está longe de se constituir em uma heresia. O presumido mal (físico ou moral) acaba por produzir o bem, quando estará cumprido o desígnio do SUMAMENTE PERFEITO (em nós). A maneira humana de pensar e de racionalizar os eventos entende o mal como imperfeição ou insuficiência (realidade), porque não alcançou ainda uma compreensão mais elaborada e mais verdadeira das LEIS que regem o Cosmos (Atualidade). A década é como o clarão de um raio e tem seu FIM LIGADO AO COMEÇO E COMEÇO UNIDO AO FIM. O Sepher Yezirah assim se refere às dez esferas de existência: Do Espírito do Deus Vivo emanou Ar; do Ar, Água; da Água, Fogo ou Éter; do Éter, a Altura e a Profundidade, o Leste e o Oeste, o Norte e o Sul.2

O conceito do UM e dos muitos e o retorno dos muitos ao UM encontrado na KaBaLa indica que a DÉCADA TEM COMEÇO E FIM INTERLIGADOS, assim como há uma interligação permanente e indissociável entre a chama e a própria brasa. TUDO ESTÁ ASSOCIADO, POIS O UNIVERSO É ESFERICAMENTE UNO. O Sepher Yezirah procura demonstrar que todo o Universo emanou gradualmente do espírito do Único Deus Vivo. E se Deus é necessariamente Deus, e se é uma Unidade Absoluta, o efeito imediato Dele provindo só pode ser também uno, ou seja, uma unidade. E como isso aconteceu? Segundo o Sepher Yezirah, toda criatura e toda palavra emanaram de um nome oriundo da combinação das VINTE E DUAS LETRAS DO ALFABETO HEBREU SEM PERMUTAÇÃO. A fórmula n(n - 1)/2 dá o número possível de combinações das 22 letras duas a duas sem permutação, ou seja: 2(22 - 1) ÷ 2 = 231 (duzentos e trinta e uma) combinações. Deus, falando(?), criou de um NOME todas as criaturas e todas as palavras.
Assim, pode-se entender que o sentido único, exclusivo e verdadeiro da existência é a realização consciente do Verbum Dimissum Inenarrabile, pois, se no princípio era a Palavra, hoje Ela também é, e amanhã também será. A idéia teológica de que houve um começo e de que Deus raciocina e age por idéias, fracionou e segmentou a Unidade. O atomismo de Leucipo, aprendido com Kananda, na Índia (Séc. VI a.C.), sensibilizou Platão e cooptou Aristóteles, e esse paradoxo, de certa forma, ainda prevalece até hoje. Não, todavia, na sempiterna Tradição. Ainda que, ambos, Platão e Aristóteles, tenham tido acesso aos mistérios, Mesmo e Outro e Ato Puro e Potência (ou seja, Criador e coisas criadas) não se coadunam com os princípios esotéricos tradicionais, nem, muito menos, com o conceito de IMANÊNCIA E UNIDADE DO CÓSMICO. Reconhece-se a suprema dificuldade do ser singular em conseguir se libertar de fantasmas radicados em sua consciência e em sua memória. Transcendência, providência, milagre, perdão divino, castigo divino, Céu, Inferno, Purgatório, demônios etc. são, em verdade, irreflexões laboriosas de serem ultrapassados. Só pelo esforço pessoal sincero e pela realização interior inaudita do Mestre-Deus de nossos Corações, essas aflições retardativas poderão ser ultrapassadas.
 

Trabalhar... Trabalhar... Trabalhar...
 
ORAR... ORAR... ORAR...


N
a literatura cabalística, os dez Sephiroth podem ser relacionados a esferas específicas e denominados da forma seguinte3:

 

SEPHIROTH
ESFERAS
KeTheR ou Coroa
Espírito
ChoKMaH ou Sabedoria
Ar
BINaH ou Inteligência
Água
CheSeD ou Misericórdia
Leste
GeBURaH ou Justiça
Oeste
ThiPhAReTh ou Beleza
Fogo
NeTzaCh ou Vitória
Sul
HOD ou Honra
Norte
IeSOD ou Fundamento
Profundidade
MaLKhUTh ou Reino
Altura

Quadro 2: Relação Entre os Sephiroth e as Esferas Específicas

 


Tibi sunt
MaLKhUTh,
GeBURaH
et CheSeD
per æonas.


 
A seguir, de acordo com a tradição cabalística, apresentar-se-á a Estrutura da Criação. Resumidamente, KeTheR representa a potência ou coroa suprema que repousa sobre ChoKMaH - a sabedoria imutável - bem como sobre BINaH - inteligência criadora. Nele estão permanentemente inscritas CheSeD - bondade - e GeBURaH - justiça - que representam o supremo ideal de beleza - ThiPhAReTh. Também estão presentes NeTzaCh e HOD, respectivamente o movimento sempre vitorioso e o grande repouso eterno. Seu querer é uma criação contínua (IeSOD), e seu reino (MaLKhUTh) é a imensidade que povoa o Universo. Os Sephiroth cabalísticos compõem-se de um tríplice ternário reconduzido à Unidade pela década, de tal sorte que representam a trindade manifestada nos três mundos. O primeiro ternário representa a Trindade Santa e os dois ternários inferiores (invertidos) são apenas reflexos do primeiro. Por último, MaLKhUTh representa o Reino das formas, ou seja, a síntese totalizada, desabrochada e perfeita dos Sephiroth anteriores, em que KeTheR encerra potencialmente a síntese.

 

Portæ Lucis

Figura 1: Os Sephiroth (Portæ Lucis)
Fonte: Alquimia e Misticismo, Alexander Roob, p. 319
(Paulus Ricius, Portæ Lucis, Augsburg, 1516)
 

Uma comparação interessante pode ser feita entre os Sephiroth cabalísticos e hindus, paralelamente a uma adaptação grega.4

 

Sephiroth
CABALÍSTICOS
Sephiroth
HINDUS
ADAPTAÇÃO GREGA
AIN-SOPH
NIRVANA
PARNASO
KeTheR
Brahman
Apolo
ChoKMaH
Vishnu
Clio
BINaH
Shiva
Urânia
CheSeD
Mâyâ
Talia
GeBURaH
Oum
Melpomene
ThiPhAReTh
Haranghar
Polimnia
NeTzaCh
Posh
Caliope
HOD
Pradyahpat
Erato
IeSOD
Prakrat
Euterpe
MaLKhUTh
Pran
Terpsicore

Quadro 3: Sephiroth Cabalísticos e Hindus
Paralelamente a uma Adaptação Grega

 

Acrópole de Atenas

Acrópole de Atenas

 

Templo de Poseidon

Templo de Poseidon

 

As três letras matrizes, sob outro aspecto, têm uma significação essencial, que pode ser assim resumida, segundo o Sepher Yezirah:


       Deus deixou a letra ALeF predominar no ar primitivo, coroou-a, combinou uma com a outra e formou delas o ar no mundo, umidade no ano e o peito no ser humano...

       Ele deixou a letra MeM predominar na água primitiva e coroou-a, combinou-a com a outra e formou delas a terra..., friagem no ano e o ventre no ser humano...

       Ele deixou a letra ShIN predominar no fogo primitivo, coroou-a, combinou-a com a outra e formou delas céu no mundo, calor no ano e a cabeça do ser humano.
5
 

As outras letras, BET, GiMeL, DaLeT, KaF, PhE, RESh e TaV, correspondem aos sete Sephiroth inferiores. E as doze constelações do mundo, os doze meses do ano e os doze órgãos do corpo humano são simbolizados pelas letras HE, VAV, ZaIN, HeT, TeT, IOD, LaMeD, NUN, SaMeK, AIN, TzaDE e KOF. Isidor Kalisch, no Prefácio do Sepher Yezirah, comentou que, da mesma forma que o diâmetro está sempre relacionado com a periferia, há uma relação entre as 22 letras do alfabeto hebreu e o número sete, que, no caso, representa os planetas conhecidos de então (Saturno, Júpiter, Marte, Sol, Vênus, Mercúrio e Lua). Esta relação (22:7) é igual a 3,142857 142857 142857..., valiosíssima no esoterismo. Em consonância com as 22 letras do alfabeto hebreu há 22 polígonos regulares possíveis de serem inscritos em um círculo, conforme recordou Serge Raynaud de la Ferrière. Os polígonos são de 3, 4, 5, 6, 8, 9,10, 12, 15, 18, 20, 24, 30, 36, 40, 45, 60, 72, 90, 120, 180 e 360 lados. Alguns aspectos cabalísticos devem, porém, ser ainda mencionados, sem o que esta revisitação, que já é por demais abreviada, tornar-se-ia inútil. A KaBaLa hebraica, segundo Éliphas Lèvi, poderia ser denominada a matemática do pensamento humano. E acrescentou: É a álgebra da fé. Ela resolve todos os problemas da alma como se fossem equações, isolando as incógnitas. Ela dá às idéias a nitidez e a rigorosa exatidão dos números; seus resultados são para o espírito a infalibilidade (relativa, entretanto, à esfera dos conhecimentos humanos) e a paz profunda para o coração.6 (grifo meu). A KaBaLa possui, ainda segundo Lèvi, um método de raciocínio com base nos seguintes passos7:

Evidência  —›  Certeza
Demonstração Científica  —›  Certeza
Hipótese Necessária
Hipótese Razoável  —›  Probabilidade
Hipótese Duvidosa  —›  Dúvida
Hipótese Absurda  —›  Erro

Para todo e qualquer cabalista, Deus (in corde) é o princípio exclusivo do ser e dos seres e o único postulatum absoluto de toda a ciência. Os antigos estudiosos da KaBaLa estabeleceram o seguinte princípio:


       O Ser é. No Ser está a vida. A vida se manifesta pelo movimento. O movimento se perpetua pelo equilíbrio das forças. A harmonia resulta da analogia dos contrários. Existe em a natureza a lei imutável e o progresso indefinido. Modificação perpétua nas formas, indestrutibilidade da substância...8

 

Outro aspecto a ser ressaltado é que, enquanto no Sepher o decremento nos modos de existência do Ser opera-se em três momentos, o Zohar desdobra o primeiro e se refere a quatro mundos diferentes ou sucessivos, quais sejam: Mundo das Emanações ou do Arquétipo (Hwolam ATzILUTh), Mundo da Criação (Hwolam BRIAH), Mundo da Formação ou Astral (Hwolam IeTzIRaH) e Mundo da Ação (Hwolam WShIaH). Em WShIaH, o Véu de Mâyâ (ilusão) oculta tudo.
Em conformidade com a tradição cabalística - e particularmente no Sepher - o ser humano compõe-se de três partes: CORPO, ALMA E ESPÍRITO. Segundo Paul Sedir, cada uma dessas partes é o reflexo uma da outra e contém uma imagem das duas outras.9
Sob um prisma mais esotérico, contudo, o ser é setenário. Sete é a chave da criação mosaica e dos símbolos de todas as religiões. Nesse sentido, os estados evolutivos são em número de sete, e, descendentemente, assim são entendidos pelos cabalistas: AIN, Mundo Concentrado da Eterna Negatividade; AIN SOPh, Mundo Primordial, ou seja, o próprio Ser Infinito; AIN SOPh AUR, Mundo Pré-Dinâmico, ou seja, a Infinita Luz; HWOLAM ATzILUTh, Mundo Arquetípico (Adão Kadmon), formado pelos Sephiroth KeTheR, ChoKMaH e BINaH; HWOLAM BRIAH, Mundo da Expansão (Arcangélico), composto dos Sephiroth CheSeD, GeBURaH e ThiPhAReTh; HWOLAM IeTzIRaH, Mundo da Estruturação (Angélico), conglobado pelos Sephiroth NeTzaCh, HOD e IeSOD; e HWOLAM WShIaH, Mundo da Concretização (Humano), ou seja, MaLKhUTh.
Portanto, a base do pensamento cabalístico ancora-se no entendimento, de que há uma substância primordial AIN SOPh que se condensa progressivamente até se fazer visível. E, o alto esoterismo compreende que a Divindade mais elevada não possui sexo ou forma, não sendo nem Pai nem Mãe.
 A Doutrina Secreta, trazida à luz por Madame Blavatsky, ensina que, os primeiros seres manifestados, quer sejam celestes ou terrestres, só lentamente alcançam a condição de androginia, para, finalmente, se dividirem em dois sexos distintos. Isto aconteceu neste mânvântâra na Terceira Raça Raiz. Entretanto, ainda que tudo possa levar a uma difusa e exclusiva percepção de multiplicidade, do Sol ao vaga-lume, do ILIMITADO ao mais limitado, a Lei que rege as manifestações das coisas criadas (nascimento, existência e desaparecimento), é (perpetuamente) una. E, assim, os cabalistas entendem que O COSMOS É ETERNO EM SUA COLETIVIDADE NÃO-CONDICIONADA, E FINITO SOMENTE EM SUAS MANIFESTAÇÕES CONDICIONADAS.
A KaBaLa Prática fundamenta-se, como se viu, em letras hebraicas (que correspondem às Leis que formaram e governam o mundo), e o alfabeto cabalístico associa-se, por outro lado, à Trindade Divina, aos Planetas então conhecidos e ao Zodíaco: 3 + 7 + 12 = 22. Esse sistema, do qual o pitagorismo se utilizou, desenvolve-se, já se teve oportunidade de referir, de dez maneiras - os dez Sephiroth. Como ficou visto, cada letra hebraica representa, minimamente, três aspectos: literal, metafórico e transcendental. Ou como disse Heráclito: verbal, simbólico e oculto. Combinar as letras hebraicas é combinar números e idéias, e cada uma é, ao mesmo tempo, PONTO DE PARTIDA E PONTO DE CHEGADA DE UMA SÉRIE DE RELAÇÕES. Abaixo, apresenta-se, com pequenas modificações, uma tabela conjugada das obras A KaBaLa: Tradição Secreta do Ocidente e Kabala: el Libro de Jonas na qual estão relacionados o alfabeto hebraico, o significado de cada letra, seus valores e sua ordenação.10
Francisco Valdomiro Lorenz, Annick de Souzenelle, Papus, Friedrich Weinreb e muitos outros cabalistas acrescentam que cinco letras hebraicas poderão apresentar formas e valores diferentes quando se encontram no final das palavras. São elas: KaF (Kh aspirado) = 500; MeM (M) = 600; NUN (N) = 700; PhE (Ph) = 800; e TzaDE (Tz) = 900. E o ALeF final poderá apresentar valor aritmológico igual a 1000... E chamar-te-ão por um Nome novo... e serás uma coroa de glória na mão de IEVE, e um diadema real na mão do teu Deus. (Isaías, LXII, 2 – 3).
Ao se examinar o alfabeto hebraico, apresentado na tabela abaixo, entre outras peculiaridades, pode-se verificar que, por exemplo, que cada letra hebraica possui 4 (QUATRO) valores (no mínimo), e que ALGUNS VALORES NUMÉRICOS SE REPETEM EM LETRAS DIFERENTES. Logo, cada palavra hebraica também pode possuir quatro valores numéricos (no mínimo), dependendo do que está sendo trabalhado e da intencionalidade da própria palavra em si. (O Anexo II sugere um quinto método críptico denominado ALBaM).
 


A  KaBaLa  É  UM  SISTEMA  QUE  MAIS  ESCONDE  DO  QUE  REVELA!


 

Só se possuindo a CHAVE que abre a PORTA DO SACRÁRIO CABALÍSTICO, é que se poderá compreender o real significado do seu conteúdo por Aqueles que a formularam.

 

Nomes
Transli-
teração
Carac-
teres
Componentes
das Letras
Valor
Externo
Valor
Pleno
Valor
Oculto
Valor
AThBaSh
ALeF
A
 
1-30-80
1
111
110
400
BET
B
 
2-10-400
2
412
410
300
GiMeL
G
 
3-40-30
3
73
70
200
DaLeT
D
 
4-30-400
4
434
430
100
HE
E/H
 
5-10, 5-5, 5-1
5
15, 10, 6
10, 5, 1
90
VAV
O/U/V
 
6-10-6, 6-1-6, 6-6
6
22, 13, 12
16, 7, 6
80
ZaIN
Z
 
7-10-50
7
67
60
70
HeT
H/Ch/K
 
8-400
8
408
400
60
TeT
T
 
9-400
9
409
400
50
IOD
I/Y/J
 
10-6-4, 10-4
10
20, 14
10, 4
40
KaF
Kh/C
 
20-80
20
100
80
30
LaMeD
L
 
30-40-4
30
74
44
20
MeM
M
 
40-40
40
80
40
10
NUN
N
 
50-6-50
50
106
56
9
SaMeK
S(=ç)
 
60-40-8
60
108
48
8
AIN
W/Hw
 
70-10-50
70
130
60
7
PhE
P/Ph/F
 
80-5
80
85
5
6
TzaDE
Tz/Ts
 
90-4-10
90
104
14
5
KOF
Q/K
 
100-6-80
100
186
86
4
RESh
R
 
200-10-300
200
510
310
3
ShIN
Sh/X
 
300-10-50
300
360
60
2
TaV
T/Th
 
400-6
400
406
6
1

Quadro 4: Alfabeto Hebraico

Aspecto interessantíssimo da KaBaLa é o relacionado ao NOME DIVINO IEVE ou YHVH, que não deve ser pronunciado pelos profanos, e, por isso, ou é substituído por Tetragrammaton ou por Adonai (Senhor). Desse Nome sai o NOME CABALÍSTICO DE SETENTA E DUAS LETRAS, se inscrito, como abaixo, dentro de um TRIÂNGULO EQÜILÁTERO, ou das próprias letras da palavra IEVE (consultar o Anexo III):

 

IEVE

Figura 2: Inscrição da Palavra Sagrada IEVE
Dentro de Um Triângulo Eqüilátero

 

I

10
I OD
10 + 6 + 4
IE
10 + 5
HE
5 + 10
IEV
10 + 5 + 6
VAV
6 + 10 + 6
IEVE
10 + 5 + 6 + 5
HE
5 + 10
TOTAL
72
72
72


 

A segunda letra (HE) da palavra IEVE é a luz negra ou azul ligada às letras IOD, HE e VAV, que constituem a luminosa luz branca. Mas, no tempo, HE converte-se em DaLeT, pobreza. Quando há a separação do homem e da mulher, das duas polaridades ou dos dois princípios, apaga-se o HE e prevalece tão-somente o DaLeT. Na união perfeita, HE se junta à luz branca e escapa à destruição. A desunião é que provoca a oscilação entre repouso e agitação, paz e guerra e vida e morte. Mas a morte, um dia, desaparecerá para sempre, e as lágrimas serão enxugadas de todas as faces (Profecia de Isaías, XXV, 8).
Do exposto, observa-se a inter-relação entre a TETRACTYS PITAGÓRICA e a KaBaLa Prática. As aplicações da aritmética cabalística e suas implicações fogem, entretanto, ao escopo desta pesquisa. Todavia, alguns exemplos ilustrarão esse mecanismo. Há duas operações numéricas básicas: adição e redução. No estudo sobre o Arqueômetro apresentado neste site este tema também foi examinado. No momento, recorda-se que, cabalisticamente, adição é a soma de todos os algarismos que compõem um determinado número superior aos nove primeiros. Por exemplo, 144 por ADIÇÃO CABALÍSTICA dá 1 + 4 + 4 = 9. REDUZIR em KaBaLa é encontrar o número pequeno que resulta da adição progressiva. Por exemplo, 777 reduz-se a três, porque 777 = 7 + 7 + 7 = 21 e 21 = 2 + 1 = 3. Esse conceito é importantíssimo em Alquimia. Já o número 888 - que é o NÚMERO ESPECIAL DE JESUS, o CRISTO - representa a ressurreição e a vida. Por adição é igual a 24, e por redução é igual a 6, a héxada, freqüentemente denominada perfeição das partes. O homem, segundo a tradição bíblica, foi criado no sexto dia e Jesus foi crucificado no sexto dia da semana. O valor secreto de 6 é 21 (1 + 2 + 3 + 4 + 5 + 6), equivalente à adição de 777. Ambos se reduzem a 3. Mistério e segredo! Mas 21 são também os passos da GRANDE OBRA. Três peregrinações purgativas e iniciáticas em torno de SETE...
Apresentam-se,   a seguir, algumas palavras com seus respectivos valores numéricos:

a) IOD - HE - VAV - HE = 10 + 5 + 6 + 5 = 26. IOD representa o Eu (10) e também o Mundo de ATzILUTh. HE representa o Não-Eu (5) bem como o Mundo de BRIAH. VAV representa o gancho que une o ativo ao passivo (6). Observa-se que esta terceira letra ou terceiro ponto é o resultado numérico d soma da primeira com a segunda letra, ou seja, 10 + 5 = 15 e 15 = 1 + 5 = 6. Representa, outrossim, o Mundo de IeTzIRaH. Esses três termos representam em KaBaLa a conhecida LEI TRINITÁRIA DO ABSOLUTO (10 + 5 + 6 = 21 = TRÊS). Aqui aparece novamente o número 21... O Segundo HE indica a passagem do númeno ao fenômeno - a transição - ou seja, a passagem de um plano a outro. Simboliza o Mundo de WShIaH.

b) A palavra IeLeD tem valor numérico igual a 44 equivalente a 8, tanto quanto IEVE. Como se viu, de IEVE são extraídas as 72 letras que compõem o SANTO NOME, que, por sua vez, correspondem aos 72 anjos (ou gênios) que presidem as 72 divisões do Céu, as 72 partes do corpo humano e as 72 nações.

c) E, por último, considerar-se-á a primeira frase do Gênesis: BeREShITh BaRA ELOHIM. BeREShITh – que, simbolicamente, significa No começo – equivale às cifras 2–200–1–300–10-400. Estas seis cifras simbolizam as seis forças cósmicas que presidiram a obra, ainda inconclusa, dos seis dias. Este saber também se encontra expresso no Hexagrama de Salomão. BaRA – que significa Criar (no sentido de concepção mental da criação) – possui as cifras 2-200-1. No começo criou Elohim. Sobre a palavra Elohim (ALHIM) duas observações devem ser feitas: sua terminação IM indica caráter plural (AL e ALH) e expressa precisamente Justiça Divina.

Tanto BeREShITh quanto BaRA começam com a letra BET, cujo valor aritmológico é 2 (dois), idêntico a duplicar. Dois alcança sua diferenciação máxima em RESh (200), para depois ser reintegrado novamente na Unidade (1) – ALeF. Só para aquele que ainda vive no nível 2-200 essa possibilidade não foi sentida. E assim, o Universo, como natureza naturada, terá que volver à consciência da Unidade:


... Sístole... Diástole... Sístole... Diástole... Sístole... Diástole... Sístole... Diástole...

... Prâlâya... Mânvântâra... Prâlâya... Mânvântâra... Prâlâya... Mânvântâra...

... Contração... Expansão... Contração... Expansão... Contração... Expansão...

Galáxia


Por outro lado, ao se dividir BeREShITh em BeRE e ShITh, BeRE contém as cifras 2-200-1, semelhante a BaRA (ou seja, BRA), que somadas dão 203. A adição teosófica produz 5, valor aritmológico da letra HE, símbolo da Vida Absoluta – primeiro HE de IEVE – (há ainda uma correspondência direta entre a letra HE e o hieróglifo egípcio representado por um pequeno homem de pé com os braços abertos em sinal de plena vida). (Consultar o Pentagrama de Fausto no trabalho Perpetuando a Tradição, apresentado neste site).
Já ShITh contém as cifras 300-10-400, que somadas equivalem a 710, que significa repouso. Movimento – repouso. BeRE—ShITh. 710, em outra dimensão, equivale teosoficamente à letra HeT (8), que pretende simbolizar a existência elementar e protoplástica, estando associada ao sentido da visão e à mão direita do corpo humano. Exprime, sob outra ótica, a idéia de equilíbrio (trabalho e ação moral e legislativa). Ainda, por outro ângulo, as cifras 300-10-400 contêm implicitamente as cifras 3 e 4 (homem e mulher), cuja culminação acontecerá em 5 (ou 500). Por isso, quando o tempo se houver cumprido, quinhentos haverá de ser realizado, ou em outros termos, 1-2-1, ou ainda, ABR.......A. (Consultar o trabalho 666 apresentado neste site).
A soma teosófica das cifras de BeREShITh conduz ao número 913, que, por adição, é igual a 13, e, posteriormente, reduz-se a 4. 13 está associado a MeM, décima-terceira letra do alfabeto hebreu, e 4 é o Valor Externo da letra DaLeT. Ambas as letras têm um sentido complementar que envolve os conceitos de maternidade, de fecundidade, de passividade, de abundância, de nutrição e de divisão. Tanto MeM quanto DaLeT representam o segundo ponto do triângulo, ou, o segundo cateto do TRIÂNGULO RETÂNGULO DO TEOREMA DE PITÁGORAS (3, 4, 5).
E assim, a descontinuidade não se perde (ou perderá) em uma progressiva e indefinida divisão, eis que, o limite da expansão diastólica da Consciência sob a forma de NOUS são os elétrons (positivos e negativos). Tudo haverá de retornar ao Um. Prâlâya. Depois, novo Mânvântâra. Indefinida e ilimitadamente. A KaBaLa, portanto, primeiramente, ensina que o homem (microcosmo) é a representação exata do Universo (Macrocosmo), e é composto por três elementos essenciais, que se sintetizam na unidade do ser. Esse conceito pode ser esquematicamente representado por três pontos (triângulo eqüilátero) desenvolvidos dentro de um círculo:

 

Figura 3: Unidade do Ser
 

Ensina também que o Universo tem uma constituição ternária semelhante à do homem, qual seja: um corpo, que são os astros; uma vida, que são as correntes de luz que contêm as forças ativas da natureza; e uma vontade, denominada magnetismo universal, que é a causa da atração universal. Em um nível mais esotérico tudo é setenário. (4 + 3). Ainda assim prevalece a dualidade.

E por último, a tradição cabalística admite e professa que o SER É FEITO À IMAGEM DO UNIVERSO, E AMBOS SÃO FEITOS À IMAGEM DE DEUS. Observa-se este conceito cabalístico expresso fundamentalmente na obra e no pensamento de Plotino. Mas, o que será ser FEITO À IMAGEM DE DEUS? Da queda(?) - e de cada queda(?) - o homem reergue-se melhor e mais forte. O mal(?) só prevalece temporariamente no plano da consciência mâyâvica do ente, pois o objetivo da existência é a realização do melhor. Se este melhor não for realizado, inexoravelmente acontecerá a dissolução. E o melhor está com e em Deus (in imo corde), que é o Caminho e a verdadeira LUZ (TREVAS PRIMORDIAIS) do COSMOS. Está, também, no ser (necessário) que ainda não é (e é) DEUS. Um derradeiro acréscimo deve, porém, ser proposto. Diagramas não faziam parte dos ensinamentos cabalísticos originais. Eles surgiram, com o tempo, quando a KaBaLa tornou-se objeto de estudo de pessoas pouco versadas em sua doutrina, como auxílio para superar suas próprias deficiências. Assim, o símbolo ou o diagrama denominado Árvore da Vida não é um elemento genuíno da KaBaLa e é destituído de qualquer valor metafísico tal como existe. Como símbolo, a Árvore só tem sentido se estiver invertida, com suas raízes brotando da RAIZ DO SER INTEGRAL, com seu tronco atravessando o PLEROMA — (Mundo supraceleste; reino do Pneuma e da Luz. Pode ser simbolicamente, e apenas simbolicamente, entendido como o Deus-Uno, que em dado momento, através de um processo múltiplo e ilimitado de emanações, projeções ou gerações, projeta-se para o exterior de Si Mesmo, desdobrando-Se e gerando a série das entidades divinas – os Eons ou os Dez Sephiroth apresentados na KaBaLa.) — e seus ramos sendo projetados transversalmente até alcançarem o plano terrestre. Nesse sentido, pode-se compreender a Bhagavad Gita, que ensina que, sem a destruição da Árvore da Vida (pois, Nela, o bem o mal estão unidos), não é possível o alcançamento da imortalidade, ou seja, é preciso ir além das raízes para que aconteça a UNIÃO COM KRISHNA. Só assim, a roda das encarnações poderá ser vencida durante esta IDADE DE BRAHMA. Por outro lado, o estudo sintético que se preparou sobre a KaBaLa, se por insuficiência deste pesquisador, contiver informações, em alguns pontos, desconexas e até contraditórias, este último pensamento que se deixará sobre o tema, além de reforçar a demonstração inequívoca da importância e da presença dos números nas humanas reflexões, corrigirá, pensa-se, as lacunas e omissões que uma pesquisa tão breve e superficial sobre tão controverso e tão delicado assunto inexoravelmente acarretaria. Do Sepher Yezirah extrai-se: Ele é um acima de três, três estão acima de sete, sete estão acima de doze, e todos estão ligados. Esta é, sem dúvida, a chave cabalística secreta que proporciona à mente inquiridora, a esperança de encontrar a reclamada e desejada paz interior. ...e todos estão ligados. E, se todos estão ligados, nada mais adequado e inspirador para concluir este sintético estudo sobre a KaBaLa (20 + 2 + 30), do que uma breve reflexão sobre alguns apotegmas de Tomas á Kempis (1380-1471), monge da Ordem de Santo Agostinho, que, surpreendentemente, teve seu livro – Imitação de Cristo – traduzido em mais e diferentes idiomas do que qualquer outra obra, só sendo superado pela Sagrada Bíblia. Entendeu Kempis que, de uma maneira geral, os homens buscam alcançar o conhecimento. Mas o que vale - perguntou o Padre - o conhecimento sem caridade? Que vale o conhecimento desordenado? Aliás, Saint-Martin fez a mesma observação. Assim, segundo á Kempis, o conhecimento deve tornar o homem mais humilde e mais prudente. E, aquele que melhor conhece a si mesmo, eleva-se mais em seu próprio conceito e não se deleita nas coisas que exaltam os homens. Não faz outra coisa a KaBaLa - e a Tradição em geral - do que estimular e oferecer caminhos que propiciem o autoconhecimento, pois, se conhecendo, o ser conhecerá o TODO. E, conhecendo o TODO, alcançará a Verdade – ainda que sempre relativa. A busca do autoconhecimento - que equivale à busca da LUZ ou da VERDADE - impõe três objetivos, que segundo Blaise Pascal (1623-1662) são: descobri-lo quando procurado; demonstrá-lo quando possuído; e discriminá-lo do falso, quando examinado.
Assim, AUTOCONHECIMENTO, VERDADE E LUZ acabam por se constituir no único foco de interesse para o Cabalista e para o Iniciado, cujas metas são o alcançamento da iluminação interior e servir, incognitamente, sempre que necessário. O que a mão direita faz, a esquerda não precisa conhecer. E quando a iluminação acontece, compreende e realiza que DOIS SÃO UM E UM SÃO TRÊS, E TODOS ESTÃO UNIDOS. Compreende também o porquê do poder das 22 letras do alfabeto hebreu, já que 22 é equivalente a 253 (duzentos e cinqüenta e três), que é equivalente a 10, que simboliza o UM. Por isso, tudo e todos estão unidos... (Consultar o Anexo I).
Recalcitrando um pouco em concluir este rascunho, apresenta-se e se oferece à reflexão um resumo simbólico do significado dos 13 (treze) primeiros números e do número 22:

UM - Representa a Unidade Cósmica. É o gerador das linhas. Desdobra-se para que haja produção. Representa o Ser, a Energia Absoluta. No princípio era o UM... UM e ALeF representam o ilimitado. AIN SOPh.

DOIS - É um número binário. Aparece por oposição de UM a si mesmo. Se UM é ativo, DOIS é passivo. UM representa a Divindade; DOIS simboliza a Natureza. É o reflexo do Ser. Nesse sentido, cabalisticamente, a mulher é o reflexo do homem. Dois também pretende representar a androginia cósmica manifesta.
2 —› 3 porque 1 + 2 = 3.

TRÊS - Resulta da união da Unidade com a dualidade. Segundo Éliphas Lèvi, o TRÊS é o fim e a expressão do amor.. . é o filho que participa do pai e da mãe, sem ser nenhum deles. O Triângulo é a figura geométrica que representa o eterno geometrizar da Divindade. É, assim, o símbolo da perfeição. Duas pontas representam as forças duplas (positiva e negativa) universais; a terceira, no ponto de combinação, simboliza a obra pronta - a perfeição. O TRÊS representa também as três principais fases da vida: juventude, idade adulta e maturidade. Ralph Maxwell Lewis (Sâr Validivar) advertiu que em todos os templos antigos, TRÊS DEGRAUS conduziam à entrada desses templos ou aos seus altares. TRÊS é o número que representa a LEI de formação, manutenção e perpetuação do CÓSMICO. Um triângulo dentro de um círculo representa a Eternidade e o Universo Perfeitos. Três são os mundos apresentados no Sepher Yezirah: superior, mediano e inferior. No homem também há três planos: superior (o Espírito localizado, a Vida refletida, o Corpo refletido); mediano (o reflexo do Espírito, a localização da Vida, o reflexo do Corpo); e inferior (o reflexo do Espírito, o reflexo da Vida, a localização do Corpo). Segundo a KaBaLa, em verdade, o ser é formado de três partes: NEPHESH, corpo com o princípio vital; RUACH, a personalidade-alma; NESHAMAH, a centelha divina. Francisco Valdomiro Lorenz recordou que nessas três partes principais do ser (ou três planos conforme se viu) distinguem-se, em cada uma, três graus, que é outra forma de compreender as três subdivisões dos três planos acima apresentados, quais sejam: NEPHESH - 1) concreto no concreto; 2) particular no concreto; 3) geral no concreto. RUACH - 1) concreto no particular; 2) particular no particular; 3) geral no particular. NESHAMAH - 1) concreto no geral; 2) particular no geral; 3) geral no geral. O TRÊS, entre tantos outros simbolismos, emblema, alquimicamente o Enxofre, o Mercúrio e o Sal. A Unidade se divide em Três, e os Três engendram o Quatro. Pelos Quatro, volta-se aos Três, e pelos divinos Três o ser se dilata no Absoluto.
3 —› 6.

 

 
Sabedoria.  Força.  Beleza.
 
Fé.  Esperança.  Caridade.
Luz.  Vida.  Amor.

 

QUATRO - É o número da harmonia, da estabilidade, da segurança e dos quatro elementos. É a Unidade agindo sobre o ternário (1 + 3 = 4). Quatro são, por sua vez, os mundos apresentados no Zohar, que desdobra o primeiro, a saber: Mundo das Emanações, Mundo da Criação, Mundo da Formação e Mundo da Ação.
4 —›10 —› 1.

CINCO - O pentáculo (PENTAGRAMA), segundo consta, era conhecido e usado pelos pitagóricos, tendo como significativo primordial a saúde. Cinco representa o espírito dominando os elementos (UM + QUATRO). O pentáculo também representa ADaM-Kadmon - o Adão Celestial ou Homem Primitivo antes da queda - ou IEHOUA. O pentáculo invertido representa ADaM-Belial ou o Adão Terrenal ou homem caído(?) - a inteligência dominada no âmbito da materialidade. Há, todavia, quatro classes adâmicas e o único desprovido de androginia é o terrenal, que atua no plano de MaLKhUTh . A união do primeiro número par ao primeiro número ímpar (2 + 3 = 5) é também um símbolo das qualidades ou potências positivas e negativas. É o sinal de casamento e para os alquimistas representa a quintessência.
5 —› 15 —› 6.

 

Estrela de Cinco Pontas


SEIS - É o símbolo do antagonismo. O que está em cima é como o que está em baixo, ainda que esta Lei não seja bem o que as palavras pretendem expressar. O SEIS tem por símbolo hieroglífico a Estrela de Salomão, e, esotericamente, representa o Criador(?). Representa a unidade das duas fases da existência: espiritual e material.
6 —› 21 —› 3.

 

 

Na entrada do ano de 2004, os Mestres pedem para aqueles que querem auxiliar na ancoragem da nova freqüência planetária, que visualizem uma estrela de 6 (seis) pontas dourada sobre suas residências. Usando o seu livre-arbítrio, conectem a sua estrela com a Grande Estrela criada pela fusão da consciências de todos os Avatares que estão trabalhando pela transformação planetária. Esta Grande Estrela é ligada ao Sol Central e traz a liberação total para a Humanidade.

http://socex.net/mens2004.htm

 



SETE - 7 = 1 + 6
7 = 2 + 5 o CUBO e a CRUZ (LEI SETENÁRIA)
7 = 3 + 4

 

CUBO

 

ROSACRUZ HERMÉTICA

 


Sete aparece em um dos mais esotéricos símbolos formado pelo triângulo material, a pomba, o fogo e o coração flamejante, no qual sobressaem os sete dons cósmicos: sabedoria, compreensão, juízo, força, conhecimento, piedade e entusiasmo. O sete aparece também na Estrela de Sete Pontas simbolizando os sete dias da semana, os sete braços do candelabro de Moisés, as sete igrejas da Ásia, os sete selos misteriosos, as sete estrelas à mão direita de Deus, o ponto de unidade dos triângulos nos planos finito e infinito. Sete representa também as tentações contra as quais o ser deve lutar e resistir, ainda que tal resistência e luta provoquem tortura e tormento. Há que ser mencionado também as sete luzes cintilantes do Apocalipse de João (IV, 5) e os sete olhos de IEVE (Zacarias, IV, 10). Sete são também as portas do homem: dois olhos, dois ouvidos, duas narinas e uma boca. Às sete letras duplas do alfabeto hebraico estão associados também os conceitos de vida, paz, ciência, riqueza, graça, semente e dominação, e aos seus opostos: morte, guerra, ignorância, pobreza, abominação, esterilidade e escravidão. A cada sete minutos o ser já é outro. A cada sete anos opera-se integralmente uma mudança física e psíquica em cada ser. Sete são os marcos fundamentais na vida de todos os seres: aos sete, aos quatorze, aos vinte e um, aos quarenta e nove, aos sessenta e três, aos setenta e aos oitenta e quatro anos. Sete são os Arcanjos da Face dos quais os mais conhecidos são: Miguel, Uriel, Rafael e Gabriel.

 

7 —› 28 —› 10 —› 1
7 —› 28 —› 10 —› 1
7 —› 28 —› 10 —› 1
7 X 7 X 7 = 343 —› 10 —› 1
Toda a Natureza se rejubila na Héptada

 

Terra

Earth: View from 35785 km above 3°10'S 3°40'E

 

OITO - É a balança universal das coisas (8 = 2 x 4). Representa a harmonia entre os planos cósmico e material. Realizadas certas operações numéricas cabalísticas é o número do homem enquanto besta, já que pode ser equivalente a 666 (seiscentos e sessenta e seis).
8 —› 36 —› 666 —› 9.
8 —› 9.
Na realidade: 7 —› 8 —› 9.

NOVE - 9 = 3 x 3. Representa a imagem dos três mundos. Contém todos os outros números; é também o número do iniciado (6 + 3). É o emblema do amor, da beleza, da espiritualidade, do bem, da alegria, da paz, da solidariedade, da bondade e da temperança. Deixa patente inteireza e perfeição final, pois representa as três voltas em torno do Triângulo. Seu símbolo esotérico é a estrela de nove pontas.
9 —› 45 —› 9.

DEZ - REPRESENTA A INEXISTENTE ETERNIDADE. É EQUIVALENTE À IRREDUTÍVEL UNIDADE. O ponto no centro do círculo representa a Divindade, e o círculo simboliza o Universo sem começo ou fim. É o número simbólico do ciclo perfeito e ilimitado.
10 —› 55 —› 1.

ONZE - Segundo Francisco Valdomiro Lorenz, ONZE representa o grande agente mágico, a força oculta e cega, quando não é bem dirigida. Sob um aspecto esotérico-cabalístico, ONZE equivale a DOIS, e, sob outro, equivale a TRÊS. Seu valor secreto é 66. No Tarô simboliza a FORÇA. ABRACADABRA. SOL.
11 —› 66 —› 12 —› 3

DOZE - 12 = 3 x 4 e 12 = 4 x 3. Doze é um dos números mais complexos, sagrados e esotéricos da Tradição. Sobre ele, poder-se-ia escrever uma verdadeira obra de tomo. Entretanto, resumidamente, tem-se: DOZE patenteia a mais completa e perfeita harmonia. DOZE é representado esotericamente pela estrela de doze pontas e refere-se aos discípulos, aos signos zodiacais, aos meses do ano, aos filhos de Jacó, ao Conselho da Sabedoria Divina, ao CONCLAVE DOS SANTOS MESTRES que moram entre os homens, à reunião dos profetas... Por um lado, este número é equivalente a TRÊS, por outro, a SEIS, e, sob outro aspecto, a NOVE. O Zodíaco ainda pretende representar as doze classes de seres humanos. Doze está também associado às letras simples do alfabeto hebraico e seus fundamentos são: visão, audição, olfato, palavra, nutrição, coabitação (coito), ação, locomoção, cólera, riso, pensamento e sono. E, por último, pode-se associar o número doze com as doze diretrizes do ser, quais sejam: as duas mãos, os dois pés, os dois rins, o fígado, a bílis, o baço, o cólon, a bexiga, e as artérias. Não pretendendo mencionar o óbvio, recorda-se que o quadrado de doze é igual a cento e quarenta e quatro (122 = 144). Seu valor secreto é 78, isto é: 12(12+1)÷2.

TREZE - É, segundo Papus, o Número do Amor Eterno, representado, basicamente, por Jesus e os doze Apóstolos. Por adição é igual a quatro (1 + 3), que corresponde às quatro letras da palavra sagrada IEVE. Por outro lado corresponde a DaLeT, quarta letra do alfabeto hebraico. Também é equivalente ao número 10 (dez), e à letra IOD. Pode simbolizar também Jacó e seus filhos. 13 simboliza também a Morte Iniciática (Examinar Chapa XIII do Tarô). Seu valor secreto é 91.
13 —› 4
13 —› 91 —› 10 —› 1
 

Deve-se acrescentar ainda que 22 (vinte e dois) representa o círculo sem princípio nem fim. Simboliza também os vinte e dois Arcanos Cabalísticos, representados pelas vinte e duas letras hebréias contidas no Salmo CXIX. EU SOU O ALEF E O TAV. Em números inteiros, um diâmetro de 7 (sete) tem uma circunferência de 22 (vinte e dois). Ao se dividir 22 por 7 (22/7) encontra-se, como já se mencionou, 3,142857 142857 142857... cujo resíduo, repetindo-se eternamente, representa esotericamente a ação da vida. O repetidor - 142857 - sempre foi considerado um NÚMERO SAGRADO. Outra representação para o número 9 (nove) é 999 999 999..., ou seja, o Número do Ilimitado - do Universo Ilimitado - vale dizer, de uma série de noves de ilimitadas casas decimais. Ao se dividir 9 por 7 (9/7) obtém-se o número da Evolução Infinita: 1,2857 142857 142857 142857... Por outro lado, em um cubo há 9 (nove) pontos e 7 (sete) dimensões. Os pontos são seus oito cantos e o centro. As dimensões são: uma perpendicular, duas horizontais e quatro diagonais. O centro do cubo é o ponto (único ponto) no qual suas sete dimensões se interceptam. Mas o cubo é um Ego - Um - conforme ensinou Hachuep. E, assim, se alcança o 10 (dez). Ao se dividir o Ego do Cubo (9 + 1) por 7, (ou seja, 10 /7), obtém-se: 1,42857 142857 142857... Cubo... Obra... Lapis... Outras relações podem ser estabelecidas, inclusive a partir da permutação de 7 (Sephiroth inferiores), que é igual a 5040 (cinco mil e quarenta). O resultado será sempre o NÚMERO SAGRADO 142857, expressão numérica de LUZ, VIDA e AMOR, que representa explicitamente o NÚMERO DA ETERNA EVOLUÇÃO DO UNIVERSO. 142857 —› 9. Realmente, qualquer número que não seja irracional, múltiplo ou submúltiplo de 7, dará como resultado da divisão por 7 uma dízima periódica simples ou composta, na qual aparecerá sempre o NÚMERO DA ETERNA EVOLUÇÃO DO COSMO ILIMITADO. Mas os resultados das divisões 9/7, 10/7, 22/7, 24/7, 365/7 e outros, têm aplicações esotérico-cabalísticas que, certamente, merecem uma atenção especial e mais acurada.

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Finalmente, deve-se alertar que este incompletíssimo resumo sobre a KaBaLa, e sobre os treze primeiros números e o número 22, apenas reforça uma primordial convicção deste pesquisador, que ao longo de sua atual encarnação apareceu muitas vezes: os números escondem leis e princípios inalteráveis na noite da história do Universo, que sistematicamente aparecem e desaparecem, acordam e dormem, entretanto, tendo ficado sempre guardados e protegidos nos sacrários das Escolas de Mistérios. Talvez essa afirmação - e outras que já foram feitas e outras que estão apresentadas neste site - escandalizem e enfureçam os presumidos donos do conhecimento deste alvoroçado começo de milênio. Não foi esse o intuito desta pesquisa. Não foi outro, senão, aquele exclusivo de oferecer uma adicional possibilidade de reflexão, sob uma ótica geralmente desconhecida e, não raro, desdenhada. Por último, informa-se que outras considerações complementares sobre os números estão apresentadas nos diversos trabalhos divulgados neste site.
Todavia cabe uma advertência: é absurdo teorizar que a KaBaLa tenha proposto um sistema de numerologia; os números aparecem associados a ela como MNEMONIZAÇÕES RECORDATIVAS DE PRINCÍPIOS UNIVERSAIS. Associar a KaBaLa à magia é uma futilidade mesquinha que só produziu tropeços, ilusões e sofrimentos aos que entenderam de enveredar por essa obscura e improfícua especulação. Sendo o ser um com o Ser, ser e Ser são UM. É isto que precisa ser descoberto e realizado pelos entes encarnados neste Plano Terra. Haverá de se repisar à exaustão, que as sensações de multiplicidade do e no ser, são exclusivamente oriundas de sua ainda limitada percepção de si e do Todo, entendendo-se, como equivocadamente (ou consciente e didaticamente?) propôs Platão, como Outro. E daí a admissibilidade ilusória da contingência. E daí as dissociações dialeticamente medonhas que as filosofias, as teologias e as ciências propuseram, impuseram e dispuseram. A KaBaLa, assim, jamais poderá proporcionar efetivamente mecanismos outros, que não sejam aqueles que propiciem (àqueles que por ela se interessam e a examinam) um progressivo e atual conhecimento da UNIDADE CÓSMICA a ser realizada in corde. Exclusivamente. Nessa linha de especulação, a meta iniciática é produzir no ser a realização de que Outro e Mesmo são UM, e de que a sensação de dualidade ou de separação é apenas um estágio - um instante não distintivo do tempo cósmico inexistente, único e perpétuo.

 

UM ESTÁ ACIMA DE TRÊS,
TRÊS ESTÃO ACIMA DE SETE,
SETE ACIMA DE DOZE,
E TODOS ESTÃO LIGADOS

 

Unidade, Trindade, Héptada, Duodécada —› Unidade

 

1 —› 3 —› 7 —› 12 —› 1
Ou seja:
UM ‹—› UM

 

 

Dados sobre o autor:
 

Mestre em Educação, UFRJ, 1980. Doutor em Filosofia, UGF, 1988. Professor Adjunto IV (aposentado) do CEFET-RJ. Consultor em Administração Escolar. Presidente do Comitê Editorial da Revista Tecnologia & Cultura do CEFET-RJ. Professor de Metodologia da Ciência e da Pesquisa Científica e Coordenador Acadêmico do Instituto de Desenvolvimento Humano - IDHGE.

 

Notas e referências bibliográficas:

1. As três letras matrizes representam os três elementos universais – Fogo, Ar e Água – que são o começo, o meio e o fim da criação. (Em cada mânvântâra).
2. Op. cit., p. 24.
3. Cs. O Universo dos Números, Ordem Rosacruz - AMORC, 2ª ed., pp. 91-108 e A KaBaLa: Tradição Secreta do Ocidente, Papus, passim. Éliphas Lèvi explicou: Deus é, portanto, a potência ou coroa suprema (KeTheR) que repousa sobre a sabedoria imutável (ChoKMaH) e a inteligência criadora (BINaH); nele estão a bondade (CheSeD), e a justiça (GeBURaH), que são o ideal da beleza (ThiPhAReTh). Nele estão o movimento sempre vitorioso (NeTzaCh) e o grande repouso eterno (HOD). Seu querer é uma criação contínua (IeSOD) e seu reino (MaLKhUTh) é a imensidade que povoa o Universo. In: Op. cit., p. 45.
4. As Grandes Mensagens, Serge Raynaud de la Ferrière, p. 219.
5. Sepher Yezirah, Isidor Kalisch, p. 30.
6. A Cabala: Tradição Secreta do Ocidente, Papus, p. 40.
7. Op. cit, p. 42.
8. Ibid., p. 44.
9. Ibid., p. 56.
10. Ibid., p. 68. Todavia, os conceitos de Valor Pleno, Valor Oculto e Valor Athbash são de autoria de Friedrich Weinreb, apresentados na p. 72 da obra Kabala el Livro de Jonas. Há, todavia, outros valores numéricos para as letras.

 

Bibliografia:

FERRIÈRE, Serge Raynaud de la. As grandes mensagens/Los grandes mensajes. Tradução de Aida Waler Ferrás. São Paulo: Grande Fraternidade Universal, s.d., 514 p.

______. O livro branco (AUM)/El libro blanco (AUM). Tradução da Comissão de Literatura GFU/Brasil. Porto Alegre: PAX Edições GFU Ltda., 1983, 102 p.

KALISH, Isidor Rev. Dr. (Tradutor). Sepher Yezirah (um livro sobre a criação)/Sepher Yezirah (a book on creation). Tradução de Edmond Jorge e Equipe Renes. Rio de Janeiro: Editora Renes Ltda, 1980, 71 p.

ORDEM ROSACRUZ - AMORC. Introdução à simbologia/Symbols: their nature and function. Trad. 1ª ed. Curitiba: Grande Loja do Brasil, 1982, 298 p.

______. O universo dos números/Number systems and correspondences. Trad. 2ª ed. Curitiba: Grande Loja do Brasil, 1983, 240 p.

PAPUS. A KaBaLa: tradição secreta do ocidente/La Cabbale: tradition secrète de l’occident. Tradução de Jane Marli Pereira Bilycz. São Paulo: Sociedade das Ciências Antigas, 1983, 270 p.

WEINREB, Friedrich. Kabbala (La Biblia: divino proyecto del mundo)/De bijbel als shepping. Tradução de Joana Danis. Buenos Aires: Editorial Sigal, 1991, 495 p.

______. Kabala: El livro de Jonas/Het bijbelboeka Jonah.Tradução de Yos Meijer. Buenos Aires: Editorial Sigal, 1993, 487 p.

______. Kabala: el libro de los profetas/Het bijbelboek Jonah (2ª parte). Tradução de Yos Meijer. Argentina: Editorial Sigal, 1993, 126 p.

 

Websites consultados:

http://www.abmfloristas.com
/principal/centros01.htm

http://www.fundasaw.org.br/capa.asp

http://www.triplov.com/
coloquio_4/gnostico/fernandes_03.htm

http://www.jornalexpress.com.br

http://iris.cnice.mecd.es/biosfera/
profesor/recursos_animaciones3.htm

 

*  *  *  *  *  *  *

 

ANEXO I

Os Sephiroth - Anthanasius Kircher
Oedipus Aegyptiacus II,1 S. 289

A Opus Magnum só será interpretada corretamente, em um sentido universal, quando 2800 partes forem descritas em um grão de trigo e Elias Artista se revelar.
 



ANEXO II

ALFABETO HEBRAICO (ALBaM)
Fonte:
http://www.giselamarques.com.br/letrashebraicas.html
(Acesso: 4/1/2004)

 

ALeF
LaMeD
BET
MeM
GiMeL
NUN
DaLeT
SaMeK
HE
AIN
VAV
PhE
ZaIN
TzaDE
HeT
KOF
TeT
RESh
IOD
ShIN
KaF
TaV



ANEXO III

OS SETENTA E DOIS NOMES DE D’US
Fonte:
http://www.caminhosdeluz.org/A-197.htm
(Acesso em 4/1/2004)

 

 

 

A KaBaLa  decifrou o significado esotérico-espiritual das três frases cabalísticas que aparecem no Livro do Êxodo (Capítulo XIV, versículos 19, 20, 21). Cada uma das frases, escritas em hebraico, contém 72 LETRAS que revelam a combinação dos 72 NOMES SAGRADOS com os quais a Divindade se manifesta. Esses NOMES são ENERGIAS que regem e equilibram as LEIS DA NATUREZA MANIFESTADA, e são semelhantes a canais que transmitem a combinação harmônica de LUZ, de ENERGIA (VIDA) e de AMOR.

Esta fórmula é denominada de OS 72 NOMES DE D’US. Eles não são própria e simplesmente nomes. Os 72 NOMES são as seqüências de 3 LETRAS compostas de LETRAS HEBRAICAS que têm o poder extraordinário de equilibrar as leis da natureza humana. Estas 72 seqüências estão, na verdade, codificadas na história da Bíblia, e são como que condutores que transmitem vários tipos de energia desde os PLANOS SUPERIORES até o MUNDO DA CONCRETIZAÇÃO. (Adaptado do site mencionado).

 

UM ESTÁ ACIMA DE TRÊS,
TRÊS ESTÃO ACIMA DE SETE,
SETE ACIMA DE DOZE,
E TODOS ESTÃO LIGADOS

 

 

 

 


PAZ PROFUNDA
PAZ PROFUNDA

 

Menorah