Este trabalho é uma continuação
da Parte I, que pode ser estudada em qualquer um dos dois links
diretos abaixo:
http://svmmvmbonvm.org/Pensamentos_de_Max_Heindel.pdf
http://paxprofundis.org/livros/max/heindel.htm
A mente materialista
corre o terrível perigo de perder todo o contato com o Espírito,
convertendo o indivíduo num proscrito.
A gratidão produz crescimento anímico.
É um bem dar dinheiro para um propósito
que consideremos benéfico, porém um serviço prestado
vale mil vezes mais. Um olhar carinhoso, expressões de confiança,
uma simpática e amorosa ajuda, essas são coisas que
todos podem dar, seja qual for a fortuna de cada um. Todavia, devemos
ajudar o necessitado de maneira que ele possa se ajudar a si próprio,
seja física, financeira, moral ou mentalmente, para que não
dependa mais de nós nem dos outros.
Quando uma criança morre antes do nascimento do
corpo de desejos, isto é, antes dos catorze anos, não
é responsável pelos seus atos, do mesmo modo que o feto
que se contorce no útero não é responsável
pelo incômodo que causa à sua mãe.
Quando nasce um espírito débil, é
comum os Compassivos Seres (os Guias Invisíveis que dirigem
nossa evolução) fazerem-no morrer em tenra idade, para
que esse espírito débil possa ter um treinamento extra,
ajudando-o a se adaptar ao que talvez pudesse ser para ele uma vida
dura.
A música celeste é um fato e não
mera figura de retórica. Pitágoras não fantasiava
quando falou da música das esferas, porque cada um dos corpos
celestiais tem seu tom definido e, juntos, formam a sinfonia celestial
que Goethe também a menciona no prólogo do seu Fausto,
onde na cena do céu o Arcanjo Rafael diz: Sol entoa sua
velha canção/Entre
os cânticos rivais das esferas irmãs,/Seu caminho predestinado
vai trilhar/Através dos anos, em retumbante marchar.
Matéria é espírito
cristalizado. Força é o mesmo
espírito ainda não cristalizado. O que agora é
força será matéria quando se cristalizar futuramente.
O processo inverso de transmutação de matéria
em espírito processa-se também continuamente. A fase
mais elementar deste processo nós vemos na decomposição,
quando o homem abandona seus veículos: o espírito de
um átomo separa-se facilmente do espírito mais inferior
que se manifestava como matéria.
Há um intervalo de inconsciência semelhante
ao sono antes de o homem despertar no Mundo do Desejo. Por conseguinte,
não é raro acontecer a certas pessoas permanecerem durante
longo tempo incertas do que se passou com elas. Notam que podem pensar
e se mover, mas não compreendem que morreram. As vezes é
até muito difícil conseguir fazê-las crer que
estão realmente "mortas". Compreendem, sim, que algo
diferente está acontecendo, mas não são capazes
de entender o que seja.
Assim como um arco de violino que se passa pela borda
de um lâmina de vidro com pó fino gera figuras geométricas,
assim também as formas que vemos em torno de nós são
figuras cristalizadas de sons produzidos pelas forças arquetípicas
que atuam nos arquétipos no Mundo Celeste.
Se não houvesse como causa o materialismo, não
se produziriam as convulsões sísmicas. [É necessário
não se confundir materialismo com Ateísmo Místico.].
O destino do homem é converter-se em Inteligência
Criadora.
É uma Lei da Natureza: ninguém pode habitar
um corpo mais eficiente do que aquele que é capaz de construir.
Aprende-se primeiramente a construir uma certa classe de corpo e depois
a viver nele. Desta maneira percebem-se os defeitos e aprende-se a
corrigi-los.
Quanto mais o homem avança e quanto mais trabalha
em seus veículos, tornando-os assim imortais, mais poder tem
de construí-los para uma nova vida. O discípulo avançado
de uma escola oculta, às vezes, começa a construir por
si mesmo tão logo se complete o trabalho das três primeiras
semanas de vida pré-natal (que pertence exclusivamente à
mãe).
No panorama ante-natal o objetivo é mostrar ao
Ego que regressa como certas causas ou atos,
produzem sempre certos efeitos. No caso
do panorama post-mortem o objetivo é oposto, isto
é, mostrar como cada acontecimento
da vida que findou foi efeito de alguma
causa anterior da vida. De qualquer sorte,
a cadeia de causas e efeitos
não é uma repetição monótona. Há
sempre um influxo contínuo de causas
novas e originais.
O propósito da vida não é a felicidade,
mas sim a experiência. A tristeza e a dor são nossos
mais benévolos mestres. As alegrias da vida não são
mais do que coisas fugazes.
Se ultrajarmos a moralidade, o remorso provocará
dor em nossa consciência, a qual nos previne para não
repetirmos o ato. E se não aprendermos a lição
da primeira vez, a Natureza proporcionar-nos-á experiências
cada vez mais duras, até gravarmos em nossa consciência
que "o caminho do transgressor é muito duro". Isto
continuará até que sejamos forçados a tomar uma
nova direção e a dar um passo a mais para uma vida melhor.
Enquanto não aprendermos tudo o que nos cumpre
aprender neste mundo, deveremos voltar. Não podemos permanecer
e aprender nos Mundos Superiores enquanto não tenhamos dominado
as lições da vida terrena.
A Grande Lei que trabalha para o Bem traz o homem de
volta ao mundo com os tesouros que adquiriu, para benefício
dele mesmo e dos demais, ao invés de permitir que tais tesouros
se desperdicem onde ninguém deles necessita.
Até certo ponto, podemos modificar, e até
frustrar, certas causas já postas em movimento, mas, uma vez
começadas, se outras medidas não forem tomadas, ficarão
fora do nosso controle. Chama-se a isso destino "maduro".
Assim, estamos sujeitos ao passado em grande extensão, mas,
quanto ao futuro, temos plena iniciativa dos nossos atos, salvo naquilo
em que estejamos limitados por nossas ações anteriores.
De todo o poder que mantém o mundo agrilhoado/O
homem se libertará quando o autocontrole houver conquistado.
(Goethe, apud Max Heindel).
A hereditariedade diz respeito unicamente ao Corpo Denso,
não às qualidades anímicas, que são completamente
individuais. Mas, nenhum corpo é uma mescla exata das características
físicas dos pais, porque o Ego renascente também executa
certa soma de trabalho em seu Corpo Denso ao incorporar-lhe a quintessência
das qualidades físicas do passado. Assim, nenhum corpo é
uma mescla exata das características físicas dos pais,
ainda que o Ego se veja restringido a usar os materiais tomados dos
corpos deles.
Impregnado o óvulo, o Corpo de Desejos da mãe
trabalha sobre ele durante um período de dezoito a
vinte e um dias. Até aqui o Ego permanece fora, em
seus Corpos de Desejos e Mental, embora em íntimo contato com
a mãe. Terminado esse tempo, o Ego entra no corpo materno.
Os veículos em forma de campânula juntam-se, então,
sobre a cabeça do Corpo Vital, e o "sino" se fecha
pela parte inferior. Daí em diante o Ego "incuba"
seu futuro instrumento até o nascimento da criança.
Começa, assim, a nova vida terrena.
Durante os primeiros anos de vida de uma criança,
ela pode "ver" os mundos superiores, e freqüentemente
tagarela sobre aquilo que vê, até que o ridículo
ou os castigos impostos, pelos mais velhos, – "por contar
histórias" – fazem-na desistir de falar. [E, com
o tempo, acabam esquecendo desses contatos.]. Continua Heindel:
Investigações da Sociedade de Pesquisas Psíquicas
provaram que as crianças dispõem, muitas vezes, de invisíveis
companheiros de brinquedos, os quais visitam-nas freqüentemente
durante alguns anos. Nesse período, a clarividência delas
tem o mesmo caráter negativo da dos médiuns.
NASCIMENTOS SUCESSIVOS
(Ciclos Setenários)
Uma vez a cada sete anos
todos os átomos do corpo são substituídos.
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Um ocultista não crê nas coisas; conhecem
porque vêem. O cientista ocultista pode, então, dizer:
eu sei.
Se nada pode ser destruído, também a mente
não o poderá.
Se Deus permite que tais misérias existam
[as misérias e as torturas das almas] Ele não pode
ser bom, e se Ele não tem o poder de impedi-las, não
pode ser Deus. (Buddah, apud Max Heindel). Conclusão
de Heindel: Nada há em a Natureza que se pareça a tal
método: criar para em seguida destruir o que foi criado. Acrescenta
Heindel: Se um transatlântico, com duas mil almas a bordo, enviasse
uma mensagem telegráfica de que estava afundando, poder-se-ia
considerar um "glorioso plano de salvação"
enviar em seu socorro apenas um rápido barco a motor, capaz
de salvar só duas ou três pessoas? Certamente que não!
Pelo contrário, seria considerado um "plano de destruição"
não providenciar meios adequados para salvar, pelo menos, a
maioria dos passageiros em perigo.
A Doutrina do Renascimento postula um processo de lento desenvolvimento
efetuado persistentemente através de repetidos renascimentos
e em formas de crescente eficiência. [A meu juízo, de
eficiência e de eficácia combinadas, ou seja: efetividade.
Eficiência sem eficácia, ou vice-versa, resultaria em
um processo incompleto.]. Por intermédio destas formas –
continua Heindel – tempo virá em que todos alcançarão
o cume do esplendor espiritual, presentemente a nós inconcebível.
Em uma palavra: Evolução (a história
do progresso espiralar do Espírito no tempo). [Eu prefiro,
sem prejuízo do conceito anterior, reintegração.].
E acrescenta Heindel: É, pois, necessário à vida
evoluinte tomar o caminho de três dimensões –
a espiral que segue continuamente para a frente e para o
alto. Por toda a parte encontra-se a espiral: para a frente, para
o alto, para sempre! A Teoria ou Doutrina do Renascimento, que ensina
a necessidade de repetidas incorporações em veículos
de crescente perfeição, está em perfeito acordo
com a evolução e com os fenômenos da Natureza.
O que somos, o que temos e todas as boas [e más]
qualidades são o resultado [educativo e compensatório]
das nossas próprias ações passadas. Estamos criando
presentemente as condições de nossas futuras vidas.
Ao invés de nos lamentarmos pela falta desta ou daquela cobiçada
faculdade, devemos nos esforçar para adquiri-la.
A genialidade – extraordinária capacidade intelectual,
notadamente a que se manifesta em atividades criativas – é
uma qualidade anímica, não uma herança física.
As Leis gêmeas – de Renascimento e de Conseqüência
– resolvem de forma razoável todos os problemas incidentais
à vida humana conforme o homem avança firmemente para
o seu próximo estágio evolutivo – o de Super-Homem.
Cada Ego nasce duas vezes durante o tempo em que o Sol,
por precessão, passa através de um signo do Zodíaco,
e como a alma é necessariamente bissexual renasce, alternadamente,
em corpos masculinos e femininos, a fim de adquirir toda espécie
de experiências, posto que a experiência de um sexo difere
amplamente da do outro.
A evolução na Terra é dividida em períodos
chamados "Épocas". Até agora passaram-se quatro
Épocas, que são denominadas respectivamente: Polar,
Hiperbórea, Lemúrica e Atlante. Na primeira, ou Época
Polar, o que hoje é Humanidade possuía apenas Corpo
Denso, tal como atualmente os minerais. Daí ter sido semelhante
ao mineral. Na segunda, ou Época
Hiperbórea, um Corpo Vital foi-lhe acrescentado, de modo que
o homem em formação passou a um estado semelhante ao
das plantas. Não era uma planta, mas análogo a ela.
Na terceira, ou Época
Lemúrica, o homem obteve seu Corpo de Desejos, ficando constituído
analogamente ao animal — um homem-animal. Na
quarta, ou Época Atlante, recebeu a Mente, e agora no que concerne
aos seus princípios, sobe ao palco da vida física como
HOMEM. (Noé simboliza os remanescentes da Época Atlante
– núcleo da Quinta Raça e, portanto, nossos progenitores.).
Na presente, a quinta Época
ou Época Ária, o homem desenvolverá, até
certo ponto, o terceiro ou mais inferior aspecto de seu Tríplice
Espírito — o Ego.
Atribuir a Deus uma conduta que, num ser humano, qualificaríamos
com palavras muito duras, é totalmente irrazoável [e
absurda].
A Natureza ocultou-nos bondosamente o passado e o futuro
para não nos roubar a paz da mente, impedindo o sofrimento
antecipado daquilo que nos está reservado. Quando alcançarmos
maior desenvolvimento aprenderemos a aceitar com equanimidade [e resignação
mística] todas as coisas, vendo em todo infortúnio o
resultado de nossos erros e equívocos passados.
Os Mundos e Planos Cósmicos não estão
acima uns dos outros, no espaço; na realidade, os sete Planos
Cósmicos interpenetram-se uns aos outros e todos eles interpenetram
os sete mundos. O mais denso deles é o Sétimo (contando
de cima para baixo. São todos estados de espírito-matéria
compenetrando-se uns aos outros. E nenhum de nós pode existir
fora das Grandes Inteligências que, com Sua Vida, interpenetram
e sustentam o nosso Mundo.
O Sol é o mais aproximado símbolo visível
de Deus de que dispomos, ainda que não seja senão um
véu para "Aquele" que está
por trás. O que seja esse "Aquele",
publicamente não se pode dizê-lo.
Atributos
ou Aspectos do
Supremo Ser
Segundo Max Heindel |
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Desse tríplice
Ser Supremo procedem os Sete Grandes Logos. Estes contêm em
si mesmos todas as grandes Hierarquias, as quais diferenciam-se cada
vez mais conforme vão se difundindo através dos vários
Planos Cósmicos. Há quarenta e nove Hierarquias no Segundo
Plano Cósmico; no Terceiro há trezentas e quarenta e
três Hierarquias. Cada uma destas é, por sua vez, capaz
de divisões e subdivisões setenárias. Deste modo,
no Plano Cósmico Inferior, em que se manifestam os Sistemas
Solares, o número de divisões e subdivisões é
quase infinito.
Os Sistemas Solares nascem, morrem e tornam a nascer,
em ciclos de atividade e repouso, tal como acontece ao homem.
Não há nenhum processo instantâneo
em a Natureza. Tudo se desenvolve com extraordinária lentidão.
Contudo, embora lentíssimo, esse progresso é absolutamente
seguro e alcançará a suprema perfeição.
Tal como existem estágios progressivos na vida humana –
infância, adolescência, virilidade e velhice – assim
também existem no Macrocosmo diferentes estágios correspondentes
a diversos períodos da Vida Microcósmica.
Quanto menor o grau de inteligência de um ser evolucionante
tanto maior a dependência de ajuda externa.
A partir do momento em que o Ego individualizado manifesta
consciência própria, deve ele prosseguir expandindo essa
consciência sem ajuda externa. A experiência e o pensamento
devem, então, tomar o lugar dos Mestres externos. E a glória,
o poder e o esplendor que pode alcançar são ilimitados.
Tão seguramente como a concha dura e empedernida
do caracol é formada pelos sucos solidificados do seu brando
corpo, assim também todas as formas são cristalizações
em torno do pólo negativo do Espírito.
O esquema evolutivo é efetuado através
de cinco Mundos em Sete Grandes Períodos de Manifestação,
durante os quais o Espírito Virginal ou Vida Evolucionante
se converte primeiramente em homem depois em Deus.
Os Sete Grandes Períodos, segundo a terminologia
Rosacruz – que nada têm a ver com os
planetas que se movem em suas órbitas em torno do Sol juntamente
com a Terra, e que, em realidade, são simplesmente encarnações
passadas, presentes ou futuras da nossa Terra, "condições"
através das quais passou, está passando ou passará
no futuro – são:
1º - Período
de Saturno
2º - Período Solar (Sol)
3º - Período Lunar (Lua)
4º - Período Terrestre (Terra)
5º - Período de Júpiter
6º - Período de Vênus
7º - Período de Vulcano
Os três primeiros mencionados (Períodos
de Saturno, Solar e Lunar) pertencem ao passado. Estamos atualmente
no quarto, ou Período Terrestre. Quando este Período
do nosso Globo se completar, a Terra e nós passaremos, sucessivamente,
às condições de Júpiter, de Vênus
e de Vulcano, até que finde o Grande Dia Setenário de
Manifestação. Então, tudo o que agora existe
imergirá mais uma vez no Absoluto para um período de
descanso e assimilação dos frutos da evolução,
e reemergirá, para ulterior e mais elevado desenvolvimento,
na aurora de outro Grande Dia.
PARTE
III