A
França acolheu e trouxe à Luz carinhosamente em seu solo,
além de Gerard Anaclet Vincent Encausse, mais conhecido pelo pseudônimo
de Papus (1865 – 1916), Martinès de Pasqually (1710 –
1774), Louis-Claude de Saint-Martin (1743 – 1803), Stanislas de Guaita
(1861 – 1897), François Jollivet Castelot (1874 – 1937),
Saint-Yves D'Alveydre (1842 – 1909), Paul Sédir (1871 –
1926), Augustin Chaboseau (1868 – 1946), Éliphas Lèvi
(1810 – 1875), Fabre Palaprat (1775 – 1838) e muitos outros,
e agasalhou com moderada tolerância movimentos neotemplários,
igrejas gnósticas, movimentos ocultistas e fraternidades iniciáticas.
Esta é a França que eu admiro e respeito!
François
Jollivet Castelot, Iniciado na Ordem Martinista e na Orden Cabalística
da Rosa Cruz, foi um grande Místico e Alquimista colaborador de Papus.
Foi diretor dos estudos alquímicos na Faculdade de Ciências
Herméticas e Secretário, primeiro, e Presidente, depois, da
Sociedade Alquímica da França. Fundou, em 1885, a Revista
Hyperchimie, instrumento literário-científico da
Sociedade Alquímica da França, e depois, em 1900, a Revista
Le Rose Croix, que passou a ser o órgão divulgador
da Sociedade Alquímica da França e da Antiga e Mística
Ordem da Rose-Croix.
Castelot
dirigiu a Revista Les Nouveaux Horizons de la Science e colaborou
em muitas outras, entre elas Les Partisans. Publicou numerosas
obras dignas de serem mencionadas, como, por exemplo: La Synthése
de L’or; La Science Alchimique; Comment en Devient Alchimiste; L’état
Actuel de L’Alchimie en France; Natura Mystica; L’Alchimie;
Traditión Occulte; Methaphysique de l’Hermetisme; Au Carmel;
e La Vie et L’âme de la Matière.
Enfim,
como está assinalado no Manual Rosacruz1, da
AMORC,
Jollivet Castelot demonstrou as Doutrinas Rosacruzes e produziu ouro por
transmutação (ao que tudo indica, salvo melhor informação,
uma única vez).
Nada
de reinos nem de espécies na Natureza! Só há uma Natureza.
Devemos nos persuadir desta verdade. Nada de tipos minerais, vegetais, animais,
nada de reinos orgânico e inorgânico, nada de químicas,
mas somente seres evoluindo segundo um plano determinado, obedecendo as
mesmas leis, perseguindo o mesmo fim, sob diferentes aspectos.
A
Natureza, talvez, se assemelhe ao Corpo do Ser Imenso, que nós chamamos
'Deus e que concebemos como Infinito e Eterno. Ela realiza, portanto, o
Pensamento Divino, como o nosso próprio corpo é o instrumento
mais ou menos dócil de nossa vontade. Nós podemos dizer que
Deus trabalha em a Natureza e fala por Ela, pois a Natureza é
Seu Grande Livro. (Grifo
meu).
Para o Filósofo Hermético, a
Química é uma ciência de um jovem de laboratório...
O futuro da Química não está confinado, graças
a Deus, aos laboratórios da Sorbonne.
O
Universo pode ser definido como uma irradiação de energia,
e a força e a matéria nele
se confundem em uma Unidade, por assim dizer, absoluta... Em realidade,
o Universo é um Pensamento, uma Potência, uma Idéia
vivente, cuja realidade integral nos escapa.
A
ciência atual está voltando à antiga doutrina dos hermetistas,
que ensinavam que o mundo é um imenso organismo – um Macrocosmos
no qual o Microcosmos lhe é idêntico. Ele é o Grande
Homem da Cabala –
o Corpo do Espírito Eterno.
Para
o Alquimista, os desdobramentos atômicos, nem mais nem menos misteriosos
do que os outros fenômenos da vida, correspondem aos estados de morte
e de nascimento, sempre simultâneos, do interno número de individualidades
atômicas que compõem o Universo.
A
radioatividade é simplesmente um estado de energia atômica
no qual o eletromagnetismo – vale dizer, o psiquismo ou a alma dos
átomos – aparece, de alguma maneira, em sua desnudez; porém,
em realidade, é sempre o mesmo poder que opera, que reúne
e que dispersa, que cria e que destrói, que entrechoca e que transtorna
miríadas de individualidades efêmeras, com a finalidade de
manter em um ritmo que nos ultrapassa e, por conseguinte, nos escapa, a
harmonia do Cosmos, cujos incessantes desequilíbrios são
necessários para o equílíbrio total. (Grifo
meu).
Os
hermetistas consideram que a estrutura do átomo depende da afinidade,
ou seja, das polaridades masculina e feminina que constituem a Lei Primordial
e absolutamente universal. A potência desta afinidade, variando com
os indivíduos, explica os fenômenos vitais da gravitação,
da translação e da rotação, que operam em razão
da massa e da energia correspondentes a cada indivíduo. Pouco importa,
pois, que se trate de átomos ou de astros, cujas leis são
naturalmente idênticas. Para nós, que não podemos consignar
senão as manifestações de todos os seres que povoam
o Universo, é sempre sob a forma de energia que devemos formular
os atos dos agentes da Natureza, personificação efêmera
da Consciência, do desejo perpetuando-se pelo Amor, isto é,
pela afinidade passional nos imensos torvelinhos de massa.
Os
homens manifestaram, em todos os tempos, uma curiosidade legítima
para com o problema de sua própria existência e de seu derradeiro
porvir. Sabe-se que existe, em a Natureza, um conjunto de segredos cujo
conhecimento concede ao Iniciado a paz do Coração, a alegria
de Espírito e o sentido da Vida. A revelação lenta
e gradual desses segredos, formava, entre os antigos, o objeto dos Mistérios.
Em nossos dias, muitas pessoas estão ainda à procura do conteúdo
dessas antigas Iniciações. Por nossa parte, afirmamos que
esta Tradição não desapareceu e é perpetuada
sob uma forma oculta – Iniciática e Filosófica.
É
praticamente impossível atingir a revelação dos Mistérios
Tradicionais sem a assistência de um estudo regular e contínuo
dos textos do passado, e de um ensinamento direto e progressivo pontuado
por Iniciações. Lembramos ainda que, raras são as escolas
que transmitem este método com toda a exigência prática
necessária.
Entregue
a si-mesmo, o homem – em razão da insuficiência de seus
meios de investigação – somente pode encontrar elementos
de respostas incompletos quanto aos problemas relativos à sua natureza,
ao seu fim, ao seu papel no Universo, enquanto que a Iniciação
hermética lhe abre as portas de uma revelação incessantemente
profunda.
Pitágoras
de Samos não foi somente um geômetra, um músico e um
moralista, mas, também e sobretudo, um Mestre da Iniciação.
Os
Mistérios não se contentam unicamente em esclarecer os Iniciados;
devem, ainda, levar, por intermédio daqueles que os recebem, uma
Luz para ser repartida com o mundo.
A Iniciação
fornece àqueles que a recebem um papel benfeitor e útil. O
Iniciado não pode egoisticamente tratar de sua própria salvação,
de sua perfeição. Deve, ao contrário, utilizar a Luz
recebida para clarear e curar seus semelhantes, segundo suas possibilidades,
sem, entretanto, descuidar das exigências primitivas de esforços
pessoais. Este dever obtido com a iniciação, refletindo a
luz recebida e levando a felicidade a outros, deve ser realizada sem fraqueza,
sem lucros individuais, no mais inteiro desinteresse.
Do
mesmo modo que todos os raios levam ao centro de uma circunferência,
todos os Mistérios levam ao conhecimento de uma única realidade
iniciática válida para toda a Humanidade.
As
Ordens Iniciáticas são agrupamentos fechados, dando por via
de seleções severas, um ensinamento preciso dos Mistérios
a um pequeno número de discípulos, que continuam, por sua
vez, a cadeia da Iniciação, tornando-se, um dia, Mestres Iniciadores.
O
conhecimento dos segredos da Natureza somente pode ser dado às almas
puras, suscetíveis de fazerem um bom uso, e não utilizá-las
para fins de dominação pessoal com finalidades egoístas.
Não podemos profanar os Mistérios os comunicando a simples
curiosos, a imprudentes, a pessoas orgulhosas e interesseiras.
Os
Mistérios não fornecem somente a Chave da Vida, os Segredos
da Morte, da Felicidade, e uma comunicação de certas ciências,
mas ainda um Poder Oculto – o de agir sobre o Plano Espiritual. Os
possuidores desses Poderes são livres para dispor, o que impõe
ao transmissor uma grave responsabilidade.
O
Mestre Iniciador é, não esqueçamos, um sacerdote, um
'sacerdos magnus', um intermediário entre nosso mundo e o do alto;
pode colocar em movimento as energias naturais, emitir ondas mentais onde
é o gerador consciente e responsável.
Iniciar,
é de fato, dar a Vida a um ser novo sobre o Plano Espiritual. Este
ato – tão importante quanto à geração
sobre o Plano Material – não pode ser feito levianamente, porque
empenha para sempre a responsabilidade do Iniciador.
Não
podemos, por exemplo, considerar como escola iniciática um agrupamento
que se limita à leitura dos rituais sem os fazer viver sobre o Plano
Espiritual; onde o mestre iniciador é um simples guardião
e doutor da lei; onde o mestre iniciador não é mais do que
um professor de moral; onde não solicita a assistência de uma
Força Espiritual, em que o Universo está banhado. Este mestre
iniciador não comunica qualquer poder porque ele próprio jamais
o recebeu.
As
religiões são um produto do meio étnico, nacional e
social de onde nascem e se desenvolvem, de onde surgem as rivalidades e
o antagonismo indestrutíveis. Atualmente, as religiões estão
cristalizadas, estando coaguladas e permanecendo atrás do movimento
que arrasta, em nossa época, a ciência, os povos e as civilizações
a caminho de qualquer coisa de novo, a caminho de um desconcertamento radical
de nossas idéias e de nossa ação.
O
Hermetismo têm claramente demonstrado a Unidade essencial de todas
as religiões e o elo que as unem sob as diversas aparências
dogmáticas, simbólicas e alegóricas. De fato, a explicação
esotérica das religiões às conduzem a uma base única,
que é a Astronomia. Todos os mitos religiosos recordam o movimento
dos planetas, do Sol e das constelações, emprestando uma aparência
humana a certas revelações científicas personificadas
em um Deus descendente sobre nosso Globo e encarnado na Humanidade. Este
Deus-homem, nascido no solstício de inverno, morto e depois ressuscitado
no equinócio da primavera [no hemisfério norte]. Os teóricos
agregaram um grande número de definições alegóricas,
e às vezes, mesmo filosóficas, a este culto solar universal.
Contentemos-nos de lembrar a introdução do princípio
platônico, o Logos na religião cristã, o que deu lugar
à construção progressiva do dogma da Trindade, entre
outros.
A síntese
religiosa do Hermetismo introduziu a ciência do Universo em sua explicação
positiva dos aparentes mistérios que nos cercam, não desobrigando
esta Via de recorrer aos princípios da Astrologia, da Alquimia, da
Magia e das Artes Divinatórias. A Astrologia estuda as influências
dos astros sobre os acontecimentos físicos e orgânicos, sobre
a evolução da Terra e da Humanidade, influências reconhecidas
hoje novamente pela ciência oficial que afirma, por seu lado, após
ter ridicularizado os antigos, que o Sol, a Lua e os planetas possuem uma
ação eletromagnética sobre os seres e suas determinações.
A Alquimia não é outra coisa que o estudo da transformação
atômica, da transmutação perpétua dos elementos
químicos que constituem o Universo inteiro. A
Magia, que compreende as ciências precedentes estuda especialmente
as forças ocultas da Natureza, ou seja, a ciência primitiva,
e é dela que saíram a Física, a Química, o Magnetismo,
o Hipnotismo, Psiquismo, como é da Astrologia que saiu o conhecimento
dos números, base da Matemática e da Geometria, da Álgebra
etc. Sobre a Magia repousa ainda hoje o ritualismo das cerimônias
religiosas, assim como a maior parte da liturgia. Enfim, as Artes Divinatórias
repousam sobre o determinismo, às vezes previsível por certos
meios intuitivos associados ao racionalismo, dos fenômenos e dos acontecimentos
formadores da trama dos destinos do mundo e dos homens. Temos, então,
o Hermetismo constituindo o verdadeiro conhecimento religioso e explicando
os símbolos e as fábulas de todas as religiões e elevando-se
acima de todas as crenças e se inspirando no Espírito Puro,
liberado de todos os dogmatismos contraditórios e autoritários,
e de todas as lendas que envolvem o sentimento religioso e impedem de atingir
o Centro Divino de onde irradia a Luz Eterna que não profana qualquer
invenção pueril ou má, qualquer imaginação
desavergonhada ou errônea, isto é, preocupada de interesses
humanos. O Hermetismo conduz à Religião Universal que reconhece
somente o Deus insondável e vivente, de outro culto que não
seja o culto da Verdade, do Belo e do Bem. O Hermetismo, sempre se elevando
a Deus por um sentimento profundo de fé e de amor, entrega-se sempre
à uma especulação intelectual muito complexa e muito
corajosa de Deus, jamais concebido como um ser pessoal, como faz a maior
parte das religiões, mas sempre considerado como o Ser dos seres,
a Potência Eterna, Absoluta, Infinita e, por conseqüência
Insondável em sua Essência, Incognoscível Nele-mesmo,
mas cognoscível por sua manifestação no seio da Natureza,
do Cosmo. Para o Hermetismo, Deus e o Mundo são Um em seu princípio
e não podem ser considerados separadamente um do outro. O mundo
não pode ser uma criação no sentido próprio
da palavra, mas, antes, uma emanação,2
porque o infinito contém tudo, contendo todas as propriedades e todas
as possibilidades que contêm o finito, produz o ato, compreende a
afirmação ao mesmo tempo em que a negação, isto
significando que ele unifica os contrários. Estes contrários
não são outros, que os existentes no pensamento humano. Não
existem antinomias no seio de Deus.
Simbolicamente
[matematicamente],
Deus pode ser concebido como a Integral, e o mundo como sua Derivada ou
sua Diferencial. Esta Derivada, acrescida da Integral, não pode jamais
ser integrada de uma maneira absoluta porque o mundo tende para a harmonia,
para a perfeição, sem jamais poder as encarnar absolutamente.
Isto explica a imperfeição do mundo e dos seres comparativamente
a Deus, e isto será a famosa razão da queda fatal e necessária
resultante do conhecimento e que constrange o mundo a perseguir incansavelmente
um retorno sempre maior para sua Fonte, embora este retorno seja aproximativo.
Tudo
é sempre a mesma Vida, o Infinito Absoluto opondo-se no finito, em
um espaço e em um tempo relativos, em uma imperfeição
que se eclipsa na harmonia do Todo. É impossível, em sentido
filosófico, como na pura religião, de separar Deus e o Mundo,
de observar o Mundo como uma criação, isto é, como
uma aparição no infinito e na eternidade, como uma exteriorização
voluntária e livre. Não existe criação no seio
do infinito e da eternidade que não comporte de instante ou de começo
no tempo, pois o tempo não existe em Deus. Disto resulta que o Mundo
é consubstanciado a Deus, que o limite é posto pelo ilimitado
do qual ele é somente uma expressão formal.
O
Mundo não pode resultar de desejos ou de movimentos exteriores porque
em Deus não existe mudança, e se o Mundo proviesse de um movimento,
seria necessário supor que Deus não preenche todas as condições
de felicidade e de harmonia, pois, um ser contido nele desejaria sair de
Deus e viver sua própria vida, o que é impossível,
absurdo e contraditório com a idéia de Deus.
Nós
somos obrigados a nos submeter à lei da razão humana; mas
é necessário sempre nos lembrarmos de que esses princípios
são válidos apenas para nossa mentalidade, não possuindo
um sentido absoluto.
O
Mundo, considerado como emanação eterna de Deus, não
é, portanto, perfeito. Ele se distância, se desvia do Absoluto
e diferencia-se Dele por derivadas sucessivas, que são as causas
secundárias. Deste estado de imperfeição, de individualização,
de separação, de divisão, provém o que chamamos
de uma maneira relativa o mal e o sofrimento, mas de outra parte, o mundo
que encerra em si o Princípio Divino, aspira continuamente retornar
a Ele e a se juntar ao Absoluto. O Corpo de Deus, constituído pela
emanação original, deseja e deve formar uma Unidade com o
Espírito que lhe deu nascimento e como este Corpo é animado
de um movimento de evolução, o acesso à reintegração,
cujo desvio o distanciou, torna-se natural.
É
Deus – Ele-mesmo – que a consciência reencontra na sua
parte mais profunda quando é purificada, e o duplo movimento aparente
da queda e da redenção pertencem à mesma realidade.
É uma pulsação, é um sopro contínuo de
exalação e de aspiração.
A
marcha ascendente consiste em uma evolução do particular ao
Universal, do limitado ao ilimitado, do finito ao infinito, do relativo
ao absoluto, do determinado ao indeterminado, do imperfeito à harmonia,
da derivada à integral.
Nada
nos autoriza considerarmos a vida como um erro ou mesmo o resultado de uma
falta pré-humana resgatada somente por um castigo contínuo,
por um sofrimento voluntário tendo como objetivo destruir todo desejo,
toda paixão, e conduzir ao aniquilamento da personalidade do indivíduo.
A prática do ascetismo, fatigando o corpo por privações,
provoca simultaneamente o enfraquecimento da alma e da inteligência,
abrindo, assim, a porta às doenças físicas e mentais,
cujos exemplos são dados pelas biografias dos místicos pertencentes
às diversas religiões e as diversas seitas.
Portanto,
não se trata de procurar a dor e suprimir todo desejo e toda paixão.
Trata-se de ordenar a vida em conformidade com a Ordem Divina Universal,
de atrair para si a Luz, a Bondade, a Força e a Justiça, e
de irradiar em torno de si estas qualidades. É necessário
transmutar os valores morais a fim de realizar um mundo melhor, mais elevado
do que o nosso, e somente será pela evolução de nossa
consciência e de nossas almas que poderemos edificar o reino de Deus
sobre a Terra e outros, por meio, sem dúvida, das vidas sucessivas
que conduzirão cada vez por mais tempo, e pelos esforços repetidos,
ao objetivo cada vez mais claro e visível a nos mirar.
Evidentemente,
não será sob a forma terrestre que atingiremos o Infinito,
o Absoluto, nem a Felicidade Eterna, mas isto não significa que o
Infinito seja a negação da vida, da consciência, da
inteligência e do amor, que tudo, enfim, seja nulo aos olhos de Deus.
Podemos
representar a forma cilíndrica do Universo dizendo que a integral
considerada como Deus engendra a derivada tomada como reta geradora, a qual
se engendraria ao deslocar uma superfície cilíndrica. Assim
é o Universo, com sua estrutura geométrica saída do
princípio infinito e absoluto chamado Deus. Na hipótese de
um Deus hiperbólico, seria necessário supor a formação
de um cone circular estreito e a divisão desse cone por um plano
paralelo às duas geratrizes. O movimento das linhas do Universo seria
engendrado pelo círculo ou a esfera e o cone dariam nascimento à
hipérbole que seria o resultado dos movimentos derivados da integral
primitiva. [A animação
em flash abaixo é meramente pictórica. Eu e você
podemos, quando muito, imaginar como possa ser o Universo; saber efetiva
e concertadamente, jamais, porque se nós viéssemos a saber
o que é o Universo nós teríamos nos tornado o próprio
Universo, e isto é uma impossibilidade como totalidade. Entretanto,
há um ponto na Peregrinação em que eu e você...]
_____
Notas:
1.
MANUAL ROSACRUZ. H. Spencer Lewis (supervisão). Biblioteca Rosacruz,
volume especial. Coordenação de Maria A. Moura. 6ª edição.
Rio de janeiro: Renes, s.d., p. 31.
2. Este
é um conceito plotiniano. O Primeiro Princípio, segundo Plotino
(204 ou 205–270 d.C.), do qual procedem todas as coisas, é
o Uno Inefável, no qual há a idéia da participação
de todas as coisas no Bem ou Uno. Este Uno é a razão de ser
de toda a Unidade e Causa Primária da existência do conjunto
e do múltiplo, portanto, potência de todas as coisas. Esse
Uno não está numericamente ligado nem à aritmética
nem à geometria e, por isto, deve ser interpretado como Uno–em–Si.
O Uno–em–Si, ou simplesmente Uno, está acima da própria
criação, sendo causa de tudo. Ele é como quis ser,
causa de si mesmo, portanto, transcendente a si mesmo. Do Uno tudo procede
por emanação. O diagrama e a animação
em flash abaixo mostram estes conceitos plotinianos.
UNO |
|
NOUS |
|
ALMA
SUPREMA |
|
ALMA
DO TODO |
|
ALMAS
PARTICULARES |
Websites
e Páginas da Internet consultados:
http://paxprofundis.org/livros/plotino/plotino.html
http://quasar.cc.osaka-kyoiku.ac.jp/
ob/miwa/fission.html
http://www.chez.com/rosecroix/
http://fratreslucis.netfirms.com/
Fudosi01despuesdelaguerra.html
http://safrance.netfirms.com/safrance01.html
http://fudosi.blogspot.com/2006/02/
reflexes-sobre-o-hermetismo-por.html
http://templodemaat.blogspot.com/2008/
01/nada-de-reinos-nem-de-espcies-na.html
http://www.upasika.com/jollivet_castelot.htm
Fundo
musical:
La
Mer
Fonte:
http://www.eadcentral.com/go/
1/1/0/http://midik2.tripod.com/french.html