E
ste estudo (incompleto e esburaquento) tem por objetivo apresentar para
reflexão a 3ª e última parte de alguns fragmentos importantes
e deglutíveis da obra A
KaBaLa Prática – uma introdução ao
estudo da KaBaLa
Mística e Prática, e a operatividade de suas Tradições
e dos seus Símbolos, visando a Teurgia – de autoria de Robert
Ambelain (2 de setembro de 1907 – 27 de maio de 1997), que, além
de Iniciado Maçom, participou de outras Organizações
Iniciáticas, como a Ordem KaBaLística
da Rosa+Cruz e a Ordem Martinista.
Fragmentos
da Obra
O
homem, de direito, é seu Mestre. (Martinès
de Pasqually, apud Robert
Ambelain).
O
Grande Segredo da Gnose operativa, o temível arcano da Vida Eterna,
é conhecer os Deuses, e se liberar. Eis porque o Apóstolo
pode dizer que a ignorância é o pior dos males, pois, nos sujeita
aos Arcontes.1
Os
símbolos e as imagens despertadas em nós sempre estarão
em relação com as tradições que nos são
familiares ou que se erguem de nosso subconsciente étnico.
Ao
visualizarmos uma entidade em n dimensões nada nos assegura que esta
entidade seja um ser de n dimensões [ou
mesmo de uma dimensão qualquer].2
Um
ritual é uma verdadeira fórmula de física transcendental,
o operador sendo a matéria primeira submissa à ação
desta fórmula – o objetivo da operação e também
o resultado.
Dá-se
o nome de egrégora à uma força gerada por uma potente
corrente espiritual e alimentada depois por intervalos regulares, segundo
um ritmo, em harmonia com a Vida Universal do Cosmos, ou à uma conjunção
de entidades unificadas por um caráter
[ideal] comum Toda egrégora deve possuir um signo característico
de sua natureza, de seus objetivos e de seus meios.3
Egrégora
Rosacruz
(AMORC)
No
invisível, fora da percepção física do homem,
existem seres artificiais gerados pela devoção, pelo entusiasmo
e pelo fanatismo.4
A
simples morte comum (sem destruição total da imagem), se tira
a vida material, em nada
entrava a vida astral.
Há
um poder misterioso do sangue quando ele é liberado sob a forma de
sacrifício.
A
Iniciação poderá ser aniquilada pela excomunhão.5
Uma
egrégora vive no plano físico agindo por intermédio
dos homens [dos seus filiados],
e no Plano Superior por intermédio das Entidades [à
ela vinculadas]. A República, a pátria, a justiça,
a guerra, a fome etc. também tem imagens egregóricas.
Uma
vez estabelecido e perpetuado pelo uso e pelo tempo, um ritual não
pode ser modificado, sob pena de enfraquecimento da sua egrégora.
Este é um dos motivos [talvez,
o principal,] de o segredo se aplicar particularmente aos Rituais
de Iniciação.
As
grandes cerimônias rituais, tanto religiosas como filosóficas,
normalmente estão situadas nos equinócios e nos solstícios
ou em datas relacionadas com estas quatro grandes divisões anuais
[Equinócio de Primavera,
Solstício de Verão, Equinócio de Outono, Solstício
de Inverno].
O
Homem vitalizando conceitos necessariamente os antropomorfiza.6
Quando
uma egrégora vive por muito tempo, ela costuma adquirir vida relativamente
independente. Então, ela não obedece mais aos impulsos que
os mestres das seitas lhe transmitem por intermédio da liturgia,
e, de escrava dócil, freqüentemente se torna uma tirana feroz.
Isto explica o porquê de, continuamente, um movimento se desviar para
longe do objetivo primitivamente assinalado. Igualmente, ela pode mudar
de mestre. A conquista de uma egrégora por sua evocação
era um segredo conhecido pelos sacerdotes de Roma.
A
vida material das egrégoras é assegurada pelo número
de seus membros e pela disciplina, união espiritual e estrita observância
dos ritos vivificadores e conservadores.
Os
procedimentos de ação oculta da Magia Tradicional e da Teurgia
são potentes meios de apoio ou de combate das egrégoras, com
a condição, entretanto, de que sua potência esteja em
relação com aquele do dito conceito. Isto explica porque o
sacrilégio e a profanação tenham, em todos os tempos,
sido considerados como crimes religiosos.
Os
seres que, maléficos por sua natureza ou por seu estágio de
evolução, buscam, por todos meios, salvaguardar sua existência
assim definida, e assegurar estas condições, têm, quanto
à Terra, uma região-condição toda favorável.
Esta região está no Cone de Sombra (uma egrégora, no
sentido corrente da palavra, pois, composto, ele é, ao mesmo tempo,
unidade) que a Terra leva consigo, varrendo, assim, os espaços interestelares,
e no qual a luz solar jamais penetra diretamente; só, a Lua Cheia
aí se reflete, quando da oposição dos luminares.
Nutrindo-nos
habitualmente da carne e do sangue de um animal, incorporaremos psiquicamente
as qualidades e os vícios deste animal. Pois bem, o Cone de Sombra
da Terra é constituído dos elementos menos nobres e menos
puros dos homens que deixaram seus restos mortais. Este Cone é a
dolorosa morada de provas, onde se retardam todas as almas insuficientemente
purificadas, a fim de consumarem aí sua segunda morte, se despojando
de sua forma astral. Pitágoras denominava este lugar (assim como
todos os helenistas de então) o "Abismo de Hécate"
ou o "Campo de Perséfone". Aí residem, neste abismo
tenebroso, todas as almas ainda revestidas de seus invólucros fluídicos,
de seus corpos astrais. Conforme os casos individuais, o Cone de Sombra
da Terra pode ser o inferno ou o purgatório verdadeiros de que nos
fala a Teologia Católica. As almas, prisioneiras do corpo astral
ainda não dissolvido por sua própria vontade, envolvidas em
sua atmosfera fluídica, sofrem aí um martírio real,
vítimas do assalto angustiante das larvas nascidas de seus vícios,
de seus remorsos, e que, como todos os seres, elas também querem
subsistir.7
Deixado
à sua sorte, o Fogo poderá se apagar, mas, jamais se corromperá.
As
obras de baixa magia e os ritos sombrios feitos com intenções
egoístas e criminosas ou simplesmente material necessitam da noite,
de maneira geral, e, particularmente, da noite sem Lua, para que seja obtido
o máximo de escuridão. Por este motivo, em todos os tempos
e em todos os lugares, a noite da Lua Nova, quando o astro das noites está
em conjunção [neomênia]
com o Sol, não refletindo nenhum raio, foi escolhida para os feitiços
e os encantamentos, particularmente a noite da Lua Nova do Solstício
de Inverno, quando o Sol está mais fraco e as horas noturnas são
maiores. No passado [e, talvez,
ainda hoje], à meia-noite, ou melhor ainda, na metade
da noite, o mago negro se encontrava no centro do Cone de Sombra, literalmente
rodeado por todos os seres escurecidos que aí gravitam.
Ascese
Egípcia: "Ninguém irá para o seio do Osíris
sem antes ser purificado pela Água e pelo Fogo."
Perpétuo
dilema da [personalidade-]alma:
rejeitar as larvas nascidas de seus laços com o mundo material [desejos,
cobiças e paixões] e se liberar ou as tolerar,
tornando-se escrava.
Tudo
[sem exceção]
o que é obtido por meio da magia comum (magia baixa) se torna, geralmente,
não importa quão boa seja a intenção original,
o contrário dos interesses do pedinte e de terceiros envolvidos no
caso. Cedo ou tarde, as correntes utilizadas retomam sua verdadeira natureza
e dão os frutos que são os seus.
Tudo
o que está contido no Cone de Sombra da Terra, todos os acúmulos
milenares de hostilidade e de ódio, se voltam contra os vivos, normalmente
sob a forma de angústias, desgostos, dúvidas e desesperos.
E há determinados desesperos noturnos
[pois, o poder desagregante das tentações é mais noturno
do que diurno] que não têm outro remédio
que não seja a vinda da luz da manhã.
'In
Cruce Salus [et
Vita]'
Na Cruz Está a Salvação [e
a Vida].8
YHVH
+ ADoNaY YHVHADoNaY.
[4 Letras + 4 Letras
= 8 Letras].
Cruz Latina
+ Cruz de Santo André
(IOD–HE
–VAV
–HE
+ ALeF–
DaLeT–
NUN–IOD)
(Pantáculo de Benção Universal)
MaLKhUTh,
a Rainha, último estado (inferior) da Manifestação
Divina. Estamos em MaLKhUTh e MaLKhUTh está em nós.
Postulados
que emanam da Tri-Unidade Divina: 1º) se a Mãe (a Esposa, a
Rainha, a Noiva do Rei e do Pai) está em nós, estamos, por
via de correspondência analógica, na Mãe; 2º) se
a Mãe é una com o Filho (ou Pai), estando na Mãe, estamos
no Filho, e a Mãe estando em nós, o Filho também está;
e 3º) se o Filho (ou Pai) é uno com o Pai (ou Ancião
dos Dias), e se o Filho está em nós, o Pai também está
em nós.
Se
nos concentrarmos sobre o nosso Deus Interior [in
Corde], nos impregnaremos de Afetividade
e de Conhecimento [ShOPhIa],
porque estabeleceremos um ponto de contato espiritual com uma Fonte Afetiva
e Iniciática [desde
sempre] em nós. Ao contrário,
se tomarmos como suporte de meditação não importa o
quê no domínio material (uma flor, uma rocha, uma vela etc.),
não alcançaremos tão facilmente o contato
espiritual com esta Fonte Afetiva e Iniciática,
pois, estas coisas não têm centros energéticos de Afetividade
e de Conhecimento.9
Contato com o nosso Deus Interior
Um
ritmo apropriado vence, no final, as mais fortes resistências.
Cada
som está intimamente associado a uma idéia que forma a sua
contraparte. Ao evocarmos, em nosso mental, um certo som, a idéia
que a ele se liga aparecerá imediatamente. Se mantivermos constantemente
na consciência uma mesma idéia espiritual, o mental se desprenderá,
pouco a pouco, de suas impurezas, e sua natureza irá se afinando
e se transmutando em Fogo, saído de MaLKhUTh, quer dizer Fogo Superior.
Ruach, a própria essência da Mãe brilhará, então,
em todo seu esplendor. O mental, composto de essências sutis de substâncias
invisíveis, vê agora o Schema (repetição metódica
de uma Fórmula Sagrada) restituir aos poucos, a esses elementos constitutivos,
sua pureza primitiva. Enfim, a repetição do Schema tem por
efeito provocar em nós uma Transformação [Transmutação].
O
Schema estabelece em nós um novo campo de imantação
espiritual. Suscitando o despertar da energia espiritual, quer dizer, despertando
em nós a Mãe que aí dorme, aceleramos e dirigimos ao
mesmo tempo nossa evolução.
Este
reflexo da Mãe que levamos em nós, esta Centelha Divina que
emana e se situa na extremidade inferior da coluna vertebral (Kundalini
Ruach Elohim
Espírito Santo), na região dos órgãos
geradores, agrupa em um só feixe todas as energias diversas (conscientes
e inconscientes), que agem, cada uma por sua conta, no mental. Ela lhes
faz tomar, então, uma só direção.
A Árvore
da Vida (com os seus Dez Sephiroth) sustenta todo o Mundo da Emanação,
toda a criação celeste, todo o Universo material e todo ser
vivo.10
Pilar
do Rigor = BINaH
+ GeBURaH + HOD.
Pilar
da Misericórdia =
ChoKMaH + CheSeD
+ NeTzaCh.
Pilar
do Equilíbrio ou Caminho Real
= DATh11
+ ThiPhAReTh
+ IeSOD.
O
Verdadeiro Caminho de Ruach Elohim (Energia Divina emanada da MaLKhUTh Celeste)
é o que vai de MaLKhUTh a KeTheR, passando por IeSOD, ThiPhAReTh
e DATh.
As
Tradições Iniciáticas Egípcia e Gnóstica
sempre admitiram que a posse de certos Nomes ou Palavras de Passe possam
abrir ao Iniciado (defunto) a Porta da Eterna Morada.
Ruach
Elohim (Kundalini Espírito
Santo) está habitualmente adormecida em nós (em estado causal
e não-manifesto), e reside como centelha e possibilidade na Sephirah
inferior, nosso próprio MaLKhUTh. Ao se elevar, Ruach Elohim vai
se situando em níveis cada vez mais altos, alcançando, por
fim, o centro supremo – o KeTheR Humano [a
isto é denominado Illuminação].
O
Não-manifestado é a base da manifestação, o
suporte do mundo sensível.
Pela
meditação, alguns aspirantes chegam a contemplar o Ser Universal
dentro deles mesmos e através do Ser Individual. [Bhagavad
Gita, apud Robert
Ambelain].
Devemos
sempre estar atentos para o perigo de uma elevação de consciência
prematura [extemporânea].
Por um incidente fortuito, a força emotiva que se exerce em um dos
Sephiroth superiores de nossa Árvore pessoal pode, como uma avalanche,
descer bruscamente sobre um Sephirah inferior, suscitando, aí, uma
excitação anormal dos reflexos animais e suas "lembranças"
biológicas.12
As
provas místicas, geralmente, se manifestam por três dos principais
"pecados capitais": o orgulho (exageração da virilidade),
a cólera (exageração da combatividade) e a luxúria
(exageração da afetividade).
Além
da morte, cada um de nós encontrará o que tiver, em sua vida
terrestre, esperado aí encontrar.13
Na
oração, é necessário que o homem interior –
aquele que Louis-Claude de Saint-Martin chama Homem
de Desejo – seja desperto e dinamizado.
Amendoeira
Árvore de Aqueles que
Velam. Símbolo do nascimento, tanto do nascimento terrestre como
do nascimento celeste. A amendoeira é a árvore que busca a
luz. É o símbolo do Sábio que afronta a morte sem temor,
para ver, mais tarde, a LLuz esperada.
Todo
Pantáculo tem duas faces, ambas gravadas com símbolos apropriados.
A
preguiça é a mãe de todos os vícios.
A
Primeira Virtude é a Força ou Fortaleza
Fogo. É necessário ser forte contra o mundo, contra nós
mesmos, contra nossos vícios.
A
Segunda Virtude é a Prudência
Terra. Tudo o que parecer apresentar uma justificativa de preeminência
da carne sobre o espírito deve ser rejeitado.
A
Terceira Virtude é a Temperança (Misericórdia, Doçura,
Indulgência, Perdão)
Água.
A
Quarta Virtude é a Justiça (Retribuição Exata)
Ar.
A
Quinta Virtude é a Fé (Confiança, filha da Certeza)
Enxofre. A Fé, antes
de tudo, tem sua fonte na verdade e na franqueza. A Fé depende totalmente
da veracidade das nossas palavras, dos nossos atos e, sobretudo, dos nossos
pensamentos. Fé é franqueza.
A
Sexta Virtude é a Esperança (Ação Concertada)
Mercúrio.
A
Sétima Virtude é a Caridade
Sal. [A Verdadeira Caridade
está em fazer pelos outros sem esperar que os outros façam
por nós].
Setenário
= Fortaleza +
Prudência +
Temperança +
Justiça +
Fé +
Esperança +
Caridade.
Sabedoria
+ Compreensão
= Pedra Filosofal
[Illuminação].
Atributos
KaBaLísticos de MIHAeL: virtude de Deus, casa de Deus, semelhante
a Deus.
Nome
de Quarenta e Duas Letras:
Há
Um Tempo Para Tudo
Hoje,
o que todos somos
é
o que outrora nós fomos.
Mais concertados? Talvez.
Cada
tempo tem sua vez.
Há
um tempo para tudo.
Tempo
de ser zé-teimudo,
tempo
de se reencontrar,
tempo
de se emancipar.
O
tempo? Não é Tempo.
E não
há o tal destempo.
Cada
ente-aí é proprietário
do seu
próprio abecedário.
______
Notas:
1. No
Primeiro Apocalipse de Tiago, Jesus adverte Tiago: Não
temas, Tiago! Apanhar-te-ão a ti também. Mas, separa-te de
Jerusalém! É ela que dá a taça da amargura durante
todos os tempos aos filhos da Luz. É um lugar de permanência
de um grande número de arcontes, mas, tua redenção
estará a salvo deles.
2. Isto
porque nossos sentidos são particularmente presididos por mâyâ.
3. Todas
as religiões e todas as Fraternidades Místico-Iniciáticas
têm suas egrégoras particulares (conceitos
vitalizados) e seu Hierofante privativo. Por exemplo, o Hierofante
da Ordem Rosacruz AMORC é o Mestre Kut Hu Mi, e o Hierofante (Grão-pontífice)
e Guia Espiritual da Fraternitas Rosicruciana Antiqua e da Igreja Gnóstica
é o Mestre Rakoczi. Pela
Iniciação ou por adesão intelectual a uma dessas correntes,
o filiado se tornará uma de suas moléculas constitutivas.
Entre o filiado
e a egrégora se estabelece, então, uma espécie de circulação
psíquica.
4. E
até deuses!
5. Mas,
ai daquele que excomungar sem um justo motivo. Agora, o que é um
justo motivo?
6. Se
é assim – e é – devemos nos esforçar para
desantropomorfizar os conceitos. E mais: tentar não aplicar conceitos
e categorias humanas e culturais ao que não é humano, do tipo:
admitir hipoteticamente que Deus é onipotente, perdoador e punidor,
conceber que Jesus, o Cristo, é Deus-fillho (pior: único e
exclusivo), associar São Miguel Arcanjo com águas medicinais,
dizer que o diabo fede a enxofre, pensar que São Longuinho ajuda
a encontrar objetos perdidos, acreditar que o Curupira é um anão
de cabelos vermelhos, com pelos e dentes verdes, muito poderoso e forte,
convencer-se de que a mula-sem-cabeça (mula-de-padre) é uma
alma penada que, nas noites de quinta para sexta-feira, se transforma em
um forte animal e galopa assombrando quem encontra pelo caminho, espalhar
por aí que o saci-pererê apostou sua perna em um jogo de pôquer
e perdeu, consentir que Santo António de Lisboa ajuda a conceber
filhos, a evitar naufrágios e a conseguir casamentos, ensinar que
o bicho-papão é um ser monstruoso comedor de crianças,
pensar que quando São Pedro arrasta os móveis lá no
céu troveja aqui em baixo, supor que santinho de barro chora sangue,
jurar de pés juntos que os estigmas humanos são a vontade
de Deus, afirmar que as águas de não-sei-onde
curam todas as doenças de não-sei-quem,
propagar que certas pílulas e certos papelinhos bentos são
miraculosos, conjecturar que bafo de tigre louco faz ressuscitar dinossauro-bico-de-pato
e hipnotiza dragão-voador e por aí, sem freio e sem focinheira,
vai a maluqueira. Pior é quando dia 13 cai em uma sexta-feira! Aí,
até hoje, quando se dá este himeneu, muita gente só
pensa besteira.
7. Considerando
isto desta forma, é necessário se ter em mente que não
existe um averno ou um purificatório para sempre, pois, de duas,
uma: ou o ser é entropizado, pois, não tem condições
de prosseguir, ou se autoliberta pela progressiva compreensão. Esta
autolibertação, geralmente, é auxiliada por seres mais
evoluídos. Seja como for, para sempre, só o Universo. Então,
quer dizer: como tudo, o céu, o inferno e o purgatório são
condições ou estados vibratórios criados e mantidos
pelos pensamentos, pelas palavras e pelas ações (quereres
e não-quereres) do homem.
8. Precisamos,
terminantemente, nos livrar da idéia ilusória de salvação,
pois, não há salvação de nada, para lugar algum.
Não há ninguém (nem Ninguém), em lugar algum,
que possa salvar alguém do que quer que seja. Nem o mérito
justifica o convencimento equivocado de salvação, até
porque o mérito sempre será relativo (pois, é progressivo),
e a salvação, presumidamente, seria eterna, e eternidade estática
é uma impossibilidade cósmico-metafísica. Nada disto
prospera no Universo; só em nossas cabeças mâyâvicas.
Há, sim, e só pode(rá) haver, por esforço pessoal,
compreensão libertadora (libertação pela compreensão),
e a cruz simboliza (entre outros significados simbólicos) o karma
educativo a ser cumprido (compensado ou retribuído). Insisto muito
neste conceito de karma
educativo, pois, no Universo, como já tive a oportunidade de dizer
diversas vezes, não há punição-retaliação
nem prêmio-recompensa. Tudo deriva e tudo gira em torno da inexorável
Lei da Causa e do Efeito. Precisamos laborar para transmutar nossa Rosa
Pessoal em Lapis
Philosophorum. Esta é a Obra. Este é o Caminho.
Esta é a Meta.
Compreensão
Llibertadora
(Libertação pela Compreensão)
9. Definitivamente:
a Fonte de todo e qualquer Conhecimento está em nós –
em nosso interior. Não há uma possibilidade substitutiva para
este postulado, ainda que ele seja indemonstrável objetivamente.
Logo, cada um terá que encontrar o Caminho, para demonstrá-Lo
a si-mesmo. Como disse Robert Ambelain, limpar
os subterrâneos de nossa individualidade, tal é a tarefa que
incumbe à nossa vida espiritual. E o meio ativo por excelência,
o mais rápido, é, sem objeção e sem desacordo,
a meditação.
10,
Não há, propriamente,
criação celeste, pois, para que houvesse criação,
seria necessário que, no Universo, existissem coisas que não
existem, e isto é um absurdo conceitual. Aristotelicamente, no Universo,
ou as coisas existem em potência ou as coisas existem já em
ato. A existência, como a concebemos, nada mais é do que a
passagem de algo do estado potencial para o estado acional. Isto é
mais ou menos semelhante ao estado prâlâyco,
em que tudo dorme ou está em potência, e passa, paulatina,
sistêmica e ordenadamente, à (re)existência no estado
mânvântárico.
Enfim, o que não existe não poderá jamais vir a ter
existência, pois o nada, que não existe como coisa, não
pode dar origem a qualquer coisa. Quanto a tudo isto, o grande problema
é que muitas pessoas acham e querem que Deus, como Ser Onipotente,
tenha a capacidade de criar tudo a seu bel-prazer. E assim, para estas pessoas,
se der na telha de Deus de criar uma dinamiga
ou um formissauro
– filhotes
de dinossauro com formiga
– Ele criará.
Ora, tenha a santa paciência! Conclusão: o conjunto das Leis
Universais é o conjunto das Leis Universais; este conjunto sempre
existiu, sempre existirá e, por nada, poderá ser alterado.
Nem por um presumistente
(presumido + inexistente) deus criado à imagem e semelhança
do homem! Agora, se este deus fosse criado à imagem e semelhança
de um ET... Quem sabe? É por isto que eu tenho um medo que me pelo
dos ETs!
11.
DATh,
em hebraico, significa Conhecimento.
No Misticismo Judaico, DATh
é a localização
(um estado místico), onde todos os Dez Sephiroth
da Árvore da Vida estão unidos como se fossem um só.
Os Sephiroth
abaixo de DATh
são conhecidas como Microprosopos, ou seja, o Universo Manifesto;
os Sephiroth
acima de DATh
são o Macroprosopos ou Universo Imanifesto. DATh
não é uma emanação
independente como as outras dez. Ela depende de ChoKMaH
e BINaH.
12.
É por isto que tenho alertado para o fato de que com Kundalini
não se mexe sem se saber exata e perfeitamente o que se está
fazendo. A pressa, geralmente, faz desabar o pouco que foi construído.
13.
E assim, doa o que tiver que doer, o futuro
será aquilo que fizermos do presente.
E, dependendo do que fizermos do presente,
colheremos tempestades tumultuosas, se tivermos o desatino de
semear ventos destrambelhados.
Na minha horta,
plantei um vento,
e colhi uma tempestade.
Hoje, mortificado, tento
(re)conquistar a minha Liberdade!
Páginas
da Internet consultadas:
http://giphy.com/gifs/me0mqrZiCbxwQ
http://www.templesanjose.org/Judais
mInfo/tradition/Names_of_God.htm
http://artie.com/credits.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Daath
http://criar.no.sapo.pt/dicionar/vocabulario.htm
http://blood-huntress.deviantart.com/
art/4-Red-Candles-146657556
http://www.famousvashikaranspecialist.
co.in/black-magic-specialist.html
http://www.clubedotaro.com.br/
site/h22_4_eliphas_levi.asp
http://www.infoescola.com/
geografia/solsticio-e-equinocio/
http://paxprofundis.org/livros/
taumaturgia/taumaturgia.htm
http://www.pinterest.com/pin/
431993789229197103/
http://www.ctcms.nist.gov/wulffman/examples.html
http://www.dominiosfantasticos.com.br/id969.htm
http://elessandroalternativo.blogspot.com.br/2013/
09/serie-alienigenas-do-passado-ancient.html
http://teoriaalien.blogspot.com.br/2011/
04/eram-os-deuses-astronautas.html
http://www.oracula.com.br/
numeros/022010/02-chaves.pdf
http://www.hermanubis.com.br/LivrosVirtuais.htm
Música
de fundo:
Miserere
Mei Deus
Interpretação: David Eben - Schola Gregoriana Pragensis
Fonte:
http://mp3vip.org/music/david+gr
Direitos
autorais:
As animações,
as fotografias digitais e as mídias digitais que reproduzo (por empréstimo)
neste texto têm exclusivamente a finalidade de ilustrar e embelezar
o trabalho. Neste sentido, os direitos de copyright
são exclusivos de seus autores. Entretanto, como nem sempre sei a
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