CARTA PSICOGRAFADA
(Ao Povo Brasileiro)

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

 


 

 

O poder não corrompe o homem; é o homem que corrompe o poder. O homem é o grande poluidor da Natureza, do próprio homem, do poder. Se o poder fosse corruptor, seria maldito e proscrito, o que acarretaria a anarquia.


Não se pode fazer política com o fígado, conservando o rancor e os ressentimentos na geladeira. A Pátria não é capanga de idiossincrasias pessoais. É indecoroso fazer política uterina, em benefício de filhos, de irmãos e de cunhados. O bom político costuma ser mau parente.


A grande força da Democracia é se confessar falível de imperfeições e de impurezas, o que não acontece com os sistemas totalitários, que se autopromovem em perfeitos e oniscientes, para que sejam irresponsáveis e onipotentes.


Eu tenho ódio e nojo das ditaduras.

 

É claro que a política não é o ofício da bagatela – da pragmática da ninharia. Quem cuida de coisas pequenas acaba anão.

 

Ulysses Guimarães
(Que jamais será esquecido)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

urprezamente,

estava mim sentado aqui no Céu,

quando soube da notícia.

Exultantemente,

manjei que cometedor de labéu

não era mais simômino de viver na delícia.

 

 

utroramente,

tão-somentemente era coibitivado

Triportheus auritus e sem-dente.

Agoramente,

no peito, está sendo coercitivado

Dorytheutis brasiliensis e ex-gerente.

 

 

mboramente,

muito careça de ser descobrido,

o Patropi está mudançando.

Prafrentemente,

pra quem se tiver se abastecido,

o jeito será sair cagüetando.

 

 

elicitadamente,

não era assim lá em Sucupira

– exemplo de sucupiracidade!

Todaviamente,

eu tive que me dar-me no pira,

e, aqui, morro de saudade!

 

 

garantidamente,

tem mais gente pra dançar.

é só mais um passo.

Doravantemente,

a cobra vai peidar e vai fumar

em quem mijar fora do Compasso!

 

 

epublicanamente,

o Dr. Ulysses, aqui do meu lado,

aplaudiu a Lava Jato e o .

Ulysssimamente,

de pé, bradou seu antigo brado:

Muda Brasil! Muda Brasil!

 

 

everdademente,

toda essa zona tem que mixar.

E já vai mixando mais pra meio tarde!

Desencarnadamente,

e odoricamente, irei apreguntar:

sererá que no ó deles o ndongo não arde?

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Esclarecendo:

Alétheia, para os antigos gregos, designava verdade e realidade, simultaneamente, tendo sido traduzida para o latim como veritas (verdade). Em Sein und Zeit (Ser e Tempo), o filósofo alemão Martin Heidegger (Meßkirch, 26 de setembro de 1889 – Freiburg im Breisgau, 26 de maio de 1976) retomou o termo para definir a tentativa de compreensão da verdade. Realizou uma análise etimológica do termo a-létheia, atribuindo-lhe a significação de «desvelamento». Portanto, para Heidegger, alétheia é distinta do conceito comum de "verdade" – esta considerada como um estado descritivo objetivo. Enfim, o que cabe ao ser humano? Cabe resgatar a verdade como alétheia, ou seja, desencobrimento, desocultamento, desvelamento, deixar-ser. Sobre este aspecto, deveríamos revisitar a Filosofia de Heráclito de Éfeso – um filósofo pré-socrático e considerado o Pai da Dialética. Bem, eu não sei se irei dizer uma maluquice, mas, quanto à esta questão da verdade (ou Verdade), o fato é que, primeiro, a Verdade é inalcançável in totum, como coisa absolutíssima. Isto é mesmo impossível! O que conseguimos (quando conseguimos!) é ir aumentando paulatinamente a nossa percepção desta Verdade, portanto, as verdades que percebemos são e sempre serão relativas – vamos limpando o porão, desvendando e desvelando o que está oculto e lembrando o que está esquecido na água-furtada. Segundo, deixando de lado este metafisicismo, poderíamos subdividir a verdade em: 1º) verdade objetiva (um copo é um copo, uma mesa é uma mesa, um lápis é um lápis, um xibiu é um xibiu); e 2º) verdade subjetiva (o que hoje é verdade amanhã, talvez, poderá já não ser). Por isto, ensinava Heráclito: Não cruzarás o mesmo Rio duas vezes porque outras serão as Águas que correrão Nele! A única coisa que não muda é que tudo muda. Mas, há verdades que são como rios eternos! Não matarás!

 

 

Outras serão as Águas que correrão no Rio!

 

 

Música de fundo:

Come Blow Your Horn
Composição: Jimmy Van Heusen (música) & Sammy Cahn (letra)
Interpretação: Frank Sinatra

Fonte:

http://patefon.fm/frank-sinatra-your

 

Páginas da Internet consultadas:

http://contee.org.br/contee/index.php/

http://giphy.com/search/changing-faces

http://pensador.uol.com.br/frase/MTM1NjQ5Mg/

http://www.netmundi.org/filosofia/2014/08/
14/heraclito-physis-logos-e-aletheia/

http://tede.biblioteca.ufpb.br/bitstream/tede/5596/1/arquivototal.pdf

https://pt.wikipedia.org/wiki/Al%C3%A9theia

http://pararecordarnovelasefamosos.blogspot.com.br/
2010/07/o-bem-amado.html

http://carros.mercadolivre.com.br/tuning/
adesivos-caveira-justiceiro-20x14

http://kdfrases.com/autor/ulysses-guimar%C3%A3es

http://stor.pt.cx/pedrocas/2011/11/23/574/

 

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