FRAGMENTOS
 

PENSAMENTOS MÍSTICOS

de

RALPH MAXWELL LEWIS
(SÂR VALIDIVAR)
2º Imperator da AMORC

1904 – 1987

 

 

RALPH MAXWELL LEWIS
Ralph M. Lewis

 

Uma colaboração de

Rodolfo Domenico Pizzinga
 


 

Música de fundo:
Te Deum (Mozart)

Fonte:
http://www7.plala.or.jp/machikun/hototogisu2.htm

 

 

NOTA EXPLICATIVA

 

Este trabalho, que estou iniciando hoje 24 de Abril de 2005, é uma pesquisa revisitadora que estou fazendo com o coração nas obras e artigos escritos por Ralph Maxwell Lewis. Não sei quando ficará pronto, e também não tenho pressa para acabar. Preciso (re)ler seus livros e artigos publicados na Revista O Rosacruz e selecionar aquilo que suponho que poderá auxiliar a quem vier a examinar este estudo. Mas, o fato é que, minha cabeça raciocina, meus dois dedos indicadores digitam, mas é o coração quem comanda. Por isso, vou confessar uma coisa: não consigo ver Ralph apenas como Imperator da AMORC. Nunca consegui. Tenho meus motivos e são inesquecíveis. Para mim, Ralph é um Irmão a quem amo profundamente. Ofereço a rosa abaixo ao meu irmão Ralph por tudo que fez pelos Rosacruzes e pela Humanidade. Paz Profunda a Ralph Maxwell Lewis.

 

        

 

Na área de trabalho do computador que uso para digitar estes textos, é o seu retrato, em vestes ritualísticas, que me lembra todos os dias: o Rosacruz é um ponto de interrogação permanente, e a sonhada Illuminação só poderá ser conquistada pelo mérito e pelo trabalho. Não há pistolão, não há milagre, não há atalho, isto é, a Iniciação Mística e a evolução da consciência requerem merecimento, gradatividade, dedicação e persistência. E também não é pelo fato de alguém ser Rosacruz (ou membro de outra Fraternida autêntica) que alcançará ipso facto a Illuminação. A Illuminação não é, por isso, uma mera diplomação; é o resultado de supremo esforço, irrestrita humildade, renúncia consciente e permanente disponibilidade para servir sem fazer qualquer tipo de aquilatação. No mínimo! Ela também não se constitui em um direito e muito menos em direito adquirido. No fim, o que regula o Processo Illuminante é mesmo o mérito. Por outro lado, alcançá-la, dizem os que a conquistaram, é dificílimo; perdê-la, facílimo. Por isso, muito, muito cuidado! Como diz o Grande Iniciado Francês Raymond Bernard: Na Via Iniciática prestigiosa que seguimos, as tentações são numerosas, as quedas ocasionais e a dúvida periódica. Mas, estimula nos lembrando: Nenhum místico, até mesmo o mais isolado, pode sentir-se sozinho, porque ele nunca está. E, por último, encoraja Bernard reproduzindo um ensinamento que aprendeu: A verdade saberá chegar ao coração daquele que espera.

Por isso, repito: todo cuidado é pouco! Contudo, acrescento para tranqüilidade de muitos: não importa se a Illuminação acontecerá conscientemente em uma dada encarnação. Se isto é desejável, não é de todo obrigatório nem objetivamente importante. Humildade e confiança, duas palavras que são muito mais do que simples palavras! São, na verdade, duas chaves, entre tantas, que abrem os portais da Eterna LLUZ, e que sussurram a todo momento: Atenção! O trabalho não terminará jamais!

Nesse sentido, é preciso distinguir com precisão o que é Iluminação do que é Illuminação. Mas, o simples aguçamento da intuição, à qual muitos não dão o devido valor, é indicativo de que algum tipo de Iluminação teve início e está em processo de se transmutar em Illuminação. Aquele que sabe esperar... O que é indubitável é que o Místico sincero reconhecerá que esteve no Caminho certo no exato momento de sua Grande Iniciação. Isto não falhará, se ele foi sincero, porque é impossível que seja abandonado ou esquecido nesta Hora Santa, porque, como diz Bernard, ele nunca está sozinho.

Paz Profunda!


 

SÍNTESE BIOGRÁFICA

 

 

 

No Manual Rosacruz, 6ª edição em português, nas páginas 182 a 184, há a uma biografia resumida da vida de Ralph Maxwell Lewis, de onde extraí os dados para fazer esta pequena síntese biográfica e na qual fiz pequenas edições que a seguir apresento. Adicionei neste item também algumas fotografias de momentos especiais da vida deste Ilustre Místico, a maioria colhida da Revista O Rosacruz publicada pela AMORC no século passado, pois sei que muitos Rosacruzes não tiveram a oportunidade de conhecê-las.

 

RALPH MAXWELL LEWIS
Ralph M. Lewis

 

Ralph M. Lewis foi o 2º Imperator da AMORC para a Jurisdição Internacional das Américas, Comunidade Britânica de Nações, França, Alemanha, Holanda, Suíça, Suécia e África deste segundo Ciclo Iníciático no Ocidente, que teve início em 1915, quando, em 1º de Abril, foi constituído o Conselho Supremo da AMORC na Cidade de Nova Iorque.

 

RALPH MAXWELL LEWIS
Ralph M. Lewis em 1939

 

EBENEZER O. AJAYI e RALPH MAXWELL LEWIS
Frater Ebenezer O. Ajayi,
ex-Mestre da Loja Isis,
AMORC, Lagos, Nigéria,
com o Imperator Ralph M. Lewis (1978)

 

Ralph Maxwell Lewis nasceu na Cidade de Nova Iorque, domingo, 14 de Fevereiro de 1904, às 10:30 horas. Seu pai, Harvey Spencer Lewis – primeiro Imperator da AMORC para as Américas do Norte e do Sul – nasceu em Nova Jersey e era de origem gaulesa, sendo descendente de Sir Robert Lewis, antigo colonizador americano. Sua mãe nasceu em Boston, Massachussetts.

 

HARVEY SPENCER LEWIS
Harvey Spencer Lewis

 

Seu pai, na ocasião de seu nascimento, era redator de um jornal de Nova Iorque e, embora ainda jovem, era conhecido em toda a Nação por seus artigos sobre questões metafísicas e pesquisas psicológicas em renomadas revistas e na imprensa diária.

 

RALPH MAXWELL LEWIS
Ralph M. Lewis

 

Ralph M. Lewis recebeu sua educação inicial nas escolas de Nova Iorque e na Academia Militar de Nova Jersey. Em 1918 sua família fixou residência em São Francisco, Califórnia. Em 1919, nesta Cidade, iniciou seus estudos de Direito e de Contabilidade, ao mesmo tempo em que se dedicava a trabalhos de escritório e a outras atividades para prover seu sustento. Desde adolescente manifestou profunda aversão pela rotina e por detalhes, embora possuísse uma incomum capacidade de organização. Já ocupações ou projetos que desafiassem sua imaginação e exigissem empreendimento criativo atraíam fortemente sua natureza. Pelos próximos quatro anos, quando o rádio ainda estava em sua infância e não havia qualquer aparelho receptor padronizado no mercado, colaborou com seu pai e outros pesquisadores em um laboratório especialmente equipado em um projeto de circuitos receptores e no aperfeiçoamento de diversos instrumentos.

 

RALPH MAXWELL LEWIS
Ralph M. Lewis à esquerda

 

RALPH MAXWELL LEWIS e a Junta Diretora da AMORC em 1981
Reunião Anual da Junta Diretora da AMORC,
Parque Rosacruz, San Jose, California, 1981.
A partir da esquerda e à volta da mesa:
Burnam Schaa, Supremo Tesoureiro,
Arthur Piepenbrink, Supremo Secretário;
Ralph M. Lewis, Imperator;
Cecil Poole, Vice-Presidente;
e Raymond Bernard,
Legado Supremo para a Europa.

 

Sua já mencionada aversão a detalhes deu origem a uma insatisfação mental insuperável, impelindo-o a buscar uma profissão que proporcionasse a liberdade necessária para dar vazão à sua imaginação. Foi por esse motivo que, na iminência de prestar exames para advogar no Foro, abandonou o curso de Direito. As questões abstratas começaram a exercer um fascínio cada vez maior sobre Ralph. Lia sobre oceanografia, arqueologia e geologia, especialmente os tópicos que penetravam no campo especulativo. Então, as conversas com seu pai acabaram por canalizar seu interesse para a ontologia, a metafísica e o misticismo.

Um fato muito interessante é que seu pai jamais insistiu com ele para que se tornasse membro ou estudante Rosa+Cruz. Todavia, as respostas e as explicações que recebia do pai para suas cogitações despertaram uma profunda admiração pelos ensinamentos Rosacruzes, tendo Ralph cruzado o Umbral da Ordem em 6 de Fevereiro de 1921, por permissão especial, exatamente oito dias antes de completar 17 (dezessete) anos. Passou pelos diversos Graus da Ordem na Loja de São Francisco e começou, a partir de então, a estudar, conscienciosa e sistematicamente, o pensamento filosófico de todas as épocas. Em 28 de Março de 1923 casou-se com Gladys Natishna Hammer, que ficaria conhecida de todos os Rosacruzes como Soror Gladys Lewis.

 

GLADYS LEWIS
Gladys Lewis

 

Em março de 1924 foi eleito Supremo Secretário da AMORC, e, posteriormente, com a transição de seu pai, em 2 de Agosto de 1939, foi eleito pela Junta de Diretores da Suprema Grande Loja da AMORC Imperator da Ordem, cargo que honradamente manteve até sua Grande Iniciação, em 12 de Janeiro de 1987. Missão Cósmica cumprida com todas as honras.

Nosso Irmão Ralph foi o criador e o incentivador de várias mudanças profundas nas normas administrativas da AMORC e na bendita e bem-aceita expansão da filiação de Sanctum. É, contudo, necessário que seja destacado que, à parte de seu amor filial por seu pai e de seu espírito empreendedor, prestou-lhe sempre grande respeito e admiração e manifestou-lhe de forma inquestionável a mais irrestrita lealdade.

Ralph foi delegado americano, em várias ocasiões, nas conferências da Federação das Ordens Arcanas da Europa — FUDOSI - Federation Universelle des Ordres et Societés Initiatiques — e, em virtude de seu alto cargo na AMORC e de seus méritos pessoais, foi recebido pelo Imperator da Rose Croix da Europa, tendo, também, obtido outros Graus Rosacruzes em Bruxelas.

 

FUDOSI

 

Em 1936 foi Iniciado na Ordem Rose-Croix Kabalistique e na Tradicional Ordem Martinista da Europa. Em março de 1940, nosso amado Irmão e Imperator foi eleito Presidente do Supremo Conselho Internacional da Ordem Rosæ Crucis. Dentre as diversas distinções que recebeu, sobressaem o grau honorário de Doutor em Literatura pela Universidade de Pesquisas Anghra da Índia e a Estrela e a Cruz da Ciência, do Conselho Acadêmico Internacional.

Dentre as múltiplas atividades de Ralph, contam-se a fundação da Grande Loja do Brasil, no verão de 1956, da qual, posteriormente, a Soror Maria A. Moura assumiu o cargo de Grande Mestre, e o restabelecimento da AMORC na França em 1959, onde foi instalado o Frater Christian Bernard como Grande Mestre. Presentemente o Frater Bernard é o Imperator da AMORC.

 

Maria A. Moura

 

RALPH MAXWELL LEWIS e CHRISTIAN BERNARD
Instalação do Grande Mestre da França
e países de língua francesa,
Christian Bernard,
pelo Imperator Ralph M. Lewis, em 1977.
O Frater Bernard atualmente é
Imperator da AMORC.

 

Finalmente, devo acrescentar que se não fosse a expansão da Ordem via afiliação de Sanctum, particularmente nós Rosacruzes do Brasil talvez não tivéssemos podido ser Iniciados nessa Augusta Fraternidade. Essa dívida de gratidão para com Ralph Maxwell Lewis não pode ser jamais esquecida. Jamais! Obrigado, meu muito querido Irmão Ralph, em nome de todos os Rosacruzes.

 

RALPH MAXWELL LEWIS e IRVING SÖDERLUND
Instalação do Frater Irving Söderlund
como Grande Mestre da AMORC
dos países escandinavos
pelo Imperator Ralph M. Lewis em 1977.

 

 

RALPH MAXWELL LEWIS
Outorga da Cidadania Curitibana
a Ralph M. Lewis em Sessão Solene
em 23 de Outubro de 1975,
na Câmara Municipal, Curitiba, Paraná.

 

 

 

 

FRAGMENTOS

 

Ralph M. Lewis

 

O simples fato de respirar coloca o homem entre dois mundos. A 'respiração' insufla a vida. Da vida emerge a consciência, o que, no homem, tem como resultado a criação da concepção de um 'mundo físico'. As outras conseqüências da respiração são certos estados subjetivos, como o de ser consciente de um Eu intangível e de ter sutis inclinações psíquicas.

No processo respiratório, a retenção do ar, desde que não provoque indisposição, ajuda a tornar o pensamento mais claro e a ativar seus processos. É preciso devolver o ar tão completamente quanto possível, sem experimentar o menor incômodo. A parada entre a inalação e a expiração só pode durar o tempo em que for suportável. Enfim, quando se faz esta experiência três ou quatro vezes experimenta-se um relaxamento sensível. Finalmente, o germe da alma encontra-se no ar que respiramos.

As predições de certos videntes... não são provas de dom ou de domínio de um método capaz de desvendar o futuro, mas pura conseqüência de 'análise atenta' do presente. Se você desejar saber como seria o amanhã ou como ele será de fato, inverta seu ponto de observação; coloque-se em um futuro indeterminado e volte seu olhar para o presente.

A doutrina essencial da religião do futuro nada mais será do que uma 'Inteligência Universal' – série ou encadeamento de causa – e 'perfeita' em seu conjunto, penetrando em todas as coisas. Esta religião estará fundamentada na crença de que todas as coisas são, em essência, ligadas ao homem, que tudo está nele, e que ele mesmo está unido a tudo. Não haverá seitas, mas graus, níveis de compreensão. O homem passará de um grau a outro, 'provando', por suas aptidões, que ele é digno deste avanço.

No futuro, a multiplicidade de condições sociais, de estados, de países e de nações desaparecerá. O mundo será então dividido, não em estados políticos, mas em zonas. Cada zona será determinada pelo aspecto de certas regiões, levando-se em conta o meio natural e geográfico e o nível social e intelectual dos habitantes. Assim, as regiões atrasadas do mundo terão as mesmas condições legais e políticas que gozam atualmente os países mais adiantados. Politicamente, em toda parte onde os homens residirem, serão considerados e aceitos como cidadãos iguais do 'Estado Mundial'.

No futuro, sendo a Terra a morada da Humanidade, ela será, igualmente, 'propriedade comum' de todos os homens. Não será permitido a nenhum homem e a nenhum grupo humano a pretensão de possuir vastas extensões de terra e somas grandes de riqueza. A riqueza e os recursos naturais serão heranças de toda a Humanidade. No futuro será proibido monopolizar o que é necessário ao Estado Mundial ou ao conjunto dos seus cidadãos.

No futuro, ninguém poderá desenvolver estudos tendo em vista uma profissão, se para ela não revelar qualidades que o vocacionem...

No futuro, os vastos espaços estelares estarão na medida da perfeição humana. Ao contrário do que hoje se pode ver, um Universo inimaginável será revelado ao homem. Instrumentos serão desenvolvidos a ponto de redespertar no homem uma faculdade natural já quase adormecida; e esta nova faculdade lhe permitirá conhecer uma existência que a atual consciência humana nem mesmo poderia imaginar. Ela revelará que existem 'em outras partes, no Universo, inteligências' que no momento não temos possibilidade de discernir.

No futuro, será possível 'projetar' um lugar qualquer em direção ao homem. Não lhe será mais necessário empregar um meio de transporte para 'ir' até ele. Enfim, o homem estará ' em relação' com um lugar determinado, 'sem se mexer de sua poltrona'. Suas reações psíquica e emotiva às impressões recebidas por projeção serão tão completas, como se o próprio meio onde ele se encontra se houvesse transformado no lugar para onde ele pretendia se deslocar.

No momento em que... considerarmos certos fenômenos ou certos estados como necessários ao nosso bem-estar, 'é preciso que nós o provoquemos'. Quando realizamos alguma coisa, somos o elemento que age. O resultado, se tiver que haver, vem a nós. Se tomamos parte na realização daquilo que desejamos, a fim de que se torne uma realidade, somos o seu 'criador'. Somos, assim, o verdadeiro 'criador' do obtido quando nos colocamos como causa consciente, quando pensamos, quando projetamos o método do qual um efeito poderá ser obtido. Por isso, um desejo é apenas um desejo e o pensamento por si só não pode criar. (Grifo meu).

O número oito (óctada) é um símbolo da regeneração. 888 é o número especial de Jesus Cristo, como Ele que é a ressurreição e a vida. A óctada é também um símbolo da Justiça, pois é composto de números pares e representa também divisões iguais.1

O número nove (enéada) é tido como o horizonte, 'pois limita todos os outros números'. É também chamado 'perfeito' porque é engendrado pela tríada (três), igualmente considerada 'perfeita'. É freqüentemente visto como o símbolo da indestrutibilidade da matéria, já que multiplicado por qualquer número reproduz-se sempre. Exemplo: 9 x 2 = 18 —› 1 + 8 = 9

O número dez (década) é o ponto mais elevado dos números – a 'plena realização dos números'. É chamado de 'cosmos' ou 'universo', do qual todos os números são apenas expressões ou manifestações.

Os símbolos dos números não têm poderes inatos. (Grifo meu).

É lamentável que muitos estudantes de misticismo e de ocultismo não tenham tido como preparação alguma noção básica de psicologia, de fisiologia e de física antes de tentarem o estudo dos aspectos elevados da existência humana.

 

Atração (-  +)
Repulsão (-  - )

 

Muitas pessoas, ao abordarem o estudo dos fenômenos ocultos e psíquicos, são tão entusiastas e desejosas de obter resultados, que tendem a interpretar as experiências mais elementares, de origem puramente fisiológica, como manisfestações cósmicas ou psíquicas; tudo o que não soa familiar torna-se, para elas, uma 'mensagem', e toda circunstância ou condição inabitual é um 'sinal' ou uma 'impressão'. Tal exagero reforça as práticas supersticiosas e constitui certamente uma aberração.

EXPERIMENTO: Olhe fixamente para uma lâmpada em seu quarto. Fixe os olhos na lâmpada por pelo menos trinta segundos. Depois, bruscamente, apague a luz para que o quarto fique na escuridão completa. Você observará, então, a imagem persistente negativa – a imagem, em seus olhos, da lâmpada elétrica. Esta imagem persistirá por vários segundos. Ela estará cercada de um brilho colorido que não corresponde à cor real que era irradiada da lâmpada. Tudo isso é bastante compreensível [em termos fisiológicos], mas certas pessoas considerarão que isto é um sinal de algum fenômeno psíquico [o que não é]. Há, entretanto, imagens e cores que vemos, ou parecemos ver, psiquicamente, que não têm qualquer fundamento fisiológico. ( Este experimento foi retirado do texto A Visão Psíquica ou o Terceiro Olho, de Ralph M. Lewis.).

 

Olhe fixamente para os quatro pontos centrais da figura acima durante aproximadamente 1 minuto. Depois, feche os olhos e observe o fenômeno da pós imagem, mantendo os olhos fechados sem abri-los. Ele se repete algumas vezes até a imagem desaparecer lenta e completamente. Este é apenas um (entre muitos) fenômeno fisiológico absolutamente natural. Nada tem de sobrenatural nem é indicativo de qualquer sinal de algum fenômeno psíquico ou místico.

 

O QUADRAGÉSIMO-SÉTIMO PROBLEMA DE EUCLIDES: O Problema é o resultado do trabalho de Pitágoras, que estudou os antigos mistérios egípcios nos velhos templos e mais tarde fundou um ramo da Irmandade Rosacruz. Pitágoras provou que a área do quadrado construído sobre a hipotenusa de um triângulo retângulo era igual à soma das áreas de dois triângulos menores construídos sobre os catetos do mesmo triângulo. Para os místicos, o Problema prova a afirmação dos Mestres que o triângulo é um símbolo da criação perfeita, porque contém tudo e sustentará tudo o que possa ser adequadamente construído sobre ele.

 

 

 

OS TRÊS DEGAUS: Ao se aproximar de um lugar 'santo' ou sagrado subia-se três degraus para indicar que aquele que se aproximava do ponto estava cônscio dos três Princípios da Natureza e de Deus, que lhe deu a existência terrena.

 

Fonte: Símbolos Antigos e Sagrados
Ralph Maxwell Lewis

 

DEUS  GEOMETRIZA

 

Fonte: Símbolos Antigos e Sagrados
Ralph Maxwell Lewis

Observação: No original do Autor, as figuras geométricas não estão coloridas. Para esta animação, as figuras geométricas aparecem coloridas apenas para oferecer uma melhor visualização. Portanto, em princípio, na presente animação em flash, as cores não simbolizam absolutamente nada, nem estão vinculadas ao sigificado místico dos símbolos examinados por Sâr Validivar.

 

ESTRELA DE SETE PONTAS: Representa os sete dias da semana, os sete braços do Candelabro de Moisés, as sete Igrejas da Ásia, os sete Selos Misteriosas, as sete Estrelas à mão direita de Deus, o ponto de unidade dos triângulos nos Planos Finito e Infinito.

ESTRELA DE OITO PONTAS: Representa a estabilidade nos Planos Cósmico e Material quando estão em harmonia entre si.

OCTÓGONO: Emblema da regeneração.

ESTRELA DE NOVE PONTAS: Emblema da espiritualidade, do amor, da alegria, da paz, da temperança e da bondade. O nove, como número místico, refere-se à inteireza fundamental e perfeição final de qualquer grande empreendimento, pois é o antigo símbolo do triângulo. O triângulo, em si, é um símbolo da perfeição em qualquer empreendimento, seja de natureza material ou espiritual.

ESTRELA DE DOZE PONTAS: Refere-se aos Discípulos, ao Conselho da Sabedoria Divina, à reunião dos Profetas, ao Conclave dos Santos Mestres que moraram entre os homens.

O OLHO QUE TUDO VÊ E O TRIÂNGULO

 

Fonte: Símbolos Antigos e Sagrados
Ralph Maxwell Lewis

 

O Olho que Tudo Vê sempre significou a Consciência que tudo penetra – a Consciência de Deus – ou a visão universal da Divindade. O homem jamais poderá escapar à Consciência Divina representada pelo Olho que Tudo Vê, e tampouco está [ou estará] fora do alcance da Divindade e de seu sistema de Leis. A combinação do Triângulo com o Olho refere-se à perfeição da Consciência Divina, Sua inteireza, Sua meticulosidade e Sua Natureza que tudo abrange.

A ROSACRUZ HERMÉTICA

 

Fonte: Símbolos Antigos e Sagrados
Ralph Maxwell Lewis

 

A Rosacruz Hermética é composta de duas Rosacruzes unidas numa só: a pequena Rosacruz no centro – representando o homem, o microcosmo – é o ponto central de uma rosa maior que está no coração da Grande Cruz que simboliza o macrocosmo. O símbolo completo, ou ROSACRUZ ENCICLOPÉDICA, simboliza toda a majestade, poder, beleza e proteção da Ordem Rosacruz.

MOVIMENTO CÓSMICO RÍTMICO

 

 

Este símbolo era uasado pelos antigos egípcios. Ele representa o Movimento Cósmico Rítmico do qual depende a existência de todas as coisas. O círculo representa o Cosmo ou o estado de ser – a eternidade sem começo nem fim. O seno, ou linha curva, representa o movimento perpétuo do Cosmo e o estado de equilíbrio que o Cosmo cria. O equilíbrio é indicado pela crista (parte superior da curva) e pela cava (parte inferior da curva), dividindo igualmente a área do círculo. Pode-se dizer também que este símbolo representa a divisão da vida, ou a simples divisão das células.


 

A QUINTESSÊNCIA

 

Fonte: Símbolos Antigos e Sagrados
Ralph Maxwell Lewis

 

O 5 representa a Quinta Essência dos Alquimistas. Este quinto elemento (ou 'Quint Essentia') era, segundo concebiam os Alquimistas, a 'Prima Materia'. Segundo a tradução de um arcaico Manuscrito Rosacruz de Alquimia tem-se: A Quintessência é o poder, a qualidade e a virtude de tudo e de cada coisa em a Natureza. É um quinto elemento dentro de toda matéria. A Quintessência forma a base da qual fluem os quatro elementos Fogo, Ar, Água e Terra, que são a morada da Quintessência. A Quintessência é uma essência muito sutil que penetra todos os objetos, mas, embora oculta, pode, não obstante, ser tornada particularmente discernível. Pelo seu poder e pela sua atividade todos os objetos são mutuamente atraídos ou repelidos, de acordo com suas polaridades. (Volte um pouco acima e reveja as animações relativas à atração e à repulsão, representativas da dualidade universal.).

A MAIS ANTIGA ALEGORIA ROSACRUZ

 

Fonte: Símbolos Antigos e Sagrados
Ralph Maxwell Lewis

Esta ilustração simbólica é a mais venerada de todas as alegorias Rosacruzes, pois representa os princípios fundamentais da filosofia da Ordem. O círculo maior é o emblema do macrocosmo sem começo nem fim. O triângulo é o símbolo da perfeição e representa a Lei da Dualidade – as forças binárias da Natureza combinando-se para produzir toda a criação. O círculo menor, com as figuras humanas em seu interior, refere-se ao microcosmo – parte do macrocosmo – sendo governado pelas mesmas Leis que regem o macrocosmo. O quadrado simboliza a estabilidade e indica que toda conduta humana, de acordo com os princípios dos mundos macro e microscópico, é apropriada e se presta a uma vida em segurança. Os outros símbolos geométricos que aparecem na cena alegórica visam ensinar que as Leis do Universo são verdades organizadas e tão fidedignas quanto os axiomas da matemática, uma das ciências baseada nessas Leis Universais.

 

 

 

Observação: este estudo continuará em um próximo volume.

BIBLIOGRAFIA

BERNARD, Raymond. Fragmentos da sabedoria Rosacruz. 2ª ed. Copyright © 1974 by Ancient Mystical Order Rosæ Crucis – AMORC, San Jose, California, EUA. Coordenação de Maria A. Moura, FRC. Rio de Janeiro: Editora Renes, s.d.

LEWIS, H. Spencer. Manual Rosacruz. 6ª ed. Copyright © 1918 by Ancient Mystical Order Rosæ Crucis – AMORC, San Jose, California, EUA. Coordenação de Maria A. Moura, FRC. Rio de Janeiro: Editora Renes, s.d.

LEWIS, Ralph M. Símbolos antigos e sagrados. Copyright © 1944 by Ancient Mystical Order Rosæ Crucis – AMORC, San Jose, California, EUA. Coordenação de Maria A. Moura, FRC. Rio de Janeiro: Editora Renes, 1979.

 

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NOTA                                                        

1.

10 + 8 + 200 + 70 + 400 + 200 = 888