Observação:
O final
deste poema e a animação que o encerra não pretendem,
sob qualquer aspecto, sugerir a existência de almas gêmeas.
A fantasia de uma
‘alma gêmea’ é um conceito contrário à
religião instituída, à metafísica fundamental
e à filosofia mística. Isto quem disse não
fui eu; foi Ralph
Maxwell Lewis
(1904 – 1987), segundo Imperator da
Ordem Rosacruz –
AMORC
(Antiga e Mística Ordem Rosæ Crucis) para a Jurisdição
Internacional das Américas, Comunidade Britânica de Nações,
França, Alemanha, Holanda, Suíça, Suécia e África
deste segundo Ciclo Iniciático no Ocidente, de 1939 à 1987.
Em Atalanta Fugiens, emblema XXI, Michael Maier (1568 – 1622),
escreveu: De um
homem e de uma mulher, faze um círculo; daí, um quadrado;
em seguida, um triângulo; depois, um círculo; e terás
a Pedra Filosofal. E Carl Gustav Jung (1875 – 1961) afirmou:
Em alguma parte,
alguma vez, houve uma Flor, uma Pedra, um Cristal; uma Rainha, um Rei, um
Palácio; um Amado e uma Amada, há muito tempo, no Mar, numa
Ilha, há cinco mil anos... É o Amor – a Flor Mística
da Alma – é o Centro, é o Si-Mesmo... Há
uma grande confusão entre Androginia Mística e o estapafúrdico
e retrocessivo [des]conceito de alma gêmea (mesmo que bem-intencionado).
Na peregrinação Daquilo que acabou por se tornar o homem (Homo
sapiens) como hoje é conhecido, em um dado momento, o
I (andrógino) se transmutou em Y (invertido), e o que era uma Unidade
Andrógina, à semelhança do Universo, bipartiu-se em
duas polaridades, por assim dizer, desconvergindo-se (para evolucionar).
Por isto, inclusive, a Lei da Necessidade (Lei da Reencarnação)
opera ciclicamente (não alternadamente), isto é: o ser –
positivo ou negativo, macho ou fêmea, homem ou mulher – manifesta-se
através das duas polaridades, uma vez positiva, outra negativa, o
que não obriga alternância imediata, mas se identifica e está
em conformidade com a Lei do Sete. A partir da transmutação
do I (andrógino) em Y (invertido, e, depois, bipartido), não
há retorno àquela condição originária/originante,
pois os dois componentes da primitiva Unidade (+ e –) seguem caminhos
ascensionais e reintegradores distintos, e, até que ocorra a reintegração
total de ambos, geralmente não há compatibilidade entre seus
estados vibratórios. E mesmo que houvesse simultaneidade vibrátil,
a refusão, repetindo Ralph Maxwell Lewis, é contrária
à religião instituída, à metafísica fundamental
e à filosofia mística, ou seja, é incompatível
com a autêntica Tradição Iniciática, desde sempre
uma e idêntica a si mesma. Retornar, freqüentemente, é
retroceder. E nem quando o mânvântâra
se transforma em prâlâya
há retrocesso. O novo mânvântâra
que sucederá o prâlâya,
que está a acordar, se encontrará em um ponto mais elevado
da Spira Legis
Universal – evento
cósmico que produz continuamente a evolução de tudo
(grifo meu), segundo o Frater Vicente Velado. Isto remete ao significado
místico da palavra AMORCUS, que é: Akhenaton
Magister Omnes Rosæ Circa Universus Spira, ou seja, Akhenaton
Mestre de Todas as Rosas em Torno da Espiral. Bem, quem sabe contrariando
o que acabei de explicar, penso que o conceito de evolução
(e também o de reintegração) é meramente simbólico,
e não expressa com o devido concerto o que normalmente pretende comunicar,
pois, não pode haver nem evolução nem reintegração
de algo em Algo, do qual o algo nunca esteve isolado ou separado. De maneira
geral, no que concerne à evolução, esta só ocorre
em um sistema termodinamicamente fechado (mesmo que, para nós, tenha
aparência de aberto) – que é aquele sistema que não
sofre interferência externa, não ganhando nem perdendo energia
para o exterior. Se o Universo é um, se as coisas que existem só
podem existir neste Universo, como poderá haver evolução,
mesmo considerando o Universo finito, porém ilimitado, e assim, fechado
em si mesmo? Evoluir de quê para quê? De onde para onde? Em
sua obra, Platão explica tudo isto muito direitinho. Tente, enfim,
entender a animação abaixo, considerando que não importa
que mudanças (grandes ou pequenas) aconteçam no Universo –
manvantáricas, pralaycas, químicas, físicas,
físico-químicas, nucleares, biológicas etc. –
a energia total deste mesmo Universo permanece constante. Realmente, nada
pôde, pode ou poderá ser criado ou destruído (no sentido
de desaparecimento), embora transformações de todas as gradações
estejam constantemente acontecendo no Universo, a mais exuberante de todas
sendo, efetivamente, a própria transformação
manvantárico/pralayca.
Música
de fundo:
Pra
Você
Composição e interpretação: Silvio Cesar
Fonte:
http://www.4shared.com/get/P-fQRhJ6/
Silvio_Cesar_-_Pra_voc.html