Fragmentos do Livro de Urântia
(Parte IX)

 

Rodolfo Domenico Pizzinga


 

 

Em todo o Satânia, há apenas sessenta e um mundos semelhantes a Urântia – planetas de modificação da vida. Os mundos habitados, na sua maioria, são povoados de acordo com técnicas estabelecidas; e, em tais esferas, os Portadores da Vida têm pouca liberdade para fazer variar os seus planos de implantação da vida. Todavia, um mundo, entre dez, é designado como planeta decimal, e destinado ao registro especial dos Portadores da Vida; e, nestes planetas, é-nós permitido efetuar certos experimentos de vida, em um esforço para modificar ou possivelmente aperfeiçoar o padrão dos tipos de seres vivos no universo... Entretanto, não é possível promover um desenvolvimento mais rápido da vida do que aquele que pode ser suportado e acomodado pelo progresso físico do planeta.

 

O tipo urantiano de protoplasma pode funcionar apenas em uma solução salina adequada, ou seja, um projeto-padrão de vida fundado no cloreto de sódio.1 Toda a vida ancestral – vegetal e animal – evoluiu em um 'habitat' com esta solução salina. E mesmo os animais terrestres mais altamente organizados não poderiam continuar a viver, se esta mesma solução salina essencial não circulasse nos seus corpos, na corrente sangüínea, que livremente banha e que literalmente submerge cada pequena célula viva nesta profundidade marinha salgada.

 

Há 550 milhões de anos, toda a vida planetária (excluindo as personalidades extraplanetárias) teve sua origem em três implantações originais, idênticas e simultâneas de vida marinha. O propósito destas três implantações de vida marinha era assegurar que cada uma das massas grandes de terra tivesse nela esta vida nas suas águas marinhas quentes, quando a Terra posteriormente se separasse. Estas três implantações de vida foram: a central ou eurasiano-africana, a oriental ou australásica e a ocidental, que abrange a Groenlândia e as Américas. Há 500 milhões de anos, a vida marinha vegetal primitiva estava bem estabelecida em Urântia. A Groenlândia e a massa de terra do Ártico, junto com as da América do Norte e da América do Sul, estavam começando a sua longa e lenta derivação para leste. A África moveu-se ligeiramente para o sul, criando uma depressão a leste e a oeste, a bacia do Mediterrâneo, entre ela própria e o corpo-mãe. A Antártida, a Austrália e a terra marcada pelas ilhas do Pacífico desprenderam-se ao sul e a leste, e derivaram para mais longe desde aquela época... Há 450 milhões de anos, aconteceu a transição da vida vegetal para a vida animal. Esta metamorfose teve lugar nas águas rasas das lagoas e das baías tropicais, abrigadas ao longo das linhas costeiras extensas dos continentes que se separavam. E este desenvolvimento, todo ele inerente aos padrões originais da vida, deu-se gradativamente. Havia muitos estágios de transição entre as formas iniciais primitivas de vida vegetal e os organismos animais posteriores bem definidos. E, ainda hoje, persistem as formas de limos de transição, e elas não podem ser classificadas, seja como plantas, seja como animais... Durante ciclos quase sem fim de ganhos e perdas, de ajustes e reajustes, todos os organismos vivos progridem e regridem de uma idade para outra. Aqueles que alcançam a Unidade Cósmica perduram, enquanto aqueles que perdem essa meta cessam de existir... Há 250 milhões de anos, testemunhou-se o aparecimento da família dos peixes, os vertebrados, um dos acontecimentos mais importantes de toda a pré-evolução humana... Há 170 milhões de anos, grandes mudanças evolucionárias e ajustamentos estavam ocorrendo em toda a face da Terra. As terras estavam se elevando em todo o mundo, enquanto os fundos dos oceanos afundavam... Há 150 milhões de anos, começaram os períodos primitivos da vida terrestre da história do mundo... Há 140 milhões de anos, subitamente, e com apenas o indício dos dois ancestrais pré-répteis que se desenvolveram na África durante a época precedente, os répteis apareceram na sua forma plenamente evoluída... Há 55 milhões de anos, a marcha evolucionária foi marcada pelo aparecimento súbito dos primeiros pássaros verdadeiros; uma pequena criatura semelhante a um pombo foi o ancestral de toda a vida avícola... Há 35 milhões de anos, fica assinalado o começo da idade da predominância dos mamíferos placentários no mundo... Há um milhão de anos, Urântia foi registrada como um mundo habitado. Uma mutação, na raça dos primatas em progressão, subitamente produziu dois seres humanos primitivos – os ancestrais verdadeiros da Humanidade... O começo da Dispensação Adâmica se dá há 35 mil anos... Cerca de um milhão de anos atrás os ancestrais imediatos da Humanidade fizeram o seu aparecimento por intermédio de três mutações sucessivas e súbitas, descendendo da raça primitiva do tipo lemuriano de mamíferos placentários... Do ano 1934 d.C. até o nascimento dos dois primeiros seres humanos, contam-se exatamente 993.419 anos... Estes primeiros seres humanos (e os descendentes deles) alcançavam plena maturidade aos doze anos de idade e possuíam um potencial de longevidade de cerca de setenta e cinco anos... Mas, apenas a partir de 993.408 anos atrás (do ano 1934 d.C.) Urântia foi formalmente reconhecida como um planeta de residência humana no universo de Nébadon... A raça humana tem quase um milhão de anos.

 

Primeira prece ensinada aos urantianos pelo líder espiritual Onagar, que nasceu há 983.323 anos (contados do ano 1934 d.C.) e viveu até os sessenta e nove anos de idade: Ó Alento da Vida, no dia de hoje, dai-nos a nossa comida diária, livrai-nos da maldição do gelo, salvai-nos dos nossos inimigos da floresta e, com misericórdia, recebei-nos no Grande Além.

 

Em um planeta evolucionário normal, as seis raças evolutivas de cor aparecem uma a uma. A emergência simultânea de todas as seis raças em Urântia, e em uma mesma família, foi bastante excepcional.

1ª Raça: O homem vermelho. Estes povos eram espécimes notáveis da raça humana, e desenvolverem uma civilização e um governo tribal. Eles sempre foram monógamos; mesmo os seus descendentes mistos raramente praticavam a poligamia. Há cerca de 85 mil anos, os remanescentes relativamente puros da raça vermelha foram em massa para a América do Norte e, pouco depois disso, o Istmo de Behring afundou, isolando-os assim. Nenhum homem vermelho jamais retornou à Ásia. No entanto, em toda a Sibéria, na China, na Ásia central, na Índia e na Europa, eles deixaram para trás muito do seu sangue misturado a outras raças coloridas.

2ª Raça: O homem alaranjado. A característica que mais se destacava nesta raça era a sua necessidade peculiar de construir, de edificar toda e qualquer coisa, ainda que fosse empilhar grandes montes de pedras para ver qual tribo faria a pilha maior. Antes do seu fim, este povo perdeu muito terreno, espiritual e culturalmente; mas houve um grande recrudescimento de um nível superior de vida, em resultado da liderança sábia de Porshunta – a mente mestra desta desafortunada raça que a ela trouxe a sua ministração quando o seu centro geral era em Armagedon, há cerca de trezentos mil anos. Como raça, contudo, o homem alaranjado deixou de existir há cerca de cem mil anos.

3ª Raça: O homem amarelo. As tribos amarelas primitivas foram as primeiras a abandonar a caça, a estabelecer comunidades estáveis e a desenvolver uma vida familiar baseada na agricultura. Intelectualmente, eles eram um pouco inferiores ao homem vermelho, mas, social e coletivamente, eles demonstraram ser superiores no que se refere a fomentar a civilização de uma raça. Por haverem desenvolvido um espírito fraternal, com as várias tribos aprendendo a viver juntas em uma paz relativa, eles se tornaram capazes de ir expulsando a raça vermelha à medida que iam gradualmente se expandindo pela Ásia.

4ª Raça: O homem verde. A raça verde foi um dos grupos menos capazes de homens primitivos, e eles foram muito enfraquecidos pelas extensas migrações em várias direções. Antes da sua dispersão, estas tribos conheceram um grande renascimento cultural, sob a liderança de Fantad, há uns trezentos e cinqüenta mil anos. A raça verde separou-se em três grandes divisões. As tribos do norte foram vencidas, escravizadas e absorvidas pelas raças amarelas e azuis. O grupo do leste foi amalgamado aos povos da Índia daqueles dias, e alguns remanescentes ainda perduram em meio àqueles povos. A nação sulina entrou na África, onde destruiu a raça dos seus primos, quase igualmente inferiores, da raça alaranjada. Os remanescentes dos homens verdes vitoriosos foram absorvidos, subseqüentemente, pela raça índigo, o último
dos povos coloridos a se desenvolver e a emigrar.

5ª Raça: O homem azul. Os homens azuis formaram um grande povo. Muito cedo, eles inventaram a lança e, em seguida, elaboraram os rudimentos de muitas das artes da civilização moderna. O homem azul tinha o poder cerebral do homem vermelho, associado à alma e ao sentimento do homem amarelo. Orlandof tornou-se um grande instrutor da raça azul e conduziu muitas tribos ao culto do Deus verdadeiro, sob o nome de 'o Chefe Supremo'. Este foi o maior avanço do homem azul, até tempos posteriores, quando esta raça foi tão enormemente elevada pelo acréscimo do sangue Adâmico. As pesquisas e explorações européias sobre a antiga Idade da Pedra Lascada têm muito a ver com a escavação dos instrumentos, ossos e objetos de artesanato desses antigos homens azuis, pois eles perduraram na Europa até tempos recentes. As chamadas raças brancas, de Urântia, são descendentes desses homens azuis, pois eles foram, primeiro, modificados por uma leve mistura com as raças amarela e vermelha e, mais tarde, foram elevados em muito pela assimilação de porções maiores da raça violeta.

6ª Raça: A raça índiga. Do mesmo modo que os homens vermelhos foram os mais avançados de todos os povos, os homens negros foram os de menor progresso. Foram os últimos a migrar dos planaltos da sua origem. Eles foram para a África, tomaram posse do continente e, desde então, permaneceram sempre lá, salvo quando tirados dali à força, de épocas em épocas, como escravos. Isolados na África, os povos índigos, como o homem vermelho, receberam pouca ou nenhuma elevação racial que se poderia haver derivado da infusão do sangue Adâmico. A sós, na África, a raça índiga fez poucos avanços, até os dias de Orvonon, quando experimentou um grande despertar espiritual. Se bem que, mais tarde, quase se esqueceu do 'Deus dos Deuses', proclamado por Orvonon, não perdeu inteiramente o desejo de adorar o Desconhecido; pelo menos, manteve uma forma de adoração, até uns poucos milhares de anos. Não obstante o seu atraso, esses povos índigos têm o mesmo 'status' perante os poderes celestes de qualquer das outras raças terrenas.

 

 

 

 

Há razões boas, suficientes e em grande número que justificam o plano de fazer evoluir três ou seis raças coloridas, nos mundos do espaço. Embora os mortais de Urântia possam não estar em posição de saber apreciar todas estas razões, nós gostaríamos de chamar a atenção para as seguintes: 1ª) a variedade é indispensável para dar oportunidade a um amplo funcionamento da seleção natural, levando à sobrevivência dos estratos superiores; 2ª) raças mais fortes e melhores podem ser obtidas em conseqüência de cruzamentos de povos diversos, quando estas raças diferentes são portadoras de fatores de uma herança superior. E as raças de Urântia ter-se-iam beneficiado de uma tal miscigenação antecipada, caso o povo resultante pudesse ter sido subseqüentemente elevado, de um modo efetivo, por uma miscigenação cuidadosa com a raça Adâmica superior. Uma tentativa de se efetuar um experimento assim, em Urântia, sob as condições raciais atuais, seria altamente desastrosa; 3ª) a competição é saudavelmente estimulada pela diversidade de raças; 4ª) as diferenças no 'status' das raças e dos grupos, dentro de cada raça, são essenciais para o desenvolvimento da tolerância e do altruísmo humano; e 5ª) antes que os povos de um mundo em evolução atinjam níveis relativamente altos de desenvolvimento espiritual, a homogeneidade da raça humana não é desejável.

 

A vida evolucionária material básica – a vida pré-mental – é formulada pelos Mestres Controladores Físicos e pelos ministérios de implantação da vida dos Sete Espíritos Mestres, juntamente com a ministração ativa dos Portadores da Vida designados. Como resultado da função coordenada desta criatividade tríplice, desenvolve-se uma capacidade física do organismo para a mente – mecanismos materiais de reação inteligente aos estímulos ambientais externos e, mais tarde, aos estímulos internos ou influências que têm origem na própria mente do organismo. Há, então, três níveis distintos de produção e de evolução da vida: 1°) domínio da energia física – produto da capacidade da mente; 2°) ministração da mente, feita pelos espíritos ajudantes – influenciando a capacidade espiritual; e 3º) dotação espiritual da mente mortal – culminando no outorgamento dos Ajustadores do Pensamento.

 

Os Portadores da Vida são capazes de funcionar, e funcionam, nos três seguintes níveis: 1°) nível físico da eletroquímica; 2°) fase intermediária usual de existência quase moroncial; e 3º) nível semi-espiritual avançado.

 

A evolução da vida é sempre progressiva, diferencial e variável; mas não é, no sentido acidental, fortuita, descontrolada e nem inteiramente experimental. Muitas facetas da vida humana oferecem evidências abundantes de que o fenômeno da existência mortal foi inteligentemente planejado, de que a evolução orgânica não é um mero acidente cósmico. Quando uma célula viva é ferida, ela possui a capacidade de elaborar algumas substâncias químicas que têm o poder de estimular e ativar as células vizinhas normais, para que elas iniciem imediatamente a secreção de certas substâncias que facilitam os processos de cura na ferida; e, ao mesmo tempo, estas células normais e não feridas começam a proliferar – elas de fato começam a trabalhar, criando novas células para repor qualquer célula companheira que possa ter sido destruída por acidente. Esta ação e esta reação bioquímicas, ligadas à cura de feridas e à reprodução das células, representam a escolha dos Portadores da Vida de uma fórmula que abrange mais de cem mil fases e aspectos de reações bioquímicas possíveis e de repercussões biológicas. Mais de meio milhão de experimentos específicos foram feitos pelos Portadores da Vida nos seus laboratórios, antes que eles finalmente estabelecessem esta fórmula para o experimento de vida em Urântia.

 

 

 

É impossível determinar com precisão, simultaneamente, a localização exata e a velocidade de um objeto em movimento2; qualquer tentativa de medir uma dessas grandezas acarreta uma alteração inevitável na outra. O homem mortal depara com o mesmo tipo de paradoxo quando efetua a análise química do protoplasma. O pesquisador pode elucidar a composição química do protoplasma morto; mas ele não pode discernir a organização física nem o funcionamento dinâmico do protoplasma enquanto vivo. O cientista chegará mais e mais próximo dos segredos da vida, mas nunca os localizará, e por nenhuma outra razão senão a de que tem de matar o protoplasma para analisá-lo. O protoplasma morto pesa tanto quanto o protoplasma vivo, mas já não é o mesmo!

 

O caminho do Pai: 1. Não temerás nem servirás a nenhum Deus, senão ao Pai de todos; 2. Não desobedecerás ao Filho do Pai, o governante do mundo, nem faltarás com o respeito aos seus assessores supra-humanos; 3. Não mentirás quando fores chamado perante os juízes do povo; 4. Não matarás nem homens, nem mulheres, nem crianças; 5. Não roubarás nem os bens, nem o gado do teu vizinho; 6. Não tocarás na mulher do teu amigo; e 7. Não faltarás com o respeito aos teus pais nem aos mais velhos da tribo.3

 

O erro sugere uma falta de agudez intelectual; o mal, uma deficiência de sabedoria; o pecado, uma pobreza espiritual abjeta; a iniqüidade, todavia, indica o desaparecimento do controle da personalidade. E, quando o pecado, por tantas vezes, é escolhido e tão freqüentemente repetido, ele poderá se tornar habitual. Os pecadores habituais podem facilmente se tornar iníquos, podem se tornar rebeldes, com todo o seu ser, contra o universo e contra todas as suas realidades divinas. Ao mesmo tempo em que todas as formas de pecado podem ser perdoadas, duvidamos que o iníquo estabelecido possa jamais sentir um arrependimento sincero pelos seus erros.

 

 

 

 

As conseqüências pessoais (centrípetas) da rejeição voluntária e persistente que uma criatura faz da LLuz são tanto individuais quanto coletivas. A colheita da iniqüidade, destruidora da personalidade-alma, é o fruto interno, individual, da criatura volitivamente iníqua. Entretanto, as repercussões e as conseqüências externas do pecado (centrífugas), inevitáveis e coletivas, afetam todas as criaturas que funcionam dentro do raio de ação dos acontecimentos pecaminosos. E mais: o pecado jamais tem efeitos puramente localizados. E mais, ainda: quando o pecado representa a escolha da mente e a vontade da personalidade-alma, ele é carregado de conseqüências fatais para a sobrevivência cósmica da própria personalidade-alma. Seja como for, o pecado de um ser qualquer nunca rouba de outro a realização do direito divino da sobrevivência da sua personalidade-alma. A sobrevivência eterna só pode ser colocada em perigo por decisões da mente e da escolha da personalidade-alma do próprio indivíduo. O pecado retarda enormemente o desenvolvimento intelectual, o crescimento moral, o progresso social e a realização espiritual coletiva. Não impede, todavia, a realização espiritual mais elevada de qualquer indivíduo que escolhe conhecer, realizar e se fusionar com o seu Deus Interior, e, estabelecida esta Unidade, sinceramente, cumprir a Sua Divina Vontade.

 

 

Resultante Centrípeta4
Pseudo-força Centrífuga5

 

 

A civilização é uma aquisição da raça; não é uma inerência biológica. É por isto que todas as crianças devem ser criadas em um ambiente de cultura, e cada geração de jovens que se sucede deve receber uma nova educação – uma educação mais atualizada e mais concertada. As qualidades superiores da civilização – científicas, filosóficas e religiosas – não são transmitidas de uma geração a outra pela hereditariedade direta. Essas realizações culturais são preservadas apenas pela conservação do esclarecimento na herança social.

 

A frase moderna 'de volta à Natureza' é um delírio de ignorância, uma crença na realidade de uma antiga 'idade dourada' fictícia. A única base para a lenda da idade dourada são as existências históricas da Dalamátia e do Éden. Contudo, estas sociedades, ainda que aperfeiçoadas, estavam longe de ser a realização de sonhos utópicos.

 

A sobrevivência de uma sociedade depende principalmente da evolução progressiva dos seus costumes. O processo da evolução dos costumes surge do desejo da experimentação; novas idéias são levadas adiante – e a competição decorre daí. Uma civilização progressiva abraça as idéias avançadas e perdura; o tempo e as circunstâncias, afinal, determinam o grupo mais apto para sobreviver. Isto não significa, entretanto, que cada mudança, diferente e isolada, na composição da sociedade humana haja sido para melhor. Não! De fato, não! Pois tem havido muitos e vários retrocessos na longa luta da civilização de Urântia no sentido do progresso.

 

 

 

 

De um ponto de vista mundial, a superpopulação nunca foi um problema sério no passado; mas, se as guerras diminuírem e se a ciência controlar cada vez mais as doenças humanas, isto poderá se tornar um problema sério, em um futuro próximo. Em tal momento, então, a grande prova de sabedoria da liderança do mundo se fará presente. Terão os governantes de Urântia o discernimento e a coragem de favorecer a multiplicação do ser humano mediano ou estabilizado, em vez dos extremos do supranormal e dos grupos enormemente crescentes de subnormais? O homem normal deveria ser favorecido; ele é a espinha dorsal da civilização e a fonte dos gênios mutantes da raça. O homem subnormal deveria ser mantido sob o controle da sociedade; não deveriam ser gerados mais do que o necessário deles, para trabalharem nos níveis mais baixos das indústrias e para as tarefas que requerem uma inteligência pouco acima dos níveis animais – tarefas que fazem um nível tão exíguo de exigências, a ponto de representarem verdadeiras escravidões e subjugação para os tipos mais elevados de seres humanos.6

 

O destino evolucionário do homem está nas suas próprias mãos, e a inteligência científica deve, mais cedo ou mais tarde, substituir o funcionamento aleatório da seleção natural descontrolada e da casualidade na sobrevivência.

 

 

 

Continua...

 

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Notas:

1. O cloreto de sódio, popularmente conhecido como sal ou sal de cozinha, é um composto iônico cristalino formado por ligações iônicas na proporção de um átomo de cloro para cada átomo de sódio (número de coordenação = 6). A sua fórmula química é NaCl. O sal é essencial para a vida animal e é também um importante conservante de alimentos e um popular tempero. O sal está envolvido na regulação da quantidade de água do organismo, mas o aumento excessivo de sal causa risco de problemas de saúde, como pressão alta. Embora a maioria das pessoas esteja familiarizada com os vários usos do sal na culinária, desconhece que a substância é utilizada em várias outras aplicações, como a manufatura de papel e a produção de sabão e detergentes. No norte dos Estados Unidos da América e na Europa, grandes quantidades de sal são utilizadas para limpar as rodovias do gelo durante o Inverno. O cloreto de sódio é utilizado em larga escala na produção de hidróxido de sódio (NaCl), cloro (Cl2), hidrogênio (H2) e, indiretamente, ácido clorídrico (HCl), por eletrólise de sua solução aquosa (processo cloro-álcali). O sal também é utilizado para a produção de sódio metálico (Na), através da eletrólise ígnea. Enfim, o cloreto de sódio (que se cristaliza no Sistema Cúbico de Face centrada – CFC – e tem geometria octaédrica tanto para o cátion Na+ quanto para o ânion Cl) é utilizado em mais de dezesseis mil formas diferentes.

 

Cloreto de Sódio (Na+Cl)

 

2. O Princípio da Incerteza de Heisenberg consiste em um enunciado da Mecânica Quântica, formulado inicialmente em 1927 por Werner Heisenberg (Würzburg, 5 de dezembro de 1901 – Munique, 1 de fevereiro de 1976), impondo restrições à precisão com que se podem efetuar medidas simultâneas de uma classe de pares de observáveis. Pode-se exprimir o Princípio da Incerteza nos seguintes termos: o produto da incerteza associada ao valor de uma coordenada e a incerteza associada ao seu correspondente momento linear não pode ser inferior, em grandeza, à constante de Planck normalizada. Em termos matemáticos, o Princípio da Incerteza de Heisenberg é exprimido assim, onde (lê-se h cortado) é a Constante de Planck [h = 6,626 069(11) x 10-34 J.s] dividida por 2.

 

Princípio da Incerteza de Heisenberg

 

Quando se quer encontrar a posição de um elétron, por exemplo, é necessário fazê-lo interagir com algum instrumento de medida, direta ou indiretamente. Por exemplo, faz-se incidir sobre ele algum tipo de radiação. Tanto faz aqui que se considere a radiação do modo clássico, constituída por ondas eletromagnéticas, ou do modo quântico, constituída por fótons. Se se quer determinar a posição do elétron, é necessário que a radiação tenha comprimento de onda da ordem da incerteza com que se quer determinar a posição. Neste caso, quanto menor for o comprimento de onda (maior freqüência) maior é a precisão. Contudo, maior será a energia cedida pela radiação (onda ou fóton) em virtude da relação de Planck entre energia e freqüência da radiação, e o elétron sofrerá um recuo tanto maior quanto maior for essa energia, em virtude do Efeito Compton. Como conseqüência, a velocidade sofrerá uma alteração não de todo previsível. Argumentos análogos poderiam ser usados para se demonstrar que, ao se medir a velocidade com precisão, alterar-se-ia a posição, de modo não totalmente previsível. Resumidamente, pode-se dizer que tudo se passa de forma que quanto mais precisamente se medir uma grandeza, forçosamente mais será imprecisa a medida da grandeza correspondente, chamada de canonicamente conjugada. Então, está rigorosamente correto o Portador da Vida de Nébadon, residente em Urântia, que formulou no Documento 66 (O Supracontrole da Evolução), do Livro de Urântia: é impossível determinar com precisão, simultaneamente, a localização exata e a velocidade de um objeto em movimento. Ou seja, ainda, como explicou o próprio Heisenberg: Posição e momento linear são observáveis incompatíveis em um nível fundamental, uma vez que o conhecimento preciso do valor de um nos impede de conhecer qualquer coisa sobre o valor do outro. Esta limitação está implícita em a Natureza. Não tem nada a ver com qualquer aparelho de medida ou com técnicas experimentais. Vai ver que as coisas funcionam mesmo como ponderou o físico Michael Morrison ao dizer que podemos pensar na relação de incerteza como um meio de a Natureza limitar as nossas ambições [egoístas].

3. Muitos séculos antes de Moisés apresentar as Tábuas da Lei, a África já era regida por uma Legislação Divina – as Quarenta e Duas Leis de Maat, a filha de Ra, Deusa da Verdade e da Ética.

1. Não cometi assassinato, nem contratei ninguém para matar por mim.

2. Não cometi estupro, nem forcei nenhuma mulher a cometer adultério.

3. Não me vinguei de ninguém, nem ardi em cólera.

4. Não causei terror, nem jamais provoquei aflição.

5. Não fiz com que ninguém sentisse dor, nem provoquei tristeza.

6. Não fiz mal algum. Não prejudiquei ninguém e nem causei sofrimento.

7. causei dano a nenhuma pessoa, nem maltratei animais.

8. Não fiz ninguém chorar.

9. Não tomei conhecimento do mal e não agi nem com crueldade nem com injustiça.

10. roubei. Não me apropriei de coisas que não me pertencem e nem daquelas que pertencem a outrem. Não roubei nada dos pomares, nem tirei o alimento das crianças.

11. Não cometi fraude, não acrescentei nada ao peso da balança, nem tornei os pratos da balança mais leves.

12. Não devastei a terra lavrada, nem causei a destruição dos campos.

13. Não expulsei o gado de seus pastos, nem privei ninguém daquilo que lhes pertencia de direito.

14. Não acusei ninguém falsamente, nem jamais apoiei nenhuma falsa acusação.

15. Não menti, nem disse coisas falsas que prejudicassem alguém.

16. Não esbravejei, nem provoquei a discórdia.

17. Não agi com perfídia, não fui ardiloso, nem falei de modo enganoso que prejudicasse ninguém. Não negociei com qualquer pessoa de forma fraudulenta, nem atestei uma fraude que causasse dano a alguém.

18. Não falei com escárnio, nem me manifestei para falar contra homem algum.

19. Não tentei escutar o que não era dirigido aos meus ouvidos.

20. Não fechei meus ouvidos para as palavras de Retidão e de Verdade.

21. Não fiz julgamentos apressados, nem fiz julgamentos impiedosos. Em meus julgamentos jamais fui apressado e sob nenhuma condição fui impiedoso.

22. Não cometi nenhum crime no lugar da Retidão e da Verdade.

23. Não fiz com que o senhor cometesse qualquer injustiça contra seu servo.

24. Não me enfureci sem motivo.

25. Não fiz a água voltar na época da maré alta, nem detive o fluxo das correntes.

26. Não destruí o leito dos rios.

27. Não conspurquei as águas, nem poluí a terra.

28. Não blasfemei contra Deus, não desdenhei de Deus, nem fiz aquilo que Deus abomina.

29. Não aborreci ou enfureci Deus.

30. Não roubei nada de Deus, nem furtei as oferendas dos templos.

31. Não acrescentei nem reduzi as oferendas que Lhe são devidas.

32. Não furtei os alimentos ofertados a Deus.

33.Não retirei as oferendas feitas aos mortos abençoados.

34.Não negligenciei as épocas designadas para as oferendas.

35.Não maltratei o gado destinado ao sacrifício.

36. impedi as procissões em honra a Deus.

37. Não abati com intenção maldosa o gado de Deus.

38. Não agi com perfídia, nem agi com insolência.

39. Não fui excessivamente orgulhoso, nem me comportei com arrogância.

40. Não exagerei minhas condições além do limite do que era adequado e conveniente.

41. A cada dia trabalhei mais do que me era exigido.

42. Meu nome não apareceu e jamais aparecerá no Barco do Príncipe.

4. A resultante centrípeta – chamada erroneamente de força centrípeta (pelo fato de que em a Natureza não existe força centrípta) – é a componente radial da força em um movimento curvilíneo que puxa o corpo para o centro da trajetória, alterando o seu deslocamento.

5. A força centrífuga é uma pseudo-força ou força inercial – não sendo portanto uma força real – que existe apenas para um observador solidário a um referencial animado de movimento de rotação em relação a um referencial inercial, ou seja, sem aceleração. A pseudo-força centrífuga atua radialmente a partir do centro de rotação determinado pela partícula no sistema girante, ou seja, é paralela ao plano determinado pelo eixo de rotação, mais especificamente pelo vetor velocidade angular e pelo raio que une o objeto ao centro do referencial girante, sendo sempre perpendicular à este eixo de rotação. Como toda força inercial, pode ser eliminada passando-se a um referencial inercial.

6. Este tema é explosivo e perigoso e extremamente polêmico e discutível. E da forma como aparece neste fragmento – apresentado como remate da Evolução da Cultura, do Documento 68 (A Aurora da Civilização), por um Melquisedeque certa vez estabelecido em Urântia – parece uma coisa absurda, bárbara e em franca contradição com o conteúdo anterior da obra. Não o discutirei; deixarei que cada leitor chegue às suas conclusões. Mas pergunto: se um homem e uma mulher, que se predispuseram a ter um filho, pudessem saber antecipadamente e com absoluta certeza que o filho que viessem a gerar, por exemplo, se tornaria um serial killer irrecuperável, um pedófilo irrecuperável, um déspota irrecuperável (do tipo stalinista, hitlerista, mussolinista, miloševicista, pinochetista, norieguista, videlista e por aí vai longe) ou, pior do que tudo, um instrumento convicto e diabólico dos Irmãos das Sombras da Grande Loja Negra, será que, ainda assim, se predisporiam a ter este filho? Infelizmente, em termos de personalidade-alma, pouquíssimos são os sabem de antemão que filhos irão ter, pois, se soubessem...

Se você ainda não leu o ensaio Eutanásia (Sim ou Não), de minha autoria, eu o convido a ler no endereço:

http://paxprofundis.org/livros/eutanasia/eutanasia.html

Bem, agora, para ajudar você a decidir sobre o conteúdo desta controversa matéria, dê uma espiada neste PowerPoint espetacular: clique AQUI.

 

Páginas da Internet consultadas:

http://pt.wikipedia.org/wiki/
For%C3%A7a_centr%C3%ADfuga

http://pt.wikipedia.org/wiki/
For%C3%A7a_centr%C3%ADpeta

http://flusocio.com.br/blog/
2008/06/02/chega-de-hipocrisia/

http://dererummundi.blogspot.com/
2007/06/o-princpio-da-incerteza.html

http://pt.wikipedia.org/wiki/Princ%C3%
ADpio_da_incerteza_de_Heisenberg

http://www.massacultural.com/
wp-content/uploads/2009/02/evolution.jpg

http://pt.wikipedia.org/wiki/
Cloreto_de_s%C3%B3dio

http://pt.wikipedia.org/wiki/
Geometria_de_coordena%C3%A7%C3%A3o

 

Fundo musical:

Prelude nº 9 (Johann Sebastian Bach)

Fonte:

http://www.karaokenet.com.br/karaoke2/midisclassicos.htm

 

Direitos autorais:

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