ESPECULAÇÕES
NUMÉRICO–CABALÍSTICAS SOBRE A UNIVERSALIDADE DOS
NÚMEROS (1)
Rodolfo
Domenico Pizzinga
Música
de fundo: New York, New York
Fonte: http://www.musicasmaq.com.br/
VIDÉRE.
AUDÍRE.
TACÊRE.
Desde
tempos imemoriais, os números vêm exercendo sobre a mente
humana um tal fascínio e influência e produzindo desdobramentos
tão variados, que se torna, presentemente, difícil senão
impossível, a padronização, a sistematização
e a unificação de suas representações e
utilizações, no que concerne a uma compreensão
unitária, por exemplo, das teodicéias e da metafísica.
Isto porque um número (ou conjunto de números) pode ter
significados diferentes, aplicações diferentes e interpretações
diferentes, dependendo de quem os está utilizando e para quê.
Os múltiplos modelos atômicos – de Leucipo e de Demócrito
até Dalton e deste à contemporaneidade – exemplificam
esta convicção. Os próprios nêutrons e prótons
em um instante são, e em outro já não são.
A Física Nuclear, hoje, admite que prótons e nêutrons
representam estados quânticos de uma mesma partícula nuclear.
Quando esta se modifica (transmuta) de um estado quântico em outro
e vice–versa, quatro partículas acham–se envolvidas
no fenômeno. Os dois processos podem ser representados pelas seguintes
equações nucleares:
a)
n —› p + -
+ *
b) p —› n + +
+
nos
quais n representa o nêutron, p o próton, -
o elétron, +
o pósitron, o *
antineutrino e o neutrino.
Comprovou–se experimentalmente que o eixo do spin do
neutrino é paralelo à direção do seu movimento,
enquanto o outro é antiparalelo, ou seja, um spin é
dextrógiro e o outro é levógiro.
Movimento
do Neutrino |
Movimento do Antineutrino |
|
|
Sentido do Spin
(dextrógiro) |
Sentido
do Spin
(levógiro) |
|
|
Assim,
não há em dois instantes distintos o mesmo número
de partículas com características iguais. O que há
é uma probabilidade de haver x prótons e y nêutrons
em um núcleo atômico, x e y podendo ser iguais ou diferentes.
Todavia, para o somatório de todos os instantes a carga nuclear
é estável, desde que o elemento não seja radioativo.
Pode–se especular ainda que o núcleo seja, na realidade,
formado de três partículas: nêutron (n), próton
(p+) e antipróton (p–), respectivamente,
com carga nula, positiva e negativa. Para não estender demais
este assunto, que em realidade se insere no domínio da física
nuclear, apresentar–se–ão apenas dois exemplos complicadores
do que acima se referiu. O primeiro diz respeito à captura de
um elétron, que pode ser representado da forma abaixo:
p+ + e– —› n +
E o segundo exemplo é
o que resulta da reação esperada entre um antineutrino
e um próton:
* + p+ —›
n + +
Assim, pode–se admitir
e chegar a duas conclusões esotéricas fundamentais. Há
dois tipos básicos de partículas no Universo: o
elétron positivo e o elétron negativo. Por outro lado,
os dois tipos de neutrino não podem ser desconsiderados; e, no
Universo, em última instância, a energia primordial tem
dupla natureza vibratória, cada coisa existente dependendo exclusivamente
do número de vibrações por segundo (freqüência
vibratória). Esta freqüência vibratória é,
em realidade, a Quarta Dimensão, que sob este aspecto deveria
verdadeiramente ser considerada a primeira. Este conhecimento arcano
é a base primigênia da Alquimia Operativa e da Alquimia
Transcendental. Tudo no Universo resume–se a compreender e a operar
adequadamente a Lei que rege e regula Quarta Dimensão. Concluindo,
tem–se: primeira dimensão, freqüência vibratória;
segunda dimensão, comprimento; terceira dimensão, largura;
e quarta dimensão, espessura. Todavia, o Universo não
se resume a apenas quatro dimensões... Na realidade, os Três
Planos Cósmicos apresentam propriedades dessemelhantes. No Plano
mais elevado, por exemplo, não existe entropia.
Há que ser acrescentado,
contudo, que o pósitron não tem existência independente,
e acaba, depois de produzido, em um tempo mais ou menos rápido,
combinando–se com um elétron. Por aniquilação,
são produzidos dois quanta (pacotes) de radiação
gama, segundo a equação:
+ + -
—› 2 hf,
na qual h é a constante de Planck e f a freqüência
da radiação produzida.
Essa mesma energia, contudo,
pode ser convertida em partículas materiais, ou seja, um par
elétron–pósitron. E o que se tem é:
ENERGIA
‹—› PAR ELÉTRON–PÓSITRON
Anaximandro (610 a.C.) sustentava que todas
as coisas provinham de uma única substância essencial,
e que, por algum processo desconhecido (que Einstein viria revelar),
todas as produções do Universo (Plano Terra) dela se originavam.
À energia universal os Rosacruzes denominam energia de Espírito.
Esta energia tem caráter vibratório – começando
com duas vibrações por segundo na primeira oitava –
é dual em natureza e se manifesta de acordo com a Lei do Triângulo
ou Lei das Três Pontas.
UM + DOIS = TRÊS
+ =
O
Outras considerações
poderiam ser feitas sobre os estudos referentes aos híperons
e à 1ª partícula elementar M, esta última
considerada uma carga não–giratória da ordem de
7 x 107 elétrons–volt (70 MeV). Há, ainda,
outras partículas como o méson–mu ou muon, o méson–pi,
o quark nuclear, o méson–K etc. O que se propõe
hoje, no campo da física nuclear, é que todas as demais
partículas elementares que possuem massa superior à do
elétron, são consideradas como produto da combinação
da partícula elementar M com o muon. Por outro lado, o méson–mu
desintegra–se produzindo elétrons (e+
e e-) e neutrinos (
e *).
Nesse sentido, os físicos
acabarão reconhecendo que os elétrons (positivos e negativos)
são as unidades fundamentais da Natureza, assim como já
se verificou que a energia é o ventre e o jazigo do próprio
elétron, e que a matéria nada mais é do que manifestação
energética em oitavas mais baixas (freqüências inferiores).
E assim, tudo é vibração. Matéria e energia
são partes integrantes de um mesmo TODO, ou seja, variedades
alotrópicas desse mesmo TODO.
Por outro lado, por efeito
da interação de um fóton gama (de energia específica
hf) com um núcleo pesado (chumbo, por exemplo), formam–se
um pósitron e um elétron, e as energias envolvidas são
dadas pela equação:
hf = 2 mec2 + E1
+ E2,
na qual mec2 é a energia correspondente
à massa em repouso de cada partícula, e E1
e E2 suas respectivas energias cinéticas
no momento em que são produzidas.
Não estarão
nestas descobertas relativamente recentes (aniquilação
ou reprocessamento e produção) o segredo que os Adeptos
sempre conheceram? A utilização da luz polarizada (por
exemplo proveniente da Lua) sempre foi utilizada nos processos alquímicos
operativos e transcendentais. A interação da luz lunar
com a matéria em mutação no crucibulum,
em algum passo da obra, não poderá produzir alterações
que a ciência ainda não descobriu? Essa é apenas
uma parte da questão, na qual o próprio Alquimista é
parte integrante do processo, como campo de força e agente da
transmutação. A Alquimia Transcendental, que ocorre no
próprio homem – meta primordial, na verdade exclusiva,
de todo Adepto – é de outra natureza, pois outra ordem
de transmutação necessariamente acontece. O próprio
ozônio (O3) possui propriedades desconhecidas
da ciência, mas conhecidas dos ocultistas.
Atualmente, a própria
massa não pode absolutamente ser considerada como tal (nem como
massa em si, nem como quantidade fixa, definida e invariável),
porque a Relatividade Einsteiniana relativizou esse conceito. Uma das
conseqüências mais fantásticas da Teoria Restrita
da Relatividade é o fato de que a massa de uma partícula
é função de sua velocidade, ou seja:
m = m0 ÷ (1 – v² / c²)1/2,
na qual m é a massa da partícula relativista, m0
é a massa da partícula quando se encontra em repouso em
relação ao observador, v é a velocidade da partícula
relativista e c é a velocidade da luz. Assim, desta espetacular
e reveladora compreensão, pode–se concluir:
a) v —› 0 —› m —›
m0
b) v —› c —› m
—›
Outra conseqüência
excepcional decorrente da Teoria da Relatividade Restrita é o
fato de que parte do trabalho efetuado sobre a partícula relativista
é utilizado para aumentar sua massa, e, assim, a distinção
entre massa e energia torna–se imprecisa. Hoje a física
considera a massa como forma de energia, e Einstein deduziu uma equação
singela para explicar o fenômeno:
E
= mc2
na qual E é a energia total da partícula relativista e
c2 é o fator para conversão de uma quantidade
de energia expressa em unidades de massa em unidades de energia. Para
um melhor esclarecimento sobre esses pontos pode–se consultar
qualquer obra que trate dessas questões. Cabe observar, todavia,
que a Teoria da Relatividade Restrita de Einstein, presentemente, tem
sido alvo de novas revisitações. Mas, inapelavelmente,
matéria é energia, e os fenômenos que se passam
no nível dos núcleos dos átomos demonstram tal
evidência mais do que em qualquer outra circunstância. Primariamente,
o Universo é energia. Dual. Em um Plano Superior não-entrópico
as coisas, smj, acontecem de maneira diferente. Os Imortais não
são mortais.
Albert
Einstein
Por
último, vou reproduzir a explicação oferecida por
Honório Ferreira Neto para a Nova Teoria da Gravitação.
Seja um ponto móvel M, deslocando-se sobre uma esfera. Suponhamos
que nenhuma força atue sobre ele. Qual será sua trajetória?
Segundo o Princípio da Inércia seria uma reta, mas não
há retas traçadas sobre a esfera. Podemos substituir a
condição imposta ao ponto M, de se deslocar sobre a esfera
pela seguinte: o ponto M é livre, mas submetido a uma força
fictícia tal que sua trajetória é necessariamente
traçada sobre a esfera. É fácil calcular essa força
fictícia e dela deduzir que a trajetória de M é
um círculo máximo. Para a Relatividade a força–peso
é uma força fictícia, pois se pode fazê-la
desaparecer, ao menos em uma pequena região, por uma escolha
judiciosa do sistema de coordenadas.
Segundo a Relatividade, o que faz os Planetas girarem
em volta do Sol é a curvatura do Espaço Tempo, e
não uma 'força'. Observe o GIF acima. Honório
Ferreira Neto
http://gold.br.inter.net/honorio/relativ.htm
Há
ainda uma questão interessante: a dilatação do
tempo. De uma maneira geral, as pessoas pensam que o tempo também
é uma 'coisa' absoluta, isto é: uma hora em casa,
sentado, vendo televisão é igual a uma hora em objeto
voador intergalático. Ora, a física demonstrou que não
é. Vou ceder a palavra a Roberto F. Silvestre. Na opinião
popular comum, a distância entre dois pontos fixos do espaço
seria única e bem definida para todos que a avaliassem com precisão.
Da mesma maneira, o intervalo de tempo transcorrido entre dois acontecimentos
deveria ser o mesmo para todos que o medissem com relógios perfeitos.
Mas a realidade não é tão simples assim. Coisas
estranhas acontecem quando participamos de uma viagem espacial a uma
velocidade comparável à da luz. Além de afetar
a distância a ser percorrida, o movimento rápido altera
o fluxo do tempo, como diversos experimentos o comprovam. Embora seja
surpreendente, quem viaja rápido envelhece mais devagar,
porque o tempo dentro da nave passa mais lentamente se comparado com
o tempo de quem fica na Terra. De dois irmãos gêmeos, se
um permanecer em casa e o outro viajar rapidamente até uma estrela,
ficarão ambos surpresos quando estiverem de novo juntos. O
jovem viajante aventureiro terá, então, um irmão
gêmeo muito idoso.
(Grifos meus). Quem sabe aí está a fabulosa explicação
para as viagens dos OVNIs, nas quais seria utilizado o efeito da dilatação
do tempo para percorrer trilhões de quilômetros em poucos
dias e até em poucas horas. O filme Contatos Imediatos do
Terceiro Grau (Close Encounters of the Third Kind),
dirigido por Steven Spielberg, mostra este fenômeno no final
do filme.
No
domínio da Filosofia, particularmente da Metafísica, que
dizer? Só para ficar com um bom exemplo, basta lembrar que o
um transcendente é completamente diverso do UM IMANENTE, ainda
que ambos emblemem o Absoluto. Univocidade para uns; analogicidade para
outros. Panteísmo, Pancosmismo, Panenteísmo, Pansatanismo,
Pampsiquismo, Palingênese, Pan–animismo, Panlogismo, Pansofia,
Panspermia, Pantiteísmo, Vitalismo, Voluntarismo, Criacionismo
etc. Um novo termo, para indicar a proposição de uma nova
forma de visualizar o Cósmico, vai agora sugerida: TEOCIENTISMO.
Verdadeiramente o Teocientismo equivale, na Tradição,
ao conceito de Teocracia Mística.
Ao se adentrar pela Alquimia,
pelo Esoterismo (nomeadamente o de CARIZ INICIÁTICO) e pela KaBaLa
(principalmente a Literal), as interpretações possíveis
que os números podem assumir, inclinam a desestimular os espíritos
mais conservadores e pouco afeitos à pesquisa filosófica
e à Tradição Iniciática Primordial. A compreensão
do real significado dos números, em um contexto específico,
demanda uma mente aberta e perquiridora, pois os véus a serem
rasgados sucedem–se por labirintos, a maior parte das vezes, incompreensíveis
e indecifráveis. Por isso, ser um bom matemático é
condição necessária, mas não suficiente
para se penetrar nessa matéria, que é a da compreensibilidade
do Ser, do Universo e das relações que os envolvem. As
dificuldades, mas ultrapassáveis, são de outra magnitude.
Para ficar rapidamente com um exemplo: o Número 777. Observem
e reflitam sobre as operações abaixo, que, à primeira
vista, parecem elementares.
777
= 700 + 70 + 7
777
= 7 + 7 + 7 = 21
21
= 2 + 1 = 3
tem como valor pleno 111 (ALePh = 1 + 30 + 80)
111
= 1 + 1 + 1 = 3
Então,
em certo sentido, 777 = 111.
Mas
para a TRADIÇÃO (oriunda da TRADIÇÃO PRIMORDIAL)
isso nunca se constituiu em estorvo mais sério. O cálculo
infinitesimal foi trazido à luz por dois grandes iniciados: Newton
e Leibniz. E o valor de pi –
– sempre foi conhecido do Budismo e utilizado pelos seguidores
dos preceitos de Siddharta Gautama (566 a.C. – 486 a.C.) para
explicar leis esotéricas. Os números irracionais (p. ex.
= 1,414213562... e o próprio zero) nunca foram realmente desconhecidos
dos antigos iniciados (Pitágoras por exemplo), e algumas considerações
que hoje são feitas sobre eles perderam seu sentido tradicional
e perpétuo. Isto, evidentemente, fora da Linha Iniciática.
Nesta oportunidade, far–se–ão alguns acréscimos
sobre o Teorema de Pitágoras. A atualidade imutável por
detrás da Geometria é que o Teorema em sua essência
prisca, é uma variante da Lei Cósmica das Três Pontas;
ou seja, a Lei do Triângulo como se tem afirmado. E assim se pode
perceber porque a criação divina é obra de separação.
Antes apresentarei um fragmento das reflexões de Vicente
Velado,
FRC
e Abade da Ordo
Svmmvm Bonvm
para o Terceiro Mundo. Considera o pensador místico que, basicamente,
existam Três Planos: Plano Material, Plano Simbólico e
Plano Intuído. Sobre cada um ele oferece as seguintes explicações:
a) O Plano Material é o Plano no qual a ilusão predomina;
b) O Plano Simbólico é a dimensão manifestativa
na qual os seres existem permanentemente, sejam eles seres do Primeiro
Ciclo ou de outro Ciclo; e c) O Plano Intuído é
o cenário no qual Nada Absoluto e Existência Contínua
se alternam em uma justaposição perfeita. Neste Plano
o tempo não existe. Nem existe qualquer hierarquia ou sequer
uma tênue possibilidade de hierarquização. Neste
Plano Perfeito, o Tudo é o Nada e o Nada é o Tudo, alternadamente,
e essa espécie de pêndulo eterno é que gera a Espiral
da Força, a qual é chamada de Tempo. Neste Plano nunca
houve começo e tudo sempre existiu. Também não
há fim.
No
Princípio... O PONTO...
Depois... O TRIÂNGULO...
Enfim, 343... Mas, 3 + 4 + 3 = 10 = 1
A OBRA é lenta, mas plausível.
No Teorema do Sábio
de Samos as três expressões matemáticas que satisfazem
as condições para representar a hipotenusa e os dois catetos
são:
Hipotenusa: 2n² + 2n + 1,
Cateto maior: 2n² + 2n e
Cateto menor: 2n + 1,
nas quais n tem, obrigatoriamente, que ser diferente de zero. Para o
Triângulo de Ouro tem–se n = 1. Portanto:
Hipotenusa: 2(1)² + 2(1) + 1 = 5
Cateto maior: 2(1)² + 2(1) = 4
Cateto menor: 2(1) + 1 = 3.
TRÊS, já se teve
oportunidade de referir, representa a manifestação perfeita,
os Sagrados Sephiroth Superiores e as três matrizes do
alfabeto hebraico. Em outro sentido, o conceito de homem (pai) pode
por ele também ser expresso. Três encontra seu apogeu,
sua culminação ou seu ponto máximo em 3 x 3 (3²),
vale dizer, 9. 4 (quatro) é o número da mulher (mãe,
matriz, porta do devenir), e sua perfeição é alcançada
em 16, ou seja 4 x 4 (4²). A consulta ao Gênese
I (Sepher Bereshith) demonstrará cabalmente que um ciclo
de criação é composto de três dias com quatro
atos criativos. E a criação integral compõe–se
de dez expressões ao longo de seis dias. Com a oitava expressão
foi criado o homem; sede férteis e multiplicai–vos
foi a sua nona expressão; e a décima expressão
referiu–se à alimentação do homem. No Gênese
II há um segundo relato modificado da Criação,
mas mantido o princípio simbólico das Dez Expressões
Criativas. À esta altura desta pesquisa também parece
já ter ficado patente, que a Bíblia pode ser lida de quatro
maneiras distintas: histórica, alegórica, teológica
ou esotérico–cabalística. Há também
a maneira falaz. Mas, a única absolutamente correta é
a esotérico–cabalística. Entretanto, para desencanto
dos menos esforçados, muitas são as dificuldades para
a correta decifração de seus dédalos. Entre tantas
operações que se inserem na KaBaLa Literal, três
precisam integralmente ser conhecidas, quais sejam: Notaricon,
Gematria e Temura. E a Bíblia Sagrada nada
mais é — no que ainda guarda de autêntico e tradicional
— do que pura e genuína KaBaLa. Talvez as maiores
maldades teológicas tenham sido a ocultação deliberada
deste arcano saber e as supressões daquilo que era julgado incompreensível,
desnecessário ou temerário. Um exemplo foi o decreto supressório
da LEI DA NECESSIDADE, por imposição de Justiniano. Mas,
há adulterações piores. Quem pesquisar encontrará.
Voltando ao Teorema de Pitágoras,
pode–se aduzir que, juntos, homem e mulher (ativo e passivo),
contemplam sua máxima realização e perfeição
em 9 + 16 = 25, ou seja, a suprema realização de 5 (que
é o número do filho). Em outros termos: princípio
positivo equivale ao 3, princípio maternal (negativo) equivale
ao 4 e caráter duplo (filho) equivale ao 5. 3 é masculino
ativo, solar e dourado; 4 é feminino, passivo, lunar e prateado;
e 5 representa a síntese desses dois princípios. 3, 4
e 5 são os únicos números inteiros seqüenciais
aplicáveis ao Teorema de Pitágoras: 3² + 4²
= 5² –› 9 + 16 = 25, ou seja: a² = b² + c².
O Triângulo de Pitágoras,
em última instância, regula o funcionamento do Mundo Divino,
do universo intelectual e do plano físico. Na Esfera Divina,
pode-se admitir a hipotenusa representando a Lei Universal (que não
é alcançável para o mortal), e os dois catetos
a Potência Suprema e a realização ilimitada das
virtualidades do Absoluto. No plano intelectual – conforme o entendimento
de J. E. Bucheli – a hipotenusa é a religião e os
catetos simbolizam quadruplamente a fecundação e a realização
das idéias do Ser: afirmação, negação,
discussão e solução. No domínio físico,
a inspiração é representada pela hipotenusa, e
os catetos formam a ação fecunda da Natureza e a realização
dos atos humanos por meio da verdade, da justiça, da vontade
e da energia. Há um paralelismo esotérico–cultural
que pode ser verificado ao se consultarem as lâminas correspondentes
aos Arcanos III, IV e V do Tarô. Todavia, o Teorema resolvido
para 3, 4 e 5 dá: 9 + 16 = 25. E assim, em um plano mais elevado
têm–se os números 9, 16 (que se desdobra em 10 e
6) e 25 (que se desdobra, por sua vez, em 20 e 5). Nesse sentido, outras
relações aparecem para os números 9, 10, 6, 20
e 5. Novamente se podem obter informações adicionais se
se consultarem as Lâminas IX, X, VI e XI dos Arcanos Maiores do
Tarô. A correlação para o número 20 não
se faz com a Lâmina XX e sim com a XI. Observe–se que XI
equivale a 2 (1 +1), e 20 nada mais é do que 2 em um nível
que lhe é imediatamente superior. Aliás, o Tarô
é outra obra irredutível.
Em outra relação,
e sobremodo mais hermética, quando inscrito no centro de uma
estrela de cinco pontas, o 5 representa a QUINTESSÊNCIA (QUINT
ESSENTIA). Segundo a tradição pitagórica –
portanto anterior ao pensamento aristotélico – há
cinco elementos: fogo, ar, água e terra e a quintessência.
Na verdade, tanto os pitagóricos quanto os alquimistas acreditavam
que a QUINTESSÊNCIA era a matéria primeira da qual os outros
quatro elementos haviam se originado. Fogo, ar, água e terra
podem, segundo antigo manuscrito Rosacruz, ser considerados a morada
da QUINTESSÊNCIA. E a PEDRA FILOSOFAL nada mais é
do que um estado da matéria ainda desconhecido. Fogo, Ar, Água
e Terra é a ordem correta dos quatro elementos, no que concerne
ao aspecto esotérico dos secretos ensinamentos: energia radiante,
movimento ou impulso da ação, matéria protoplasmática
programada e concreção de formas e atributos.
Os
Quatro Elementos - Água
(Jan Bruegel - 1525-1569)
Volvendo
ao âmbito cabalístico, 5 possui caráter supraterrenal
e equivale à letra HE do Santo Nome. IOD–HE–VAV–HE
(10–5–6–5) que se compõe de dois dez. Ao primeiro
dez (IOD) dá–se a denominação de
Dez de Cima; o segundo dez está dividido (5 + 5) –
HE–HE – e só o segundo HE
manifesta–se no plano terrenal.
VAV tem a função
de gancho (5–6–5).
Assim, 10–5 (IOD–HE)
pertencem ao Plano Superior, enquanto 6–5
(VAV–HE) correspondem a este mundo. Outra forma de compreender
a reintegração do homem é pela união de
6–5 com 10–5
(VAV–HE com IOD–HE)
formando uma Unidade: IEVE. Como disse Oscar Wilde no seu cárcere
de Reading: Tudo que é compreendido está certo
(relativamente, porque as verdades percebidas são sempre transitivas).
Portanto: HUMILDADE!
Este é, iniciaticamente,
o último estágio – último portal –
a ser realizado: a compreensão assintótica absoluta. Mas,
compreensão assintótica absoluta é uma impossibilidade
cósmica. De qualquer sorte, este conceito, esotericamente, remete
ao primeiro sephirah – KeTheR (20–400–200)
– a esfera das 620 (seiscentas e vinte) luzes, a coroa da suprema
realização, a Paz Profunda refletida de AIN SOPh.
Este é o mistério dos mistérios. Mas, para além
de KeTheR, há AIN SOPh...! E para além?
É preciso peregrinar... Ad æternum!
Por último, deve–se
referir que o perímetro do Triângulo de Ouro é 12
(3 + 4 + 5), e que a soma das áreas dos quadrados construídos
sobre seus lados é 50 (cinqüenta). E cinqüenta pode
e deve ser entendido de duas formas equivalentes, quais sejam: 10 +
10 + 10 + 10 + 9 + 1 ou 49 + 1. Cinqüenta é, portanto, um
mundo novo – o último a ser descortinado. Cinqüenta
está também biblicamente associado ao oitavo dia –
o dia da revelação – (72 + 1). É a pedra
que falta da ponta da Pirâmide.
Mas,
de quantas Pirâmides constitui–se o Universo? Quantos Universos
existem no Universo? Alguém saberá?
Universo Pulsátil
Não foi a Qüinquagésima
Porta pela qual Moisés não conseguiu entrar, e aquela
a qual o homem mortal nunca viu? Para conhecer (se isto for possível,
o que não creio) esta Porta (a PORTA),
o homem deverá ultrapassar a condição de deus–mortal,
e se reunir àqueles que se imortalizaram – Homens–Deuses
(isto é possível). Ao alcançar e ultrapassar o
oitavo dia, a qüinquagésima porta será simbólica
mas não efetivamente aberta (8 —› 9). Mas o que haverá
para além dessa PORTA?
Enfim, para Pitágoras,
que proclamou que no Universo tudo é número, estes (os
números) são princípios absolutos aplicados, minimamente,
em aritmética, em música, em magnitudes geométricas
em repouso e em magnitudes astronômicas em movimento.
Entretanto, à margem
do âmbito esotérico–iniciático–cabalístico
três correlações numéricas inusitadas e desconcertantes,
todavia pouco conhecidas, podem ser trazidas à reflexão.
Mas se impõe uma especial advertência: o que se seguirá
não implica, sub–repticiamente, em nenhuma pretensão
no sentido de induzir e/ou de conduzir a essência desta pesquisa
para meandros de feição vulgar, supersticiosa, ortodoxa
ou heterodoxa de qualquer natureza, como não pretende arrepiar
as presumidas boas expectativas que este ensaio possa vir a produzir.
São tão–só três especulações
numéricas apresentadas exclusivamente para reflexão e
comparação. Operar com números pode levar a equívocos
irreconciliáveis. Ou não. Mas é sempre necessário
ter muita cautela.
Primeiro palco: TITANIC. A
primeira relação que se pode aduzir é relativa
ao número de letras da palavra em questão: 7 letras. A
consulta ao Arcano VII do Tarô, entre outras possibilidades, informa:
... viagem rápida e luxuosa... a origem desta carta pode simbolizar
destruição divina... colapso de planos. Se, em outra direção,
se usar o sistema de computação numérica latina
(a = 1; b = 2; c = 3; d = 4; e = 5; f = 6; g = 7; h = 8; i, j, y = 9;
k = 10; l = 20; m = 30; n, ñ = 40; o = 50; p = 60; q = 70; r
= 80; s = 90; t = 100; u, v, w = 200; x = 300; e z = 400), tem–se
para a palavra TITANIC: 100 + 9 + 100 + 1 + 40 + 9 + 3 = 262 –›
10. O Arcano X propõe: ... dia funesto... súbita alteração...
empreendimento falhado. Esta foi a segunda relação. E
agora, a última. 14 de Abril de 1912, data do acidente, ou seja,
14 – 4 – 1912. Isto equivale a: 1 + 4 + 4 + 1 + 9 + 1 +
2 = 22 ? 4. O Arcano XXII (ou zero) do Tarô é o Arcano
d’O Louco e representa todo aquele que busca experiências.
Está associado a viagens e significa também um novo capítulo,
podendo envolver um risco que necessite sabedoria e coragem. Tanto 4
quanto 22 indicam provas e dores. Por último, não se pode
deixar de mencionar que ao se efetuar a soma do dia e do mês do
trágico acidente com o TITANIC encontra–se 18, que somado
ao ano do acontecimento – 1912 – oferece, como resultado
1930, ou seja, 1 + 9 + 3 = 13. O Arcano XIII do Tarô simboliza
a Morte. O profano deve morrer para renascer na Vida Superior...
Iniciaticamente, o Arcano XIII representa o Espírito Santo dos
Gnósticos – o Paracleto Consolador. Libertação!
Morte iniciática! Pela morte o iniciado desprende–se do
que é inferior. Ascensão iniciática integral! Entretanto,
não foi esta morte que experimentaram os passageiros do vapor
mencionado. Entretanto, não deixou de ser uma Iniciação.
A morte violenta, dolorosa, inesperada e traumática só
acontece, quando e se esta experiência não puder ser atenuada
ou transmutada pelo mérito e pela elevação daquele
que alcançou a condição cármica para realizar
sua reintegração e aprendizado de forma diversa da aqui
recordada. O sofrimento – qualquer que seja sua natureza –
é a forma mais primária de compensação e
elevação. Mas, por outro lado, o sofrimento pode significar
elevação. Mas, isto é para os Altos Iniciados.
Contudo, ao cabo de contas, tudo é acréscimo, conhecimento,
percepção e encorajamento para continuar no Caminho que
leva ao Grande Encontro com o Inefável Mistério. Nada,
absolutamente nada, é desnecessário, inútil, insensato,
vazio ou desprovido de sentido no âmbito da Consciência.
A dor de ontem é a segurança de hoje e o estabelecimento
de amanhã. Penso, realmente, que seja assim.
E, como, de passagem, têm–se
feito rápidas referências ao Tarô, deve–se
saber que além de os 22 Arcanos Maiores estarem relacionados
às 22 letras do Alfabeto Hebraico, as 78 cartas do Tarô
simbolizam o Valor Secreto do número 12. Por sua vez, 12 por
adição é igual a 3, e 78 por adição
é igual a 15, que se reduz a 6. 3 tem como Valor Secreto exatamente
o número 6, que corresponde à letra VAV. Voltando
a Platão, recorda–se que, segundo este Pensador, o modelo
usado por Deus para organizar o Cosmos foi um Dodecaedro (Éter).
Fogo, Ar, Água e Terra tinham por sólidos geométricos,
respectivamente, um tetraedro, um octaedro, um icosaedro e um cubo.
E o Universo era simbolizado por uma esfera. Por isso, é imprescindível
entender o simbolismo do Ovo do Mundo. Só, então, compreender–se–á
porque a Serpente (ovípara) sempre simbolizou a Sabedoria e o
EMBLEMA DO LOGOS OU DOS NASCIDOS POR SI MESMOS.
Dodecahedron
Ouroboros
Voltando ao acidente com o
TITANIC, o que talvez se possa presumir é que naquele dia fatídico,
as vidas que se esvaíram cumpriram juntas uma experiência
coletiva, das quais não tinham prévia consciência.
Algo semelhante ocorreu no World Trade Center no dia 11 de Setembro
de 2001. Arrisca–se dizer que a grande maioria daqueles que vivenciaram
aqueles dois lances traumáticos saíram fortalecidos do
episódio, ainda que, se pudessem optar, obviamente não
escolheriam aquele tipo de sofrimento. Boa oportunidade para recordar
que o livre–arbítrio e a Lei da Compensação
(ou da Reciprocidade) atuam juntos e operam indissoluvelmente associados.
As pessoas que estavam naquele Transatlântico e as que sofreram
no atentado ao WTC, naquele dia e naquela hora, formaram e compuseram
uma massa vibratória propícia para que sucedesse o que
sucedeu. Não existe acaso no Universo. Ainda que todos nós
tenhamos nos horrorizado com os dois lances, os sofrimentos dos que
partiram, em ambos os casos, foram úteis. Para eles e para nós
que não passamos diretamente por eles. Mas, dormindo...
Talvez
– e apenas talvez – se uma só pessoa, antes do acidente,
estivesse CONTEMPLATIVAMENTE ORANDO AO DEUS DE SUA COMPREENSÃO
– talvez, repete–se! – o episódio pudesse ter
sido TRANSMUTADO. Nada é mais poderoso do que a ORAÇÃO
(COMUNHÃO CÓSMICA), na qual o peticionário se entrega
no seio da Consciência Cósmica (FIAT VOLUNTAS TUA).
Porque se for da vontade de Deus (do nosso Deus Interno) e dos Mestres...
Em princípio, nada é imutável, nada está
predestinado, nada é insolúvel e nada é definitivo.
Se há alguma predestinação, ela pode ser alquimiada.
Não são, afinal, movimento e mudança que regem
o Universo? A própria vida seria desprovida de sentido se as
coisas não pudessem ser modificadas. A dor e o sofrimento são
apenas formas compensatórias que podem – e devem –
ser transmutadas em amor, compreensão e serviço. A compensação
pela dor é o estágio mais elementar da ascensão
reintegratória da Humanidade. Contudo, muitos se salvaram da
tragédia com o TITANIC.
Segundo palco: Segunda Grande
Guerra. Início: 1 – 9 – 1939; término: 8 –
5 – 1945. A adição numérica destas datas
é 32 (trinta e dois). A redução é 5 (cinco).
Por outro lado, a adição numérica das cifras que
compõem os anos do início e do término deste conflito
é igual a 22 (vinte e dois), que se reduz a 4 (quatro), e a 19
(dezenove), que se reduz a 10 (dez). A consulta aos Arcanos IV, X, XIX
e XXII do Tarô é altamente esclarecedora. Um nome terrível:
Adolf Hitler. Ao se somarem os valores das letras do seu nome, consoante
o alfabeto alemão, obtém–se: 1 + 4 + (15) + (12)
+ 6 + 8 + 9 + (20) + (12) + 5 + (18), ou seja, 1 + 4 + 6 + 3 + 6 + 8
+ 9 + 2 + 3 + 5 + 9 cujo resultado é 56. Por outro lado, Hitler
nasceu em 1889 e morreu em 1945 (1945 – 1889 = 56). Mais não
deve ser especulado.
Este é um bom momento
para se fazerem algumas advertências complementares. O que precisa
ficar absolutamente claro é que os símbolos dos números
– como enfatizou Ralph Maxwell Lewis – NÃO
TÊM PODERES INATOS. Atribuir poderes anímicos
aos números não passa de simples e subalterna superstição.
Um número é meramente um instrumento. SEUS PODERES
CONSISTEM EM SUAS APLICAÇÕES, NÃO EM SUA FORMA
OU NA EXPRESSÃO FÍSICA QUE POSSUEM. Há
que ser observado também, por exemplo, que o mesmo número
pode apresentar possibilidades distintas. Mas, para reforçar
a advertência de Ralph Lewis, traz–se à cogitação
o número 13. No Tarô, a Lâmina 13 representa a MORTE;
em outro plano é o número do amor universal, simbolizado
pelos doze Apóstolos e Jesus. E, em outro Plano, representa The
13 Elders and the True R+C.
Já, neste sentido, a morte é Iniciática, e, portanto,
um ato de amor! O perímetro do Triângulo de Ouro mais o
próprio Triângulo é outro exemplo (12 + 1 = 13).
Todavia, os números indubitavelmente ocultam leis e princípios
cósmicos, conhecidos, desde sempre, pela Tradição.
Isto é outra coisa. O Universo está apoiado na aritmética
e na geometria, e a KaBaLa, por exemplo, reflete todo esse
saber. Zohar, Sepher Yezirah, Apocalipse,
Gênesis, entre outras, são obras eminentemente
numérico–cabalísticas. Em verdade, a Bíblia
(o que restou de útil) é um conjunto de ensinamentos cabalísticos.
Mas, quem sabe, não profana o saber; fala aquele que não
sabe, presumindo saber o que não sabe. Poder é silêncio;
silêncio é poder. Poder sem desenvolvimento espiritual
(iniciático) é nada. Mas, com a Iniciação
advém o poder, cuja finalidade maior é o serviço
altruístico. Mal–aventurado o Iniciado que sirva ao que
não deve ser servido, ou que se sirva daquilo do qual está
eticamente impedido. Abusar da ignorância alheia é, sob
qualquer título, inadmissível. Em última instância,
os números (que nada mais são do que símbolos)
podem estar, por sua vez, associados a vários outros símbolos.
Assim, é imperativo separar o Puro do impuro, o Lícito
do ilícito, a LEI da lei. E, desta forma, todo e qualquer símbolo
poderá ser projetado e assumido pelo ser em forma seqüencial.
Este processo envolverá sempre o microcosmo e o Macrocosmo. E,
assim, os 13 ELDERS são 1.
|
SÍMBOLO |
|
ASSUNÇÃO |
|
PROJEÇÃO |
|
SER |
|
Por esses motivos e por todos
os outros até agora examinados, não pode ser esquecido
nem pode ser negado, que um conhecimento profundo, arcano e iniciático
envolve harmoniosamente os números e as Leis que regem a Criação,
cuja base reguladora é o PRINCÍPIO DE CAUSALIDADE. Esta
monografia, ainda que limitadamente, vem demonstrando esta inconteste
verdade à exaustão. De outro modo, não haveria
Pitágoras, Platão, João, o Evangelista, Heinrich
Khunrath, Robert Fludd, Michael Maier e tantos outros. Enfim, como poderiam
ser previstos o 4 de Outubro e o 5 de Abril? Essas datas mudaram o eixo
que orientava os caminhos da Humanidade. Da mesma forma, a palavra TOB
(9 + 6 + 2) remete simbolicamente ao primeiro relato da criação.
E Deus viu que era bom (TOB). E Deus viu que era 17, ou
seja, 17 é a expressão final de uma conclusão.
Por outro lado, 17 é equivalente a 8 (adição).
Nos primeiros séculos do Cristianismo as pias batismais tinham
forma octogonal. Por detrás do simbolismo, esta simples construção
pretendia indicar, que para alcançar o 9 o 8 teria que ser ultrapassado.
Mas, a grande vitória é superar o SETE. Não são
os diversos batismos (iniciações) que promovem subliminarmente
mudanças internas na personalidade–alma? Há também
que ser lembrada a preferência especial que os Templários
tinham pelo número 8. Construções templárias,
como as Capelas de Laon, Metz e Londres têm forma octogonal. E,
na Itália Central, na localidade de Andria, um monumental Castelo
foi construído por Frederico II de Hohenstauffen sobre uma planta
octavada. Todos os detalhes da planta do Castelo repetem–se em
disposições octogonais.
Ainda se pode aludir ao fato
de que 153 por adição é igual a 9, o Horizonte,
pois, limita todos os outros números. Assim, 17 –›
8 e 153 –› 9. Barreira e Iluminação.
E como disse Mateus em seu Evangelho IV, 11: Então
o demônio deixou–O; e eis que os anjos se aproximaram e
O serviram. Não é (representa) JHESU o HORIZONTE,
o TaV, que é o ALeF, para o qual ascensionalmente
caminham cada ser e todos os seres? Entretanto, é impossível
alcançar a Rosa de Sharon com um salto, e sem desvios também
não.
Estas últimas especulações
remetem ao símbolo de Ouroboros anteriormente apresentado.
Ouro em copta significa rei, e ob em hebreu quer dizer
serpente. Ouroboros simboliza o arquétipo do eterno
retorno e a transformação do Eterno Imutável. Representa
também o início da OBRA. Quando o dragão (à
semelhança da serpente) houver integralmente se despojado de
sua pele, da sua peçonha, será obtida a Medicina Universal.
Ou como está escrito em antiqüíssimo provérbio
hermético: Com o homem e a mulher, faze um círculo;
quando juntares a cabeça à cauda terás a Obra completa.
Mas que também não se esqueça de outro velho
ditado: Natura non facit saltus. Negro. Branco. Vermelho. Todo
este simbolismo está secretamente revelado nas cores da bandeira
francesa, na qual o negro foi substituído pelo azul. (verde?).
Esse sacrossanto e multimilenar conhecimento vem produzindo,
em vários estágios ascensionais da Humanidade, a amalgamação
de Leis, Princípios, Conceitos etc., que se fundem em novas (mas
sempre as mesmas) concepções. A busca da sabedoria é
inata no ser. Um exemplo próximo é o da Doutrina Teosófica,
sistematizada inspiradoramente por Helena P. Blavatsky (1831–1891)
sob a orientação de KUT
HU MI.
Nela, o fundamento teosófico está expresso no emblema
da Sociedade Teosófica, que combina quatro símbolos universais:
Ouroboros ocidental, Suástica oriental, Estrela de Davi
e ANKH
do Egito Antigo. Após a morte de Madame Blavatsky a Teosofia
tomou outros rumos, e, na Europa, a seção alemã,
sob a responsabilidade de Rudolf Steiner (1861–1925), em 1913,
separou–se da sede principal, que havia sido transferida, em 1879,
para Adyar, Índia, e estabeleceu a Sociedade Antroposófica.
Examinar os porquês do cisma extrapolam os propósitos deste
estudo. O que pode, entretanto, ser comentado nesta ocasião,
é que à toda expansão segue–se uma contração,
e vice–versa. Segundo KUT HU MI, DE ACORDO COM A LEI DOS CICLOS,
TUDO ACONTECE NO UNIVERSO PROVOCANDO UMA CONTRAÇÃO DEPOIS
DE UM PERÍODO DE EXPANSÃO... E assim, em outro sentido,
depois do 8 de Maio de 1945, silenciosamente aconteceu o 5 de Fevereiro
de 1962. Pisces encerrou–se; Aquarius nasceu.
O lado trevoso e melancólico
que ronda movimentos humanitários e progressistas como a Sociedade
Teosófica e as Ordens Iniciáticas, é aquele originado
da incompreensão esotérica de seus ensinamentos, produzindo
algumas vezes, reflexos distorcidos, como especificamente foi o caso
da ideologia nazi. As idéias de pureza racial de Houston Stewart
Chamberlain (1855 – 1927) e as teses esquizofrênico–racistas
de Guido von List (1848-1919) e de Jörg Lanz von Liebenfels (1874-1954)
— que em 1904 publicou o sua obra macabra A Teozoologia
(Die Theozoologie), na qual defendia a esterilização
dos elementos das por ele denominadas raças inferiores —
artificialmente conciliadas com a proposição teosófica
da ascensão da Humanidade de uma raça–mãe
ariana (ariano só pode ser entendido no sentido de Portador da
Luz, Iluminado; quanto à raça, eram os Atlantes aqueles
que originalmente ensinavam a língua e a cultura ariana) para
uma raça espiritualmente sublimada de indivíduos, acabaram
por desaguar no hediondo Terceiro Reich e no previsível Holocausto.
A coisa era mais ou menos assim: Os Arianos são Deuses. Deuses
que convivem com raças inferiores. E na condição
divina, por carregarem o sangue puro e sagrado, eles têm o direito
de eliminar as anomalias da Terra. As outras raças são
cruzamentos de Deuses (eles) com bestas da natureza. Deve–se
atentar para o fato escandaloso de que a suástica nazista foi
produzida pela inversão odiosa de um dos mais sagrados símbolos
usados no Tibet pela GRANDE FRATERNIDADE BRANCA.
Mas, não disse o dezoito em Mein Kampf: Ao resistir
contra o Judeu, luto pela obra do Senhor? (Consultar o texto que
consta deste Website denominado Perpetuando a Tradição).
Hoje, sabe–se e parece ter ficado esclarecido, que os próceres
do Partido Nazista – e particularmente Hitler – apoiavam–se
em forças e organizações secretas, cujos propósitos
são totalmente conhecidos dos Irmãos de Branco. Não
é sem motivo que o Füher era vegetariano, não fumava
e não bebia.
Mas
a LUZ não se apaga jamais. Da obscuridade e da aridez espirituais,
nova efusão de Sabedoria e Amor lentamente brotaram dos Mundos
Superiores. E o terceiro milênio vivenciará essa LUZ em
um esplendor jamais experimentado, ou conhecido anteriormente na Terra.
A título de recordação
as estatísticas oficiais informaram logo após o término
da Segunda Guerra, que o número de mortos havia chegado a 14.050.000
(quatorze milhões e cinqüenta mil) pessoas, 11.000.000 (onze
milhões) de soldados inválidos ou mutilados, 9.000.000
(nove milhões) de civis assassinados e 10.000.000 (dez milhões)
de desalojados. A economia mundial ficou arruinada, e em acréscimo
a esse saldo horripilante, três países perderam sua independência
e oito foram convertidos em satélites. As hostilidades impuseram
ao mundo uma sangria de recursos da ordem de dezenas de bilhões
de dólares. Só em Hiroshima e Nagazaki morreram instantaneamente
200.000 (duzentas mil) pessoas, e 100.000 (cem mil) vieram a falecer
nos anos subseqüentes em decorrência dos efeitos residuais
das radiações. Acredita–se que os números
apresentados podem estar minimizados e que as cifras sejam mais estarrecedoras.
Todavia, precisa ser compreendido
que, ainda que por mecanismos ocultos, a guerra, semelhantemente à
oração coletiva, gera uma enorme expansão de consciência
e uma regeneração, que, no curso do tempo, produz mudanças
no próprio ser e em todos os quadrantes do Planeta. Isto não
significa que os Mestres, os Adeptos e os Discípulos apóiem
as guerras. Pelo contrário. A dor e o sofrimento são opções
estritamente humanas, ainda que desintencionais na maioria das vezes.
A intencionalidade, quando há, é de outra magnitude. As
múltiplas patologias não serão abordadas neste
texto.
Fica a pergunta: que sentimentos
devem ter perpassado as mentes (em outra dimensão) de Blavatsky,
de KUT HU MI e de MORIA (seus Mestres diretos) com os acontecimentos
que se sucederam aos desdobramentos e ao cisma da Sociedade Teosófica?
O que é induvidável é que a Humanidade escolheu,
tolerou e obteve. Mais não deve ser dito. Os Mestres e seus discípulos
não podem ser acusados ou responsabilizados pelas humanas deficiências.
A verdade é que o que acontece é desejado e bom,
como dizia a famosa mística indiana Mâ Ananda Moyî
(1896–1982). Pode não ser conscientemente desejado; mas
o resultado final será sempre ascensional e bom, ainda que não
exista um télos (definitivo) programado na Consciência
Cósmica.
Retrocedendo um pouco, o pensamento
poderá recordar o massacre dos Cátaros ordenado por Inocêncio
III e os horrores da santa inquisição.
Atualizando este mesmo pensamento, podem–se reviver a Guerra do
Golfo, a intervenção da OTAN no Kosovo, o êxodo
checheno imposto pela Rússia e o fratricídio na Colômbia,
na Irlanda do Norte e em algumas partes da África. Os episódios
dantescos do
WTC
e da (Es)
(pa)
(nha),
a última intervenção no Iraque
e o conflito (interminável?) entre palestinos
e (ju)
(deus)
são os exemplos mais recentes. E assim, a dor é uma opção,
o amor um sentimento e a compreensão uma conquista. Entre a dor
e a compreensão, um longo e doloroso caminho haverá de
ser percorrido. OUROBOROS. CRISTO–LAPIS. LUZ. PALAVRA.
VERBUM DIMISSUM SEMPITERNUM, ao invés de epíteto.
PEDRA, ao invés de ladrilho.
TIPHERETH, ao invés de beleza.
URIEL, ao invés de luz.
KeTheR, ao invés de coroa.
Homem–ladrilho, homem–PEDRA, HOMEM–VERBO. Eis, simbólica
e apocopadamente, as etapas da Ressurreição Escatológica
do ser:
•
• • 8
9
ALEF • •
•
Ou,
em outra dimensão:
•
• • 666
777
888 999
1000 • •
•
É
exclusivamente pela decodificação equivocada dos símbolos
(políticos, ideológicos, culturais, teológicos,
científicos, filosóficos, esotéricos e outros),
oriunda da ignorância e da distração esotérico–espiritual
que faz o homem mergulhar no caos, ainda que, sob o aspecto da ascensão
e da reintegração na Unidade, os fragmentos deste derrame
de energia e de esforços frustrados, sejam fatores integrantes
da perfeição a ser alcançada, todavia perfeita
perenemente em si mesma. Em realidade, disse KUT HU MI: ESSES
SOFRIMENTOS SÃO COMO AS DORES DO CRESCIMENTO ESPIRITUAL... E
PARA CADA INDIVÍDUO, A ANGÚSTIA ATUAL DARÁ COMO
RESULTADO FORTALEZA ESPIRITUAL, CONFIANÇA EM SI MESMO, FELICIDADE
[PAZ] PROFUNDA, ILUMINAÇÃO E EXPANSÃO DA
CONSCIÊNCIA. Os sofrimentos depuram; o prazer dissipa
e anestesia. A dor fortalece e recolhe; os gozos enfraquecem e gastam.
Tudo é útil na reintegração do ser. Por
isso, ainda que tenham sofrido com os descaminhos trilhados e involuntariamente
propiciados pela Sociedade Teosófica, Ele e Blavatsky sempre
souberam que a LUZ não é alcançada em uma única
empreitada. A senda é estreita, longa e árdua. O próprio
Cristianismo Gnóstico não gerou (involuntariamente) os
vários catolicismos deturpados que vêm apocopando e minimizando
as consciências incautas? Alguns deles não promoveram (e
promovem) as maiores insanidades em nome de deus...?
Prosseguindo: A Grande Pirâmide
do Egito, localizada no centro exato da Terra, além de revelar
princípios astrológicos, matemáticos, geométricos
e astronômicos conhecidos dos antigos, era um TEMPLO INICIÁTICO.
O Sarcófago era um sítio (sagrado) Batismal, no qual o
postulante era convertido em ADEPTO, ou seja, MORRIA PARA NASCER NA
LUZ. Na Câmara do Rei os iniciados das antigas escolas de misticismo
eram elevados a uma nova vida de maior iluminação. Ali
aconteceu a maior iniciação da história da Humanidade.
Documentos muito antigos e comprovadamente autênticos atestam
que foi naquele local sagrado, tornado sagrado pelo coração,
pela mente e pela conduta dos que ali se reuniam, que JESUS FOI
ELEVADO AO MAIS ALTO PINÁCULO DA INICIAÇÃO E PROCLAMADO
A ENCARNAÇÃO DO LOGOS VIVENTE, antes de principiar
sua vida pública, historicamente registrada com a Cerimônia
do Batismo (voluntariamente por Ele aceita) no Rio Jordão. Naquele
Rio iniciou–se o Mistério do Golgotha... Harvey Spencer
Lewis (Sâr Alden) legou à Humanidade um acervo bibliográfico
específico sobre esses temas, e particularmente sobre esse assunto
três são fundamentais: A Vida Mística de Jesus,
As Doutrinas Secretas de Jesus e A Profecia Simbólica
da Grande Pirâmide. O que não se deve confundir é
a pessoa do Mestre Ascensionado Jesus com o Cristo Cósmico. Isto
será tema para outro ensaio.
A
Grande Pirâmide do Egito
A
Grande Pirâmide do Egito
(Câmara da Rainha)
A
Grande Pirâmide do Egito
(Câmara do Rei)
A Grande Pirâmide oculta
em seu seio um conjunto de informações que só muito
recentemente foram descobertas. A unidade utilizada na sua construção
– polegada da pirâmide – era a mesma unidade de medida
utilizada pelos hebreus. Hoje, sabe–se que se forem somados os
comprimentos dos quatro lados do quadrado sobre o qual repousa a Grande
Pirâmide, acha–se um perímetro total de 36.524 (trinta
e seis mil quinhentas e vinte e quatro) polegadas, que equivale a 100
(cem) vezes a extensão do ano solar, ou seja, 365,24 dias. Segundo
Harvey S. Lewis – e fica evidente – a Grande Pirâmide
não é apenas simbólica em suas medidas. Ela,
em realidade, revela um conhecimento específico e universal que
era trabalhado nos antigos Centros Iniciáticos, no qual o NÚMERO
era a chave secreta e que só paulatinamente era desvelada. Número
é ordem, e no Universo tudo é ordem. Por isso, das reflexões
de Pitágoras e de Platão, por exemplo, pode–se inferir
uma dupla igualdade:
UNIVERSO
= KÓSMOS = ORDEM
Voltando à Grande Pirâmide,
a medição da altura (incluindo o ápice primitivamente
existente) dá como valor 5.813 (cinco mil oitocentas e treze)
polegadas do vértice à base, que equivale ao raio do círculo
do ciclo solar. O interior da Pirâmide, tanto quanto seu exterior,
revela profeticamente, através de suas dimensões,
cruzamento de linhas, interseção de corredores etc. acontecimentos
notáveis da história da Humanidade. Alguns desses instantes
históricos, determinados pelas pesquisas de diversos cientistas,
dentre os quais sobressai o próprio Harvey
Spencer Lewis,
têm sido objeto de exaustivas investigações e comparações
com outras fontes semelhantes encontradas em diversos pontos do Planeta.
A tabulação de diversas medidas da Grande Pirâmide
e de outros monumentos tem sistematicamente ensinado aos pesquisadores
interessados neste tema, que os números (aritmética e
geometria) sempre foram utilizados no passado pelas antigas escolas
de mistério para os mais variados fins, inclusive para alertar
e preparar a Humanidade para eventos que sempre puderam ser previstos
e MODIFICADOS. O cumprimento das previsões feitas no passado
pelos mais variados instrumentos, só demonstra que a vaidade
e a ignorância têm presidido sistematicamente as ações
do ser humano. O conhecimento que hoje está acumulado sobre tais
assuntos imporá, brevemente, como que em uma espiral ascendente,
uma revisitação do pensamento antigo, seja o já
conhecido e divulgado, seja aquele que já está sendo desvelado,
e o que está próximo a ser oferecido para exame das diversas
academias. Este milênio já tem à sua disposição
o maior Portal Rosacruz do Planeta, cujo endereço é:
A
Humanidade está alcançando o privilégio de poder
agora ter franco acesso a essas informações. A ciência
– e, particularmente, a astronomia – haverá de dar
mais ênfase e importância ao Grande Ciclo de Precessão
Equinocial (12 x 2160 = 25920), à duração de cada
era zodiacal (2160 anos) e a cada lado do triângulo temporal deste
duodécimo cósmico (2160 ÷ 3 = 720). Aprenderá
a valorizar os dez triângulos de 72 (setenta e dois) anos que
compõem cada lado do triângulo maior, e verificará
que cada triângulo menor é formado por três períodos
de 24 (vinte e quatro) anos. Não cai um fio de cabelo... Nada
acontece no Universo aleatoriamente. Isto não significa que a
Lei que o regula seja predeterminante. Particularmente, no que concerne
ao ser, a LIBERDADE é o passaporte de ouro para que este
se manifeste como quiser, quando quiser e aonde quiser. Todavia, as
imbricações Universo/Homem precisam ser melhor esclarecidas,
para serem melhor aproveitadas. E a questão do livre–arbítrio
está intimamente associada à Lei da Causa e do Efeito,
realmente não se movendo um grão de areia, de tal sorte
que não fique indelevelmente impresso nos Registros Akáshicos.
(Akasha é uma palavra sânscrita que significa
"céu", "espaço" ou "éter",
e, segundo o Hinduísmo e diversas correntes místicas,
simboliza e representa um conjunto de conhecimentos armazenados misticamente,
que abrange tudo o que ocorre, ocorreu e ocorrerá no Universo).
Que se evitem ofensas por pensamentos, palavras e atos.
Ainda se pode observar que
o triângulo de 24 anos apresenta–se formado por três
lados de 8 (oito) anos. E o número 8 aqui faz recordar as Quatro
Nobres Verdades Búdicas, que são: a) A VIDA É
SOFRIMENTO; b) A CAUSA DO SOFRIMENTO É O DESEJO;
c) ELIMINANDO–SE O DESEJO, O SOFRIMENTO DESAPARECE; e
d) O DESEJO SÓ PODERÁ SER ELIMINADO PELA ÓCTUPLA
SENDA. Eis os passos da SENDA ÓCTUPLA: 1º) PERFEITA
COMPREENSÃO; 2º) PERFEITO PENSAR; 3º)
PERFEITO FALAR; 4º) PERFEITA AÇÃO;
5º) PERFEITO MEIO DE VIDA; 6º) PERFEITO
ESFORÇO; 7º) PERFEITA CONCENTRAÇÃO;
e 8º) PERFEITA MEDITAÇÃO (CONTEMPLAÇÃO).
A cada oito anos a partir do início de cada Era, alguma mudança
sensível pode ser observada. Pode–se, então, considerar
que em cada Era Zodiacal, pelo menos, 270 (duzentos e setenta) acontecimentos
dignos de observação podem ser contabilizados. Por outro
lado, enfatiza–se, isto não significa restrição
ou predeterminismo, mas, possibilidade de que eventos marcantes sucedam
por influência dessas pequenas e sucessivas variações.
E ainda que se considere (e assim seja) um ciclo positivo ou negativo,
ele não o é no todo, pois há 135 (centro e trinta
e cinco) pequenos períodos de 8 anos predominantemente negativos
e 135 potencialmente positivos. Entretanto, seis signos são preponderantemente
positivos, e seis são negativos. Por negativo e positivo, pode–se
associar o entendimento cósmico de repouso e de movimento, passividade
e atividade e dormência e vivacidade. Ainda que o Universo seja
Um, tudo é mudança e movimento no seio da Unidade, que
permanece ela mesma múltipla e perpetuamente una.
|
A majestosa construção
da Grande Pirâmide, como o próprio nome parece aludir (pyra
= fogo ou luz; midos = medida) constitui–se, a juízo
de Lewis, de uma estrutura que encerra revelações
mensuradas. Presentemente, muitas descobertas foram feitas que
desde a mais remota Antigüidade foram do conhecimento dos Iniciados,
como é o caso, por exemplo, da Grande Galeria ou Galeria da Iluminação.
Por mais espantoso que possa parecer, entre tantas coisas espantosas,
as questões pertencentes ao domínio da relatividade, sempre
foram objeto de estudo dos graus mais elevados das escolas iniciáticas.
O domínio do antigraviton sempre fez parte dos estudos avançados
das fraternidades esotéricas, e sua utilização
jamais foi aplicada para simples demonstração ou exercício
de poder. Em detrimento de seu semelhante, nada; em prol da Humanidade,
tudo. E demonstrações das Leis Universais só com
propósito definido em um tempo específico. Isto significa
que demonstrações públicas – ainda que restritas
– são raríssimas. Benditos os que não viram,
mas demonstraram a si próprios a harmonia e a perenidade das
Leis Cósmicas. Ver para crer não é mesmo preciso;
mas, para ver, só realizando por si cada lei defluente da Lei
Única. E isto só poderá acontecer pela ininterrupta
construção do Mestre-Deus Interior em nossos Corações.
Outro exemplo fascinante e
enigmático é o monumento de Stonehenge, na Inglaterra.
Sir William Matthew Flinders Petrie (1853-1942) descobriu que a circunferência
traçada pelo lado interno do grande círculo de pedra desta
fabulosa construção aproxima–se quer das dimensões
(reduzidas) do círculo solar, quer das dimensões da Aurora
Egípcia.
Sir
Flinders Petrie
Presentemente,
sabe–se que tanto Stonehenge quanto outros círculos gigantescos
eram utilizados como calendários solares. Mas tinham outra função,
esta de natureza eminentemente esotérico-iniciática. Todas
estas humanas produções, sabe–se, tiveram uma origem
comum. Platão estava mais correto ao redigir sobre a Atlântida
do que se poderia imaginar até a metade do século XX.
As descobertas recentes que já se fizeram sobre uma parte deste
Continente desaparecido no meio do Atlântico, só vieram
a confirmar as informações contidas no Crítias,
que, mais uma vez, acredita–se, sempre foram do conhecimento das
antigas e atuais escolas de mistérios. Foi na Atlântida
que pela primeira vez...
MELQUISEDEQUE.
ATL... (1 + 9 + 30). 40. MeM. OM. AUM. AUM–RAH–MAH.
Examinando o número
pi (), foi
divulgado recentemente que ele esconde informações geralmente
incompreendidas e desconhecidas. Ao se escreverem os trinta e um primeiros
algarismos de ,
alguns conhecimentos secretos podem ser auferidos. No Quadro abaixo,
a primeira linha corresponde às trinta e uma primeiras posições
de e a segunda
linha corresponde aos trinta e um primeiros números do número
.
1
|
2 |
3
|
4 |
5 |
6 |
7 |
8 |
9
|
10 |
11
|
12
|
13 |
14
|
15
|
16 |
17 |
18 |
19
|
20
|
21
|
22
|
23
|
24
|
25 |
26
|
27
|
28
|
29
|
30
|
31 |
3
|
1
|
4 |
1 |
5 |
9 |
2 |
6
|
5 |
3 |
5
|
8 |
9 |
7 |
9 |
3
|
2 |
3 |
8 |
4
|
6 |
2 |
6
|
4
|
3 |
3
|
8
|
3
|
2
|
7
|
9 |
Quadro
1: Relação Entre as Trinta e Uma
Primeiras Posições de
e os Trinta
e Um Primeiros Números de
Observa–se que a primeira
e a última posição de cada um dos nove dígitos
correspondentes aos trinta e um algarismos dão como soma, respectivamente,
os números 58 (cinqüenta e oito) e 207 (duzentos e sete).
O primeiro é representativo de uma causa; e, o segundo indica
um efeito coletivo. Ou seja, para a primeira posição tem–se:
Dígito |
1 |
2 |
3 |
4 |
5 |
6 |
7 |
8 |
9 |
Posição |
2 |
7 |
1 |
3 |
5 |
8 |
14 |
12 |
6 |
Soma dos números das posições = 58
Para
a última posição, tem–se:
Dígito |
1 |
2 |
3 |
4 |
5 |
6 |
7 |
8 |
9 |
Posição |
4 |
29 |
28 |
24 |
11 |
23 |
30 |
27 |
31 |
Soma dos números das posições = 207
Como ensinou Serge Raynaud de la
Ferrière, os números 58 (cinqüenta e oito) e 207
(duzentos e sete) correspondem, respectivamente, a uma causa e a um
efeito coletivo. Encontrar as explicações adequadas para
estas duas afirmativas, é uma tarefa que só pode ser levada
a bom termo recorrendo–se, por exemplo, à Bíblia
e, por via de conseqüência, à KaBaLa. A salvação
está intimamente relacionada ao número 58. E a primeira
correlação está associada a Noé (NoaJ),
cujo valor numérico–cabalístico é 58 (50
+ 8). Então, 58 é a cifra da transição para
um Novo Mundo, uma nova e mais elevada oitava. No princípio do
ano hebreu (Rosh Hashaná) é feito soar um corno,
simbolizando o dia no qual o homem foi criado e o ingresso do alento
da vida no corpo. Este corno (Keren) recebe a denominação
de ShoFaR, cujo valor total é 580 (quinhentos e oitenta),
oriundo dos valores 300 + 80 + 200, que equivale a 58, porém
expresso de outra forma, em outra dimensão. Mas antes de Noé,
houve Adão (ADM). O Valor Aritmológico (Externo)
desta palavra é 45 (1 + 4 + 40), e seu Valor Pleno é 625
[(1 + 30 + 80) + (4 + 30 + 400) + (40 + 40)] = [111 + 434 + 80]. O Valor
Oculto sob a superfície visível é 625 – 45
= 580. Pode–se, ainda, especular, que o que está por detrás
da vida, no tempo, é a sombra (TzeL), cujo Valor Oculto
(Valor Pleno – Valor Externo) é 58, ou seja: 178 –
120 = 58. E assim, observa–se que há uma unidade perfeita,
maravilhosa, na qual tudo está relacionado. Cinqüenta e
oito e salvação, portanto, só podem ter uma correlação
e um entendimento esotéricos, já que teologicamente o
conceito é absurdo, uma vez que a alma não precisa ser
salva de nada. Quem deve lutar para não ser devorada é
a personalidade-alma. A palavra que expressa este conceito é
JeN (8 + 50) no sentido de favor ou graça, que devem
ser conquistados pelo trabalho alquímico interior, já
que Deus ininterruptamente esparge Seu Amor à toda criação.
Salvação, assim, só poderá advir da conquista
pelo esforço, cuja primeira recompensa será a desnecessidade
de uma vinculação encarnativa obrigatória da personalidade–alma.
O domínio da vida só poderá ocorrer quando houver
o domínio das leis que governam a Vida, e, nesse sentido, a salvação
está em não se ficar sujeito às desarmonias e ao
descontrole pela sujeição, consciente ou inconsciente,
a padrões vibratórios deletérios ao próprio
processo de expressão da personalidade. Salvar–se é
voar ao encontro de. Capitular é caminhar de encontro a. Salvar–se
é olhar para dentro. Perder–se é regozijar–se
com as aparências e as imagens. Salvar–se é perder–se
no seio do Númeno. Salvar–se é morrer (5 + 8 = TREZE),
para renascer em uma dimensão superior com vistas à IMORTALIDADE.
A satisfação consigo próprio é um dos piores
anátemas que o ser humano pode praticar contra si. A preguiça
é a mãe de todos os infortúnios.
E o efeito coletivo está,
por sua vez, associado aos 207 (duzentos e sete) tipos de mente e de
matéria definidos pelo Senhor Buda no Kumara Pannaha Sutra.
Revisitar o Timeu, de Platão, agora, seria iluminador.
Aristócles e Siddharta Gautama. Tão distantes e tão
próximos! Distantes?
Ao se consultar a Doutrina
Secreta de Helena P. Blavatsky, verifica–se que os cinco
primeiros algarismos de
(31415) estão associados ao Anel
Não Passarás (limite da consciência de todas
as entidades em evolução quando se considera a vasta área
do Sistema Solar co–extensiva com a aura do Logos Solar) traçado
em torno do Triângulo, do Primeiro Um, do Cubo, do Segundo Um
e do Pentágono. E o Círculo Não Passarás
só poderá ser transposto quando chegar o Dia Sê
Conosco. Esse dia (Vem a Nós) só será
alcançado quando o homem libertar–se dos laços de
sua consentida ignorância (666), para repousar na Grande Noite
(Paranirvana) de 311 040 000 000 000 anos de absorção
em Brahman, e voltar, assintoticamente, ao seio do Absoluto (25920 x
12 x 109 = 18 x 60 x 24 x 12 x 109 anos). Deve
ser considerado, ainda, que um Dia de Brahma dura 4 320 000 000 anos.
Ao multiplicar–se este Dia por 72 x 10³ também se
obtém a Grande Noite, ou seja:
432
x 72 x 107 x 103 = 31 104 x 1010 anos.
Ainda
sobre o número
três relações precisam ser melhor examinadas pela
ciência: a) 355/113; b)710/226; e c) 20 612/6 561. Estas relações
estavam inseridas em um sistema de ciência exata (numérica,
geométrica e astronômica), cuja aplicação
encontra–se na estrutura da Grande Pirâmide, e se acham
ocultas no texto hebreu da Bíblia. De qualquer forma, os primeiros
cinco algarismos destas relações (31415 ou LAMIH)
são muito próximos da relação 22/7. Em realidade,
todas se completam e cumprem suas funções.
Volta–se novamente aos
conceitos de Iniciação e de Iniciado. Há, como
se pode inferir, um certo tipo de conhecimento que só é
revelado no âmbito das Escolas de Mistérios, e, sobre este
conhecimento, sabe–se que os Mistérios de Elêusis
eram o ponto mais elevado da antiga religião grega. Muitos pensadores
e filósofos do passado – inclusive Santo Agostinho –
reverentemente reconheceram o valor e o esforço do Iniciado em
busca de mais Luz. Nesta oportunidade, deseja–se fazer algumas
rápidas referências a esse processo de auto–iluminação,
recordando antiqüíssimas reflexões. Platão,
no Fédon, exortou à purificação da alma
de temores, pesares e prazeres. O Iniciado não é
um ser superficial, pois não deseja chegar ao Hades
sem ter participado dos ritos iniciáticos; sabe que, assim procedendo,
habitará entre os Deuses. Uma compreensão atualizada do
que pudessem significar esses Deuses será a interpretação
de uma reciprocidade com os Mundos (ou Planos) Angélico, Arcangélico
e Arcangélico da Face. E assim, o suicídio é ilegal
e proibitivo por mandamento cósmico. Mas, se o transtorno mental
é insuportável... Piedade! Piedade! Piedade!
Pela
purificação progressiva o Iniciado aprende a não
fugir nem se desligar de sua missão, sendo quatro os estágios
dessa purificação: Temperança, Justiça,
Intrepidez e Sabedoria. Proclo asseverou que pela Iniciação
o ser percebe o Inefável Silêncio. Já Pindar
bem–aventurou o neófito que busca o conhecimento, pois
morrer sem ter conhecido o segredo e o mistério da vida, é
não ter vivido. Só pela Iniciação pode–se
ter acesso à verdadeira finalidade da vida. Isócrates,
em outros termos, disse que pela Iniciação o homem aprende
a viver acima das bestas e a ter uma compreensão efetiva da vida
póstuma e da existência em geral. E, finalmente, Plutarco
afirmou:
Parece, então, ficar
patente, que, pelo menos, duas coisas são acrescentadas à
vida dos Iniciados: o entendimento de que a vida é sagrada e
deve ser vivida santamente e apartada das trevas e da degradação,
e a compreensão de que a morte é tão–somente
uma transição ou portal iniciático para um novo
estágio da reintegração do ser com o Absoluto,
ainda que nem sempre seja exatamente assim. Por esse superlativo conhecer,
os Iniciados transcendem o medo e a malignidade de algo que, na ATUALIDADE
CÓSMICA, inexiste, existindo, apenas, na equivocada realização
dessa mesma ATUALIDADE como presumida e impugnável realidade
dolorosa e tendente à entropia e à reciclagem. A dor,
o mal e o pecado são subprodutos da ignorância.
Em algum ponto dos trabalhos
divulgados neste Website fez–se referência ao número
12 (doze) e ao seu quadrado 144 (cento e quarenta e quatro). 144 tem
um significado esotérico muito profundo, e particularmente a
palavra AThMa produz, pela soma do valor numérico de
suas letras, o número 1440, ou seja:
A
+ Th + Ma = 1000 + 400 + 40 = 1440
No Evangelho segundo S.
João não foi anunciado que o Juízo Final será
acompanhado pelo som de 144.000 (cento e quarenta e quatro mil) trombetas?
Algo de muito sagrado e oculto há por detrás do produto
de 1440 por 100. Outro tipo de ensinamento esconde–se por detrás
do produto de 72 por 2000.
Uma outra reflexão
interessante pode ser implementada se se fizerem duas correlações:
uma de ordem astronômica e outra cabalística. As órbitas
de Urano e de Netuno são, respectivamente, de 84 (oitenta e quatro)
e de 164 (cento e sessenta e quatro) anos. A soma dessas duas órbitas
dá como resultado a órbita de Plutão, ou seja,
248 (duzentos e quarenta e oito) anos. Plutão simboliza o sofrimento
e a transmutação. Em simbologia esotérica é
o Selo da Iniciação. E a influência desses três
Planetas ainda não foi devidamente examinada cientificamente
sobre a Terra e sobre o homem. Todavia, já se alcançou
Aquarius... Urano...
22 (vinte e dois), cabalisticamente,
como se demonstrou, está associado à Trindade Divina,
aos astros então conhecidos (Lua, Mercúrio, Vênus,
Sol, Marte, Júpiter e Saturno), e ao Zodíaco (3 + 7 +
12 = 22). O valor secreto de 22, como já se referiu, é
253 (duzentos e cinqüenta e três).
253 —› 343 —› 10 —› UNIDADE
Agora, 253 pode ser obtido
pela soma dos 248 anos da revolução de Plutão mais
os cinco fatores fundamentais que atuam na transformação
mental: Fogo, Ar, Água, Terra e Éter. Plutão estando,
no ocultismo, associado às forças internas do ser humano,
tem na duração do seu período de revolução
em torno do Sol, um significado profundamente hermético.
Por outro lado, os antigos
associavam os Planetas (astros) então conhecidos a sete números,
quais sejam: Lua = 1, Mercúrio = 4, Vênus = 8, Sol = 3,
Marte = 2, Júpiter = 5 e Saturno = 7. O entendimento era de que
a vida e a geração eram governadas pela Lua; a essência
imaginativa e a intuição eram regidas por Mercúrio;
Vênus comandava os apetites e os desejos; a vitalidade do prana
estava associada ao Sol; Marte vinculava–se ao Corpo dos Desejos;
o Poder Vital correspondia a Júpiter; e Saturno recordava o mais
elevado dos sete círculos entre os Atributos Gnósticos.
Agora, se se correlacionam os valores numéricos dos Planetas
às posições de ,
os valores de são:
3, 1, 6, 4, 1, 5 e 2, cuja soma é curiosamente(?) igual a 22
(vinte e dois). Pode–se ainda conjecturar, poética, filosófica
e simbolicamente, que o número SETE, como especulou um Iniciado
da AMORC, esteja associado às sete pétalas de uma rosa,
quais sejam: VERDADE, COMPAIXÃO, TOLERÂNCIA, ASPIRAÇÃO,
LEALDADE, FORTALEZA, HUMILDADE. Há que se estudar e refletir
muito sobre os números 7, 49 e 343. Todos estão vinculados
cosmicamente ao Número 777.
Mas, de todos os números,
parece ficar de certo modo patente que o número TRÊS
é o que vem exercendo maior fascínio sobre o pensamento.
O TRIÂNGULO EQÜILÁTERO e a LEI DAS TRÊS PONTAS,
ainda que incompreendidos pela imensa maioria da Humanidade, vêm,
pelo tempo inexistente dos séculos, sendo utilizados com proficiência
por uns poucos, que tiveram a ventura e a diligência de penetrar
seus segredos. (3 + 3 + 3 + 1 = 3 + 7 = 1 = UNIDADE).
John
Dalton (1766-1844), químico e Alquimista do século XIX,
foi acusado de heresia científica por penetrar em domínios
nos quais a academia não tinha familiaridade. O TRIÂNGULO
ERA A CHAVE DE SUAS PESQUISAS, e a ele se referiu inúmeras vezes
em trechos de seus manuscritos e em várias conferências
públicas. Dalton foi um pesquisador incansável, e chegou
a realizar, segundo alguns Documentos Rosacruzes, cerca de 200.000 (duzentas
mil) observações meteorológicas. Mas a base de
suas pesquisas ancorava–se internamente no domínio da Alquimia
e externamente no campo da Química. Dalton foi associado aos
Rosacruzes de seu tempo.
John
Dalton
Algumas páginas atrás,
foi feita referência ao fato de que é muito difícil
uma padronização do entendimento dos números. Vários
exemplos vêm sendo oferecidos. A Lei das Proporções
de Dalton, conforme ele próprio a enunciou, é também
um bom exemplo da inequívoca presença do TRÊS no
campo da Química. A Química contemporânea praticamente
se esqueceu de Dalton, mas os princípios fundamentais que bussolaram
suas reflexões são tão verdadeiros hoje como ontem.
Disse ele: UM adicionado a DOIS para fazer UM, é equivalente
a DOIS adicionado a UM para fazer UM; e, adicionando DOIS a DOIS para
fazer UM, ou UM a TRÊS para fazer UM, a mesma lei, ao quadrado,
está em ação, devido a sua conformidade à
LEI de TRÊS, sendo cada múltiplo a duplicação
da LEI original. Alguns exemplos da Lei de Dalton conforme figuram
em seus manuscritos originais (New System of Chemical Philosophy)
são:
Deve–se
registrar, contudo, que Dalton jamais reivindicou a descoberta do átomo.
Até porque o entendimento de átomo dos antigos em nada
se assemelha ao dos físicos e dos químicos modernos e
contemporâneos. Constatou, isto sim, que toda a atomística
estava subordinada a certas leis universais e imutáveis, dentre
as quais a fundamental é a LEI
DO TRIÂNGULO.
TETRACTYS.
Dando um salto no tempo, o
processo Haber (devido ao famoso físico alemão Fritz Haber
– 1868–1934) para produção do amoníaco
(NH3), exemplifica como TRÊS adicionado
a UM produz DOIS (volumetricamente):
3 H2 +
N2 —› 2
NH3 + 22,08 kcal
(3 vol) (1
vol) (2
vol)
De qualquer forma, os químicos, até hoje, não
se deram integralmente conta da importância da Lei de John Dalton,
olhando tão–só o lado de fora, ou seja, as proporções
recíprocas, sem observar o lado de dentro, vale observar, a
permanente e insubstituível presença da LEI DE TRÊS
ou do TRIÂNGULO. O exemplo abaixo reforça essa asserção:
a) A + B —› AB
b) AB + B —› AB2
c) AB2 + B —› AB3
Uma reação química, em verdade, sabia Dalton
(e hoje já é do conhecimento dos químicos), nunca
se passa em uma única etapa. Só a simplificação
da equação que representa o fenômeno químico
pode proporcionar o falso entendimento de que A + 3 B —›
AB3. Por isso, e, propositalmente, quando se
fez referência ao Processo Haber e à ação
redutora do amoníaco, aos desavisados pode parecer que a LEI
DO TRIÂNGULO não se cumpriu. É claro que, à
primeira vista, não. Isto ao se olhar para a equação
química pronta e acabada. Mas, nenhum fenômeno químico
acontece assim de forma tão simples. De maneira geral, as reações
químicas ocorrem em n etapas, e sejam quais e quantas
forem essas etapas, a LEI DO TRIÂNGULO estará sempre
presente, ainda que a primeira etapa do mecanismo envolva, geralmente,
matéria e energia, em qualquer das formas que a química
contemporânea conhece e utiliza nos laboratórios, indústrias
etc. Em verdade, matéria e energia estarão sempre se
interconvertendo nas transformações universais entrópicas,
e não há hipótese de que ocorra um fenômeno
qualquer (particularmente de natureza química) no qual haja
conservação de uma ou de outra instância da Energia
Cósmica. O que há, realmente, é uma conservação
do binômio matéria–energia.
http://www.agentofchaos.com/zebra_jpg.html
O dualismo que prevalecia na
física clássica entre matéria ponderável
e energia imponderável foi eliminado pela Teoria da Relatividade,
devida a Einstein. Se forem liberados 105 (cem mil) calorias
em uma reação, os produtos têm uma variação
negativa de massa da ordem de 4, 65 x 10-9g. Lavoisier
(1743–1794) escorregou e equivocou–se ligeiramente, por
não ter tido acesso, na época, a esse conhecimento.
Diversas teorias químicas
e físico–químicas hodiernas tentam explicar os
diversos mecanismos das reações (em cadeia) sem, lamentavelmente,
levar na devida conta de que tudo no Universo, e, portanto, inclusive
no campo da química, não pode prescindir da lei básica,
primeira e insubstituível de qualquer manifestação:
a LEI DO TRIÂNGULO. A síntese do gás bromídrico
é um dos melhores exemplos de reação em cadeia
para ilustrar o que se vem discutindo. Na realidade, esta adição
passa–se em cinco etapas distintas, a saber:
Etapa 1 (Iniciação): Br2
—› Br• + Br•
Etapa 2 (Propagação 1): Br• +
H —› HBr + [H]•
Etapa 3 (Propagação 2): [H]•
+ Br2 —› HBr +
Br•
Etapa 4 (Inibição): [H]•
+ HBr —› H2 + Br•
Etapa 5 (Ruptura): 2 Br• —› Br2
A equação geralmente apresentada
nos livros é a que se segue:
H2(g)
+ Br2(g)
—› 2 HBr(g)
E, em explosões de
misturas oxigênio–hidrogênio, há possivelmente
duas etapas de ramificação, quais sejam:
[H]•
+ O2 —› [OH]•
+ [O]•
[O]•
+ H2 —› [OH]•
+ [H]•
Falta apenas acrescentar
que, geralmente, as reações químicas passam por
uma fase intermediária formando um composto instável
de alta energia (terceiro ponto do triângulo), que imediatamente
se decompõe nos produtos referentes àquela fase específica
do processo. Exemplificando para estas duas últimas equações
químicas, pode–se admitir:
[H]•
+ O2 —› [HO2]*
—› [OH]•
+ [O]•
(tempo = 10-13s)
[O]•
+ H2 —›
[OH2]* —› [OH]•
+ [H]•
A própria radiólise
da água é um exemplo muito interessante de tudo o que
até aqui foi examinado. Parte do processo pode ser esquematizado
da forma abaixo:
H2O —› radiólise
—› [H2O]* —›
[H]• + [OH]•
[H2O]*
= Termo intermediário (instável)
[H]•
= Agente Redutor
[OH]•
= Agente Oxidante
Formam–se vários
produtos deste fenômeno, inclusive água oxigenada (H2O2),
hidrogênio e a própria água.
[OH]•
+ [OH]• —› H2O2
[H]• + [H]• —› H2
[H]•
+ [OH]• —› H2O
Sobre os números –
e particularmente sobre o TRÊS – Santo Agostinho (autor
de cerca de 100 títulos) não pode ser excluído
desta discussão. No capítulo 2 (dois) do Livro I, da obra
De Trinitate o Bispo de Hipona escreveu: ... a Trindade
é um só e verdadeiro Deus, e quão retamente se
diz, se crê e se entende que o Pai, o Filho e o Espírito
Santo possuem uma só e mesma substância ou essência.
Assim, para o Hiponense, fica claro que em Deus há uma única
Essência e três Pessoas. Santo Agostinho, ao longo da obra
mencionada, faz múltiplas alusões ao três, e o aplica
a diversos pontos da teologia católica. Não se pode esquecer
de que Santo Agostinho era um bispo católico, e, ao escrever,
tinha sempre a Bíblia aberta sobre sua mesa de trabalho. Algumas
reflexões agostinianas são: imortalidade da Trindade;
invisibilidade da Trindade; o tríduo da ressurreição
e a relação da unidade com o duplo; o relativo na Trindade;
Deus é trino, não tríplice; as três realidades
no amor; vestígios da Trindade no homem interior; a trilogia:
medida, número e peso; trindade da alma; trindade interior;
e oração à Trindade. Todavia, no livro
IV, capítulo 4 (quatro) refere–se à perfeição
do número 6 (seis). Utilizando princípios cabalísticos
avançados, mas provavelmente sem possuir conhecimentos específicos
de KaBaLa, pois a argumentação utilizada não
alude a nenhuma familiaridade dessa natureza, afirmou que o 6 é
perfeito porque é completo em suas partes. Entendeu a relação
entre os números 1 (um), 2 (dois) e 3 (três), e verificou
que a soma dos ditos números (1 + 2 + 3) é igual a 6.
Contudo, em Retractationes (Retratações,
2 volumes, obra escrita entre 426 e 427d.C.), redigida por volta
do ano de 400 d.C., trabalho revisor de opiniões passadas no
qual apresenta novos esclarecimentos, Santo Agostinho reconheceu que
os princípios que bussolam a religião católica
sempre existiram entre os antigos e estavam presentes entre a raça
humana desde o começo. Agostinho, nas suas Retractationes
II, 6, revela: Os treze livros das minhas 'Confissões' louvam
o Deus justo e bom por meus males e meus bens, e elevam até Ele
a mente e o coração dos homens; senti esse efeito enquanto
as escrevia, e torno a senti-lo cada vez que as releio. Diz mais:
A mesma realidade que agora se chama Cristã, já estava
presente entre os antigos; nem faltou desde a origem do gênero
humano, até que viesse Cristo na carne. É então,
que a verdadeira religião – que já existia –
começou a tomar o nome de Cristã.
Se
se aplicar a fórmula já enunciada que permite calcular
o Valor Secreto de um Número, VSN = N(N + 1) ÷2, conclui–se
que 3 equivale a 6, já que 6 é o Valor Secreto de 3. É
por isso também, que 153 (cento e cinqüenta e três)
é o Valor Secreto de 17 (dezessete). Como foi explicado, 153
equivale à soma de todos os números inteiros de 1 a 17.
E assim, Santo Agostinho dissertou sobre o 6 na formação
do corpo de Jesus e na edificação do Templo de
Jerusalém, não tendo se dado conta de que, além
do que já foi explicado, 6 representa duas passagens completas
pelo Triângulo, ao mesmo tempo que simboliza o Valor Secreto da
Trindade. A terceira passagem (3 x 3 = 3² = 9) é equivalente
ao nascimento (ou renascimento). Cabalisticamente, seis representa o
equilíbrio dentro do finito. Os antigos cabalistas entendiam
a alma humana como composta de três elementos espirituais: NEPHESH,
RUACH e NESHAMAH. As três formas da alma (sensitiva,
racional e espírito puro) tinham, no plano material, as correspondências
alquímicas conhecidas. Assim, o Selo de Ram (conhecido como Selo
de Salomão) representa o seis. Também durante seis
dias juntá–lo–eis (Êxodo, XVI,
26) representa a idéia de seis dias superiores que receberão
do sétimo (sábado) suas bênçãos e
possam ser abençoados. Enfim, seis são as expressões
figurativas das dimensões do espaço, ainda que o Criador
seja um. E seis são os Sephiroth de Construção
do Universo inferior ou físico; são os seis Dhyân–Chohans
sintetizados pelo Sétimo – a Primeira Emanação
do Logos. E OS TREZE
SÃO UM.
Se por um lado as obras agostinianas
não revelam nenhum indício de que tenha tido acesso à
Tradição Esotérica, por outro, o Aquinate não
só a conheceu de perto, como legou à posteridade parte
desse conhecimento. A pouca importância que os filósofos
dão a obras dessa natureza, explica–se por tudo que já
foi argumentado, e livros desse teor particular, no todo da bibliografia
de Platão ou de Santo Tomás, por exemplo, são considerados
menores e sem importância. Quando não se entende alguma
coisa, a tendência é desprezá–la. A ignorância...
As enigmáticas elucubrações
de Martinès de Pasqually na obra Tratado da Reintegração
dos Seres Criados nas suas Primitivas Propriedades, Virtudes e Poderes
Espirituais e Divinos é outro bom exemplo da utilização
do número TRÊS, e o Autor usou–o para chegar ao que
denominou novenário da matéria. E a própria
evolução da cruz através dos tempos (infelizmente
utilizada algumas vezes para fins inconfessáveis e trevosos),
demonstra, também, inequivocamente, a presença do ternário
nesse símbolo. Sobressaem a Cruz Papal, o Monograma da Bandeira
Cristã de Constantino, a Cruz Slava e a Cruz Rosacruz Oficial
. A cruz, enfim, sempre preponderou no simbolismo em geral, e ocultou
um profundo conhecimento esotérico, geralmente não conhecido.
A Sagrada ANKH é mais um superlativo exemplo desta afirmação.
Ilustrativamente chama–se atenção particular para
as catedrais góticas que possuem no seu interior cruzamentos
de ogivas, nas quais o fiel sempre se encontra colocado entre duas cruzes:
a inferior (terrestre) representando seu próprio calvário,
em uma crucificação purgativa delimitada pela sua própria
ignorância; e a superior (celeste) só alcançada
pelos olhos. Entretanto, a cruz dos ILLUMINATI ROSACRUZES é,
sem equívoco, de todas a mais hermética.
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Para se encerrar este rascunho,
absolutamente incompleto no que tange ao TRÊS e aos demais números,
listar–se–ão mais alguns exemplos de sua utilização
ao longo da história da Humanidade, nos mais variados campos
da especulação humana. São eles: três vantagens
da inteligência – bem pensar, bem falar, fazer o dever;
palavra simples, palavra hieroglífica, palavra simbólica;
verbo que exprime, verbo que oculta, verbo que significa; unidade de
princípio e de equilíbrio, unidade de vida e perpetuidade,
unidade de fim numa síntese absoluta; liberdade, poder, dever;
luz, proporção, densidade; lei, princípio, direito;
peso, número e medida (omnia in pondere et numero et mens
ra disponit Deus); espírito, mediador plástico, matéria;
liberdade, igualdade, fraternidade; consciência, subconsciência,
inconsciência; K, B, L (KaBaLa); Sushumma, Pingala,
Ida; Zon–Tem–Que; ouro, crisol, tempo; tríplice
incógnita da Grande Obra; Athma, Buddhi, Manas; consciência
coletiva, inteligência celular, princípio molecular; iniciação,
conhecimento, iluminação; reintegração,
plano crístico, realização; AUM... TAT... SAT...;
IOD (princípio ativo), HE (princípio passivo),
VAV (relação entre os dois princípios),
HE (retorno ao Ternário Universal); Cordeiro, Touro,
Gêmeos; Caranguejo, Leão, Virgem; Balança, Escorpião,
Centauro; Capricórnio, Aquário, Peixes; unir, construir,
pacificar; Icona (DeusPai), Bacab (Filho), Echeuac
(Espírito Santo); esposo, irmão, filho; três
refeições da fé; Patriarca, Aparência Menor,
Campo das Macieiras; tese, antítese, síntese; estado teológico,
estado metafísico, estado positivo; idade do Pai, idade do Filho,
idade do Espírito; corpo físico, corpo astral, corpo divino;
Sol, Lua, Terra; AUM, RAH, MAH; luz, vida, amor; Deus, cosmos
(imagem de Deus), homem (imagem do cosmos); Fides, spes, caritas;
princípio das trevas, princípio do fogo, princípio
da luz; os três degraus; o malho, a pá, o caixão;
o Cordeiro, o Livro, os Sete Selos; Poder Executivo, Poder Legislativo,
Poder Judiciário; empíreo, etéreo, elemental; nous,
psiquê, physis; Júpiter, Juno, Vulcano; cabeça,
peito, ventre; espírito, sentimento, instinto; vida intelectual,
vida orgânica, vida celular; Nephesh, Ruach, Neshamah;
Phanes, Caos, Cronos; sólido, líquido, gasoso;
Abraão, Isaac, Jacó; poder, luz, alegria; Deus, Idéia,
VERBUM DIMISSUM; fogo, ar e água; a trindade romântica
portuguesa – Garrett, Herculano, Castilho; clave de sol, clave
de fá, clave de dó; presente do passado, presente do presente,
presente do futuro; x, y, z; aprendiz, companheiro, mestre; idade da
scientia, idade da sapientia, idade de plenitude
intelectus; e as três evidências, segundo António
Quadros, da filosofia da história – relatividade da
história perante a filosofia viva, irredutibilidade da história
à ciência, relatividade do passado face ao presente. Por
último, acredita–se por demais reveladora a leitura da
Bíblia NAQUILO QUE AINDA CONSERVA DE AUTÊNTICO,
particularmente o Livro dos Números e os Salmos
CXVIII e CXIX, 7. Quando lhes falo de paz, eles excitam à
guerra. Porque ainda não há paz nos corações,
só iniqüidade. Mas Cedar está passando! E por
tudo o que até agora se revisitou, talvez se possa compreender
a advinha contida no Zohar, em que o velho homem que conduzia
o burro propôs ao Rabino Yose: O QUE É QUE DOIS SÃO
UM E UM SÃO TRÊS?
Resposta:
QUANDO O UM SE CONVERTE EM DOIS, O TRIPLO APARECE. O CAOS TORNA–SE
ANDRÓGINO, A ÁGUA É INCUBADA PELA LUZ, E O SER
TRINO DELA EXSURGE COMO PRIMOGÊNITO.
Dados
sobre o autor:
Mestre
em Educação, UFRJ, 1980. Doutor em Filosofia, UGF, 1988.
Professor Adjunto IV (aposentado) do CEFET–RJ. Consultor em Administração
Escolar. Presidente do Comitê Editorial da Revista Tecnologia
& Cultura do CEFET–RJ. Professor de Metodologia da Ciência
e da Pesquisa Científica e Coordenador Acadêmico do Instituto
de Desenvolvimento Humano – IDHGE.
Websites
consultados:
http://www.portalino.it/
http://www.prof2000.pt/
http://www.calleres.net/
http://pt.wikipedia.org/
http://www.chemheritage.org/
http://www.stb.org.br/
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