á
algum tempo, publiquei um trabalho que não gostei de tê-lo
escrito: Mein
Kampf
(para uns, Minha Luta; para outros Minha Guerra). Este
trabalho foi dedicado a todos os que se esforçaram, compreenderam,
se libertaram e desembarcaram do Barco do Príncipe. Mas,
por que me deu na telha de o escrever? Simplesmente porque considero que
este livro, escrito por Adolf Hitler (Braunau am Inn, Áustria, 20
de abril de 1889 – Berlim, 30 de abril de 1945), é a mais perfeita
obra de antipropaganda contra o próprio Nationalsozialismus
que Hitler desenhou para a Alemanha e para o mundo, expressando suas preconceituosas
e esquizofrênicas idéias nazistas para a implantação
de uma nova ordem na Europa. Mein Kampf foi escrita na prisão
e editada inicialmente em 1924. É uma obra composta de um prefácio,
uma dedicatória, 27 capítulos (organizados em dois volumes,
com 12 e 17 capítulos, respectivamente) e um posfácio. Tornou-se
um guia ideológico e de ação para os nacional-socialistas
e também, atualmente, para os neonazistas, primeiro dentro e depois
fora da Alemanha. Enfim, tudo deve ser lido; tudo deve ser conhecido; tudo
deve ser examinado.
Hoje,
5 de setembro de 2000, me deu na telha novamente. Estou começando,
contrariado e enojado, a reexaminar o livro apócrifo, mas nem tanto,
Protocolos dos Sábios de Sião, que li há alguns
anos. Segundo o Dicionário do Cético,
os 'Protocolos dos Sábios de Sião' são uma falsificação
criada na Rússia pela Okhrana (polícia secreta), que culpava
os judeus pelas mazelas do País. Foi impressa pela primeira vez privativamente
em 1897, e tornada pública em 1905. Foi copiada de uma novela do
século 19 escrita por Hermann Goedsche (Biarritz, 1868) e alega que
uma conspiração judaica planejaria assumir o controle do mundo.
A história básica foi composta por Goedsche, novelista e anti-semita
alemão, que usava o pseudônimo de Sir John Retcliffe. Goedsche
roubou a história principal de outro escritor, Maurice Joly, cujos
Diálogos no Inferno Entre Maquiavel e Montesquieu (1864) tratavam
de um complô no inferno com o objetivo de se opor a Napoleão
III. O que Goedsche contribui de original consiste primordialmente na introdução
dos judeus como conspiradores para conquistar o mundo. Os russos usaram
grandes trechos de uma tradução para o russo da novela de
Goedsche, publicaram-nos separadamente como os 'Protocolos' e alegaram ser
os textos autênticos. Seu propósito era político: fortalecer
a posição do Czar Nicolau II expondo seus opositores como
aliados dos que faziam parte de uma conspiração maciça
para dominar o mundo. Assim, os 'Protocolos' são uma falsificação
de uma ficção plagiada. Os 'Protocolos' foram denunciados
como fraude por Lucien Wolf em The Jewish Bogey and the Forged Protocols
of the Learned Elders of Zion (London: Press Committee of the Jewish Board
of Deputies, 1920). Em 1921, Philip Graves, correspondente do London Times,
tornou pública a falsificação. Herman Bernstein em
The Truth About The Protocols of Zion: A Complete Exposure (1935) também
tentou e fracassou na tentativa de convencer o mundo da fraude. Os 'Protocolos'
foram publicados em 1920 em um jornal de Michigan fundado por Henry Ford
com a missão principal de atacar judeus e comunistas. Mesmo após
ter sido denunciado como falso, o jornal de Ford continuou a citar o documento.
Adolf Hitler usou os 'Protocolos' para ajudar a justificar sua tentativa
de exterminar judeus durante a Segunda Guerra. A farsa dos 'Protocolos'
continua a enganar pessoas e ainda é citada por certos indivíduos
e grupos como a causa de todos os males. Enfim, o
texto de os Protocolos dos
Sábios de Sião
– o documento mais declaradamente
satânico da literatura mundial e que, em termos de publicações,
só é superado pela Bíblia Sagrada –
é apresentado no formato de uma ata
que teria sido redigida por um secretário ad hoc em um conventículo
realizado a portas fechadas em Basiléia, no ano de 1807, no qual
uma irmandade de sábios teria se reunido para estruturar um plano
de ação, um verdadeiro esquema de destruição
do Cristianismo e estabelecer uma nova ordem mundial. Tudo Grupo!
O
uso de os Protocolos pelo Führer pode ser visto no
Mein Kampf (1925 – 1926), capítulo XI, Nação
e Raça, onde está escrito: ... até
que ponto toda a existência desse povo é baseada em uma mentira
continuada incomparavelmente exposta nos 'Protocolos' dos Sábios
de Sião, tão infinitamente odiado pelos judeus. Eles são
baseados em um documento forjado, como clama o jornal Frankfurter Zeitung
toda a semana: é a melhor prova de que eles são autênticos.
O que muitos judeus fazem inconscientemente, aqui é exposto de forma
consciente. E é isto o que importa. É completamente indiferente
de qual cérebro judeu essa revelação se originou; o
importante é que, com uma certeza positiva e terrível, eles
revelam a natureza do povo judeu e expõem seus contextos internos
bem como seus objetivos finais. Todavia, a melhor crítica aplicada
a eles é a realidade. Qualquer um que examine o desenvolvimento histórico
dos últimos 100 anos, do ponto de vista deste livro, vai entender
de uma vez os gritos da imprensa judaica. Agora que este livro se tornou
uma propriedade do povo, a ameaça judaica é considerada como
interrompida.
Por
isto tudo, o que está escrito nos Protocolos dos Sábios
de Sião precisa ser conhecido. Por tudo isto, resolvi garimpar
nesta infamante obra das trevas (que os nazistas utilizaram perante o meio
intelectual alemão para justificar o genocídio de judeus nos
campos de concentração e que alguns boçais e bocas-moles,
entorpecidos na sua pasmaceira abestializada, na sua incultura sesquipedal
e na sua distância distraída, ainda crêem que seja uma
obra autêntica, séria e fidedigna) alguns fragmentos, para
que aqueles que não a conhecem possam conhecer e refletir até
que ponto pode ir a animalesca crueldade humana. Mas, melhor mesmo é
ler esta obra das trevas por inteiro. Mas, cuidado! Muito cuidado! Alguns
fragmentos que selecionei – e fiz isto de propósito –
são mesmo tentadores e aliciadores. É preciso, portanto, examinar
o contexto em que foram inseridos, lá nos fedorentos Protocolos.
Por exemplo: no capítulo XX desta obra infernal está escrito
que é
necessário que os capitalistas
sacrifiquem pequena parte de seus rendimentos para assegurar o funcionamento
da máquina governamental. As necessidades do Estado devem ser pagas
por aqueles a quem suas riquezas permitam fazer isso sem sacrifício.
Por isto, repito: melhor mesmo é ler esta obra das trevas por inteiro.
Na verdade, é fundamental, porque o
resultado não
justifica os meios.
Alguns
Comentários
Sobre os Protocolos
Não
são os 'Protocolos' que geram anti-semitismos; é a profunda
necessidade das pessoas de isolar um inimigo que as leva a acreditar nos
'Protocolos'. (Umberto Eco).
Mesmo
no ocidente, os 'Protocolos' influenciam milhares de pessoas que vêem
nos judeus os culpados por sua miséria e desinformação.
Muita gente crê que são os judeus que controlam as finanças
internacionais, os governos dos grandes países e, é claro,
a mídia. Essas mesmas pessoas ignoram o tamanho da população
judaica: existem hoje em todo o mundo apenas 13 milhões de judeus.
Para se ter a noção exata do que este número representa,
vale lembrar que há cerca de 2 bilhões de cristãos
e 1,5 bilhão de muçulmanos. Somente no Brasil há cerca
de 27 milhões de torcedores do Flamengo. A população
judaica corresponde a um quarto de um por cento de toda a população
do Planeta. Mas, mesmo assim, os seguidores dos 'Protocolos dos Sábios
de Sião' acreditam que existe uma conspiração judaica
para dominar o mundo e que ela é eficiente.
(Henry Galsky).
A
única declaração que faço questão
de emitir a respeito de os 'Protocolos' é de que são compatíveis
com o que está ocorrendo. Eles têm dezesseis anos e vêm
se encaixando na situação mundial até o presente. E
se encaixam no momento atual.
(Henry Ford).
Há
um aspecto que me continua a causar perplexidade: é que, pelo que
já pude constatar em várias ocasiões, não são
apenas mentes fracas que se deixam capturar pela teoria conspirativa dos
ditos 'Protocolos'. Talvez a explicação para o fenômeno
da popularidade dos 'Protocolos dos Sábios de Sião' junto
de alguns segmentos seja que algumas das mais relevantes fraquezas humanas
não discriminam entre intelectos.
(André Azevedo Alves).
Em
que medida a existência desse povo é baseada em uma mentira
contínua é demonstrado incomparavelmente pelos 'Protocolos
dos Sábios de Sião'.
(Adolf Hitler).
Os
'Protocolos dos Sábios de Sião' são um dos maiores
embustes de toda a História. Se bem que esteja hoje completamente
esclarecido o processo fraudulento como, a partir de um opúsculo,
um funcionário da polícia do czar Nicolau II forjou um conluio
de judeus para desenharem a estratégia da conquista do mundo, a verdade
é que ainda hoje há muita gente que continua a acreditar que
existe um diabólico plano judeu inspirado nestes 'Protocolos'...
Os 'Protocolos dos Sábios de Sião' poderão continuar
a ser usados como um instrumento para atos de fanatismo racista que têm
nos judeus o seu bode expiatório. Mas esta conspiração
poderá provocar um tremor de terra nos indecisos que procuram saber
mais sobre o alegado Sionismo que iria conquistar o mundo.
(Beja Santos).
Os
'Protocolos', a meu ver, foram parcialmente forjados. Para fundamentar essa
opinião chamo a atenção sobre o fato de que nesse livro
não se diz uma palavra sobre a infiltração de heresias
na Igreja ou infiltração de hereges na cúria romana.
Isso exatamente na hora em que a heresia modernista apresentava a maior
virulência. (Orlando Fedeli).
Somente
o esclarecimento às pessoas deste documento é que pode evitar
sua propagação pela sociedade. Devemos rebater, na mesma altura,
aqueles que defendem estes 'Protocolos' como uma verdade absoluta mostrando
a verdade e o que está por trás daqueles que defendem os 'Protocolos'.
A ignorância deve ser combatida com a educação (esclarecimento,
conhecimento, instrução).
(Francisco Sales).
Esses
'Protocolos' podem até ter sido forjados, assim como se coloca em
dúvida escritos ditos sagrados, como a Bíblia, o Livro de
Mórmon etc; mas, a idéia posta no livro é muito real
e cada dia se torna mais preocupante: os judeus parecem querer abarcar o
mundo com as pernas. Se o Sionismo queria apenas colocar os judeus na terra
de Israel como querem nos vender o seu peixe, então porque ainda
permanecem em todos os países do mundo (desde o Japão à
África do Sul, dos EUA à Argentina) controlando os sistemas
financeiros e a imprensa com ganas de quem não quer largar o osso?
No Ocidente, impera uma lei de duas medidas: se se critica o Sionismo, se
é logo taxado de anti-semita e o sistema judicial pune com severidade;
mas, para eles, a liberdade de expressão é realmente sem limites
e inventam mentiras e subterfúgios sobre diversas matérias
de religião e política, sempre advogando em causa própria.
E como se não bastasse, aparecem uns puxa-sacos, ditos messiânicos,
para fazer apologia do Sionismo, sem sequer saberem dos reais motivos deste
movimento, que não fica devendo nada ao Nazismo e ao Fascismo. Afinal
que ética poderíamos esperar de um povo que elege um criminoso
de guerra, como Ariel Sharon, como sua autoridade máxima?
(Rogério Milhomem).
Os
'Protocolos' fazem parte de um tratado específico para explorar emoções.
(Jurah).
Um
anti-semita, ou seja, quem prega o ódio aos judeus enquanto raça
ou religião, nada tem ver com anti-sionismo, ou seja, quem combate
o Sionismo, que é uma forma de nacionalismo. Entende-se por Sionismo
a doutrina e o movimento nacionalista judaico, que visava o restabelecimento
do Estado de Israel (A Terra Prometida) e a concentração do
maior número possível de judeus em uma comunidade autônoma,
situada na Palestina, o que foi conseguido. Hoje, o movimento sionista defende
não só o Estado de Israel, mas, também, a ocupação
de territórios palestinos. Portanto, ser anti-sionista significa
lutar contra uma política de Estado, e não uma crença
religiosa ou um seguimento racial. Aqueles que, propositalmente, tentam
fundir anti-semitismo e anti-sionismo, querem mesmo é associar a
luta contra a ocupação israelense ao ódio racial contra
judeus. Esclarecido. Shaná Tová. (Rabino).
Por
que a teoria da conspiração judaica, forjada em 1903 pelo
monge ortodoxo russo Sergei Nilus, através do panfleto 'Protocolos
dos Sábios de Sião’, renasceu com tal força em
finais do século XX e adentra pelo atual? Embasada
na ideologia da modernidade, a crença ou certeza de uma conspiração
judaica, a teoria atual alia-se à ojeriza religiosa existente até
o século XVIII e o racismo clássico dos séculos XIX
e início do XX, ainda com a mesma falta de coerência. No que
tange ao anti-semitismo religioso, pré-moderno, é intrigante
o fato de que se, segundo os cristãos, Cristo veio para servir como
sacrifício para a salvação da Humanidade, isto é,
predestinado a ser crucificado, por que culpar os judeus, ou qualquer outro
grupo, por sua morte? No entanto, este elemento ilógico ainda não
desapareceu da composição anti-semita atual, como bem atestam
as discussões levantadas sobre a caracterização que
o filme de Mel Gibson sobre a Paixão faz dos judeus como deicidas.
Sabendo que Mel Gibson já efetuou declarações que minimizam
a tragédia do Holocausto – negado por seu parceiro de crença
‘Gibson pai’ –
a realização da película recria, com a poderosa
capacidade da indústria cinematográfica, o potencial do ódio
religioso contra os judeus. Em relação à teoria da
conspiração judaica, pode-se dividir quem a subscreve em dois
grupos: os que acham que exista uma conspiração judaica e
os que têm certeza de que ela existe. Entre estes últimos,
encontram-se aqueles que apóiam o julgamento da Corte de Haia sobre
o muro que Israel constrói para dificultar a ação de
terroristas contra sua população. O ‘julgamento’
em si seria risível se não fosse trágico, pois, além
de negar ao Governo israelense o exercício de uma das ações
básicas do Estado – o de defender sua população
– nega intrinsecamente aos judeus o direito à vida, além
de não se pronunciar sobre barreiras existentes em outros países,
tais como a de 4.000 km de comprimento que a Índia constrói
com o objetivo de cercar Bangladesh para impedir a ação de
terroristas islâmicos que têm aquele País como base,
além de outra junto ao Paquistão. O que faz com que apenas
Israel seja visado? Novamente aqui se encontra a falta de coerência
na relação que o Ocidente e o mundo islâmico têm
com Israel... Por que a teoria da conspiração judaica, forjada
em 1903 pelo monge ortodoxo russo Sergei Nilus, através do panfleto
'Protocolos dos Sábios de Sião’, renasceu com tanta
força em finais do século XX e adentra pelo atual? Em princípio,
porque a imaginação popular, alavancada por líderes
e intelectuais desonestos, atribui ao judeu um poder político e econômico
irreal. Um mínimo de bom-senso mostra que se tal fosse verdade não
teria acontecido o Holocausto, não teriam existido 'pogroms', os
árabes não atacariam Israel, a imprensa em geral não
se mostraria tão anti-semita, a Corte de Haia não se imiscuiria
na defesa da população israelense pelo Estado de Israel, Mel
Gibson não faria seu filme etc. Em outras palavras, os dados DESAPROVAM
a teoria... As incoerências mencionadas fazem parte do senso comum
de uma boa parte da Humanidade, mostrando que a alicerçar o mesmo
senso comum existe uma sombria, profunda e longa trajetória de contra-sensos
em termos lógicos, mas que se explica se pensarmos que a resposta
para a questão inicial é que o anti-semitismo atual é
uma religião, cujo mito fundador é o da conspiração
das forças do mal (isto é, os judeus como deicidas e ‘raça
ruim’) contra as forças do bem (isto é ‘nós’),
que tem mitos como o do ‘libelo de sangue’ e o da ‘conspiração’,
e cujo texto sagrado é os 'Protocolos dos Sábios de Sião’.
(Sonia Bloomfield Ramagem). Mas, no tempo que é tempo e que não
é tempo, penso que os Protocolos e todos os sentimentos
e opiniões desfavoráveis concebidos sem um exame crítico
acurado serão transmutados em uma linda flor que desabrochará
nos Corações dos que vencerem suas perversidades, suas ilusões,
seus preconceitos, suas cobiças, suas medonhas paixões e seus
anti-ismos. Ora bolas, queiramos nós ou não queiramos
nós, somos todos Um! Enquanto isso, dêem só uma espiada!
Fragmentos
Tenebrosos
dos Tenebrosos Protocolos
Capa
da Edição de 1912
É preciso
ter em vista que os homens de maus instintos são mais numerosos do
que os de bons instintos. Por isto, se obtém melhores resultados
governando os homens pela violência e pelo terror do que com discussões
acadêmicas. Cada homem aspira ao poder, cada qual, se pudesse, se
tornaria ditador; ao mesmo tempo, poucos são os que não estão
prontos a sacrificar o bem geral para conseguir o próprio bem.
... O
direito reside na força.
A
liberdade política é uma idéia e não uma realidade...
A liberdade é irrealizável
porque ninguém sabe usar dela dentro de justa medida... A liberdade
é o direito de fazer o que a lei permite. Ora, tal interpretação
da palavra liberdade nos tempos que vão vir fará com que toda
liberdade esteja nas nossas mãos, porque as leis destruirão
ou criarão o que nos for agradável... Nada será comunicado
à sociedade sem nosso controle. Esse resultado já foi alcançado
em nossos dias, porque todas as notícias são recebidas por
diversas agências, que as centralizam de toda a parte do mundo. Essas
agências estarão, então, inteiramente em nossas mãos
e só publicarão o que consentirmos... O instrumento do pensamento
se tornará um meio de educação nas mãos de nosso
Governo, o qual não permitirá mais às massas populares
divagarem sobre os benefícios do progresso... A literatura e o jornalismo
são as duas forças educativas mais importantes; por isto,
nosso Governo será proprietário da maioria dos jornais. Assim,
a influência perniciosa da imprensa particular será neutralizada
e adquiriremos enorme influência sobre os espíritos. Se autorizarmos
dez jornais, fundaremos logo trinta, e assim por diante... Os imbecis que
pensarem que repetem a opinião de seu partido repetirão a
nossa opinião ou a que nos convier. Imaginarão que seguem
o órgão de seu partido e seguirão, na realidade, a
bandeira que arvorarmos por ele...
Já
agora, nas formas do jornalismo francês, pelo menos existe uma solidariedade
franco-maçônica. Todos os órgãos da imprensa
estão ligados entre si pelo segredo profissional; nenhum de seus
membros revelará o segredo de suas informações, se
não receber ordem para isso. Nenhum jornalista ousará trair
esse segredo, porque nenhum deles será admitido na órbita
da literatura, se não tiver uma mancha em seu passado; essa mancha
seria imediatamente revelada. Enquanto tais manchas forem conhecidas somente
por alguns, a auréola do jornalista atrairá a opinião
da maioria do país e ele será seguido com entusiasmo.
Quando
entrarmos no novo regime que preparará nosso reinado, não
poderemos tolerar a revelação da desonestidade pública
pela imprensa; será necessário que se creia que o novo regime
satisfez tão bem toda a gente que os próprios crimes desapareceram.
Os casos de manifestação da criminalidade não deverão
ser conhecidos de suas vítimas e de suas testemunhas acidentais.
Os
homens, quer sejam ou não da plebe, guiam-se exclusivamente por suas
paixões mesquinhas, suas superstições, seus costumes,
suas tradições e suas teorias sentimentais; são escravos
da divisão dos partidos que se opõem a qualquer harmonia razoável.
Aquele
que quiser reinar deverá recorrer à astúcia e à
hipocrisia.
A
palavra 'direito' é uma idéia abstrata que nada justifica.
Esta palavra significa simplesmente isto: 'Dai-me o que eu quero a fim de
que eu possa provar que sou mais forte do que vós'.
O
resultado justifica os meios... Como nossos antigos sábios foram
clarividentes dizendo que, para atingir um fim, não se devem olhar
os meios e contar o número de vítimas sacrificadas!
Sem
o despotismo absoluto a civilização não pode existir.
Os
povos cristãos estão sendo embrutecidos pelas bebidas alcoólicas.
Sua juventude está embrutecida pelos estudos clássicos e pela
devassidão precoce a que a impelem nossos agentes, professores, criados,
governantes de casas ricas, caixeiros e mulheres públicas nos lugares
onde os cristãos se divertem.
Nossas
palavras de ordem são: Força e Hipocrisia. Somente a força
pode triunfar na política, sobretudo se estiver escondida nos talentos
necessários aos homens de Estado. A violência deve ser um princípio;
a astúcia e a hipocrisia devem ser uma regra para os governos que
não queiram entregar sua coroa aos agentes de uma nova força.
Estes males são os únicos meios de poder se chegar ao fim
– o bem.
Uma
severidade justa, mas inflexível, é o maior fator da força
de um Estado.
Não
há igualdade em a Natureza: também não pode haver liberdade,
já que a própria Natureza estabeleceu a desigualdade dos espíritos,
dos caracteres e das inteligências, tão fortemente submetidos
às suas leis.
O iniciado, por mais tolo que seja,
pode governar, enquanto que a multidão dos não-iniciados,
embora cheia de gênio, nada entende de política.
A imprensa encarna a liberdade da
palavra. Mas os Estados não souberam utilizar essa força e
ela caiu em nossas mãos. Por ela, obtivemos influência, ficando
ocultos; graças a ela, ajuntamos o ouro em nossas mãos, a
despeito das torrentes de sangue e de lágrimas que nos custou conseguí-lo.
Resgatamos isso, sacrificando muitos dos nossos. Cada uma de nossas vítimas,
diante de Deus, vale milhares de cristãos.
Nosso
interesse é que os cristãos degenerem. Nosso poder reside
na fome crônica e na fraqueza do operário, porque tudo isso
o escraviza à nossa vontade, de modo que ele fique sem poder, sem
força e sem energia para se opor a ela. A fome dá ao Capital
mais direitos sobre o operário do que a aristocracia recebia do poder
real e legal.
Lembrai-vos
da Revolução Francesa,1
a que demos o nome de 'Grande'; os segredos de sua preparação
nos são bem conhecidos, porque ela foi totalmente a obra de nossas
mãos.
O
problema capital do nosso Governo é enfraquecer o espírito
público pela crítica; fazer-lhe perder o hábito de
pensar, porque a reflexão cria a oposição; distrair
as forças do espírito em vãs escaramuças de
eloqüência... A fim de que nada consigam pela reflexão,
nós desviaremos as massas pelos jogos, pelas diversões, pelas
paixões, pelas casas do povo...
Desabituando-se
os homens, cada vez mais, de pensar por si, acabarão por falar unanimemente
de nossas idéias, porque seremos os únicos que proporemos
novos rumos ao pensamento... (Grifo
meu).
Para
tomar conta da opinião pública é preciso torná-la
perplexa, exprimindo de diversos lados e por tanto tempo tantas opiniões
contraditórias, que os cristãos acabarão perdidos no
seu labirinto e convencidos de que, em política, o melhor é
não ter opinião.
Para
arruinar a indústria dos cristãos, desenvolveremos a especulação
e o gosto do luxo, desse luxo que tudo devora. Faremos subir os salários,
que, entretanto, não trarão proveito aos operários,
porque faremos, ao mesmo tempo, o encarecimento dos gêneros de primeira
necessidade... Demais, habilmente e profundamente, subverteremos as fontes
de produção, habituando os operários à anarquia
e as bebidas alcoólicas, recorrendo a todas as medidas possíveis
para afastar da Terra os cristãos inteligentes.
O aumento dos armamentos e do pessoal
da polícia é um complemento imprescindível do plano
que estamos expondo. É preciso que não haja mais, em todos
os Estados, além de nós, senão massas de proletários,
alguns milionários que nos sejam dedicados, policiais e soldados.
Em toda a Europa, bem como nos outros continentes, suscitaremos agitações,
discórdias e ódios. O proveito é duplo. De um lado,
manteremos, assim, em respeito todos os países, que saberão
que poderemos, à nossa vontade, provocar a desordem ou restabelecer
a ordem: todos esses países se habituarão, pois, a nos considerar
como um fardo necessário. De outro, nossas intrigas embrulharão
todos os fios que estenderemos nos gabinetes governamentais por meio da
política, dos contratos econômicos e dos compromissos financeiros.
Para atingir nosso fim, precisaremos dar prova de grande astúcia
no decurso dos entendimentos e negociações; mas no que se
chama 'a linguagem oficial', seguiremos uma tática oposta, parecendo
honestos e conciliadores.
Para resumir nosso sistema de coação
dos governos cristãos da Europa, faremos ver a um nossa força
por meio de atentados, isto é, pelo terror; a todos, se todos se
revoltarem contra nós, responderemos com os canhões americanos,
chineses e japoneses.
Devemos
buscar nas sutilezas e delicadezas da língua jurídica uma
justificação para o caso em que tenhamos de pronunciar sentenças
que possam parecer muito ousadas e injustas, porque é mister exprimir
essas sentenças em termos que tenham a aparência de ser máximas
morais muito elevadas, conservando seu caráter legal.
Quando
nosso reinado chegar, substituiremos nossa palavra de ordem –
Liberdade, Igualdade e Fraternidade
– não por outra palavra de ordem, porém pelas mesmas
palavras transformadas em idéias. Diremos: 'direito à liberdade',
'dever de igualdade' e 'ideal de fraternidade'.
As
instituições dividiram entre si todas as funções
do governo: administrativa, legislativa, executiva. Por isto, elas trabalham
no organismo do Estado como os órgãos no corpo humano. Se
prejudicarmos uma parte da máquina do Estado, o Estado ficará
doente, como o corpo humano, e morrerá.
Para tornar exeqüível
este plano, é preciso perturbar constantemente, em todos os países,
as relações entre o povo e o Governo, a fim de cansar todos
pela desunião, pela inimizade, pelo ódio, mesmo pelo martírio,
pela fome, pela inoculação de doenças, pela miséria,
a fim de que os cristãos não vejam outra salvação
senão recorrer à nossa plena e definitiva sabedoria. Se dermos
aos povos tempo para respirar, talvez jamais se apresente a ocasião
favorável.
Quando
vier nosso reino, não reconheceremos a existência de nenhuma
outra religião2,
a não ser a de nosso Deus Único, com a qual nosso destino
está ligado, porque somos o Povo Eleito, pelo qual esse mesmo destino
está unido aos destinos do mundo. Por isto, devemos destruir todas
as crenças. Se isso faz nascer os ateus contemporâneos, esse
grau transitório não prejudicará nossa finalidade,
mas servirá de exemplo às gerações que ouvirão
nossas prédicas sobre a religião de Moisés, cujo sistema
estóico e bem concebido terá produzido a conquista de todos
os povos. Faremos ver nisto sua verdade mística, em que, diremos,
repousa toda a sua força educativa... Excitaremos tal repugnância
pelos cristãos que os povos preferirão a tranqüilidade
da servidão aos direitos da famosa liberdade que tanto tempo os atormentou,
que lhes tirou os meios de vida, que os fez serem explorados por uma tropilha
de aventureiros, os quais nem sabiam o que estavam fazendo... Nossos filósofos
discutirão todos os defeitos das crenças cristãs, mas
ninguém poderá discutir jamais nossa religião, de seu
verdadeiro ponto de vista, porque ninguém a conhecerá a fundo,
salvo os nossos, os quais nunca ousarão trair seus segredos... Nos
países que se denominam avançados, criaremos uma literatura
louca, suja, abominável. Ela será estimulada ainda algum tempo
após nossa chegada ao poder, a fim de bem fazer ressaltar o contraste
de nossos discursos e programas com essas torpezas...
Quando,
afinal, começarmos a reinar com o auxílio de golpes de estado
preparados em toda parte para o mesmo dia, depois da confissão de
nulidade de todos os governos existentes (ainda passará muito tempo
antes disso, talvez um século), providenciaremos para que não
haja conspiratas contra nós. Para esse efeito, condenaremos à
morte todos os que receberem nosso advento de armas em punho. Toda nova
criação de qualquer sociedade secreta será punida com
a morte. Aquelas que ora existem, que conhecemos, que nos serviram e que
ainda nos servem, serão abolidas e somente permitidas nos continentes
afastados da Europa. Assim, trataremos os franco-maçons cristãos
que sabem demasiado. Os que pouparmos, por qualquer razão, viverão
no perpétuo temor do exílio... Publicaremos uma lei, segundo
a qual os antigos membros das sociedades secretas deverão deixar
a Europa, centro de nosso Governo.
O
dever de todo Governo que reconhece que existe não é somente
gozar seus privilégios, mas exercer seus deveres e alcançar
o bem, embora à custa dos maiores sacrifícios. Para um Governo
ser inabalável, é preciso reforçar a auréola
de sua força, o que só se obtém mediante a majestosa
inflexibilidade do poder, que deve possuir os sinais de uma inviolabilidade
mística, da escolha feita por Deus.
Criaremos
e multiplicaremos as lojas maçônicas em todos os países
do mundo, atraindo para elas todos os que são ou possam ser agentes
proeminentes. Essas lojas formarão nosso principal aparelho de informações
e o meio mais influente de nossa atividade... É natural que sejamos
nós e ninguém mais quem conduza os negócios da franco-maçonaria,
porque nós sabemos aonde vamos, conhecemos a finalidade de toda a
ação, enquanto que os cristãos nada sabem, nem mesmo
o resultado imediato; geralmente se contentam com um êxito momentâneo
de amor-próprio na execução de seu plano, sem mesmo
dar fé que esse plano não provém de sua iniciativa,
mas que lhes foi por nós sugerido.
Os
cristãos entram nas lojas por curiosidade ou com a esperança
de comer uma fatia do bolo público com nosso auxílio; alguns
até para ter a possibilidade de exprimir, diante duma assistência,
seus sonhos irrealizáveis e sem base. Têm a sede da emoção,
do êxito e dos aplausos, que nós dispensamos sempre sem avareza.
Nós lhes damos esse êxito para aproveitar o contentamento próprio
que dele resulta e graças ao qual os homens aceitam nossas sugestões
sem se dar conta disso, plenamente persuadidos que exprimem em sua infalibilidade
suas idéias e que são incapazes de se apropriarem das dos
outros. Não podeis imaginar como se podem levar os cristãos
mais inteligentes a uma ingenuidade inconsciente, com a condição
de torná-los contentes com eles mesmos, e, ao mesmo tempo, como é
fácil desencorajá-los com o menor revés, embora somente
fazendo cessar os aplausos, o que os obriga a uma obediência servil,
a fim de obter novo triunfo.
A
morte é o fim inevitável de todos. Vale mais acelerar o fim
daqueles que põem obstáculo à nossa obra do que o nosso,
pois que criamos essa obra. Daremos a morte aos franco-maçons de
maneira que ninguém, salvo seus irmãos, possa desconfiar,
nem mesmo as próprias vítimas de nossas condenações.
Morrerão todos, quando se tornar necessário, como se fosse
de doença natural... Sabendo disso, a própria confraria não
ousará protestar. Essas medidas extirparão do seio da franco-maçonaria
todo germe de protesto.
Nosso
absolutismo será em tudo coerente. Por isto, nossa vontade será
respeitada e obedecida sem contestação todas as vezes que
dermos ordens. Ela não se preocupará com nenhum murmúrio,
com nenhum descontentamento, castigando de maneira exemplar toda e qualquer
revolta.
Se
o rei de Israel puser sobre a sua cabeça sagrada a coroa que a Europa
lhe oferecerá, tornar-se-á o patriarca do mundo. As vítimas
necessárias, feitas por ele, em obediência à utilidade,
jamais atingirão o número das vítimas oferecidas durante
séculos à loucura das grandezas pela rivalidade dos governos
cristãos.
A
fim de destruir todas as forças coletivas, exceto
as nossas, suprimiremos as universidades, primeira etapa do coletivismo,
e fundaremos outras com um novo espírito. Seus reitores e professores
serão preparados secretamente para a sua tarefa por meio de programas
de ação secretos e minuciosos, dos quais se não poderão
afastar uma linha. Serão nomeados com uma prudência muito especial
e serão inteiramente dependentes do Governo.
Já
tomamos as providências para desacreditar a classe dos padres cristãos,
desorganizando, assim, sua missão, que, atualmente, poderia atrapalhar-nos
bastante. Sua influência sobre os povos mingua dia-a-dia. Por toda
a parte, foi proclamada a liberdade de consciência. Por conseguinte,
somente um número de anos nos separa ainda da completa ruína
da religião cristã. Acabaremos mais facilmente ainda com as
outras religiões, porém ainda é muito cedo para falar
disso. Poremos o clericalismo e os clericais num âmbito tão
estreito que sua influência será nula em comparação
à que outrora tiveram. Quando chegar o momento de destruir definitivamente
a corte papal, o dedo de uma mão invisível aponta-la-á
aos povos. Mas, quando os povos se lançarem sobre ela, nós
apareceremos como seus defensores, a fim de não permitir o derramamento
de sangue. Com essa manobra, penetraremos no seio da praça e dela
só sairemos quando a tivermos completamente arruinado. O rei dos
judeus será o verdadeiro papa do Universo, o patriarca da Igreja
Internacional.
Quando
for necessário reforçar as medidas de proteção
policial, simularemos desordens e manifestações de descontentamento
expressas por bons oradores. Juntar-se-ão a eles pessoas que alimentem
os mesmos sentimentos. Isto nos servirá de pretexto para autorizar
buscas e vigilâncias, cujos agentes serão os servidores que
tivermos no seio da polícia dos cristãos.
É
necessário que os capitalistas sacrifiquem pequena
parte de seus rendimentos para assegurar o funcionamento da máquina
governamental. As necessidades do Estado devem ser pagas por aqueles a quem
suas riquezas permitam fazer isso sem sacrifício.
As
crises econômicas têm sido produzidas por nós entre os
cristãos, com o único fim de retirar dinheiro de circulação.
Capitais enormes ficaram estagnados, retirando dinheiro dos Estados, que
foram obrigados a recorrer a esses mesmos capitais, a fim de ter dinheiro.
Esses empréstimos sobrecarregaram as finanças dos Estados
com o pagamento de juros, escravizando-os ao Capital. A concentração
da indústria nas mãos dos capitalistas, que mataram a pequena
indústria, absorveu todas as forças do povo, e, ao mesmo tempo,
as do Estado.
Todo
empréstimo demonstra fraqueza do Estado e incompreensão dos
direitos do Estado. Os empréstimos, como a espada de Dâmocles,3
estão suspensos sobre a cabeça dos governantes que, em lugar
de tomar aquilo de que necessitavam aos seus súditos, por meio de
um imposto temporário, estendem a mão pedindo esmola aos nossos
banqueiros. Os empréstimos externos são sanguessugas que,
em caso algum, se podem arrancar do corpo do Estado, salvo se o largarem
por si ou se ele os extirpar radicalmente. Mas os Estados cristãos
não os arrancam e continuam a pôr outros, embora tenham de
perecer com essa sangria voluntária. Mas, na realidade, o que é
o empréstimo senão isso, sobretudo o empréstimo externo?
O empréstimo é uma emissão de letras de câmbio
do Governo, contendo uma obrigação a certa taxa de juros,
proporcional ao total do capital empregado. Se, por exemplo, o empréstimo
for taxado em 5%, em vinte anos o Estado terá pago, sem utilidade
alguma, tanto de juros quanto o capital; em quarenta anos o dobro da dívida;
e em sessenta o triplo e a dívida sempre por pagar. Vê-se,
assim, que, sob a forma de imposto individual, o Estado toma os últimos
centavos dos pobres contribuintes para pagar aos ricos estrangeiros, aos
quais tomou dinheiro emprestado, ao invés de ajuntar suas riquezas
para prover suas necessidades, sem o peso dos juros. Enquanto os empréstimos
foram internos, os cristãos somente transferiam o dinheiro do bolso
dos pobres para o dos ricos. Mas, quando nós compramos as pessoas
necessárias para transportar os empréstimos para o estrangeiro,
todas as riquezas dos Estados passaram para nossas caixas e todos os cristãos
começaram a pagar um tributo de sujeição. Se a leviandade
dos Governos cristãos, no que concerne aos negócios de Estado,
se a corrupção dos ministros ou a falta de inteligência
financeira dos outros governantes sobrecarregaram seus países de
dívidas que não podem reembolsar, é preciso que saibais
que isso nos custou muito dinheiro e esforço!
Substituiremos
as Bolsas por grandes estabelecimentos de crédito especial, cujo
destino será taxar os valores industriais de acordo com as vistas
do Governo. Esses estabelecimentos estarão em situação
de lançar até quinhentos milhões de ações
industriais em um dia. Desta maneira, todas as empresas industriais dependerão
de nós. Podereis imaginar que poder adquiriremos assim!
A
verdadeira liberdade consiste na inviolabilidade da pessoa que observa honestamente
e exatamente todas as leis da vida em comum; a dignidade humana consiste
na consciência de seus direitos e, ao mesmo tempo, dos direitos que
se não possuem, e não unicamente no desenvolvimento fantasista
do tema de seu Eu.
Nosso
poder será glorioso porque será forte, governando e dirigindo,
e não andando a reboque de líderes e oradores que gritam palavras
ocas, denominando-as de grandes princípio, as quais, na verdade,
não passam de utopias. Nosso poder será o árbitro da
ordem que fará toda a felicidade dos homens. A auréola desse
poder provocará a adoração mística e a veneração
dos povos. A verdadeira força não transige com direito algum,
nem mesmo com o direito divino: ninguém ousa atacá-la para
lhe arrancar a menor parcela de seu poder.
Para
que os povos se habituem à obediência é necessário
habituá-los à modéstia, diminuindo, por conseguinte,
a produção dos objetos de luxo. Assim, melhoraremos os costumes
corrompidos pela rivalidade do luxo.
Só
os que forem absolutamente capazes de um governo firme, inflexível
até a crueldade, receberão o poder das mãos de nossos
Sábios.
A
pessoa do Soberano Universal da estirpe santa de David deve
sacrificar a seu povo todos os gostos pessoais. Nosso soberano deve ser
de exemplar inatacabilidade.
O
progresso, como idéia falsa, serve para obscurecer a verdade, a fim
de que ninguém a conheça, salvo nós, os eleitos de
Deus e sua guarda. Quando vier o nosso reinado, nossos oradores raciocinarão
sobre os grandes problemas que emocionaram a Humanidade, para lavá-la,
afinal, ao nosso regime salutar. Quem duvidará, então, que
todos esses problemas foram inventados por nós de acordo com um plano
político que ninguém percebeu durante séculos?
Uma
Pergunta Final
Imagine
que você, sozinho ou et caterva, bolasse um plano de dominação
mundial que contemplasse, entre outras maldades e absurdidades, a prevalência
do direito do mais forte, o despotismo absoluto, o fim justificando os meios,
a destruição
dos presumidos privilégios da aristocracia dos cristãos, a
removibilidade dos representantes do povo em todos os níveis, as
guerras econômicas como base para a supremacia, o êxito das
doutrinas escravizadoras e destruidoras, a servidão econômica,
fermentações, discórdias e ódios no mundo inteiro
et cetera, eu pergunto: você divulgaria esse plano das trevas
em um livreto de merda – como esses Protocolos –
ou o manteria em mais absoluto
segredo para poder implementá-lo demoniacamente com bom resultado?
Vou
responder por você: não, nem você nem eu divulgaríamos
os nossos planos satânicos. Se o sigilo é tido como a alma
do negócio, em política, sigilo + conspiração
são as chaves do sucesso e da ascendência. Nos próprios
Protocolos, capítulo VII, está escrito: O
mais seguro caminho do êxito em política é o segredo
de todas as empresas e intenções.
E no capítulo XIII está registrado: As
questões da política não são acessíveis
a ninguém, exceto àqueles que as criaram, há muitos
séculos, e que as dirigem.
Logo, essa contraditória besteirada de plano internacional de dominação,
divulgado nos Protocolos, não passou jamais de um exercício
literário de baixa qualidade para explorar e manipular emoções
(como, por exemplo, afirmar absurdamente que a Revolução
Francesa... foi
totalmente obra de nossas mãos),
pérfido e cruel para pérfida e cruelmente desacreditar a comunidade
judaica mundial, e, de quebra, desabonar a Franco-maçonaria. Bolas,
muito pior fez o Inquisitio Haereticæ Pravitatis Sanctum Officium,
que mais do que apurar, punir, torturar e matar pessoas por heresia, embutia
obscuramente, como relata Oliveira Marques em História de Portugal,
objetivos ideológicos,
econômicos e sociais, consciente e inconscientemente expressos;
e pior ainda estão fazendo atualmente os odientos e prepotentes senhores
da guerra, cujo interesse exclusivo é o exclusivo interesse dos grupos
aos quais pertencem e dos quais são sócios efetivos. Discursar
sobre esta matéria é perder tempo; todos sabem como essa coisa
excrementícia funciona, até porque se o prazo de validade
das bombas vencer o prejuízo é incalculável.
Como exemplo, os filmes Diamantes
de Sangue e O Senhor da Guerra mostram um pouco dessas maquinações.
Um pouco, eu digo, porque, na vida, a coisa toda é muito mais dantiano-dantesca.
Particularmente, o filme-denúncia O Senhor da Guerra começa
com Nicolas Cage/Yuri Orlov declarando e perguntando: — Há
mais de 550 milhões de armas de fogo em circulação
no mundo. É uma arma para cada doze pessoas no Planeta. A única
questão é: como armamos as outras onze? Enfim,
é assim mesmo que pensam todos os filhos-da-puta e acólitos
da Grande Loja Negra.
Seja
como for, vou repetir o que escrevi mais acima: mas, no tempo que é
tempo e que não é tempo, penso que os Protocolos
e todos os sentimentos e opiniões desfavoráveis concebidos
sem um exame crítico acurado serão transmutados em uma linda
flor que desabrochará nos Corações dos que vencerem
suas perversidades, suas ilusões, seus preconceitos, suas cobiças,
suas medonhas paixões e seus anti-ismos. Ora bolas, queiramos
nós ou não queiramos nós, somos todos Um! Haveremos
de encarnar e de desencarnar até criarmos calo na bunda e quantas
vezes forem necessárias para aprendermos esta lição.
Rio
de Janeiro, 7 de setembro de 2008.
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Notas:
1. Revolução
Francesa é o nome dado ao conjunto de acontecimentos que, entre 5
de maio de 1789 e 9 de novembro de 1799, alteraram o quadro político
e social da França. Em causa estavam o Antigo Regime (Ancien
Régime) e a autoridade do clero e da nobreza. Foi influenciada
pelos ideais do Iluminismo e da Independência Americana (1776). Está
entre as maiores revoluções da história da Humanidade.
A Revolução Francesa é considerada como o acontecimento
que deu início à Idade Contemporânea. Aboliu a servidão
e os direitos feudais e proclamou os princípios universais de Liberdade,
Igualdade e Fraternidade (Liberté, Egalité, Fraternité),
frase de autoria do filósofo suíço, escritor, teórico
político e um compositor musical autodidata Jean-Jacques Rousseau
(Genebra, 28 de junho de 1712 – Ermenonville, 2 de julho de 1778).
Para a França, abriu-se em 1789 o longo período de convulsões
políticas do século XIX, fazendo-a passar por várias
repúblicas, uma ditadura, uma monarquia constitucional e dois impérios.
2. Em
um discurso célebre, Josef Stalin (Gori, Geórgia, 18 de dezembro
de 1878 – Moscou, 5 de março de 1953) disse: Em
1º de maio de 1937, não deverá haver nenhuma igreja mais
em toda Rússia. A idéia de Deus deverá ser desprezada
como um resto da Idade Média, como um instrumento que serviu de opressão
ao proletariado.
3. Dâmocles
é uma figura participante de uma anedota moral que foi uma adição
tardia para a cultura grega clássica. Dâmocles, ao que parece,
era um cortesão bastante bajulador na corte de Dionísio I
de Siracusa – um tirano do século 4 a.C em Siracusa, Sicília.
Ele dizia que, como um grande homem de poder e autoridade, Dionísio
era verdadeiramente afortunado. Dionísio ofereceu-se para trocar
de lugar com ele por um dia, para que ele também pudesse sentir o
gosto de toda esta sorte. À noite, um banquete foi realizado, onde
Dâmocles adorou ser servido como um rei. Somente ao fim da refeição
olhou para cima e percebeu uma espada afiada suspensa por um único
fio de rabo de cavalo, suspensa diretamente sobre sua cabeça. Imediatamente
perdeu o interesse pela excelente comida e pelos belos rapazes e abdicou
de seu posto, dizendo que não queria mais ser tão afortunado.
A espada de Dâmocles é uma alusão freqüentemente
usada para remeter a este conto, representando a insegurança daqueles
com grande poder (devido à possibilidade deste poder lhes ser tomado
de repente) ou, mais genericamente, a qualquer sentimento de danação
iminente.
Bibliografia:
OS PROTOCOLOS
DOS SÁBIOS DO SIÃO. São Paulo: Edições
Júpiter, s.d., 159 p.
Páginas
da Internet e Websites consultados:
http://pt.wikipedia.org/wiki/D%C3%A2mocles
http://pt.wikipedia.org/wiki/
Revolu%C3%A7%C3%A3o_Francesa
http://pt.wikipedia.org/
wiki/Inquisi%C3%A7%C3%A3o
http://www.terra.com.br/
istoe/edicoes/2001/artigo74201-1.htm
http://mortesubita.org/jack/miscelania/textos/protocolos
-dos-sabios-de-siao/protocolos-dos-sabios-de-siao/
http://www.radioislam.org/protocols/indexpo.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Nazismo
http://www.visaojudaica.com.br/
http://www.maleficence.hpgvip.ig.com.br/psiao.doc
http://brasil.indymedia.org/pt/blue/2003/10/265507.shtml
http://www.montfort.org.br/index.php?secao=cartas
&subsecao=outros&artigo=20060119001256&lang=bra
http://pt.wikipedia.org/wiki/
Os_Protocolos_dos_S%C3%A1bios_de_Si%C3%A3o
http://www.skepdic.com/brazil/protocolos_siao.html
http://paxprofundis.org/livros/adht/adht.htm
Fundo
musical:
Stiletto
Fonte:
http://www.geocities.com/musickaptain/teachhtml.html