Objetivo
do Ensaio
Neste
ensaio, discutirei muito sucintamente a tríplice questão que
mais atormenta a mente humana: a vida (vi),
a doença (do)
e a morte (mo).
Como o texto é para todos e não para um grupo de pessoas em
particular, terei que usar vocábulos que não são muito
adequados, e também conceitos que nem sempre serão concertadamente
efetivos ou apropriados. Fazer o quê? Isto não quer dizer que
o ensaio ficará incompleto ou que não será fidedigno
ao que eu penso sobre este tema; apenas não o aprofundarei mais do
que o necessário para explicar o triângulo vidomo
e nem entrarei em matérias que poderiam mais complicar do que elucidar.
O que realmente desejo é que ele possa levar a quem que o ler um
pouco de serenidade e de alegria, porque só a serena compreensão
mística e a alegre confiança interior libertam e fazem ascensionar.
E sem serenidade e alegria nada poderá funcionar a contento; e se
funcionar, funcionará mal, claudicante.
A
Vida e a Morte
A
vida nada mais é do que um aspecto, uma expressão, da Vida
– a Vida Eterna. Não há um único ponto do Universo
global que não esteja impregnado de Vida, mas a vida, como a conhecemos
e entendemos, só se manifesta quando conspiram, por assim dizer,
todas as condições necessárias para que ela apareça,
isto é, ar, água, substâncias nutrientes, pressão
adequada, temperatura conveniente etc. Mas será que sempre serão
necessários ar, água, substâncias nutrientes, pressão
adequada, temperatura conveniente etc. para que a vida exista como vida
da Vida e se manifeste?
Para
Euclides de Alexandria (360 a.C. – 295 a.C.), o espaço possuía
3 dimensões: para cima (ou para baixo), para a esquerda (ou para
a direita) e para a frente (ou para trás). Já o espaço-tempo
na Teoria da Relatividade Especial de Albert Einstein (1879 – 1955)
tem uma variedade de 4 dimensões: uma temporal e três espaciais.
Presentemente,
os cientistas que estudam a Teoria das Cordas (ou Teoria das Supercordas),
uma espécie de Teoria de Tudo1,
admitem que haja onze dimensões: 3 espaciais (altura, largura e comprimento),
1 temporal (tempo) e 7 dimensões recurvadas (sendo a estas atribuídas
outras propriedades como massa e carga elétrica, por exemplo), o
que explicaria as características das forças fundamentais
da Natureza. Bem, por que apenas onze dimensões? Se, especulativamente,
é apenas por enquanto, tudo bem; mas se algum desses cientistas vier
a afirmar que só há onze dimensões no espaço
e ponto final, tudo mal. Isto é mais ou menos como a história
dos elementos químicos, que quando eu estava na faculdade eram 103,
e hoje já são 116, ainda que cerca de 20% deles, os mais recentemente
descobertos, não existam livres em a Natureza (nesta Terceira Dimensão),
pois foram preparados sinteticamente em laboratório em condições
controladas e especiais. Agora, não é impossível que
no Universo existam mais elementos químicos. Em outras condições
vibratórias, os que aqui não podem se manifestar livremente,
talvez em estados diferenciados não agasalhados pela Terra, mas compatíveis
com suas existências, esses elementos possam ter existência
natural. O número 144 é muito interessante!
Dito
isto, é preciso que se entenda que a desde sempre inviolável
harmonia universal – ou seja, suas leis – vale para uma dimensão
específica. O que regula e harmoniza os corpos celestes de uma dada
dimensão não é necessariamente igual (e, talvez, nem
mesmo seja equivalente) ao que regula e harmoniza os corpos celestes de
outra dimensão. Pense comigo: hoje vivemos e nos manifestamos em
uma faixa vibratória do Teclado Universal que corresponde à
Terceira Dimensão. Admita que, um dia, por mérito, possamos
ascender à Quarta Dimensão. Se as coisas se passassem aí
nesta Quarta Dimensão exatamente como na Terceira, se as Leis fossem
exatamente as mesmas, qual seria o sentido desta promoção?
É certo que os seres da Quarta Dimensão e de outras dimensões
superiores (que não se limitam apenas a onze) são regidos
por leis que não se aplicam a nós, da mesma forma que se libertaram
das sujeições impostas pelas leis da Terceira Dimensão,
que só os afetam quando, volitivamente e por amor a nós, aqui
se projetam. Tudo isto só reafirma e sublinha o princípio
de que não há um único ponto do Universo global que
não esteja impregnado de Vida, ainda que, como parece ser, as vidas
da Vida se manifestem em conformidade com a Dimensão Cósmica
à qual estão vinculadas. Você planta uma semente do
Phaseolus vulgaris, rega e lhe oferece luz solar. O quê se
pode esperar que germine daí? Uma Citrullus lanatus? Uma
Cucurbita maxima? Um Hippopotamus amphibius? Bolas, claro
que não; Phaseolus vulgaris só pode dar feijão!
Então,
o que se pode compreender e depreender, preliminarmente, desta coisa toda?
Simplesmente que a vida, una com a Vida, foi, é e será sempre
vida da Vida. A morte nada mais é do que a continuação
da vida na Vida. Nada acaba definitivamente. Também não ficaremos
encarnando e desencarnando nesta Terra lindíssima para sempre. Mas,
para nos alforriarmos desta obrigação educativa temos que
aqui nascer e morrer tantas vezes quantas sejam (ou forem) necessárias.
E assim, quem nasce em um Plano, por assim dizer, morre no Plano em que
estava; e quem morre em um Plano evidentemente que só pode nascer
em um Plano em que não estava. Bolas! Se o Universo é unicidade,
isto é assim, mas não é tanto assim; mas serve como
idéia para reflexão! O que importa é a vida da Vida
é. E, para este ensaio, escolherei a alegria como a categoria que
sintetiza o que entendo por vida da Vida.
A
Doença
Como
regra, em toda doença (que jamais é uma causa, mas uma conseqüência)
há um quê espiritual triste e meio difícil de ser definido,
mas fácil de ser compreendido, pois, como afirma Barbara Ann Brennan,
toda doença
é uma mensagem direta dirigida a você, dizendo-lhe que não
tem amado quem você é e nem se tratado com carinho, a fim de
ser quem você é. Seja como for, penso que existam
três tipos básicos de doenças, quais sejam: doenças
físicas, doenças espirituais e doenças físico-espirituais.
Doenças
Físicas
São
aquelas que, basicamente, afetam o corpo físico. O indivíduo
come uma feijoada, uma paella ou um sarapatel, passa mal e tem
uma baita caganeira. Alguém escorrega, cai e quebra um braço.
Um trabalhador é exposto a ruídos de intensidade excessiva,
durante longos períodos e por muito anos; acaba, claro, por perder
irreversivelmente os elementos sensoriais da audição. Pessoas
que, pelo seu trabalho ou por lazer, se expõem muito ao Sol são
mais suscetíveis ao câncer da pele. Gentes que começam
a beber socialmente e acabam alcoólatras. Homens e mulheres
que, por lazer, experimentam narcóticos, entorpecentes ou estupefacientes,
e acabam deles dependentes. E por aí vai...
Doenças
Espirituais
São
aquelas oriundas de nossas vibrações pessoais ou originárias
e derivadas das vibrações de pessoas com quem eventualmente
entramos em contato.
Doenças
Espirituais
Oriundas de Nossas Vibrações Pessoais
Aparecem,
geralmente, decorrentes de pensamentos desarmônicos (inveja, rancor,
preconceito, ódio, ciúme, medo, idéias de vingança
etc.), de palavras injuriadoras e de atos irresponsáveis e detrimentosos
que praticamos. Todos (pensamentos, palavras e atos) poderão, no
futuro, próximo ou remoto, gerar doenças físico-espirituais.
Uma
segunda possibilidade são as doenças que se manifestam educativamente
em uma (re)encarnação como decorrência de comportamentos
equivocados em (re)encarnações anteriores. Podem ser de dois
tipos: 1º) malformações congênitas, como hemangiomas,
privação do sentido da visão, ausência do sentido
da audição, cardiopatias congênitas, síndrome
de Down, lábio leporino, fibrose cística etc.; e 2º)
alterações biológicas adventícias. Enquanto
essa maçaroca vibratória negativa não é transmutada
– básica e fundamentalmente, primeiro, pelo amor, depois, pela
compreensão – estamos sujeitos à toda sorte de achaques,
de mal-estares e de doenças mais ou menos graves, que poderão
ou não redundar em incapacitação física ou mental
e até em morte dolorosa. Agora, verdadeiramente dantesca é
a acumulação – isto é, a bagulhada reencarnacionista
(antiga) mais a bagulhada encarnacionista (atual) – na qual as retribuições
de antanho se somam às compensações derivadas da energia
negativa produzida na (re)encarnação atual. Isto é
mesmo digno do Inferno, de Dante Alighieri (1265 – 1321)!
Uma exceção, mas nem tanto, é relativa àqueles
que estão encarnando na Terra pela primeira vez, vindo de planetas
da Terceira Dimensão mais atrasados do que a Terra. Um caso à
parte são os homens-sem-alma.