A KABALA PRÁTICA – 1ª Parte

 

 

 

Robert Ambelain

Robert Ambelain

 

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

 

Introdução e Objetivo do Estudo

 

 

 

Este estudo (incompleto e esburaquento) tem por objetivo apresentar para reflexão a 1ª parte de alguns fragmentos importantes e deglutíveis da obra A KaBaLa Prática – uma introdução ao estudo da KaBaLa Mística e Prática, e a operatividade de suas Tradições e dos seus Símbolos, visando a Teurgia – de autoria de Robert Ambelain (2 de setembro de 1907 – 27 de maio de 1997), que, além de Iniciado Maçom, participou de outras Organizações Iniciáticas, como a Ordem KaBaLística da Rosa+Cruz e a Ordem Martinista.

 

Esta obra de Robert Ambelain é, de certa forma, difícil de ser compreendida (meio intrincada, até), mas, sem prejuízo do conteúdo, procurei resumir e facilitar ao máximo o seu entendimento, pois, não adianta nada ler e não entender o que se está lendo, particularmente quando se trata de KaBaLa. Mas, não tente decorar nada; apenas absorva o que você puder absorver, e, no final, tente resumir em uma única frase o que, para você, a KaBaLa significa, como eu resumi o Rosacrucianismo que estudei (e ainda estudo) em uma única sentença: Deus de meu (nosso) Coração. Encompridando as coisas vamos embaralhando e desacrescentando; sintetizando vamos organizando e aumentando.

 

Seja como for, você não se tornará de pronto um KaBaLista lendo este trabalho, mas, faça este estudo com atenção porque diversos temas que não abordei em trabalhos anteriores estão aqui contemplados e comentados nas notas (que devem ser, preferencialmente, consultadas à medida que forem aparecendo no texto). Um pouquinho hoje... Um pouquinho amanhã... E os pouquinhos virarão um montinho... Depois, um montão! Isto vale para todos nós.

 

No que concerne à Teurgia, sabe-se que o início de tudo, digamos assim, aconteceu em 1754, quando Martinès de Pasqually [teósofo do século XVIII – (1710 – 1774)] criou a Ordem Iniciática dos Elus-Cohen. A base do Trabalho Iniciático era a reintegração do homem mediante a prática teúrgica. Esta Teurgia, em última instância, apoiava-se no relacionamento do homem com as Hierarquias Angélicas, única via, segundo Pasqually, para sua reconciliação com a Divindade. O Martinismo, contudo, não é uma extensão da Ordem dos Elus-Cohen, e com o falecimento de Pasqually, em 1774, seus ensinamentos tomaram caminhos distintos. Dois discípulos de Pasqually se sobressaíram e impuseram orientações esotéricas específicas para o pensamento original de seu Mestre: Jean-Baptiste Willermoz (1730 – 1824) e Louis-Claude de Saint-Martin (1743 – 1803) conhecido sob o Nome Iniciático de Phil… Inc… (Philosophe Inconnu).

 

Willermoz, adepto da Franco-Maçonaria e da Teurgia, apesar de não ter transmitido àquela Agremiação as práticas teúrgicas dos Elus-Cohen, fez com que, em 1782, os ensinamentos de Martinès de Pasqually fossem incorporados aos graus de Professo e de Grande Professo da aludida Fraternidade.

 

Já Louis-Claude de Saint-Martin renunciou à Teurgia – senda externa, segundo seu entendimento – em proveito da Senda Interna. Considerava a Teurgia perigosa e temerária. Reputava, outrossim, arriscada a invocação angelical quando operada pela via externa. O Caminho era o Interior. Saint-Martin desejava: entrar no Coração da Divindade e fazer a Divindade entrar em seu Coração.

 

A Iniciação transmitida por Saint-Martin se perpetuou até o final do século XIX. Mas, não foi ele próprio o fundador de uma associação com o nome de Ordem Martinista. Havia, entretanto, uma Sociedade dos Íntimos (Círculo Íntimo) formada de discípulos que recebiam a Iniciação diretamente de Saint-Martin. No final do século XIX, dois homens eram os depositários deste Conhecimento e desta Iniciação: Gérard Anaclet Vincent Encausse (1865 – 1916), conhecido nos círculos esotéricos com o pseudônimo de Papus, e Pierre-Augustin Chaboseau (1868 – 1946). Foram estes dois homens que, em 1888, decidiram transmitir a Iniciação de que eram depositários a alguns buscadores da verdade, e fundaram a Ordem Martinista. É a partir desta época que se pode efetivamente falar em uma Confraternidade Martinista.

 

Bem, o grande perigo-perigosíssimo da Teurgia é comprar gato por lebre ou Iridomyrmex humilis por Eunectes murinus. Teurgia é meio que como Kundalini: devemos evitar bulir com elas. Como preconizava Saint-Martin, o Caminho é Interiorin Corde. Na realidade, não precisamos de nada que esteja do lado de fora nem dos outros, sejam anjos, sejam homens, sejam lá quem forem; temos tudo à disposição em nosso Coração. E assim, a própria KaBaLa, tema do presente estudo, por si-mesma, não leva ninguém a lugar nenhum. A KaBaLa só ajudará se, por assim dizer, 'KaBaLizarmos' a nossa vivência e a nossa consciência. O fato é que ler e/ou estudar a KaBaLa sem mudançarmos o nosso interior é continuar na mesma e na mesma ficar – com KaBaLa ou sem KaBaLa. Pronunciar uma Palavra de Poder simplesmente por pronunciar é inútil. Entoar um Mantra apenas por entoar não adianta bulhufas.

 

 

 

 

 

 

 

Fragmentos da Obra

 

 

 

Existe na [personalidade-]alma um Princípio Superior à natureza exterior [objetiva]. Através deste Princípio, poderemos ultrapassar o Cosmos e os sistemas do nosso Universo. Quando a [personalidade-]alma se eleva às Essências Superiores [oitavas mais elevadas do Teclado Universal], abandona este Cosmos ao qual está temporariamente ligada. E, por um magnetismo misterioso, ela é atraída para um Plano Superior com o qual se mistura e se identifica...1

'Quem quer que se aproxime [da Divindade] sem estar purificado atrairá sobre si a condenação e será entregue ao Espírito do Mal.' (Heinrich Cornelius Agrippa von Nettesheim, apud Robert Ambelain).2

A KaBaLa nunca se dedicou a qualquer outra coisa que não tivesse sido a manifestação do próprio Mistério! Não parece haver outra coisa na KaBaLa do que a Arte de tirar anagramas místicos do texto oficial do Pentateuco, enriquecendo, assim, a lista, já longa, dos "Nomes Divinos". Em realidade, a KaBaLa é a Via Iniciática Tradicional do Ocidente Cristão.3

 

 

 

Toda ascese permite que se alcance certos níveis de consciência normalmente inacessíveis. Isto, incontestavelmente, é equivalente à uma "Realização Iniciática".4

'A Verdadeira Filosofia procura antes compreender do que negar.' (Edward George Earle Bulwer-Lytton, apud Robert Ambelain).

'Existe na [personalidade-]alma um Princípio Superior à Natureza exterior. Por este Princípio, podemos ultrapassar a ordem e os sistemas deste mundo, e participar da vida imortal e da energia das Essências Celestes. Quando a [personalidade-]alma se eleva por caminhos da Natureza superiores à sua, ela abandona o Ordem à qual está temporariamente ligada, e, por um magnetismo espiritual, é atraída para um Plano Superior com o qual se mistura e se identifica.' (Jâmblico, apud Robert Ambelain).

'Uma força oculta, adormecida pela queda, está latente no Homem. Ela pode ser desperta pela Graça Divina ou pela arte da KaBaLa.' (Jan Baptist van Helmont, apud Robert Ambelain).

O Adepto age altruística e ocultamente para a melhoria dos interesses superiores da coletividade. [Silêncio!].

Nomes Divinos Palavras de Poder.

As doutrinas místicas são inacessíveis à multidão.5

ATENÇÃO: No Universo, há forças destrutoras e maléficas que não devem ser postas em movimento nem devem ser dirigidas impunemente. Por trás dos diabos e dos demônios das lendas, se dissimulam correntes energéticas e conscientes que são, em potência, para o homem, o que este é para o inseto.

IESOUSHOUAH é um dos Nomes Divinos da Sephirah GeBURaH.

Estrela de Cinco Ramos Escudo de Davi Pentagrama Pitagórico Símbolo de Saber e de Conhecimento.

 

 


Selo de Salomão (Símbolo da Tradição Salomônica) Estrela de Seis Ramos Hexagrama da Magia Medieval Justiça Retributiva Lei do Karma ou da Causa e do Efeito Liberação pelo Amor. [Símbolo Místico da G.'.L.'.B.'.].

 

 

Lei do Perdão Arcano Reitor do Cristianismo.

Fato Histórico Ignorado: União do Sacerdócio de Israel e da Maçonaria Operativa ou Companheirismo Judaico.

Shimon bar Yochai [Discípulo de Rabi Akiva e Rabino e KaBaLista do século II): Depositário dos Arcanos Secretos da Torá [Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio] e Salvador da KaBaLa.

À margem da Torá (ou versão oficial da Lei) [que o povo hebreu trouxe da Antiga Babilônia, que, na realidade, veio de muito mais longe], se desenvolve uma versão secreta, esotérica, alma e razão de ser das Fraternidades Iniciáticas.6

Evolução = Reinterpretação + Retificação. [Reinterpretação + Retificação = Reintegração].

O que era bom, antigamente, para uma vida pastoril, primitiva, não é suficiente para reger a [Ascensão para a] Vida.

Vinho YaYN SOD 70 Mistério. [Segredo]!

Cada vez que se revela o sentido secreto de um texto religioso é sob uma alegoria nova.

A KaBaLa é a Doutrina Eterna, dissimulada sob todos os símbolos e em todos os relatos lendários, simplesmente veiculada por tradições vindas do fundo das idades. O esoterismo gnóstico-cristão foi seu principal mensageiro.

O Zohar [] é o resumo exotérico de trinta séculos de Misticismo Judaico.

Luz KaBaLística —› Fusão Judaico-cristã. Possuindo as Chaves da KaBaLa é possível penetrar nos Mistérios dos dois Testamentos. Reconciliação com e no Verbo Incriado!

 

 

KaBaListas Mestres dos Mistérios da Torá. A KaBaLa é, por assim dizer, uma oposição à casuística talmúdica, uma forma de revolta da fé contra a lei. Ela é o refúgio dos espíritos que não se encontram cômodos nas malhas sutis e inextricáveis das leis talmúdicas e no quadro estreito das fórmulas rituais, cultuais e litúrgicas, buscando uma fonte de Água Viva.

'O Infinito [Ilimitado] é o Ser absolutamente perfeito-sem-lacuna. Pois, quando se diz que há Nele uma força ilimitada, mas, não a força a se limitar, se introduz uma lacuna em Sua plenitude. Por outro lado, se diz que o Universo – que não é perfeito – provém diretamente Dele, se declara que sua potência é imperfeita. Pois bem, como não se pode atribuir nenhuma lacuna à Sua perfeição, é preciso, necessariamente, admitir que o En-Sof [AIN SOPh] tem o poder de limitar, e o dito poder é Ele mesmo Ilimitado. Uma vez que este limite sai Dele em primeira linha, são os Sephiroth [Obreiros Divinos, Forças Energéticas Inteligentes] que constituem, ao mesmo tempo, a potência de perfeição e a potência de imperfeição.' [Ezra-Azriel (Azriel of Gerona), apud Robert Ambelain].

Ação gradual dos Sephiroth: A primeira potência é destinada a se manifestar onde preside a Força Divina, a segunda é a Força dos anjos, a terceira é Força profética, a quarta esparge a graça entre as essências superiores, a quinta derrama o terror de sua força, a sexta verte a piedade sobre as coisas inferiores, a sétima faz crescer e fortifica a alma sensível em desenvolvimento, a oitava produz a gradação sucessiva, a nona faz emanar a Força de todas as outras, a décima é a via pela qual o conjunto de todas as outras Forças se difundem no mundo inferior.

'Não é suficiente para ser digno das grandes revelações ser um homem de estudo. Antes de tudo, é necessário ser um homem de fé. Não é suficiente conhecer a Bíblia, a Mischnah e a Haggadah. Tudo isto é vão se não se tem a fé, se não se aspira com confiança, no cansaço do curso comum da vida, a sublime e misteriosa Merkabah.' [Ezra-Azriel (Azriel of Gerona), apud Robert Ambelain].7

Deus é um, idêntico a Si-mesmo em todas as suas forças, como a chama que brilha em variadas cores.8

O primeiro homem foi criado andrógino. [Pensamento de Nahmanide (Moshe ben Nahman Girondi), apud Robert Ambelain].

 

 

Para Nahmanide, enquanto o homem dorme, o corpo limita a liberdade da alma sensível, a alma sensível limita a liberdade da alma racional, a alma racional limita a liberdade do anjo [o Anjo Guardião] etc. A alma, se sentido em má companhia com o corpo, rompe quando pode este casamento. Antes mesmo do divórcio definitivo, ela tem ausências passageiras, ela vai errar no céu, retoma contato com suas irmãs, e, quando volta ao corpo, este toma consciência de tudo o que ela viu. Daí, as visões do sonho.9

Mesmo o Justo não é perfeito.

Há dores que são produzidas para fazer a [personalidade-]alma passar de potência a ato.10

O Misticismo, para Nahmanide, longe de se aquartelar na busca pura, deve conduzir rapidamente à conquista e ao domínio das Forças Cósmicas.

A [obra medieval de KaBaLa Prática] Sepher Raziel se apresenta como o estudo que forneceu à KaBaLa Prática e em geral à tradição judaica seu arsenal mais rico em amuletos, talismãs, fórmulas propiciatórias, fórmulas curativas, misturas mágicas, filtros de amor e de ódio e petições.

As Vias pelas quais se revelam as intenções verdadeiras e os mistérios da Lei são em número de três: o Notarikon [acrologia], a Gematria [evolução numérica] e o Ziruph [permutação].

Segundo Abraham ben Samuel Abulafia, a KaBaLa compreende dois domínios: um concernente ao conhecimento de Deus por meio dos dez Sephiroth, e o outro concernente ao conhecimento de Deus por meio das vinte e duas letras que compõem os nomes e os signos e que conduzem à aspiração profética.

Abraham ben Samuel Abulafia: Combinações Aritméticas —› União da [personalidade-]alma racional com Deus.

 

 

 

 

Abraham ben Samuel Abulafia:YHVH, YH e ALHIM [Elohim] são os Três Nomes Sagrados [Santo, Santo, Santo] que testemunham o Mistério da Trindade e da Trindade na Unidade [Sabedoria, Inteligência e Ciência].

Deus tem um Nome Uno, se fazendo notar Sua Substância Una, mas, que, entretanto, é tríplice, todavia, sendo esta Trindade una.11

 

 

 

 

Os Sephiroth estão no plano da Natureza Naturante. Especificam a emanação, pelo Pensamento Divino, das condições de possibilidade para a criação, a conservação e a perfeição de toda realidade.12

KaBaLa = KaBaLa Mística + KaBaLa Prática —› Mediação entre o Absoluto e o Relativo.13

Nomes Divinos Expressões Imaginadas dos Aspectos do Absoluto.

Somente a percepção e a concepção do "Divino" [em nós] permitirão ao Homem conservar a Vida no seio do Caleidoscópio Cósmico eternamente mutável e de vir a se tornar um Ser Imortal.

Divino Conhecimento Chave do Eterno Vir-a-ser.

Sephiroth Emanações. Os Sephiroth são a potência de ser de tudo o que é, de tudo o que está sob o conceito do Número Puro. (Ezra-Azriel). Os Sephiroth, quanto à essência, aderem a Causa Primeira, mas, quanto a operação, são mediadores que representam a Causa Primeira. (Moisés de Córdoba). Os Sephiroth são as potencialidades emanadas pelo Absoluto, AIN SOPh, e são todos, necessariamente, entidades limitadas pela quantidade, que, como a vontade, sem mudar de natureza, diferencia as coisas, que são as possibilidades das coisas multiformes. Os Sephiroth são os intermediários entre o Absoluto AIN SOPh [Natura Naturans] e o mundo contingente [Natura Naturata]. (Baruch Spinoza).

Para o Ser, que é a Causa e o Governo de todas as coisas, compreendemos o que é AIN SOPh, quer dizer um Ser Ilimitado, livre, absolutamente idêntico a Si-mesmo, unido em-si, sem atributos, nem vontade, nem intenção, nem desejo, nem pensamento, nem palavra, nem ação, de tal sorte que estes atos dependem, de fato, uns dos outros. [Baruch Spinoza, apud Robert Ambelain].

Se a Causa Primeira do mundo é ilimitada e imanente, nada pode existir fora Dela mesma. [Baruch Spinoza, apud Robert Ambelain].

Os Sephiroth, ao mesmo tempo receptivos e comunicativos, ainda que em íntima conexão com AIN SOPh (consubstanciais com AIN SOPh) e constituam um Todo Perfeito, em sua pluralidade são necessariamente imperfeitos.

Por que existem dez Sephiroth? Porque todos os corpos têm dimensões, e cada dimensão repete as três outras. Se aí acrescentarmos o espaço, obteremos: (3 x 3) + 1 = 10. Logo, como os Sephiroth são as potencialidades de tudo o que é, eles só podem ser em número de dez. [Baruch Spinoza, apud Robert Ambelain].

 

 

 

 

É impossível ao Homem definir o que Deus não é.14

AIN SOPh AUR Luz Vazia e sem Limites (Divindade Negativa).

AIN SOPh Vazio Obscuro e Ilimitado (sem fim, um-em-si, sem atributo, sem vontade, sem idéia, sem intenção, sem palavra, sem ação).

Entre o que jamais foi, o que não é e o que não será e o que sempre foi, é e será há uma "Passagem" – o "Umbral" – e se chama KeTheR, a "Coroa de Eternidade" [que, como explicou Éliphas Lèvi, é a Potência ou Coroa Suprema que repousa sobre a Sabedoria Imutável (ChoKMaH) e a Inteligência Criadora (BINaH)].

Sobre as margens do último "Umbral", há o "horror que não tem nome" – o "nada absoluto" anunciado por Moisés Maimônides.15

O Ilimitado é o Ser absolutamente perfeito sem lacuna. Pois, quando se diz que há Nele uma força ilimitada, mas, não a força para se limitar, se introduz uma lacuna em Sua plenitude. Por outro lado, se dizemos que este Universo – que não é perfeito – provém diretamente Dele, se declara que Sua potência é imperfeita. Pois bem, como não se pode atribuir nenhuma lacuna à Sua perfeição, é preciso, necessariamente, admitir que o AIN SOPh tem o poder de se limitar, cujo poder é Ele mesmo ilimitado. Uma vez saído Dele diretamente esse limite, esTes são os Sephiroth que constituem ao mesmo tempo a potência de perfeição e a potência de imperfeição. Em efeito, quando eles recebem a plenitude superabundante que emana de Sua perfeição, eles têm uma potência perfeita, mas, quando o escoamento não lhes chega, eles têm uma potência imperfeita. Eles tem, por conseqüência, o poder de agir ao mesmo tempo de uma maneira perfeita e de uma maneira imperfeita. A perfeição e a imperfeição fundamentam a variedade das coisas.

Tudo o que nasce do azar não tem ordem fortalecida.16

Os Sephiroth são a potência de ser de tudo o que [foi,] é [e será], de tudo o que é limitado, de tudo o que está sob o conceito do Número.

Tudo aquilo que é limitado se separa em uma substância e um lugar, pois, não há substância sem lugar e não há lugar sem a presença de uma substância.

Dez e não nove; dez e não onze. Dez sem fim.

O lugar existe por conseqüência da substância e que a substância e o lugar constituem uma só e a mesma coisa.

A Unidade é o fundamento de todos os números, e, conseqüentemente, a multiplicidade sai da Unidade.

Emanação Modo de prodigalizar sem nada perder [diminuir].

Toda coisa para ser perceptível deve ser limitada.

O primeiro Sephiroth [KeTheR] existe em Deus desde toda a eternidade, mas, somente "em potência".

Os Ophanim desembaraçam o caos, os Aralim mantêm a forma da matéria sutil, os Hasmalim asseguram a representação da efígie dos corpos e das formas materiais, os Serafim produzem os elementos, os Malachim produzem o reino mineral, os Elohim produzem o reino vegetal, os Beni Elohim produzem o reino animal, os Querubim presidem a a criação dos homens e os conduzem para a Vida Eterna e os Ischim dão aos homens a inteligência e a compreensão das coisas divinas.17

O Mal, como entidade pura, não existe. É a maior ou menor ausência do Soberano Bem (a Essência Divina mais ou menos retirada de alguma coisa) que dá a ilusão.18

A Década Sagrada se encontra ainda na Mitologia Grega, com Apolo e as Nove Musas, que são: Apolo [a Glória], Clio [a História], Urânia [a Metafísica], Tália [a Comédia], Melpômene [a Tragédia], Polímnia [a Eloqüência], Calíope [a Epopéia], Erato [a Poesia Ligeira], Euterpe [a Música] e Terpsícore [a Dança].

Unidade —› Ternário —› Setenário.

É na ação do Verbo [Verbum Dimissum Sempiternum et Inenarrabile] sobre a Natureza Naturante [Natura Naturans] que se concretiza a Criação [Natura Naturata].19

 

 

 

Continua...

 

 

 

Há Um Tempo Para Tudo

 

 

 

Hoje, o que todos somos

é o que outrora nós fomos.

Mais concertados? Talvez.

Cada tempo tem sua vez.

 

Há um tempo para tudo.

Tempo de ser zé-teimudo,

tempo de se reencontrar,

tempo de se emancipar.

 

O tempo? Não é Tempo!

E não há o tal destempo.

Cada ente-aí é proprietário

do seu próprio abecedário.

 

 

 


 

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Notas:

1. Este Plano Superior não é um lugar fora de nós, em algum ponto de espaço, em sei-lá-onde; ele está em nosso próprio interior.

2. Acho que isto não é bem assim, pois, por mais que nos purifiquemos, jamais estaremos absolutamente puros para, dignamente, nos aproximarmos da Divindade (o Deus de nossos Corações). Mas, esta Divindade, Consolatrix et Sapientissima, na verdade, não está preocupada, digamos assim, se somos ou se estamos suficientemente puros ou não; está, sim, atenta para as nossas intenções. O que regula tudo no âmbito do Esoterismo Iniciático são as intenções do postulante. Enfim, se formos esperar para estar suficientemente puros, nunca faremos contato com o Deus de nossos Corações. E eu acho que Ele sabe disto muito direitinho. E mais: a Divindade, em nosso interior, jamais nos entregará ao Espírito do Mal. Ora, como isto seria possível? Eu, que sou um liberal incorrigível e um magnânimo confesso, não compreendo e não aceito isto de forma alguma.

3. Não creio que a KaBaLa seja a Via Iniciática Tradicional do Ocidente Cristão, mas, sim, uma das Vias Iniciáticas Tradicionais. Agora, se considerarmos que, no fundo, tudo seja KaBaLa, então...

 

 

4. Mas, aqui, cuidado. E, todo cuidado é pouco, pois, tudo o que demais é moléstia.

5. E, aqui, vale a pena dizer que, mesmo que a multidão tenha acesso à certas informações que os traidores divulgaram, quando muito, conhecerá, apenas, a primeira página do Livro da Doutrina Mística, desde sempre una e impenetrável sem a Iniciação. É por isto que as traições não afetam o arcabouço de uma Fraternidade Iniciática nem a própria integralidade da Doutrina Mística; só comprometem os próprios traidores, que padecerão muito até serem readmitidos no Caminho, isto se forem admitidos novamente. O fato é que ninguém visitará o Templo se não tiver a Chave, e o que os traidores divulgaram (particularmente, hoje, pela Internet) não foi a Chave do Templo, pois, se A tivessem, realmente, não A divulgariam. O que foi queimado, se foi queimado, digamos assim, não tem qualquer valor. Você já havia pensado nisto? Por outro lado, responda à esta pergunta: quem joga no lixo um tesouro? Seja lá como for, neste caso, não cabe o perdoai-os, pois, não sabem o que fazem. Todos sabiam direitinho o que estavam fazendo. E, como sabiam, a compensação será mesmo muito dura. Enfim, até para dizer as palavras hebraicas Nekan, Adonai! Chol-begoal! – Vingança, Senhor! Abominação a todos! – ditas por Jacques De Molay (1244 – 1314), último Grão-mestre da Ordem dos Cavaleiros Templários, no momento do seu martírio, é preciso saber o porquê de dizê-las, como dizê-las e em que situação dizê-las.

 

Cavaleiro Templário

Cavaleiro Templário

 

6. Em tudo, sempre houve, há e haverá as linhas e as Entrelinhas. As linhas, por assim dizer, mostram que há uma Porta; mas, para conhecer a parte mais profunda e impenetrável da Coisa, é preciso ler as Entrelinhas, isto é, atravessar a Porta. E assim, por exemplo, o que significa o Número 142857? 142857 é o Período da Dízima Periódica Simples resultante da divisão:

 

 

De todas as formas possíveis, venho dizendo que cada Número (Número-deus) é equivalente à uma Letra (Letra-deus), que as Letras formam Sons (Mantras-deuses) e que cada Mantra tem um poder e uma finalidade específica. Agora, pense um pouquinho no Número 3,142857. G.'. ... KaBaLa, antes de tudo, é Número.

Um segundo exemplo é uma sentença gnóstica do Evangelho (apócrifo) de Felipe (que tem data de elaboração estimada entre 120 e 180 d.C.): A LLuz e as trevas, a Vida e a morte, os da [Mão] Direita e os da [mão] esquerda são irmãos entre si, sendo impossível separar uns dos outros. Por isto, nem os bons são bons, nem os maus são maus, nem a vida é vida e nem a morte é morte. Assim é que cada um virá a se dissolver [ser entropizado] em sua própria origem desde o princípio; mas, os que estão além [das coisas ilusivas] do Mundo são indissolúveis [neguentrópicos] e eternos [no e com o Um]. Simplesmente o que esta sentença (à qual interpolei algumas explicações) quer ensinar é que somos todos um. Mas, apesar de sermos um com todos, com tudo, no Todo e com o Todo-desde-sempre-Um – individualmente, somos uma personalidade-alma diferenciada (indiferenciada da e na Alma Cósmica). Contudo, só não sofreremos os efeitos entrópicos da Entropia Universal e não seremos reciclados, se Nascermos para a Eternidade – para e na LLuz. Portanto, por mais admoestadora e paradoxal que a sentença do Evangelho de Felipe possa aparentar e se apresentar, no que concerne à manutenência individual do ser-aí como personalidade-alma-ser-aí, a eternidade não existe como eternidade absoluta; ela precisa ser conquistada diuturnamente e indescançavelmente pelo esforço e pelo mérito. Ninguém reencarna sem merecer reencarnar; ninguém continua sem ser digno de continuar. O Universo não derrama um milésimo de lágrima pelos que escorregam, caem, afundam, chafurdam e não se levantam, cujo destino, por fim, é o buraco negro da entropização. Isto pode ser duro de ser lido, mas, é assim que é, e é assim que as Entrelinhas do Evangelho de Felipe devem ser compreendidas. Ternura, caridade e misericórdia não significam endossamento, solidariedade e compactuamento com abrutamento cruel e irreversível. Precisamos ter em mente que ninguém reencarna até fazer calo na personalidade-alma. Já disse e repetirei: reencarnação é sinônimo de mérito. E mérito é Ora et Labora, Solve et Coagula, Correção-Retificação e Transmutação-Retransmutação permanentes, incansáveis e intermináveis. VITRIOLVM: Visita Interiora Terræ Rectificando Invenies Occultum Lapidem – Veram [Vniversalis] Medicinam.

 

 

 

 

 

 

 

 

7. Merkabah é uma tradição mística da KaBaLa que retrata o Merkabah ou Trono ou Carro de Deus, que podia subir ou descer através de diferentes câmaras ou palácios celestiais conhecidos como Hekhalot – o último deles revelava a Divina Glória de Deus. Durante o período do Segundo Templo, a Visão de Ezequiel foi interpretada com um vôo místico para o céu, e os Místicos KaBaListas desenvolveram uma técnica para usar o símbolo do Merkabah como ponto focal de meditação. O místico faria uma viagem interior para os sete palácios e usaria os nomes mágicos secretos para garantir uma passagem segura por cada um deles. Até bem recentemente, estes procedimentos e fórmulas místicas só eram conhecidos pelos estudiosos da KaBaLa. Contudo, os textos relevantes do Hekhalot Maior – o principal trabalho dos místicos do Merkabah – foram publicados em inglês no importante livro intitulado Meditation and Kabbalah (1982), de autoria de Aryeh Kaplan.

8. Se quisermos admitir que isto é assim, tudo bem, mas, devemos considerar, paralelamente a este entendimento, que, em nosso interior, brilha uma Chama, de uma determinada cor, deste mesmo Deus.

9. Observe que os conceitos Esotérico-iniciáticos das diversas Tradições são muito semelhantes (KabaLa e ShOPhIa Gnóstica, Doutrina dos Sephiroth e Doutrina do Pleroma – totalidade dos Poderes Divinos), mas, quando são absorvidos ou transpostos para as diversas religiões, com elas se tornam inconciliáveis e acabam se transformando em monstrenguinhos assustadores carecas com mil olhos.

 

 

10. Já tive ocasião de explicar que as três formas de aprendizado são: 1ª) pela dor (sofrimento); 2ª) pelo amor (solidariedade); e 3ª) pela compreensão (libertação). Mas, estes planos, patamares ou degraus de evolução (reintegração) não são ou estão isolados, estanques, impermeáveis. Entretanto, à medida que a compreensão vai prevalecendo e se impondo, a dor diminui e o amor se converte em justiça imparcial. Logo, a bondade amorosa dos homens santos e dos ascetas é um estágio passível de melhoramento e de aperfeiçoamento, e não ser motivo de imitação conclusiva ou definitiva. Mas, não esqueçamos: a compreensão é eternamente assintótica. Neste processo, quem dorme perde o Bonde da História.

 

 

 

11. Penso que não erraremos se admitirmos este Nome Uno de Deus como sendo o Verbum Dimissum Sempiternum et Inenarrabile.

12. Devemos entender criação como mudança-transformação, isto é, modificação de um estado vibratório em outro, pois, se para o Ser nunca houve começo, a criação como processo puramente generativo não pode acontecer. (Do nada —› nada).

 

 

13. Formulo a seguinte questão para reflexão: se tudo é um, o que é Absoluto e o que é relativo? Bem, podemos entender por coisa relativa a Coisa Absoluta que ainda não tem consciência de que é Absoluta. Somos relativos porque ainda não realizamos, em nós, a Absolutividade Cósmica. E assim, a ilusão é relativa e a Verdade é Absoluta. Simples assim. Mas, como a Verdade, como Coisa Absoluta, é um processo, caímos no conceito de assíntota, discutido na nota 10.

14. Bem, Deus não é o que Ele é (ou é o que Ele não é), mas, o que Ele é (ou não é) não pode ser concebido simplesmente com a (des)razão, que, geralmente, costuma transferir para a Divindade categorias puramente humanas, do tipo: onipotência, primeiro motor, onissapiência, causa primeira, onividência, necessidade insubstituível, ser oniparente, perfeição absoluta, onibenevolência, inteligência ordenadora e mais o que quisermos acrescentar. Então, tentar provar a existência de Deus, Seus atributos et cetera e tal, seja lá do jeito que for, é, ao mesmo tempo, um exercício estéril e inútil. Na verdade, não devemos nos preocupar sequer com a existência ou com a inexistência de Deus, porque isto não leva absolutamente a lugar algum. Se pudermos, devemos, sim, tentar descobrir em nós – categoricamente – o Deus de nossos Corações, porque este é o único Deus que poderá, de alguma forma, nos interessar, já que somos todos seres-no-mundo imperfeitos em permanente busca e peregrinação rumo à inatingível perfeição. Seja como for, Anselmo de Cantuária (1033 – 1109), fundador do escolasticismo, propôs: 1º) existe na mente de todos os homens a idéia de um Ser que não se pode pensar outro maior; 2º) existir só na mente é menos perfeito do que existir na mente e também na realidade (a existência é uma das qualidades da perfeição); 3º) se o ser maior do que o qual não se pode pensar outro só existisse na mente seria menor do que qualquer outro que também existisse na realidade; 4º) logo, o ser do qual não se pode pensar outro maior deve existir também na realidade (existência real necessária), e assim, se conclui que Deus existe e que este ser é o mais perfeito de todos. Entre outros, apoiaram e defenderam estas teses, com argumentos distintos, São Boaventura, Duns Scoto, Descartes, Leibniz, Hegel, Isaac Newton (quando citou a mecânica celeste ou gravitação universal), Karl Bath, N. Malcom. Rejeitaram este argumento ontológico David Hume, Immanuel Kant e Tomás de Aquino (1225 – 1274). Tomás de Aquino propôs: 1º) é necessário que haja uma Causa Primeira Eficiente (Primeiro Motor) que por ninguém tenha sido causada; 2º) é preciso que haja um Ser Necessário (algo necessário por si mesmo) que fundamente a existência dos seres contingentes, e que não tenha a sua existência fundamentada em nenhum outro ser (Causa Primeira); 3º) o Universo está ontologicamente hierarquizado, logo, deve existir um Ser que seja o detentor do máximo de perfeição (Ser Perfeito) e que seja a Causa da Perfeição dos demais seres; 4º) toda ordem é fruto de uma inteligência, logo, há um Ser Inteligente (Inteligência Ordenadora) que dispôs (e dispõe) o Universo em forma ordenada, pois, a ordem não vem do caos nem do acaso. Se você observar cuidadosamente estes argumentos de Tomás, verá que, como eu afirmei mais acima, todos eles estão alicerçados em categorias puramente humanas transferidas para uma presumida Divindade (fora de nós), que Tomás viveu e morreu acreditando que existe. Eu poderia tentar fazer uma análise detalhada destas reflexões teológicas, mas, aqui, não é o momento. Entretanto, veja bem, quando Anselmo de Cantuária diz que existe na mente de todos os homens a idéia de um Ser que não se pode pensar outro maior, como ele pode saber o que se passa na mente de todos os homens? E o que maior e o que é menor? Enfim, este é um dos gravíssimos problemas do ser humano: as pessoas costumam achar que as suas verdades são as verdades de todos, que servem para todos e que, por isto, todos devem adotá-las. A inquisição matou muita gente por causa disto, e muita gente, ainda hoje, continua a matar por causa disto. É, mais ou menos, como aquela estória da boa mãe que está com frio e obriga o filho a usar um casaco, ou daqueles que pensam que os que não fazem parte do povo escolhido por deus irão virar pedra de gelo no inferno. Epílogo: a preguiça mística, o preconceito e o deixa-pra-lá farão com que a ignorância só seja percebida e confrontada depois da morte, e, aí, o zé-minhoca, primo do joca, haverá de ver o pau cantar na casa de noca.

 

Dê um tempo, seu Madureira;

domingo é dia de fazer a feira.

Que feira nada. É dia de missa.

Devemos festejar a vinda de Issa!

 

15. Como o nada não existe, este "nada absoluto" anunciado por Moisés Maimônides, obrigatoriamente, é alguma coisa, já que o próprio processo entrópico não remete a coisa entropizada a um inexistente nada, mas, digerida, digamos assim, é retornada à Sempre-existência. A Sempre-existência é o que sempre foi; logo, Nela, não há buracos nem acréscimos. A coisa manifestada que, por um motivo ou por outro, não tem condições de continuar se manifestando como coisa individualizada, por meio de um processo de dissolução-desagregação entrópica, retorna à Sempre-existência, para, de uma forma ou de outra, (re)voltar a existir. E assim, como este retornar a existir começa do zero, não há karma a ser compensado nem lembrança presente das coisas passadas, como diria Santo Agostinho de Hipona (354 – 430). Tente elaborar melhor esta explicação que acabei de dar porque nem eu sei se é exatamente assim que acontece, muito menos o tempo de duração deste decurso. Seja como for, uma coisa é certa: o joio não pode atrapalhar nem obstaculizar o desabrochamento do trigo.

16. Nascer do azar é equivalente a porventura, por hipótese, acaso, por acaso, imprevisibilidade, casualidade, eventualidade, fortuitidade etc., e isto não existe no Universo. Definitivamente, para tudo há uma causa. O que normalmente ocorre é que nós desconhecemos as causas motivadoras que dão origem às coisas (efeitos), e, muitas vezes, confundimos causa com efeito e efeito com causa. Um exemplo disto são as guerras, que, por mais dolorosas que sejam, sempre são efeitos (cumprimentos cármicos), nunca causas. Então, quando se diz que a causa de tal guerra foi isto ou aquilo estamos relativizando e minimizando o que não deve ser relativizado e minimizado, ainda que qualquer guerra seja mesmo um horror. Assim, dizer que o que catalisou a Primeira Grande Guerra foi o assassinato do herdeiro do trono austro-húngaro, o arquiduque Francisco Fernando da Áustria (1863 – 1914), em Sarajevo, na Bósnia, em 28 de junho de 1914, por Gavrilo Princip (1894 – 1918), um estudante sérvio-bósnio e membro da Jovem Bósnia, não é absolutamente correto, pois, além de o arquiduque Francisco Fernando não ter sido o tipo de personalidade que comandava a popularidade e de sua morte não ter lançado o império em profundo luto, houve, certamente, razões cósmicas retributivas que a razão-filosofia humana desconhece. Na animação abaixo, o que é causa e o que é efeito?

 

 

17. Aqui não há erro de concordância nominal ou verbal, pois, a terminação IM indica caráter plural.

18, Como a Essência Divina poderia ser ou estar retirada de alguma coisa? Isto contrariaria o princípio de que somos todos um. A Essência Divina não está nem mais nem menos retirada de nada. A percepção-realização desta Essência Divina é que varia de ente para ente. Não há um único microponto do Universo em que haja modificação na (ou da) intensidade da Essência Divina. Nem nos quintos dos infernos ela é menor ou menos intensa. Admitir que haja variação na intensidade da Essência Divina é presumir que existam pontos no (ou do) Universo privilegiados ou banalizados em relação a outros, o que é um sesquipedalíssimo e jumentíssimo absurdo.

19. Aqui está um tremendo busílis, porque criação, no sentido que a ela é ordinariamente dado ou emprestado, não existe. Na verdade, nada é criado e nada é destruído; tudo é transformado (transmutado, reciclado). Se, em qualquer texto filosófico ou esotérico, mentalmente, você trocar a palavra criação por transformação ou transmutação, em primeiro lugar, não errará, e, em segundo lugar, lerá a matéria com mais facilidade e fidedignidade. Aqueles que usam a palavra-conceito criação, na realidade, não se desligaram da idéia de um deus barbudo absoluto, onipotente e transcendente, sentado em um trono, que faz o que quer (se o aprouver), se quer (se o deleitar), quando quer (se o contentar) e como quer (se o satisfizer), o que não deixa de ser, como já comentei mais acima, transferir para uma divindade idealizada nos porões da nossa ingênua ignorância categorias puramente humanas. Reconheço que este é um problema de difícil solução, pois, como poderemos definir algo que não conhecemos sem utilizar categorias humanas? Penso que só haja uma possibilidade: não definir nada. Por favor, releia a nota 15.

 

Páginas da Internet consultadas:

http://animated-gifs.gifmania.co.il/Animations-Animated-
Letters/Animated-Gifs-Alphabet/Images-Letters-Z/index4.htm

http://toons.artie.com/alphabet/ralph/arg-a-50-trans.html

http://pt.wikipedia.org/wiki/
Primeira_Guerra_Mundial#Crise_de_julho

http://frankvcarvalho.blogspot.com.br/2011/
08/as-provas-da-existencia-de-deus-por.html

http://pt.wikipedia.org/wiki/Exist%C3%AAncia_de_Deus

http://pt.wikipedia.org/wiki/Argumento_cartesiano_para_a_
exist%C3%AAncia_de_deus#Argumento_ontol.C3.B3gico

http://designyoutrust.com/2011/01/
3d-animated-gif-showcase/

http://gifpeanutbutter.tumblr.com/post/11956078
824/gifpeanutbutter-a-place-with-organized-gifs

http://hollowplanet.blogspot.com.br/2011/08/
rosicrucian-inner-earth-mystery-of.html

http://alchimiadellacoppia.com/
gallery/solve-et-coagula/

http://www.clker.com/
clipart-madison-s-water-drop.html

http://pt.wikipedia.org/wiki/
Jac%C3%B3_de_Molay

http://cavaleirostemplariosdobrasil.
blogspot.com.br/2013_10_01_archive.html

http://www.deldebbio.com.br/2010
/03/18/a-morte-de-jacques-demolay/

http://www.netanimations.net/Skeletons_Skulls
_Bones_Skeletal_Body_Part_Animations.htm

http://www.layoutsparks.com/pictures/thunder-1

http://disney.wikia.com/wiki/File:March_hare.gif

http://www.netanimations.net/Cute-little
-pussycats-doing-funny-things.htm

http://paxprofundis.org/livros/saint/martin.htm

http://pt.wikipedia.org/wiki/Robert_Ambelain

http://www.hermanubis.com.br/LivrosVirtuais.htm

 

Música de fundo:

Música KaBaLística para o Shabbat
Composição e interpretação: Oren Levi

Fonte:

http://www.kabbalah.info/engkab/
kabbalah-music/music-inspired-by-kabbalah

 

Direitos autorais:

As animações, as fotografias digitais e as mídias digitais que reproduzo (por empréstimo) neste texto têm exclusivamente a finalidade de ilustrar e embelezar o trabalho. Neste sentido, os direitos de copyright são exclusivos de seus autores. Entretanto, como nem sempre sei a quem me dirigir para pedir autorização para utilizá-las, se você encontrar algo aqui postado que lhe pertença e desejar que seja removido, por favor, entre em contato e me avise, que retirarei do ar imediatamente.