Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

 

Sou ou estou?

 

 

 

 

Podemos nos indignar,

mas, não devemos odiar.

Podemos nos entristecer,

mas, jamais esmorecer.

 

 

Podemos voltar e partir,

mas, devemos prosseguir.

Podemos, até, despencar,

mas, precisamos levantar.

 

 

Devemos prestar atenção

a cada desejo, tentação

e aos demos que parimos,

para não virarmos arrimos.

 

 

A atentiva Oitava Esfera1

engorda de era para era;

é alimentada pelas ilusões

de mil e uma presunções.

 

 

Precisamos estar vigilantes

durante e depois; mas antes

determinará o que virá depois:

um    ou um dois-dois.2

 

 

 

 

 

 

______

Notas:

1. Muitos se tornam, enquanto dormem, instrumentos do exército das Sombras. E, a cada dia que passa, vão se tornando, cada vez mais, imantados, por cooptação subconsciente, para a esquerda, ou seja, para aquilo que Rudolf Steiner (1861-1925) denominou de Oitava Esfera. Para que se tenha uma compreensão preliminar de como funciona o Governo das Sombras, 180º à esquerda do Governo Interno e Espiritual do Mundo, é interessante se ter uma idéia do que seja a Oitava Esfera, sobre a qual são feitas poucas referências na literatura esotérica, e, não raro, com uma certa má vontade. Essa Oitava Esfera, segundo Rudolf Steiner, foi considerada um segredo até que Alfred Percy Sinnett (1840-1921) a mencionasse. A maioria da Humanidade ainda não desenvolveu um órgão sensorial para poder percebê-la e não pode estar plenamente consciente da sua existência. A Oitava Esfera é uma espécie de resto ou sobra proveniente da antiga Lua (3ª Esfera) derivada de seu desenvolvimento como antecessora da Terra, e, portanto, (ainda) tem alguma relação muito próxima com a Terra. O termo decorre do fato de existirem sete esferas conhecidas há muito tempo: Saturno, Sol, Lua, Terra, Júpiter, Vênus e Vulcano. Essa Oitava Esfera se situa fora do eixo evolutivo dos estágios de desenvolvimento seqüencial das sete esferas anteriormente citadas. A Oitava Esfera, segundo Steiner, só pode ser atingida pela clarividência imaginário-imaginativa. Ela é uma etapa tardia do desenvolvimento da Lua, ou seja, algo que foi deixado para trás pela Terceira Esfera de sua substancialidade e retido pelas entidades luciféricas e arimânicas. Lúcifer e Arimã, segundo o Fundador da Antroposofia, estão ininterruptamente empenhados em arrancar da Terra e do homem tudo que possa ser incorporado e escravizado à Oitava Esfera, até o dia em que, vibratoriamente, a Terra possa se desprender ou se desligar dessa influência, quando essa Oitava Esfera percorrerá caminhos próprios com Lúcifer e Arimã no comando, e a Terra se dirigirá em direção a Júpiter para mais um ciclo evolutivo em uma Dimensão superior e mais refinada. Como tem sido anunciado, possivelmente o início dessa Grande Transformação se dará no mês de fevereiro de 2034. A luta Daqueles que Podem e que Sabem e dos que a Eles estão misticamente vinculados por Laços de LLuz, Vida e Amor tem sido efetivada no sentido de impedir que o desenvolvimento da Humanidade se esvaia no seio da Oitava Esfera e tome outro curso. Mas, infelizmente, isto não será possível para o conjunto desta mesma Humanidade. Muitos já se entregaram ao domínio de Lúcifer e de Arimã, e outros ainda se entregarão. Porém, aqueles que permitem que o Princípio do Amor (presente já na reprodução e na hereditariedade) norteie seus pensamentos, suas palavras e seus atos nada têm a temer, pois as entidades luciféricas e arimânicas nada podem contra o Amor. Associativamente ao Princípio do Amor está vinculada a Liberdade de querer, que não havia em Saturno, no Sol e na Lua. Foi apenas no Período Terrestre que Ela se manifestou. Logo, Amor e Liberdade são as chaves efetivas para que o homem possa fazer valer sua Vontade e seu Discernimento e não ceder aos apelos magnetizantes e escravizantes das entidades da Oitava Esfera. Como explica Rudolf Steiner, continuamente Lúcifer e Arimã estão ocupados em comprometer o livre-arbítrio do homem e simular uma porção de coisas, para, depois, lhe arrebatar o que haviam simulado, fazendo-o desaparecer na Oitava Esfera. E também: Todas as vezes que os homens se entregam ao fatalismo ao invés de se decidirem a partir de sua força [interior] de julgamento, mostram uma inclinação para a Oitava Esfera. Dante Alighieri (1265-1321), no Canto I do Inferno da Divina Comédia, obra que reproduz as concepções cosmológicas e teológicas da época, escreveu: Lasciate ogne speranza, voi ch'entrate! Deixai, ó vós que entrais, toda a esperança! Escrevi um artigo sobre este tema, Os Illuminati, que pode ser lido em:

http://paxprofundis.org/livros/illuminati/illuminati.htm

2. A referência, aqui, é relativa ao Deus de nosso Coração.

 

Fundo musical:

How Deep is the Ocean (Irving Berlin)

Fonte:

http://www.geocities.com/
BourbonStreet/Delta/6693/mid.html