Fragmentos
do Livro de Urântia
(Parte IX)
Rodolfo
Domenico Pizzinga
Em
todo o Satânia, há apenas sessenta e um mundos semelhantes a
Urântia – planetas de modificação da vida. Os mundos
habitados, na sua maioria, são povoados de acordo com técnicas
estabelecidas; e, em tais esferas, os Portadores da Vida têm pouca liberdade
para fazer variar os seus planos de implantação da vida. Todavia,
um mundo, entre dez, é designado como planeta decimal, e destinado
ao registro especial dos Portadores da Vida; e, nestes planetas, é-nós
permitido efetuar certos experimentos de vida, em um esforço para modificar
ou possivelmente aperfeiçoar o padrão dos tipos de seres vivos
no universo... Entretanto, não é possível promover um
desenvolvimento mais rápido da vida do que aquele que pode ser suportado
e acomodado pelo progresso físico do planeta.
O
tipo urantiano de protoplasma pode funcionar apenas em uma solução
salina adequada, ou seja, um projeto-padrão de vida fundado no cloreto
de sódio.1
Toda a vida ancestral – vegetal e animal – evoluiu em um 'habitat'
com esta solução salina. E mesmo os animais terrestres mais
altamente organizados não poderiam continuar a viver, se esta mesma
solução salina essencial não circulasse nos seus corpos,
na corrente sangüínea, que livremente banha e que literalmente
submerge cada pequena célula viva nesta profundidade marinha salgada.
Há
550 milhões de anos, toda a vida planetária (excluindo as personalidades
extraplanetárias) teve sua origem em três implantações
originais, idênticas e simultâneas de vida marinha. O propósito
destas três implantações de vida marinha era assegurar
que cada uma das massas grandes de terra tivesse nela esta vida nas suas águas
marinhas quentes, quando a Terra posteriormente se separasse. Estas três
implantações de vida foram: a central ou eurasiano-africana,
a oriental ou australásica e a ocidental, que abrange a Groenlândia
e as Américas. Há 500 milhões de anos, a vida marinha
vegetal primitiva estava bem estabelecida em Urântia. A Groenlândia
e a massa de terra do Ártico, junto com as da América do Norte
e da América do Sul, estavam começando a sua longa e lenta derivação
para leste. A África moveu-se ligeiramente para o sul, criando uma
depressão a leste e a oeste, a bacia do Mediterrâneo, entre ela
própria e o corpo-mãe. A Antártida, a Austrália
e a terra marcada pelas ilhas do Pacífico desprenderam-se ao sul e
a leste, e derivaram para mais longe desde aquela época... Há
450 milhões de anos, aconteceu a transição da vida vegetal
para a vida animal. Esta metamorfose teve lugar nas águas rasas das
lagoas e das baías tropicais, abrigadas ao longo das linhas costeiras
extensas dos continentes que se separavam. E este desenvolvimento, todo ele
inerente aos padrões originais da vida, deu-se gradativamente. Havia
muitos estágios de transição entre as formas iniciais
primitivas de vida vegetal e os organismos animais posteriores bem definidos.
E, ainda hoje, persistem as formas de limos de transição, e
elas não podem ser classificadas, seja como plantas, seja como animais...
Durante ciclos quase sem fim de ganhos e perdas, de ajustes e reajustes, todos
os organismos vivos progridem e regridem de uma idade para outra. Aqueles
que alcançam a Unidade Cósmica perduram, enquanto aqueles que
perdem essa meta cessam de existir... Há 250 milhões de anos,
testemunhou-se o aparecimento da família dos peixes, os vertebrados,
um dos acontecimentos mais importantes de toda a pré-evolução
humana... Há 170 milhões de anos, grandes mudanças evolucionárias
e ajustamentos estavam ocorrendo em toda a face da Terra. As terras estavam
se elevando em todo o mundo, enquanto os fundos dos oceanos afundavam... Há
150 milhões de anos, começaram os períodos primitivos
da vida terrestre da história do mundo... Há 140 milhões
de anos, subitamente, e com apenas o indício dos dois ancestrais pré-répteis
que se desenvolveram na África durante a época precedente, os
répteis apareceram na sua forma plenamente evoluída... Há
55 milhões de anos, a marcha evolucionária foi marcada pelo
aparecimento súbito dos primeiros pássaros verdadeiros; uma
pequena criatura semelhante a um pombo foi o ancestral de toda a vida avícola...
Há 35 milhões de anos, fica assinalado o começo da idade
da predominância dos mamíferos placentários no mundo...
Há um milhão de anos, Urântia foi registrada como um mundo
habitado. Uma mutação, na raça dos primatas em progressão,
subitamente produziu dois seres humanos primitivos – os ancestrais verdadeiros
da Humanidade... O começo da Dispensação Adâmica
se dá há
35 mil anos...
Cerca de um milhão de anos atrás os ancestrais imediatos da
Humanidade fizeram o seu aparecimento por intermédio de três
mutações sucessivas e súbitas, descendendo da raça
primitiva do tipo lemuriano de mamíferos placentários... Do
ano 1934 d.C. até o nascimento dos dois primeiros seres humanos, contam-se
exatamente 993.419 anos... Estes primeiros seres humanos (e os descendentes
deles) alcançavam plena maturidade aos doze anos de idade e possuíam
um potencial de longevidade de cerca de setenta e cinco anos... Mas, apenas
a partir de 993.408 anos atrás (do ano 1934 d.C.) Urântia foi
formalmente reconhecida como um planeta de residência humana no universo
de Nébadon... A raça humana tem quase um milhão de anos.
Primeira
prece ensinada aos urantianos pelo líder espiritual Onagar, que nasceu
há 983.323 anos (contados do ano 1934 d.C.) e viveu até os sessenta
e nove anos de idade: Ó Alento da Vida, no dia de hoje,
dai-nos a nossa comida diária, livrai-nos da maldição
do gelo, salvai-nos dos nossos inimigos da floresta e, com misericórdia,
recebei-nos no Grande Além.
Em
um planeta evolucionário normal, as seis raças evolutivas de
cor aparecem uma a uma. A emergência simultânea de todas as seis
raças em Urântia, e em uma mesma família, foi bastante
excepcional.
1ª Raça: O homem vermelho. Estes povos eram espécimes
notáveis da raça humana, e desenvolverem uma civilização
e um governo tribal. Eles sempre foram monógamos; mesmo os seus descendentes
mistos raramente praticavam a poligamia. Há cerca de 85 mil anos, os
remanescentes relativamente puros da raça vermelha foram em massa para
a América do Norte e, pouco depois disso, o Istmo de Behring afundou,
isolando-os assim. Nenhum homem vermelho jamais retornou à Ásia.
No entanto, em toda a Sibéria, na China, na Ásia central, na
Índia e na Europa, eles deixaram para trás muito do seu sangue
misturado a outras raças coloridas.
2ª
Raça: O homem alaranjado. A característica que mais se
destacava nesta raça era a sua necessidade peculiar de construir, de
edificar toda e qualquer coisa, ainda que fosse empilhar grandes montes de
pedras para ver qual tribo faria a pilha maior. Antes do seu fim, este povo
perdeu muito terreno, espiritual e culturalmente; mas houve um grande recrudescimento
de um nível superior de vida, em resultado da liderança sábia
de Porshunta – a mente mestra desta desafortunada raça –
que a ela trouxe a
sua ministração quando o seu centro geral era em Armagedon,
há cerca de trezentos mil anos. Como raça, contudo, o homem
alaranjado deixou de existir há cerca de cem mil anos.
3ª
Raça: O homem amarelo. As tribos amarelas primitivas foram as
primeiras a abandonar a caça, a estabelecer comunidades estáveis
e a desenvolver uma vida familiar baseada na agricultura. Intelectualmente,
eles eram um pouco inferiores ao homem vermelho, mas, social e coletivamente,
eles demonstraram ser superiores no que se refere a fomentar a civilização
de uma raça. Por haverem desenvolvido um espírito fraternal,
com as várias tribos aprendendo a viver juntas em uma paz relativa,
eles se tornaram capazes de ir expulsando a raça vermelha à
medida que iam gradualmente se expandindo pela Ásia.
4ª
Raça: O homem verde. A raça verde foi um dos grupos menos
capazes de homens primitivos, e eles foram muito enfraquecidos pelas extensas
migrações em várias direções. Antes da
sua dispersão, estas tribos conheceram um grande renascimento cultural,
sob a liderança de Fantad, há uns trezentos e cinqüenta
mil anos. A raça verde separou-se em três grandes divisões.
As tribos do norte foram vencidas, escravizadas e absorvidas pelas raças
amarelas e azuis. O grupo do leste foi amalgamado aos povos da Índia
daqueles dias, e alguns remanescentes ainda perduram em meio àqueles
povos. A nação sulina entrou na África, onde destruiu
a raça dos seus primos, quase igualmente inferiores, da raça
alaranjada. Os remanescentes dos homens verdes vitoriosos foram absorvidos,
subseqüentemente, pela raça índigo, o último
dos povos coloridos a se desenvolver e a emigrar.
5ª
Raça: O homem azul. Os homens azuis formaram um grande povo.
Muito cedo, eles inventaram a lança e, em seguida, elaboraram os rudimentos
de muitas das artes da civilização moderna. O homem azul tinha
o poder cerebral do homem vermelho, associado à alma e ao sentimento
do homem amarelo. Orlandof tornou-se um grande instrutor da raça azul
e conduziu muitas tribos ao culto do Deus verdadeiro, sob o nome de 'o Chefe
Supremo'. Este foi o maior avanço do homem azul, até tempos
posteriores, quando esta raça foi tão enormemente elevada pelo
acréscimo do sangue Adâmico. As pesquisas e explorações
européias sobre a antiga Idade da Pedra Lascada têm muito a ver
com a escavação dos instrumentos, ossos e objetos de artesanato
desses antigos homens azuis, pois eles perduraram na Europa até tempos
recentes. As chamadas raças brancas, de Urântia, são descendentes
desses homens azuis, pois eles foram, primeiro, modificados por uma leve mistura
com as raças amarela e vermelha e, mais tarde, foram elevados em muito
pela assimilação de porções maiores da raça
violeta.
6ª
Raça: A raça índiga. Do mesmo modo que os homens
vermelhos foram os mais avançados de todos os povos, os homens negros
foram os de menor progresso. Foram os últimos a migrar dos planaltos
da sua origem. Eles foram para a África, tomaram posse do continente
e, desde então, permaneceram sempre lá, salvo quando tirados
dali à força, de épocas em épocas, como escravos.
Isolados na África, os povos índigos, como o homem vermelho,
receberam pouca ou nenhuma elevação racial que se poderia haver
derivado da infusão do sangue Adâmico. A sós, na África,
a raça índiga fez poucos avanços, até os dias
de Orvonon, quando experimentou um grande despertar espiritual. Se bem que,
mais tarde, quase se esqueceu do 'Deus dos Deuses', proclamado por Orvonon,
não perdeu inteiramente o desejo de adorar o Desconhecido; pelo menos,
manteve uma forma de adoração, até uns poucos milhares
de anos. Não obstante o seu atraso, esses povos índigos têm
o mesmo 'status' perante os poderes celestes de qualquer das outras raças
terrenas.
Há
razões boas, suficientes e em grande número que justificam o
plano de fazer evoluir três ou seis raças coloridas, nos mundos
do espaço. Embora os mortais de Urântia possam não estar
em posição de saber apreciar todas estas razões, nós
gostaríamos de chamar a atenção para as seguintes: 1ª)
a variedade é indispensável para dar oportunidade a um amplo
funcionamento da seleção natural, levando à sobrevivência
dos estratos superiores; 2ª)
raças mais fortes e melhores podem ser obtidas em conseqüência
de cruzamentos de povos diversos, quando estas raças diferentes são
portadoras de fatores de uma herança superior. E as raças de
Urântia ter-se-iam beneficiado de uma tal miscigenação
antecipada, caso o povo resultante pudesse ter sido subseqüentemente
elevado, de um modo efetivo, por uma miscigenação cuidadosa
com a raça Adâmica superior. Uma tentativa de se efetuar um experimento
assim, em Urântia, sob as condições raciais atuais, seria
altamente desastrosa; 3ª)
a competição é saudavelmente estimulada pela diversidade
de raças; 4ª)
as diferenças no 'status' das raças e dos grupos, dentro
de cada raça, são essenciais para o desenvolvimento da tolerância
e do altruísmo humano; e 5ª)
antes que os povos de um mundo em evolução atinjam níveis
relativamente altos de desenvolvimento espiritual, a
homogeneidade da raça humana não é desejável.
A
vida evolucionária material básica – a vida pré-mental
– é formulada pelos Mestres Controladores Físicos e pelos
ministérios de implantação da vida dos Sete Espíritos
Mestres, juntamente com a ministração ativa dos Portadores da
Vida designados. Como resultado da função coordenada desta criatividade
tríplice, desenvolve-se uma capacidade física do organismo para
a mente – mecanismos materiais de reação inteligente aos
estímulos ambientais externos e, mais tarde, aos estímulos internos
ou influências que têm origem na própria mente do organismo.
Há, então, três níveis distintos de produção
e de evolução da vida: 1°) domínio da energia física
– produto da capacidade da mente; 2°) ministração
da mente, feita pelos espíritos ajudantes – influenciando a capacidade
espiritual; e 3º) dotação espiritual da mente mortal –
culminando no outorgamento dos Ajustadores do Pensamento.
Os Portadores da Vida são capazes
de funcionar, e funcionam, nos três seguintes níveis: 1°)
nível físico da eletroquímica; 2°)
fase intermediária
usual de existência quase moroncial; e 3º)
nível semi-espiritual
avançado.
A evolução da vida é
sempre progressiva, diferencial e variável; mas não é,
no sentido acidental,
fortuita, descontrolada
e nem inteiramente experimental. Muitas facetas da vida humana oferecem evidências
abundantes de que o fenômeno da existência mortal foi inteligentemente
planejado, de que a evolução orgânica não é
um mero acidente cósmico. Quando uma célula viva é ferida,
ela possui a capacidade de elaborar algumas substâncias químicas
que têm o poder de estimular e ativar as células vizinhas normais,
para que elas iniciem imediatamente a secreção de certas substâncias
que facilitam os processos de cura na ferida; e, ao mesmo tempo, estas células
normais e não feridas começam a proliferar – elas de fato
começam a trabalhar, criando novas células para repor qualquer
célula companheira que possa ter sido destruída por acidente.
Esta ação e esta reação bioquímicas, ligadas
à cura de feridas e à reprodução das células,
representam a escolha dos Portadores da Vida de uma fórmula que abrange
mais de cem mil fases e aspectos de reações bioquímicas
possíveis e de repercussões biológicas. Mais de meio
milhão de experimentos específicos foram feitos pelos Portadores
da Vida nos seus laboratórios, antes que eles finalmente estabelecessem
esta fórmula para o experimento de vida em Urântia.
É
impossível
determinar com precisão, simultaneamente, a localização
exata e a velocidade de um objeto em movimento2;
qualquer tentativa de medir uma dessas grandezas acarreta uma alteração
inevitável na outra. O homem mortal depara com o mesmo tipo de paradoxo
quando efetua a análise química do protoplasma. O pesquisador
pode elucidar a composição química do protoplasma morto;
mas ele não pode discernir a organização física
nem o funcionamento dinâmico do protoplasma enquanto vivo. O cientista
chegará mais e mais próximo dos segredos da vida, mas nunca
os localizará, e por nenhuma outra razão senão a de que
tem de matar o protoplasma para analisá-lo. O protoplasma morto pesa
tanto quanto o protoplasma vivo, mas já não é o mesmo!
O
caminho do Pai: 1.
Não temerás nem servirás a nenhum Deus, senão
ao Pai de todos; 2. Não desobedecerás ao Filho do Pai, o governante
do mundo, nem faltarás com o respeito aos seus assessores supra-humanos;
3. Não mentirás quando fores chamado perante os juízes
do povo; 4. Não matarás nem homens, nem mulheres, nem crianças;
5. Não roubarás nem os bens, nem o gado do teu vizinho; 6. Não
tocarás na mulher do teu amigo; e 7. Não faltarás com
o respeito aos teus pais nem aos mais velhos da tribo.3
O
erro sugere uma falta de agudez intelectual; o mal, uma deficiência
de sabedoria; o pecado, uma pobreza espiritual abjeta; a iniqüidade,
todavia, indica o desaparecimento do controle da personalidade. E, quando
o pecado, por tantas vezes, é escolhido e tão freqüentemente
repetido, ele poderá se tornar habitual. Os pecadores habituais podem
facilmente se tornar iníquos, podem se tornar rebeldes, com todo o
seu ser, contra o universo e contra todas as suas realidades divinas. Ao mesmo
tempo em que todas as formas de pecado podem ser perdoadas, duvidamos que
o iníquo estabelecido possa jamais sentir um arrependimento sincero
pelos seus erros.
As
conseqüências pessoais (centrípetas)
da rejeição voluntária e persistente que uma criatura
faz da LLuz são tanto individuais quanto coletivas. A colheita da iniqüidade,
destruidora da personalidade-alma, é o fruto interno, individual,
da criatura volitivamente iníqua. Entretanto, as repercussões
e as conseqüências
externas do pecado
(centrífugas), inevitáveis e coletivas, afetam todas as criaturas
que funcionam dentro do raio de ação dos acontecimentos pecaminosos.
E mais: o pecado jamais tem efeitos puramente localizados. E mais, ainda:
quando o pecado representa a escolha da mente e a vontade da personalidade-alma,
ele é carregado de conseqüências fatais para a sobrevivência
cósmica da própria personalidade-alma. Seja como for, o pecado
de um ser qualquer nunca rouba de outro a realização do direito
divino da sobrevivência da sua personalidade-alma.
A sobrevivência eterna só pode ser colocada em perigo por decisões
da mente e da escolha da personalidade-alma
do próprio indivíduo. O pecado retarda enormemente o desenvolvimento
intelectual, o crescimento moral, o progresso social e a realização
espiritual coletiva. Não impede, todavia, a realização
espiritual mais elevada de qualquer indivíduo que escolhe conhecer,
realizar e se fusionar com o seu Deus Interior, e, estabelecida
esta Unidade, sinceramente, cumprir
a Sua Divina Vontade.
|
|
Resultante
Centrípeta4 |
Pseudo-força
Centrífuga5 |
A
civilização é uma aquisição da raça;
não é uma inerência biológica. É por isto
que todas as crianças devem ser criadas em um ambiente de cultura,
e cada geração de jovens que se sucede deve receber uma nova
educação – uma educação mais atualizada
e mais concertada. As
qualidades superiores da civilização – científicas,
filosóficas e religiosas – não são transmitidas
de uma geração a outra pela hereditariedade direta. Essas realizações
culturais são preservadas apenas pela conservação do
esclarecimento na herança social.
A
frase moderna 'de volta à Natureza' é um delírio de ignorância,
uma crença na realidade de uma antiga 'idade dourada' fictícia.
A única base para a lenda da idade dourada são as existências
históricas da Dalamátia e do Éden. Contudo, estas sociedades,
ainda que aperfeiçoadas, estavam longe de ser a realização
de sonhos utópicos.
A
sobrevivência de uma sociedade depende principalmente da evolução
progressiva dos seus costumes. O processo da evolução dos costumes
surge do desejo da experimentação; novas idéias são
levadas adiante – e a competição decorre daí. Uma
civilização progressiva abraça as idéias avançadas
e perdura; o tempo e as circunstâncias, afinal, determinam o grupo mais
apto para sobreviver. Isto não significa, entretanto, que cada mudança,
diferente e isolada, na composição da sociedade humana haja
sido para melhor. Não! De fato, não! Pois tem havido muitos
e vários retrocessos na longa luta da civilização de
Urântia no sentido do progresso.
De
um ponto de vista mundial, a superpopulação nunca foi um problema
sério no passado; mas, se as guerras diminuírem e se a ciência
controlar cada vez mais as doenças humanas, isto poderá se tornar
um problema sério, em um futuro próximo. Em tal momento, então,
a grande prova de sabedoria da liderança do mundo se fará presente.
Terão os governantes de Urântia o discernimento e a coragem de
favorecer a multiplicação do ser humano mediano ou estabilizado,
em vez dos extremos do supranormal e dos grupos enormemente crescentes de
subnormais? O homem normal deveria ser favorecido; ele é a espinha
dorsal da civilização e a fonte dos gênios mutantes da
raça. O homem subnormal deveria ser mantido sob o controle da sociedade;
não deveriam ser gerados mais do que o necessário deles, para
trabalharem nos níveis mais baixos das indústrias e para as
tarefas que requerem uma inteligência pouco acima dos níveis
animais – tarefas que fazem um nível tão exíguo
de exigências, a ponto de representarem verdadeiras escravidões
e subjugação para os tipos mais elevados de seres humanos.6
O
destino
evolucionário
do homem está nas suas próprias mãos, e a inteligência
científica deve, mais cedo ou mais tarde, substituir o funcionamento
aleatório da seleção natural descontrolada e da casualidade
na sobrevivência.
Continua...
_____
Notas:
1.
O cloreto de sódio, popularmente conhecido como sal ou sal de cozinha,
é um composto iônico cristalino formado por ligações
iônicas na proporção de um átomo de cloro para
cada átomo de sódio (número de coordenação
= 6). A sua fórmula química é NaCl. O sal é essencial
para a vida animal e é também um importante conservante de alimentos
e um popular tempero. O sal está envolvido na regulação
da quantidade de água do organismo, mas o aumento excessivo de sal
causa risco de problemas de saúde, como pressão alta. Embora
a maioria das pessoas esteja familiarizada com os vários usos do sal
na culinária, desconhece que a substância é utilizada
em várias outras aplicações, como a manufatura de papel
e a produção de sabão e detergentes. No norte dos Estados
Unidos da América e na Europa, grandes quantidades de sal são
utilizadas para limpar as rodovias do gelo durante o Inverno. O cloreto de
sódio é utilizado em larga escala na produção
de hidróxido de sódio (NaCl), cloro (Cl2),
hidrogênio (H2) e, indiretamente,
ácido clorídrico (HCl), por eletrólise de sua solução
aquosa (processo cloro-álcali). O sal também é utilizado
para a produção de sódio metálico (Na), através
da eletrólise ígnea. Enfim, o cloreto de sódio (que se
cristaliza no Sistema Cúbico de Face centrada – CFC – e
tem geometria octaédrica tanto para o cátion Na+
quanto para o ânion Cl–) é utilizado em mais
de dezesseis mil formas diferentes.
Cloreto
de Sódio (Na+Cl–)
2.
O Princípio da Incerteza de Heisenberg consiste em um enunciado da
Mecânica Quântica, formulado inicialmente em 1927 por Werner Heisenberg
(Würzburg, 5 de dezembro de 1901 – Munique, 1 de fevereiro de 1976),
impondo restrições à precisão com que se podem
efetuar medidas simultâneas de uma classe de pares de observáveis.
Pode-se exprimir o Princípio da Incerteza nos seguintes termos: o
produto da incerteza associada ao valor de uma coordenada
e a incerteza associada
ao seu correspondente momento linear
não pode ser
inferior, em grandeza, à constante de Planck normalizada.
Em termos matemáticos, o Princípio da Incerteza de Heisenberg
é exprimido assim, onde
(lê-se h cortado) é a Constante de Planck [h = 6,626 069(11)
x 10-34 J.s] dividida por
2.
Quando
se quer encontrar a posição de um elétron, por exemplo,
é necessário fazê-lo interagir com algum instrumento de
medida, direta ou indiretamente. Por exemplo, faz-se incidir sobre ele algum
tipo de radiação. Tanto faz aqui que se considere a radiação
do modo clássico, constituída por ondas eletromagnéticas,
ou do modo quântico, constituída por fótons. Se se quer
determinar a posição do elétron, é necessário
que a radiação tenha comprimento de onda da ordem da incerteza
com que se quer determinar a posição. Neste caso, quanto menor
for o comprimento de onda (maior freqüência) maior é a precisão.
Contudo, maior será a energia cedida pela radiação (onda
ou fóton) em virtude da relação de Planck entre energia
e freqüência da radiação, e o elétron sofrerá
um recuo tanto maior quanto maior for essa energia, em virtude do Efeito Compton.
Como conseqüência, a velocidade sofrerá uma alteração
não de todo previsível. Argumentos análogos poderiam
ser usados para se demonstrar que, ao se medir a velocidade com precisão,
alterar-se-ia a posição, de modo não totalmente previsível.
Resumidamente, pode-se dizer que tudo se passa de forma que quanto mais precisamente
se medir uma grandeza, forçosamente mais será imprecisa a medida
da grandeza correspondente, chamada de canonicamente conjugada. Então,
está rigorosamente correto o Portador da Vida de Nébadon, residente
em Urântia, que formulou no Documento 66 (O Supracontrole da Evolução),
do Livro de Urântia: é
impossível determinar com precisão, simultaneamente, a localização
exata e a velocidade de um objeto em movimento. Ou
seja, ainda, como explicou o próprio Heisenberg:
Posição e momento linear são observáveis incompatíveis
em um nível fundamental, uma vez que o conhecimento preciso do valor
de um nos impede de conhecer qualquer coisa sobre o valor do outro. Esta limitação
está implícita em a Natureza. Não tem nada a ver com
qualquer aparelho de medida ou com técnicas experimentais. Vai
ver que as coisas funcionam mesmo como ponderou o físico Michael Morrison
ao dizer que podemos
pensar na relação de incerteza como um meio de a Natureza limitar
as nossas ambições [egoístas].
3.
Muitos séculos antes de Moisés apresentar as Tábuas
da Lei, a África já era regida por uma Legislação
Divina – as Quarenta e Duas Leis de Maat, a filha de Ra, Deusa
da Verdade e da Ética.
1.
Não cometi assassinato, nem contratei ninguém para matar por
mim.
2.
Não
cometi estupro, nem forcei nenhuma mulher a cometer adultério.
3.
Não
me vinguei de ninguém, nem ardi em cólera.
4.
Não
causei terror, nem jamais provoquei aflição.
5.
Não
fiz com que ninguém sentisse dor, nem provoquei tristeza.
6.
Não
fiz mal algum. Não prejudiquei ninguém e nem causei sofrimento.
7.
causei dano a nenhuma pessoa, nem maltratei animais.
8.
Não
fiz ninguém chorar.
9.
Não
tomei conhecimento do mal e não agi nem com crueldade nem com injustiça.
10.
roubei. Não me apropriei de coisas que não me pertencem e nem
daquelas que pertencem a outrem. Não roubei nada dos pomares, nem tirei
o alimento das crianças.
11.
Não
cometi fraude, não acrescentei nada ao peso da balança, nem
tornei os pratos da balança mais leves.
12.
Não
devastei a terra lavrada, nem causei a destruição dos campos.
13.
Não
expulsei o gado de seus pastos, nem privei ninguém daquilo que lhes
pertencia de direito.
14.
Não
acusei ninguém falsamente, nem jamais apoiei nenhuma falsa acusação.
15.
Não
menti, nem disse coisas falsas que prejudicassem alguém.
16.
Não
esbravejei, nem provoquei a discórdia.
17.
Não
agi com perfídia, não fui ardiloso, nem falei de modo enganoso
que prejudicasse ninguém. Não negociei com qualquer pessoa de
forma fraudulenta, nem atestei uma fraude que causasse dano a alguém.
18.
Não
falei com escárnio, nem me manifestei para falar contra homem algum.
19.
Não
tentei escutar o que não era dirigido aos meus ouvidos.
20.
Não
fechei meus ouvidos para as palavras de Retidão e de Verdade.
21.
Não
fiz julgamentos apressados, nem fiz julgamentos impiedosos. Em meus julgamentos
jamais fui apressado e sob nenhuma condição fui impiedoso.
22.
Não
cometi nenhum crime no lugar da Retidão e da Verdade.
23.
Não
fiz com que o senhor cometesse qualquer injustiça contra seu servo.
24.
Não
me enfureci sem motivo.
25.
Não
fiz a água voltar na época da maré alta, nem detive o
fluxo das correntes.
26.
Não
destruí o leito dos rios.
27.
Não
conspurquei as águas, nem poluí a terra.
28. Não
blasfemei contra Deus, não desdenhei de Deus, nem fiz aquilo que Deus
abomina.
29.
Não
aborreci ou enfureci Deus.
30.
Não
roubei nada de Deus, nem furtei as oferendas dos templos.
31.
Não
acrescentei nem reduzi as oferendas que Lhe são devidas.
32.
Não
furtei os alimentos ofertados a Deus.
33.Não
retirei as oferendas feitas aos mortos abençoados.
34.Não
negligenciei as épocas designadas para as oferendas.
35.Não
maltratei o gado destinado ao sacrifício.
36.
impedi as procissões em honra a Deus.
37.
Não
abati com intenção maldosa o gado de Deus.
38. Não
agi com perfídia, nem agi com insolência.
39.
Não
fui excessivamente orgulhoso, nem me comportei com arrogância.
40.
Não
exagerei minhas condições além do limite do que era adequado
e conveniente.
41.
A cada dia trabalhei mais do que me era exigido.
42.
Meu nome não apareceu e jamais aparecerá no Barco do Príncipe.
4.
A resultante centrípeta – chamada erroneamente de força
centrípeta (pelo fato de que em a Natureza não existe força
centrípta) – é a componente radial da força em
um movimento curvilíneo que puxa o corpo para o centro da trajetória,
alterando o seu deslocamento.
5.
A força centrífuga é uma pseudo-força ou força
inercial – não sendo portanto uma força real – que
existe apenas para um observador solidário a um referencial animado
de movimento de rotação em relação a um referencial
inercial, ou seja, sem aceleração. A pseudo-força centrífuga
atua radialmente a partir do centro de rotação determinado pela
partícula no sistema girante, ou seja, é paralela ao plano determinado
pelo eixo de rotação, mais especificamente pelo vetor velocidade
angular e pelo raio que une o objeto ao centro do referencial girante, sendo
sempre perpendicular à este eixo de rotação. Como toda
força inercial, pode ser eliminada passando-se a um referencial inercial.
6.
Este tema é explosivo e perigoso e extremamente polêmico e discutível.
E da forma como aparece neste fragmento – apresentado como remate da
Evolução da Cultura, do Documento 68 (A Aurora
da Civilização), por um Melquisedeque certa vez estabelecido
em Urântia – parece uma coisa absurda, bárbara e em franca
contradição com o conteúdo anterior da obra. Não
o discutirei; deixarei que cada leitor chegue às suas conclusões.
Mas pergunto: se um homem e uma mulher, que se predispuseram a ter um filho,
pudessem saber antecipadamente e com absoluta certeza que o filho que
viessem a gerar, por exemplo, se tornaria um serial
killer irrecuperável, um pedófilo irrecuperável,
um déspota irrecuperável (do tipo stalinista, hitlerista, mussolinista,
miloševicista, pinochetista, norieguista, videlista e por aí vai
longe) ou, pior do que tudo, um instrumento convicto e diabólico dos
Irmãos das Sombras da Grande Loja Negra, será que, ainda assim,
se predisporiam a ter este filho? Infelizmente, em termos de personalidade-alma,
pouquíssimos são os sabem de antemão que filhos irão
ter, pois, se soubessem...
Se
você ainda não leu o ensaio Eutanásia (Sim ou Não),
de minha autoria, eu o convido a ler no endereço:
http://paxprofundis.org/livros/eutanasia/eutanasia.html
Bem,
agora, para ajudar você a decidir sobre o conteúdo desta controversa
matéria, dê uma espiada neste PowerPoint espetacular:
clique AQUI.
Páginas
da Internet consultadas:
http://pt.wikipedia.org/wiki/
For%C3%A7a_centr%C3%ADfuga
http://pt.wikipedia.org/wiki/
For%C3%A7a_centr%C3%ADpeta
http://flusocio.com.br/blog/
2008/06/02/chega-de-hipocrisia/
http://dererummundi.blogspot.com/
2007/06/o-princpio-da-incerteza.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Princ%C3%
ADpio_da_incerteza_de_Heisenberg
http://www.massacultural.com/
wp-content/uploads/2009/02/evolution.jpg
http://pt.wikipedia.org/wiki/
Cloreto_de_s%C3%B3dio
http://pt.wikipedia.org/wiki/
Geometria_de_coordena%C3%A7%C3%A3o
Fundo
musical:
Prelude
nº 9 (Johann Sebastian Bach)
Fonte:
http://www.karaokenet.com.br/karaoke2/midisclassicos.htm
Direitos
autorais:
As
animações, as fotografias digitais e as mídias digitais
que reproduzo (por empréstimo) neste texto têm exclusivamente
a finalidade de ilustrar e embelezar o trabalho. Neste sentido, os direitos
de copyright
são exclusivos de seus autores. Entretanto, como nem sempre sei a quem
me dirigir para pedir autorização para utilizá-las, se
você encontrar algo aqui postado que lhe pertença e desejar que
seja removido, por favor, entre em contato e me avise, que retirarei do ar
imediatamente.