Este
estudo se compõe da 1ª parte de uma coletânea de fragmentos
garimpados na obra O
Rei do Mundo, de autoria do autor universalista, metafísico,
esoterista e crítico social francês René Guénon
(Blois, 15 de novembro de 1886 – Cairo, 7 de janeiro de 1951), traduzida
e comentada por Henrique José de Souza. Segundo Walter Shewring,
René Guénon
sustentava a primazia da pura Metafísica sobre todas as outras formas
de conhecimento. Para René
Guénon, as
diversas tradições religiosas mundiais têm um fundamento
metafísico-espiritual convergente. Este
estudo também contempla alguns fragmentos retirados dos comentários
do tradutor e comentador da obra.
Fragmentos
da Obra
A
Humanidade não está sozinha no mundo.
O
Conhecimento [Sabedoria –
ShOPhIa]
não pode ser [diretamente]
comunicado. O discípulo é que deverá apre[e]nder
vivenciando, experienciando, praticando, realizando. Quem deverá
construir a ponte é o próprio peregrino, rumo ao seu destino,
pelo autoconhecimento à própria Divinização.
Da
compreensão a não-compreensão existe um fenômeno
intermediário: a má interpretação.
Entre
Buddha ou Cristo e o mundo existe uma fenda, um abismo tão grande
que Buddha ou Cristo não
serão [como não
foram] compreendidos integralmente.1
Jesus
foi Iniciado pelo grupo dos Essênios; João Batista era um deles.
Pelos
ditames da Lei e pela [ir]responsabilidade
da própria Humanidade – na sua inconsciência –
Jesus foi crucificado.
Tudo o que Jesus dizia era mal interpretado.
Há
um Grupo dos Nove (desconhecido, oculto) – que são 'tulkus'2
dos Primordiais, que, presentes no mundo, intermedeiam a linguagem
entre o Avatar (o Divino) e a massa (a Humanidade). São Adeptos Perfeitos
que velam pela Humanidade, e que expressam o Governo Oculto do Mundo.
Há
uma Maçonaria Oculta por detrás da Augusta e Respeitável
Ordem Maçônica.3
Na
época em que milhões estavam escravizados ao sistema feudal
medieval, as Sociedades Secretas ensinavam que todos os homens e mulheres
eram indivíduos livres.
É
no atrito, na ação e no exercício do livre-arbítrio
que o homem conquistará a autoconsciência pelos seus próprios
esforços, chegando à Sabedoria, à Divinização.
As
Sociedades [Iniciáticas]
Secretas sempre advogaram a reforma das condições
sociais escravizantes da [personalidade-]alma,
a educação universal das massas e a liberdade civil. Para
elas, os frutos da pesquisa científica e as dádivas da criação
artística não devem ser monopólio de uma minoria, mas,
propriedade de todos. As Irmandades Secretas acreditam que, com a maior
disseminação dos conhecimentos, um progresso social natural
levará à evolução [emancipação]
do indivíduo para fora do rebanho comum [mesmice].
Religião
+ Ciência
+
Artes =
Filosofia Universal —›
Esclarecimento da Humanidade.
Todas
as religiões se origina[ra]m
de uma Espiritualidade Universal – a Filosofia Perene, Tradição
Primordial, Sabedoria Iniciática das Idades ou Sabedoria Antiga.
O
mundo
natural é um reflexo material do Mundo Espiritual.
Obscuridade
Material -------›
LLuz
Espiritual da Compreensão.
Inteligências
Muito Superiores dirigem a evolução do Universo numa tentativa
de assegurar que a Aspiração Divina seja consumada. Estas
Inteligências são: a) Coercitivas –
na proporção em que seu material é inconsciente (mas,
sem ultrajar a integridade da Natureza Divina em potencial no interior de
todos seres universais); e b) Persuasivas
– na
proporção em que seu material é consciente.4
'Opus
Magnum' Grande Obra
Obra do Eterno na Face da Terra.
Há
um Comando Único em nosso Planeta – que, exercendo como Unidade
na multiplicidade –
age coercitivamente
no sentido da divinização da Humanidade. Este Comando
Único
é exercido por quem pode ser chamado de o Rei do Mundo. A Humanidade
não está sozinha: tem um Protetor (que intervém no
sentido de impedir catástrofes e defender a Humanidade, equilibrando
o mundo na sua polaridade estratégica). Os Templários se consideravam
como representantes diretos do Protetor.
Napoléon
Bonaparte [Ajaccio, 15 de
agosto de 1769 – Santa Helena, 5 de maio de 1821], Iniciado
nas Pirâmides, com a missão de realizar os Estados Unidos da
Europa, era acompanhado por um Mestre Secreto conhecido como o “Homem
da Capa Vermelha”, quem previa todos os perigos que o ameaçavam,
engrandecido pelas suas próprias proezas, desobedeceu seus conselhos,
foi derrotado na Batalha de Waterloo em 18 de junho de 1815 e acabou exilado
na a Ilha de Santa Helena, na costa da África, em 15 de outubro de
1815, onde morreu de câncer no estômago, embora haja suspeitas
de envenenamento por arsênio.
Diz
a Tradição Iniciática que o Segredo da Imortalidade
está ligado à água, mais precisamente ao oceano. 'Não
há nada de eterno sobre a Terra, mas, nas profundezas do mar, existe
uma árvore, que se parece com o espinheiro, e, se um homem chega
a se aproximar dela e provar um de seus frutos, reencontrará a juventude'.
Se
afirmarmos que o Protetor não impediu desastres nem massacres horríveis,
se pode replicar que, sem a Sua intervenção, tudo poderia
ter sido muito pior.5
O
estado de consciência da Humanidade – pendente de um 'karma'
ainda não equilibrado pela Lei de Retribuição –
não permite
que o 'Svmmvm Bonvm', que a tudo e a todos rege, aja a seu favor.
A
Sinarquia não poderá ser implantada pela autoridade ou pela
força, senão pelo prestígio da Sabedoria aplicada pelos
Mestres na transformação dos acontecimentos, para ser elevado
o estado de consciência dos povos, no sentido de reconhecerem e de
vivenciarem a Liberdade, a Eqüidade e a Fraternidade, dentro do equilíbrio
Amor-Sabedoria, porque, do contrário, sem consciência, isto
se manifesta como anarquia e caos, como ocorre no mundo de hoje, em que
campeiam flagrantemente a desirmandade, o egoísmo e a cupidez.
A
Cadeia Hermética nunca foi interrompida.
Um
daqueles que guardam a Chave dos Segredos da Magia ficou nesta Terra e congrega
os Eleitos. (Gustav Meyrink, apud René Guénon).
É
indiscutível que as religiões reveladas estão “perdendo
velocidade”. Elas tentam se manter fazendo política, misturando
o poder espiritual com o poder Espiritual, e é pouco provável
que isto as salve.6
O
Poder do Protetor ou Rei do Mundo é evidentemente limitado ao 'karma'
da Humanidade. Logo, Ele não fará ou não poderá
fazer uso integral deste Poder.
Deus
escreve certo por linhas certas; nós é que lemos as coisas
por linhas tortas.
A
verdadeira inimiga da Humanidade é a ignorância.
AGARTHA
Misterioso Centro Iniciático.
[Este Centro Iniciático
foi divulgado ao mundo,
pela primeira vez, por Alexandre Saint-Yves d'Alveydre].
OM
AUM.
Há
momentos, durante as celebrações, dos "Mistérios
Cósmicos", em que os viajantes que se acham no deserto são
obrigados a parar, do mesmo modo que os animais, pois, estes, além
de manter respeitoso silêncio, se curvam reverentes como se estivessem
diante de um altar. (Alexandre
Saint-Yves d'Alveydre, apud René Guénon).
O
moderno avião, na Antigüidade conhecido como "máquina
de voar", que tinha capacidade para conduzir perto de oitenta passageiros,
era acionado por uma substância etérica denominada VRIL.7
O
Oriente
cedeu o seu papel
espiritual ao Ocidente.
Cordeiro
Imolado —›
Agnus Dei qui tollis peccata mundi, miserere nobis. [Cordeiro
de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós.]
ARTUS,
lido anagramaticamente, é SUTRA, "o Fio de Ouro" que liga
os princípios inferiores aos superiores.
NOÉ,
lido anagramaticamente, é o
EON grego,
que significa "a manifestação da Divindade na Terra".
Até
um determinado ponto da Terceira Raça-raiz (a Lemuriana), os homens
eram francamente andróginos, mas, sem consciência espiritual
da sua origem.
Mahima
e Mahinga são os Ministros do Rei do Mundo
em AGARTHA.
Melki-Tsedeq
é o Nome sobre o qual se apóia a própria função
do Rei do Mundo.
Melki-Tsedeq
Rei de SALÉM e Sacerdote
do Altíssimo.
Cristo,
nas tradições indianas, é chamado MAITRI
ou MAYTRÉIA.
Da
Esquerda para a Direita —›
Símbolo Evolucional. Da
Direita
para a Esquerda
—›
Símbolo Involucional.
Desde
a catástrofe atlante, e, portanto, desde o começo da Raça
Ariana, a Swastika figurou no pavilhão do Rei do Mundo como símbolo
do Governo Espiritual do Mundo.
A
Tríade Superior [Manas,
Budhi, Atma] domina os Quatro Princípios
Inferiores [Sthula
Sharira, Prâna, Linga Sharira, Kâma
Rupa].
TAT
TWAN ASI Eu-sou Ele
Eu-sou Brahmã
Eu-sou
um
com Ele.
'ESKATO
BEBELOII'
Retirem-se
os profanos.
As
forças à disposição do Rei do Mundo estão
encarregadas de impedir o retrocesso da Humanidade no caminho da evolução.
O
Senhor
da Face Negra: eterno rival do resplandecente Senhor dos Mundos Agarthinos.
'Depois
de outras coisas muito interessantes, assim falou o velho Lama: Eu sou,
meu filho, o enviado do Reino da Vida. Nosso mosteiro é o mesmo Universo
das Sete Portas de Ouro; nosso país está acima e abaixo da
Terra; nosso reino é o dos três mundos deste ciclo.' (Jean
Marquès-Rivière, in: L'ombre des Monastères Tibétains).
Rei
do Mundo Manu
Legislador
Primordial. (Princípio-Inteligência Cósmica que reflete
a LLuz Espiritual Pura e formula a LLei – Dharma –
apropriada às
condições do nosso mundo e do nosso ciclo de existência).
Ele é, ao mesmo tempo, o arquétipo do homem, considerado especialmente
como um ser pensante
–
em
sânscrito, 'Mânava').
Manu
Aquele que faz mover a roda, isto é, aquele que,
estando colocado no centro de todas as coisas, dirige o movimento sem participar
das coisas mesmas,
ou, segundo a expressão de Aristóteles, "o Motor Imóvel".
AGARTHA,
como aponta Saint-Yves d'Alveydre, é a herança da antiga Dinastia
Solar ('Sûrya-vansha'), que, outrora,
residia em AYODHYA,
cuja origem remonta ao Manu Vaivásvata, o Manu do ciclo atual.8
'Justitia
et Pax osculatæ sunt.' A Justiça e a Paz se beijaram [se
abraçaram, se uniram, se acham estreitamente ligadas].
Rei
do Mundo —› 'Rex'
('Regere')
—›
Equilíbrio
+ Harmonia
[Justiça
+ Paz] —› 'Dharma'.
Flor-de-lis
Sobre a Swastika
(ShIN,
Tríplice Manifestação do Logos Criador, Candelabro
das Três Velas)
Faslane
Cemetery
(Dunbartonshire –
Scotland, United Kingdom)
Mundo
Manifestado Imutabilidade do
Princípio Supremo.
Ora
é do Oriente, ora é do Ocidente, que espiritualmente o mundo
é governado.
'Chen-razil,
Chen-razi!' Espírito Misericordioso da Montanha.
'No
Silêncio de todas as coisas existe um mistério muito profundo.'
(Jean
Marquès-Rivière, in: L'ombre des Monastères Tibétains).
Nós
trazemos, em nosso Coração, a nostalgia [saudade]
da Terra da Paz e da Luz.
O
grande
erro-perigo: antropomorfizar as coisas.
Os
profanos ainda não estão preparados para receber ensinamentos
superiores à sua inteligência [cultura].
'No
mundo, existem diversos Seres de futuras rondas trabalhando em favor da
Humanidade.' [Afirmação
de Gulab Singh].
Gulab
Singh
Oitava
Cidade Oitava Coisa na face
da Terra Governo Espiritual
—› Shamballah
(Aquela que, de fato, representa as diversas Hierarquias).
Nas
menores coisas existe sempre uma Iniciação, desde a infância
até a velhice.
A
Dama
[Bela] Adormecida,
Enfeitiçada...
Humanidade
no letargo da ignorância das Coisas Divinas.
SheKINaH
Presença Real da Divindade
Lugar da Manifestação Divina. Gloria in Excelsis
Deo et in Terra Pax hominibus bonæ voluntatis. Glória a Deus
nas alturas e Paz na Terra aos homens de boa vontade [por
Ele amados].9
SheKINaH
Paz Profunda.
A
volta de todas as coisas ao seu estado primitivo assinalará a Era
Messiânica.
O
Rigor
se identifica com a Justiça, e a Misericórdia se
identifica com
a Paz.
MeTaTRON
(40
+ 9 + 9 + 200 + 6 + 50)
ShaDaI (300 + 4 + 10)
314. Benedictus,
qui venit in Nomine Domini. Bendito O que vem em Nome do Senhor.
MeTaTRON
= Clemência
+ Justiça.
Todas
as tradições derivam da Tradição Primordial
e a Ela
estão subordinadas.
666
é, ao mesmo tempo o "Número da Besta" e um Número
Solar.10
A
ignorância é sempre uma desculpa, nunca uma justificativa.11
O
Supremo Arquiteto caminha de globo em globo até alcançar o
final da Sua própria evolução. Deus se divide para
consumar o Supremo Sacrifício.
Cada
Ronda possui 7 Raças-raízes, cada uma delas com as respectivas
7 Sub-raças, e estas com seus ramos e famílias, ao todo, KaBaListicamente
falando, 49.
Do
Uno-Trino nasceram os Sete Autogerados. (In:
Estâncias de Dzyan).
Na
Unidade, no Ternário e no Setenário – o KaBaLístico
número 137 –
(LEI) se revela
o Grande Mistério da Evolução da Mônada.
Centro
Espiritual Supremo Casa da
Justiça.
Que
a Paz volte a reinar sobre a Terra!
Karma
Alumiante
(Oh!,
Domine, non sum dignus!)
Premindo,
mas, Allumiando,
nosso
karma
vai desbastando.
(Re)nascendo
e (re)morrendo,
todos
estamos apre(e)ndendo.
Oh!,
Domine, non sum
dignus!
Oh!,
Senhor, eu não sou digno!
Mas,
o apre(e)nder tem limite;
há
uma duração para ficar quite.
Lá
um dia, vence a promissória,
e aí,
bem distinta será a história.
Oh!,
Domine, non sum
dignus!
Oh!,
Senhor, eu não sou digno!
Não
adianta ajoelhar nem rogar;
Amanhã,
talvez, possa ser tarde;
o Kosmos
devora quem é covarde.
Oh!,
Domine, non sum
dignus!
Oh!,
Senhor, eu não sou digno!
O
que pôde ser dito já foi dito;
o que
pôde ser escrito foi escrito.
Nada
há para ser acrescentado;
Oh!,
Domine, non sum
dignus!
Oh!,
Senhor, eu não sou digno!
Esperar
um Segundo Advento
ou um
irrealizável Arrebatamento
é
como tencionar que o Dumbo
voe por
aí a batucar um bumbo.
Oh!,
Domine, non sum
dignus!
Oh!,
Senhor, eu não sou digno!
Tristemente,
há quem acredite
em argumento-baculino-palpite,
Oh!,
Domine, non sum
dignus!
Oh!,
Senhor, eu não sou digno!
......................................................
É
necessário mudar já, agora!
É
necessário transmutar a hora!
É
necessário se reapossar do M!
É
necessário endireitar o Leme!
Oh!,
Domine, non sum
dignus!
Oh!,
Senhor, eu não sou digno!
......................................................
Nosso
Coração é SheKINaH!
Em nosso
Coração...
AThMa!
Gradalis Sanctum
da Alegria!
Gradalis
Sanctum
da Alforria!
Oh!,
Domine, non sum
dignus!
Oh!,
Senhor, eu não sou digno!
______
Notas:
1.
Isto é mais ou menos como se Albert Einstein (Ulm, 14 de março
de 1879 – Princeton, 18 de abril de 1955) tentasse transmitir seu
conhecimento a alguém. Seria possível ouvi-lo, mas, não
compreendê-lo integralmente. E mais: houve coisas que Einstein não
divulgou. Se tivesse divulgado, teria fundido a cuca de meio mundo. Sei
lá, mas, era até capaz de touro dar de tocar castanholas e
toureiro sair coiceando e mugindo pelas ruas de Madrid! Enfim, Einstein
dizia: — Existem
apenas seis pessoas a quem posso comunicar o que sei. Eu, certamente,
não teria sido uma destas pessoas.
2.
Um Tulku
(também grafado Tülku
ou Trulku –
radução para
o tibetano do termo filosófico nirmânâkâya
) é, no Buddhismo Tibetano, um Llama que conseguiu, através
da phowa
() e da siddhi
(realização), escolher conscientemente ser reencarnado, às
vezes, por mais de uma vez, de maneira a continuar seu juramento de bodhisattva.
O mais famoso exemplo é a linhagem dos Dalai Lamas; o atual Dalai
Lama, Tenzin Gyatso, é tido como a décima quarta encarnação,
o primeiro sendo Gendun Drup (1391 – 1474). Na tradição
vajrayana,
acredita-se que a linhagem mais antiga de tulkus
seja a dos Karmapas
(líderes espirituais da linhagem de Karma
Kagyu), que se iniciou com Düsum Khyenpa (1110
– 1193). No contexto do Buddhismo
Tibetano, o tülku
costuma se referir à existência corpórea dos Mestres
Illuminados
Budistas em geral.
3. Na
verdade, por detrás de todas as grandes religiões da segunda
linha há uma Fraternidade Iniciática Secreta que as sustenta,
como é o caso da Igreja Joanita, no âmbito do Catolicismo,
ainda que muitos dos seus próceres desconheçam este fato.
Benedictus qui venit
in Nomine Domini. Gloria Patri, et Filio et Spiritui Sancto. Sicut erat
in principio, et nunc et semper, et in sæcula sæculorum. AMeN.
4. Aqui,
seria bom discutir rapidamente a questão do livre-arbítrio.
Há livre-arbítrio? Sim; não há a menor dúvida
quanto a isto. O ser-aí-no-mundo pode escolher se quer viver
ou se quer morrer, se quer ser alguma coisa na vida ou se não quer
ser coisa nenhuma, se quer comer bombom de cereja ao licor da Kopenhagen
ou cobra-d'água, se quer estar em harmonia com a Grande Loja Branca
ou com a Grande Loja Negra, se quer amar ou odiar, se quer compreender ou
se prefere ajoelhar, se quer ascender ou se quer ser entropizado, e coisas
assim, assadas, cozidas, ensopadas, cruas, fritas ou refogadas. Vai de cada
um: cada um, cada qual. O que o ser-aí-no-mundo não
pode fazer (nem conseguirá) é desmantelar a Ordem Sistêmica
Universal. Nem que a jurupoca vire tubarão-baleia ou que o boto-cor-de-rosa
fique anêmico. Então, se você admitir que o livre-arbítrio
tem limites, admitiu acertadamente. O exemplo que me vem à cabeça
é o do todo-poderoso Führer
do Deutsches Reich,
depois Großdeutsches
Reich, Adolf Hitler (Braunau am Inn, 20 de abril de 1889 –
Berlim, 30 de abril de 1945), que quase despedaçou a Terra, mas,
ficou no quase. O que Hitler não sabia é que lhe foi permitido
– e ele topou e gostou – ser o carrasco-executor de um karma
acumulado que precisava ser limitadamente cumprido e compensado coletivamente
pela dor. Historicamente, a Segunda Grande Guerra (que teve por mãe-madrasta
a Primeira Grande Guerra) foi o maior e o mais doloroso cumprimento kármico
coletivo. Nada mais do que isto. E assim, quando a missão kármico-diabólica
de Hitler havia sido completada, ele foi (auto-)apagado da História.
Maledictus qui venit
in nomine GLN. Benedictus
qui venit in Nomine Domini. Hosanna in excelsis. Não
existe por acaso nem jeitinho.
5.
Precisamos entender que o karma – individual e coletivo,
local e mundial, galático e universal
– não
pode ser abolido nem apagado dos Registros Akáshicos. Não
há um Deus ou um Protetor no Universo que possam desfazer o cumprimento
educativo da Lei da Compensação (ou Retribuição),
uma conseqüência, digamos assim, da Lei da Causa e do Efeito.
Se assim fosse ou se assim pudesse
ser, não teriam acontecido, por exemplo, nem a Primeira Grande Guerra
nem a Segunda Grande Guerra, nem o terremoto de Sumatra-Andaman, no Oceano
Índico, em 26 de dezembro de 2004, com epicentro na costa oeste de
Sumatra, Indonésia, e que gerou uma seqüência de tsunamis,
com vítimas fatais relatadas em mais de 285.000 pessoas,
nem a tragédia
no Japão, que começou em 11 de março de 2011, 14:46
hora local, com o mais violento terremoto já registrado no País
em 140 anos: 9 graus na Escala Richter. A ele, seguiu-se um tsunami,
que atingiu uma altura de 23 metros e arrasou 400 quilômetros quadrados
da costa nordeste do território japonês. Morreram 6.405 pessoas,
2.409 foram feridas e 10.259 continuam desaparecidas. O maior tsunami
registrado no Japão, na seqüência de um sismo, ocorreu
em 1896, e atingiu a altura de 38,2 metros. Enfim, o que acontecerá
quando – não, se – o
instável vulcão Cumbre Vieja, com 1.949 metros de altitude,
em La Palma (uma ilha do Arquipélago das Canárias, no Oceano
Atlântico, ao largo de Marrocos), entrar em erupção?
Segundo as previsões dos cientistas, a Ilha poderia colapsar e desmoronar
(provavelmente, derramando 500 bilhões de toneladas de terra no leito
oceânico), provocando um superterremoto e a formação
de um megatsunami de caráter global de 100 metros de altura,
que poderá atingir toda a costa leste das Américas, a costa
oeste africana e todo o litoral europeu ocidental, causando a morte de milhões
de pessoas. E assim, só há três caminhos: ou aprendemos
pela dor, pela aflição
e pela perda, ou aprendemos pelo amor, pela
(con)fraternidade e pela solidariedade-voluntariado (Bakti),
ou aprendemos pela compreensão libertadora (Jnana).
Não há um quarto caminho. O livre-arbítrio é
nosso, e as desgraças que nos acontecem, quando acontecem,
não podem ser imputadas nem aos demônios nem aos Deuses. Todavia,
não é vã a sentença: Fazei
por ti, que Eu te ajudarei.
Dê
uma conferida neste impressionante vídeo:
http://www.youtube.com/watch?v=9baBK5UEfgE
6. Já
comentei, em textos anteriores, que nada é para sempre. Só
o Universo e suas Leis são para sempre. Tudo muda, pois, uma das
características do Universo é a mudança no seio de
Aquilo que não muda – que é o que é, desde sempre
e para sempre. Então, como tudo, as religiões, sem exceção,
nascem, vivem, se corrompem, caem na gandaia e vão para o beleléu,
ainda que alguns resíduos possam permanecer por milênios. Não
existe esse treco de a última palavra, e quando digo que o que pôde
ser dito já foi dito e o
que pôde ser escrito já foi escrito, estou me referindo a um
tempo ou à uma época determinada. Uma
informação extemporânea poderia virar o mundo de pernas
para o ar. Um
simples exemplo disto são as
Estâncias de Dzyan, que só vieram a público
no século XIX, com a publicação da obra teosófica
A Doutrina Secreta,
de autoria de Helena Petrovna Blavatsky (1831 – 1891). No futuro,
o que virá? Só Aqueles-Que-Podem sabem. Eu, pelo menos, não
faço a menor idéia. Seja como for, o religare
– rumo à Concórdia, à Justiça e à
Equidade – é inab-rogável.
7. Para
saber mais sobre o VRIL,
consulte a obra Vril, the Power of the Coming Race (em português,
A Raça Futura) de autoria do Rosa+Cruz, escritor e político
inglês Edward George Bulwer-Lytton (1803 – 1873).
8. A
sede da Dinastia
Solar, do ponto de vista simbólico, assemelha-se à
Cidadela Solar, dos Rosa+Cruzes, do mesmo modo que à La Città
del Sole (A Cidade do Sol), de Giovanni Domenico Campanella (Stignano,
5 de setembro de 1568 – Paris, 21 de maio de 1639), obra na qual está
exposta a idéia de sociedade ideal ou de Estado perfeito. Campanella
acreditava que só através da Filosofia o homem poderá
alcançar a paz e a justiça.
9. Como
explica René Guénon, as palavras Gloria
e Pax
se referem, respectivamente, ao Princípio Interno e ao aspecto externo
– o mundo manifestado. In
excelsis significa visão beatifica.
10.
Quadrado Mágico do Sol (conforme Paracelso):
6 |
32 |
3 |
34 |
35 |
1 |
7 |
11 |
27 |
28 |
8 |
30 |
19 |
14 |
16 |
15 |
23 |
24 |
18 |
20 |
22 |
21 |
17 |
13 |
25 |
29 |
10 |
9 |
26 |
12 |
36 |
5 |
33 |
4 |
2 |
31 |
O Quadrado Mágico
do Sol é de sexta ordem. O número característico do
Quadrado Mágico do Sol é 111. O maior número que entra
no Quadrado Mágico do Sol é 36 (Valor Secreto do número
8). O Valor Secreto de 36 é 666 (Valor Total do Quadrado Mágico
do Sol). A soma das seis colunas é 666 (6 x 111). A soma das seis
linhas é 666 (6 x 111). O Dia e a Personalidade Cósmica associados
ao Sol são: Domingo e MIHAeL.
O nome místico relacionado ao número 666 é SORaTh
(60 + 6 + 200 + 400).
11. Não é
uma justificativa simplesmente porque somos ignorantes porque queremos:
vagabundear é melhor do que meter a cara. No momento em que quisermos
deixar de ignorar as coisas e nos esforçarmos um pouquinho começaremos
a deixar de ser ignorantes. Simples assim! Eu, por exemplo, até mais
ou menos uns 60 anos, não sabia bulhufas de computador, ou seja,
eu era uma espécie de ignorante-analfaburro em matéria de
tratamento de informações e de processamento de dados. A bem
da verdade, eu tinha horror de computador, como sempre tive, tenho e terei
horror de heavy
metal, ainda que respeite totalmente quem goste. Bem, me esforcei
e aprendi a mexer com essa máquina e com os softwares
necessários para divulgar os rascunhos que escrevo na Internet. Heavy
metal? Nem pensar! Simples assim!
Música
de fundo:
Sat
Patim Dehi Parameshwara
Interpretação: Henry Marshall, Rickie Moore & Satguru
Sant Keshavadas
Páginas
da Internet consultadas:
http://paxprofundis.org/livros/666/666.html
http://giphy.com/gifs/QJG0fRRUZiK5i
http://www.artoflegendindia.com/
maharaja-gulab-singh-p-26011.html
http://en.wikipedia.org/wiki/Gulab_Singh
http://graveyarddetective.blogspot.com.br/
2010_07_01_archive.html
http://www.wiispace.com/wii-forum/wiispace
-members-art/16943-gimp-thread.html
http://www.filosofia.com.br/
historia_show.php?id=66
http://pt.wikipedia.org/wiki/
Sete_princ%C3%ADpios_do_homem
http://othonnotcia.wordpress.com/2010/10/25/terremoto-tsunami
-mata-milhares-na-asia-do-sul-em-26-de-dezembro-de-2004/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cumbre_Vieja
http://pt.wikipedia.org/wiki/Can%C3%A1rias
http://www.jn.pt/Dossies/dossie.aspx?content_id=
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