O SAGRADO ALCORÃO
(Parte XVIII)

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

 

Objetivo Deste Estudo

 

 

 

Al-Fatihah

Al-Fatihah

 

 

 

 

Tempos tumultuados! Tempos de conflitos! Tempos de desconcórdias! Tempos de ofensividades! Tempos de separatividades! Tempos de desirmandades! Tempos de fanatismos! Tempos de terrorismos! Tempos de assassinatos! Tempos de medo! Tempos de mudanças! Por isto, esforçada, diligente e acuradamente, decidi reler, reestudar e comentar (utilizando muitos conhecimentos que aprendi nas obras publicadas por Alice Ann Bailey, e recebidos telepaticamente do Mestre Ascensionado Tibetano Djwhal Khul – um Iniciado da Sabedoria Eterna) o Sagrado Alcorão (o Livro Sagrado do Islamismo) – que vem sendo o centro da cultura islâmica, dos movimentos filosóficos e de todas as atividades intelectuais muçulmanas ao longo de catorze séculos (na 38ª Surata, Versículo 29, está escrito: Eis o Livro que te revelamos, para que os sensatos recordem seus versículos e neles meditem) – pela 3ª vez, e discutir iniciaticamente alguns versículos que possam gerar dúvidas de compreensão, má interpretação, contradições, interpolações, fabulações irreais ou erros conceituais inadvertidos por parte de muçulmanos e de não-muçulmanos. Não devemos esquecer que todas as Religiões da 2ª Via (Judaísmo, Budismo, Catolicismo e Islamismo) são e estão subdivididas em duas partes: uma aberta, comum, para o público em geral; a outra, Oculta, Iniciática, Libertadora, pouco conhecida e, muitas vezes, negada. E, no que concerne ao Islã (palavra que significa submissão incondicional à vontade de Allah), ele é uma religião de misericórdia para todas as pessoas, muçulmanas e não-muçulmanas. Quanto a isto, diz-se que o Profeta teria afirmado: Cuidado! Quem quer que seja cruel e duro com uma minoria não-muçulmana, restrinja seus direitos, a sobrecarregue com mais do que possa suportar ou tome dela qualquer coisa contra sua vontade, eu [Profeta Muhammad] apresentarei queixa contra essa pessoa no Dia do Juízo. Em uma época em que os muçulmanos estavam sendo torturados até a morte, na então pagã Meca, os judeus sendo perseguidos na Europa cristã e vários povos sendo subjugados devido à sua raça ou casta particular, o Islã conclamou ao tratamento justo de todos os povos e de todas as religiões, devido aos seus princípios misericordiosos que deram à Humanidade o direito à sua Humanidade. Portanto, confundir as diversas formas de terrorismo fanático e fanatizador que vem assolando e agoniando o mundo com o Islã, mais do que uma injustiça, é um erro de avaliação que precisa ser consertado. O Islã e a imensa maioria dos muçulmanos são pessoas de bem e não merecem a pecha de violentas, cruentas e sangrentas. Muito ao contrário. Este estudo, além do seu objetivo principal, tem o objetivo subsidiário de tentar repor a dignidade do povo islâmico, irmão mais velho do Ocidente, no seu devido lugar. Particularmente, com humildade, peço ao Senhor Donald John Trump, candidato republicano à eleição presidencial americana de 2016, que reveja sua posição quanto ao povo islâmico, que não representa um perigo para os Estados Unidos da América e, majoritariamente, não acredita nem apóia a jihad terrorista intolerante-fanático-sangrenta, mas, pratica a Jihad Espiritual, no sentido de empenho-esforço-luta, mediante a vontade pessoal, de buscar e conquistar a fé perfeita e de alcançar a libertação interior. Este seu preconceito contra o Islã, Senhor Trump, é inteiramente contrário aos valores fraternos, libertadores e democráticos dos Estados Unidos, à irmandade-unicidade homossapiensiana, à boa vontade mundial e aos próprios interesses e princípios norteadores de uma estabilidade harmoniosa e da segurança nacional americana. Atitudes e ações restringentes, separatistas e isolacionistas só fomentam o ressuscitamento de comportamentos intolerantes, fascistas e xenofóbicos, e isto é o que a Humanidade menos precisa nesta quadra tão complicada que está vivendo. Enfim, Senhor Donald Trump, recorde o início da letra da música The House I Live In, de autoria de Earl Hawley Robinson (1910 – 1991), e gravada, em 1945, por Frank Sinatra:

 

What is America to me?
A name, a map or a flag I see.
A certain word – Democracy!

 

Para realizar este estudo, utilizei a tradução alcorânica de Samir El Hayek, que pode ser consultada na fonte digital do Centro Cultural Beneficente Árabe Islâmico de Foz do Iguaçu, cujo endereço eletrônico é:

http://www.culturabrasil.org/zip/alcorao.pdf

 

 

 

 

Estudando o Sagrado Alcorão

 

 

 

Surata Tá, Há, Versículo 15: ... a fim de que toda a alma seja recompensada segundo o seu merecimento.

Comentário: Os Iniciados sabem, e isto já foi comentado anteriormente, que não há, propriamente, recompensas por boas ações. Dadivosidade não acarreta aplausos, amorosidade não acarreta louvores, magnanimidade não acarreta elogios. A verdade é que a Humanidade tende para o Bem.

 

Surata Tá, Há, Versículo 69: ... e jamais triunfará o mago, onde quer que se apresente.

Comentário: Os Iniciados sabem que a Magia Negra nasceu na Atlântida (4ª Raça-raiz), está em plena vigência nesta 5ª Raça-raiz, mas, não prevalecerá na 6ª Raça-raiz. Lentamente, a Humanidade está se libertando das suas miragens e ilusões do passado. Afinal, a Lei do Renascimento serve também para isto.

 

 

 

 

Surata Tá, Há, Versículo 121: ... E ambos (o casal) comeram (os frutos) da árvore...

Comentário: Os Iniciados sabem que o Conhecimento nos debilitou um pouquinho, mas, pelo Conhecimento, com certeza, nos reabilitaremos. O Conhecimento não é pernicioso-em-si, posto que é neutro; ruinosas, sim, são algumas obras que o Homo stupìdus produziu e continua a produzir com o Conhecimento adquirido. Logo, pôr a culpa na serpente (que ninguém sabe bem qual era lá no éden) ou no pseudofruto pomáceo da Malus domestica (que ninguém também sabe qual era, porque há mais de 7.500 espécies e variedades do dito-cujo pseudocarpo) é uma injustiça muito injusta. Agora, se fosse um minhocuçu ou uma jaca-de-pobre ou uma pêra-d'água... Eu, por exemplo, como uma ou duas maçãs todos os dias, e acho que não sou um cara tão hostil assim. Agora, sinceramente, de cobra eu tenho um verdadeiro pavor. E quanto maior for a cobra, pior, e mais eu me cago de medo. Já pensou estar doido para ir ao banheiro fazer um cocô e dar de cara com uma píton-reticulada na casinha? Pois é, mas, isto já aconteceu na Flórida, porque há mais desses monstros gigantescos no Everglades National Park do que no seu habitat natural, que é a região indo-malaia. Esta cobra chega a medir até 8,5 m de comprimento, embora raramente ultrapassem esse tamanho, mas, em não sei onde, foi encontrado e capturado um espécime do sexo masculino que, na época, media 14,47 metros, e que, atualmente, está em um Zoológico na Tailândia. Imagine, de repente, aparecer na sua frente, toda sorrisonha, bem na Praia de Copacana, uma píton-reticulada desse tamanho? Uma píton de 14,47 metros (vamos efetuar o arredondamento para 15 metros, porque ela deve ter comido e crescido) come um mamute de uma bocada só! Para ela, eu sou apenas um petit couvert! Bem, depois que assisti a esse documentário da píton na casinha, lá na Flórida, antes de me sentar no vaso sanitário para fazer o meu cocô matutinal diário, examino a situação por uns 15 a 20 minutos. Prefiro gastar esse tempinho do que ser comido vivo! Quando estou cismado, chego a ficar examinando a latrina por umas duas a três horas!!! E quando estou muito cismado, guardo o cocô para o dia seguinte. Dane-se! Agora, peço a você, por favor, que não conte essa história para ninguém, porque eu não quero que as pessoas pensem que eu fiquei lelé da cuca. Enfim, eu acho que essas cobras todas vieram mesmo da Lua. Conheci um cosmonauta português, natural da Ilha da Madeira, que me contou que viu uma porção delas no satélite natural da nossa Terra. E eu acreditei! Por que eu não acreditaria? Estou pensando até em fazer uma campanha internacional para mandar todas as cobras de volta para a Lua. O que você acha? Conto com o seu apoio, porque eu sei, por exemplo, que o Brady Barr, o Austin Stevens, o Jeff Corwin e o Paul Rosolie não me apoiarão. Agora, veja a experiência naluca que o naturalista maluco Paul Rosolie fez:

https://www.youtube.com/watch?v=OZJnhGSdjtA

 

 

 

Surata Al Ambiyá, Versículo 18: Arremessamos a verdade sobre a falsidade, o que a anula.

Comentário: Os Iniciados sabem que, como regra, não há verdades definitivas, prontas, acabadas e irretocáveis. Então, se uma nova verdade anula (ou torna mais harmonizada) a verdade que a precedia, com o tempo, surgirá uma verdade mais concertada que, em um certo sentido, invalidará ou ajustará esta também. E assim, de verdade relativa em verdade relativa o homem vai, assintoticamente, se aproximando da Verdade. Nada exemplifica melhor isto do que as progressivas Iniciações que são possíveis e passíveis de ser recebidas por todos nós. A cada nova Iniciação, uma nova peça é encaixada no quebra-cabeça. Enfim, o que é ou o que pode ser conhecido em uma Iniciação (n - 1) é, por assim dizer, uma espécie de base, fundamento, sustentáculo ou fundação em que os ensinamentos de uma Iniciação (n) poderão, oportunamente, ser assentados, ensinamentos estes que, da mesma forma, serão os alicerces que tornarão viáveis as ensinanças mais avançadas de uma futura Iniciação (n + 1). Fala-se muito em Mestres Ascensionados, mas, sabe-se pouco do Processo Iniciático ao qual deverá se submeter para chegar a esta posição elevada. Um Mestre é aquele que recebeu a Sétima Iniciação Planetária, a Quinta Iniciação Solar e a Primeira Iniciação de Sírius ou Iniciação Cósmica. (In: Iniciação Humana e Solar, Alice Ann Bailey, amanuense do Mestre Ascensionado Djwhal Khul). Enfim, quanto a este tema acerca da verdade, Omar Khayyam nos legou: Convicção, dúvida, erro e verdade são meras palavras. Como bolhas de ar, são brilhantes, baças ou vazias, como a existência dos homens. (In: Rubaiyat, tradução de Alfredo Braga, ligeiramente editada por mim.) Concluindo este comentário: em termos religiosos, define-se fanatismo como zelo obsessivo que pode levar a extremos de intolerância. Mas, o que acarretam os extremos de intolerância? Simplesmente, não admitir, ou seja, intolerar, que uma presumida verdade possa ser modificada ou interpretada de forma diferente por outra pessoa ou por um outro grupo de pessoas. Daí, por exemplo, a inquisição de antanho e o terrorismo fanático religioso de hoje.

 

 

 

 

Surata Al Ambiyá, Versículo 35: Toda a alma provará o gosto da morte...

Comentário: Os Iniciados sabem – e todos nós sabemos – que a morte é uma inevitabilidade. O que, geralmente, não se sabe é que esta inevitabilidade é necessária, e é necessária porque só com a destruição da forma a personalidade-alma poderá se preparar, digamos assim, e para dizer o mínimo, para uma nova existência, que, em princípio, em termos de tudo, oportunamente, deverá ser mais avançada e mais ajustada. Morrer na Terra é tão-só passar a se manifestar em um Plano mais Elevado (transição de um estado vibratório ou freqüencial a outro). À medida que isto for sendo conscientizado pela Humanidade, o medo da morte irá minguando, minguando, minguando... Até minguar de vez!

 

Surata Al Ambiyá, Versículo 79: E dotamos ambos de prudência e sabedoria.

Comentário: Os Iniciados sabem que a prudência se constrói, mas, a sabedoria se adquire. Sabedoria = ShOPhIa = 396. Enfim, ensinou Confúcio (tradicionalmente 27 de agosto de 551 a.C. – 479 a.C.), pensador e filósofo chinês do Período das Primaveras e Outonos: Há três métodos para adquirir Sabedoria: primeiro, pela reflexão, que é o mais nobre; segundo, pela imitação, que é o mais fácil; e terceiro, pela experiência, que é o mais amargo. E também: Podes explicar coisas superiores a pessoas médias; não podes explicar coisas superiores a pessoas inferiores. E, por último: Se nós não entendemos a vida, como poderemos entender a morte?

 

Surata Al Ambiyá, Versículo 80: E lhe ensinamos a arte de fazer couraças...

Comentário: Os Iniciados sabem que, na vida, ou vencemos os obstáculos, as dificuldades materializadas, os impedimentos, os empecilhos, os estorvos, os embaraços, as resistências, o medo paralisante e o sono retardador ou corremos o risco tornar inútil a experiência encarnativa, o que é simplesmente lamentável.

 

 

 

Surata Al Ambiyá, Versículo 103: Eis aqui o Dia que vos fora prometido!

Comentário: Os Iniciados sabem que o Dia prometido somos nós que projetamos e somos nós que construímos, com os nossos pensamentos cordiais, com as nossas palavras cordiais e com as nossas ações cordiais. Lembre-se que a palavra cordial (derivada do latim medieval cordialis) se refere ao Coração, e, portanto, está vinculada ao Chakra Anahata, e isto quer dizer: Amor Incondicional, Compaixão, Equilíbrio, Harmonia, Paz, Inofensividade e Não-separatividade.

 

 

Chakra Anahata

Chakra Anahata

 

Surata Al Hajj, Versículo 4: Foi decretado sobre (o maligno): quem se tornar íntimo dele, será desviado e conduzido ao suplício do fogo abrasador.

Comentário: Os Iniciados sabem, e isto já foi comentado à saciedade, que somos nós quem criamos o nosso inferno plexo-solarizado e todos os nossos demônios manipurados. Ora bem, se isto é assim, não há um inferno nem demônios lá, acolá, em não sei onde ou no raio que o parta; simplesmente, porque nós os criamos – por meio de todas as misérias humanas que engendramos – eles estão muito bem instalados em nosso interior. Então, é tolice ter medo de um inexistente inferno fora de nós ou de nele ir morar eternamente depois da morte, porque, com mais ou menos calor e fedor, já estamos enfiados nele. Devemos, sim, tomar vergonha na cara, e parar já de fabricar as coisas monstruosas que fabricamos, com o nosso saco de maldades, de ignorâncias e de preconceitos, há milênios incorporados ao nosso DNA Cósmico (que vem conosco, quando encarnamos, e que vai conosco, quando desencarnamos). Em muitos de nós, as purinas e as pirimidinas são mesmo demoninas e diabinas! Neste trabalho, não voltarei mais a tratar deste tema diabólico. Eu mesmo já enchi deste assunto enxofrento, mas, desejo – f r a t e r n a l m e n t e – que cada um transmute seu inferno pessoal no Paraíso Interior tão anunciado e recitado neste Sagrado Alcorão. Quando, nesta Surata, Versículo 7, está dito que a Hora chegará, indubitavelmente, e Allah ressuscitará aqueles que estiverem nos sepulcros, esotericamente, isto deve ser entendido que somos nós que devemos nos esforçar (muito + muito + muito) para sairmos da nossa caverna, nos levantarmos do nosso sepulcro e, dignamente, passar a caminhar na Senda Reta, que nada mais é do que a Senda Iniciática. Para os muçulmanos, esta Senda é o Sufismo (a corrente místico-esotérica, contemplativa e interior do Islã, em última instância, a Senda Cardíaca). No fundo, o que estou querendo dizer é que todos nós, muçulmanos ou não, devemos lutar o bom Combate com as nossas armas pessoais interiores, abolir o medo injustificado e transmutar nosso inferno pessoal em Paraíso Interior – a nossa Sagrada Mesquita, in Corde. Que assim seja! Está feito! Está Selado! Hoje! Agora! Já! Sempre! Para sempre! Eternamente! ... .'. ... .'. ... .'. Non nobis Domine, non nobis; sed Nomini Tuo () da gloriam!

 

Surata Al Hajj, Versículo 32: ... quem possuir Piedade no Coração.

Comentário: Os Iniciados sabem que Piedade no Coração    Inofensividade    Não-separatividade    Unicidade.

 

Surata Al Hajj, Versículo 35: ... os perseverantes, que suportam o que lhes sucede...

Comentário: Os Iniciados sabem que praguejar, amaldiçoar, queixar-se, lamentar-se ou vociferar só agravam a situação aflitiva. Quando reflito sobre a Prestigiosa Via Iniciática, às vezes, penso que a paciência é fundamental, às vezes, penso que prioritária é a humildade. Seja como for, sem paciência e sem humildade —› nada feito! Seria bom que todos considerassem isto muito acuradamente.

 

Surata Al Hajj, Versículo 46: Talvez possam, assim, ouvir e raciocinar!

Comentário: Os Iniciados sabem que ouvir e raciocinar passam implacável, mas, educativamente, por quatro estágios ascensionais sucessivos, progressivos e cumulativos (nada é perdido na caminhada; tudo é útil e benfazejo): Dor  —›  Amor  —›  Compreensão  —› Libertação. A cegueira, como está escrito neste Versículo, não é a dos olhos, mas a dos [nossos] Corações; são aqueles, como está escrito no Versículo 53, desta Surata, que abrigam a enfermidade em seus Corações... aqueles cujos Corações estão endurecidos. Então, como poderá haver Compreensão e Libertação, se permanecermos obstinada, inflexível, irredutível e espiritualmente enfermos – cegos e surdos para a Voz de Allah em nossos Corações? Ó terroristas do mundo! Ó cruéis do mundo! Ó isolacionistas do mundo! Conclamo a vocês todos a Ver e a Ouvir! Que o perdão das ofensas seja a tônica desta época!

 

 

Coração

 

 

Surata Al Hajj, Versículo 54: Quanto àqueles que receberam a Ciência...

Comentário: Os Iniciados sabem que a Magna Ciência é o Magnum Opus – que tornará oportuna a todos nós a consecução espiritual do Lapis Philosophorum. Usei a noção–idéia de consecução espiritual para evitar que alguém encasquete de sair soprando por aí para obter o Lapis. Quem cismar de soprar morrerá a pé e soprando! Por outro lado, diz o ditado que quem tem padrinho, não morre pagão. Bem, nesta matéria, só há um Padrinho: nosso Deus Interior!

 

 

 

 

Surata Al Hajj, Versículos 58, 59 e 60: 58 –› Aqueles que migraram pela causa de Allah e foram mortos ou morreram serão infinitamente agraciados por Ele, porque Allah é o melhor dos agraciadores. 59 –› Em verdade, (Allah) introduzi-los-á em um lugar que comprazerá a eles, porque Allah é Tolerante, Sapientíssimo. 60 –› Assim será! Aquele que se desforrar um pouco de quem o injuriou e o ultrajou, sem dúvida, Allah o socorrerá, porque é Absolvedor, Indulgentíssimo.

Comentário: Os Iniciados sabem que interpretar estes Versículos fanática, intolerante e belicosamente, transformando-os em catalisadores perversos de ações sangrentas e repugnantes, é quase uma imperdoabilidade imperdoável. Digo uma quase imperdoabilidade imperdoável porque nem mesmo um terrorista – que interpreta o Sagrado Alcorão de forma a justificar seus atos desprezíveis, abjetos, vis e vergonhosos – está definitivamente condenado a nada. Em princípio, não há nada definitivo e imudável. Mas, esta quase imperdoabilidade imperdoável, por outro lado, significa, em termos cósmicos (Lei da Causa e do Efeito), que duríssimas e pesadíssimas compensações educativas haverão de, necessariamente, ser feitas e, inescapavelmente, precisarão ser feitas, para, digamos assim, zerar o karma derivado dos assassinatos praticados e das dores injustificáveis levadas a efeito. Ora, não se mata um mosquito caraolho e perneta, o que dirá um ser-humano-Deus-in-potentia! Para a imensa maioria das pessoas, o mais difícil nisto tudo é admitir que mesmo um terrorista seja um Deus-in-potentia, e, por isto, é nosso irmão, e, conseqüentemente, não devemos julgá-lo nem, muito menos, odiá-lo, porque quem julga e odeia alguém está julgando e odiando, primeiro, a si mesmo! Isto que acabei de dizer é muito mais complexo (esotérico) do que costumamos imaginar e sonhar em nossos devaneios fideístas ou metafísicos. Então, fazer o quê? Tentar compreender transracionalmente a coisa, porque, no caso, além de a razão ser insuficiente para acalmar ou atenuar a nossa revolta, apenas perdoar, para não dizer que é inútil, direi que é muito pouco. Lembre-se do que eu já disse tantas vezes: não há bala perdida; toda bala tem endereço certo e destinatário aguardador. Mas, ai do atirador! Bem, com isto, não estou dizendo que a justiça humana deva, de alguma forma, ser abolida. Não! Não deve e não pode ser abolida. Mas, precisamos compreender que a justiça humana é apenas o primeiro passo ou o primeiro degrau de uma Justiça (Universal) que estamos muito longe de compreender como funciona exatamente. O fato é que o karma de um assassinato praticado não se esgota, por exemplo, com life in prison without parole.

 

 

 

 

 

Continua...

 

 

 

Música de fundo:

Surat Al-Qadr
Interpretação: Al-Hussayni Al-'Azazy (with Children)

Fonte:

http://quranicaudio.com/quran/55

 

Páginas da Internet consultadas:

http://www.newsread.in/prison-6513.html

http://paxprofundis.org/livros/michael/maier.htm

http://www.canstockphoto.com/vector-clipart/eye-closed.html

http://duas.org/maarij.htm

https://pt.wikipedia.org/wiki/Sufismo

https://pt.wikipedia.org/wiki/Chacra

https://www.google.com.br/?gfe_rd=cr&ei=
qh-tV62lAdPK8gfnmpKABQ&gws_rd=ssl

https://pt.wikiquote.org/wiki/Conf%C3%BAcio

https://pt.wikipedia.org/wiki/Conf%C3%BAcio

http://www.citador.pt/frases/citacoes/t/sabedoria

http://www.alfredo-braga.pro.br/poesia/rubaiyat.html

https://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%ADton-reticulada

http://all-free-download.com/free-vector/download/
elements-of13-snake-year-design-vector_523557.html

http://pt.vector.me/search/bomb-animated-gif/2

http://www.istockphoto.com/il/illustrations/apple-tree

http://www.samulet.com/categories.php?category
=Black-Magic-Khmer-Laos-Spirit-Amulets

http://www.culturabrasil.org/zip/alcorao.pdf

 

Direitos autorais:

As animações, as fotografias digitais e as mídias digitais que reproduzo (por empréstimo) neste texto têm exclusivamente a finalidade educativa de ilustrar e de embelezar o trabalho. Neste sentido, os direitos de copyright são exclusivos de seus autores. Entretanto, como nem sempre sei a quem me dirigir para pedir autorização para utilizá-las, se você encontrar algo aqui postado que lhe pertença e desejar que seja removido, por favor, entre em contato e me avise, que retirarei do ar imediatamente.