INICIACÃO HUMANA E SOLAR
(Parte I)

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

 

A Iniciação é o aspecto e a causa essencial da elevação da consciência às sublimes realidades objetivas dos estados superiores – àquele estado transcendente de percepção onde o Ser Verdadeiro funciona de acordo com o grau de seu despertamento e em um plano de existência que permite o serviço sem restrições. A Iniciação opera em um dos diversos planos, cada um com sua própria realidade objetiva, sua própria criação, que pode ou não ter paralelo com aquelas realidades objetivas do mundo com o qual estamos acostumados. Nosso ponto individual de trabalho depende somente do grau de nosso despertamento e do nível particular de realidade objetiva no qual fomos Iniciados.

Até certo ponto, a natureza de nossas iniciações é escolhida por nós mesmos, embora, talvez, não somente como resultado de uma escolha intelectual. É nossa sinceridade interior, nossa atitude e nossa pureza de motivo que determinam em que nível funcionamos. É fácil perceber que nosso intelecto não pode tomar estas decisões por si só. Mais exatamente, ele serve meramente para nos auxiliar a nos harmonizarmos com o nosso Deus Interior, de onde se origina nosso desabrochar para atingirmos um ponto de Verdadeira Iniciação de Verdadeira Escolha.

Uma Iniciação Verdadeira é puramente espiritual. Ela ocorre a partir do e no interior de cada indivíduo como resultado de seu próprio preparo e presteza, sendo inspirada e acelerada por um ritual físico que, às vezes, se associa a uma experiência psíquica.

A conseqüência da Iniciação Verdadeira é ao mesmo tempo uma possibilidade e um dever de utilizar a LLuz recém-adquirida em nome da Humanidade – uma possibilidade no sentido que o Iniciado pode se recusar a cruzar o portal; e um dever, no sentido que, se o cruzar, o Iniciado deverá se tornar um foco de radiação da LLuz. O Iniciado deve se livrar de todo egoísmo e de interesses egocêntricos. Se estes grilhões forem quebrados, a emissão de LLuz é ao mesmo tempo Amor, Energia e Poder.

O ato da Iniciação cria um equilíbrio dentro do Iniciado reconhecido como Harmonia. Uma vez atingida a Harmonia, o Poder se torna percebido e, por meio disto se torna permanente. Aquilo que é feito não pode ser desfeito. O Iniciado percebe que não pode nunca mais voltar para o mundo profano. Mas, ao mesmo tempo, não há garantia de que o Iniciado permanecerá no Caminho.

Um verdadeiro ritual de Iniciação em muito ultrapassa uma simples dramatização. Uma dramatização somente tocará as emoções e o intelecto. O ritual tocará a essência espiritual e trará à existência a assistência espiritual através de um despertamento.

Quando um verdadeiro ritual de Iniciação ocorre, ele é acompanhado pela responsabilidade do Iniciado em manter a transmissão do Poder Espiritual através da obrigação de irradiá-lo a partir do interior de seu ser. Há, também, a obrigação de cada Iniciado de se certificar que a LLuz seja perpetuada e transmitida às gerações sucessivas, assegurando assim a continuidade da técnica. No entanto, ainda é possível ao Iniciado se afastar da linhagem e utilizar o poder para fins egoístas. Se isto for feito, não estamos lidando com um indivíduo que é simplesmente ignorante acerca da LLuz, mas com alguém que conscientemente serve às Forças das Trevas.

O propósito da Iniciação Verdadeira é servir à Humanidade para garantir que a LLuz seja irradiada em meio às trevas. Podemos ver, de fato, que as obrigações e responsabilidades do Iniciado são muito grandes e complexas, e também percebemos que a importância de uma linhagem iniciática continuada e ininterrupta é de suma importância para que o poder da LLuz cresça e transcenda as limitações do Iniciado individual. O indivíduo pode dar as costas à LLuz, mas a cadeia iniciática e a linhagem centenária de Iniciados criam uma condição que supera o indivíduo, pois não pode ser destruída pelos fracassos de uma pessoa, seja ela quem for. Nenhuma pessoa isolada ou grupo pequeno de pessoas têm a força para desfazer o que foi feito. Isto se torna uma Força e um Poder da LLuz que não pode ser desviado. Eis porque é tão absurdo ouvir a alegação que as ordens iniciáticas estão obsoletas, e eis porque é tolice pensar que uma criação completamente moderna da “Nova Era” pode substituir um sistema que tem funcionado e prestado um grande serviço por incontáveis séculos.

A LLuz Espiritual não conhece as trevas, mas para receber a Luz precisamos transcender as trevas e atingir o nível da LLuz. Devemos, através da Iniciação Verdadeira, deixar as trevas para trás através de nossos próprios esforços. Não podemos levar as trevas conosco ao nos aproximarmos da LLuz. A LLuz não virá a nós se permitirmos que as trevas estejam presentes. Eis porque os Mestres não canalizam, através de médiuns, em nosso plano de existência.

 

Informação:

Este extrato foi editado do artigo Elementos Introdutórios da Iniciação de autoria de Gary L. Stewart, Imperator da Confraternidade da Rosa+Cruz. Ele pode ser lido integralmente no endereço:

http://www.crcsite.org/elements_portug.htm

 

 

 

 

Introdução e Objetivo do Estudo

 

 

 

Este estudo objetiva apresentar para reflexão a primeira parte de alguns fragmentos fundamentais da obra Iniciação Humana e Solar (dedicado com reverência e gratidão ao Mestre K. H.), de autoria de Alice LaTrobe Bateman, mais conhecida como Alice Ann Bailey (16 de junho de 1880 – 15 de dezembro de 1949), uma pesquisadora e escritora teosófica inglesa, que publicou diversas obras no campo da psicologia esotérica e da cura, além de temas filosóficos, religiosos e astrológicos, alguns em co-autoria com o Mestre Djwhal Khul (DK), também conhecido como O Tibetano. Enfim, acredito que este texto baileyriano irá esclarecer alguns pontos que não foram abordados em estudos anteriores.

 

 

 

Fragmentos da Obra

 

 

 

O Senhor Buddha: Não devemos crer em algo meramente porque tenha sido dito, nem em tradições porque vêm sendo transmitidas desde a Antigüidade, nem em rumores, nem em textos de filósofos porque foram escritos por Filósofos, nem em ilusões supostamente inspiradas em nós por um Deva (isto é, através de presumível inspiração espiritual), nem em ilações obtidas de alguma suposição vaga e casual, nem porque pareça ser uma necessidade análoga, nem devemos crer na mera autoridade de nossos instrutores ou mestres. Entretanto, devemos crer quando o texto, a doutrina ou os aforismos forem corroborados pela nossa própria razão e consciência. Por isto, vos ensinei a não crerdes meramente por que ouvistes falar, mas, quando houverdes crido de vossa própria consciência, então, devereis agir em conformidade e intensamente.

A Iniciação é profundamente difícil de ser alcançada, e exige uma vigorosa disciplina de toda a natureza inferior e uma vida de devoção discreta e de renúncia.

Qualquer um pode começar a construir, aqui e agora, aquele caráter e aquelas bases de conhecimento que são necessários à Iniciação, mesmo antes que o Caminho Probatório do Discipulado possa ser seguido.

Mestre Djwhal Khul: Devo [devemos] agir como um transmissor da LLuz, pouco importa o que isto custe.

A constituição do ser-humano-aí-no-mundo é basicamente tríplice: 1º) a Mônada ou Espírito Puro (o Pai nos Céus) Vontade + Amor + Inteligência; 2º) o Eu Superior ou Divindade; e 3º) o eu inferior ou o ser-humano-aí-no-mundo do plano físico.

A finalidade da evolução consiste na conscientização do Eu Interno pelo ser-humano-aí-no-mundo, subordinando a natureza inferior ao seu controle.

Tudo no Universo está subordinado à Lei da Causa e do Efeito.

Toda manifestação é de natureza sétupla e a LLuz Central, a qual chamamos de Divindade, o Raio único da Divindade, manifesta-se primeiramente como Trindade e depois como um Setenário.

Todo dogmatismo é fútil.1

Um fato – qualquer que seja o fato – poderá representar, apenas, parte de um fato maior, isto é, apenas uma fração do Todo.

 

 

 

 

1 —› 3 —› 7.

A mudança é falsidade; a verdade é permanência.2

 

 

 

Os riscos do Conhecimento [Sabedoria = ShOPhIa] demasiadamente profundo são muito maiores do que a ameaça do demasiadamente limitado. Com o Conhecimento, vêm a Responsabilidade e o Poder – duas coisas para as quais a Humanidade, de maneira geral, ainda não está espiritualmente preparada.3

 

 

 

Tudo na evolução progride através de fusão, segundo um constante processo de justaposição e de combinação. Precisamos nos resignar com o fato de que o único caminho que nos permite encontrar a Chave para o Mistério dos Raios, dos Sistemas e das Hierarquias é o do estudo da Lei de Correspondências ou das Analogias.4

O desenvolvimento do ser-humano-aí-no-mundo nada mais é do que a passagem de um estado de consciência para outro [mais elevado]. É uma sucessão de expansões, um crescimento daquela faculdade da plena percepção, que constitui a característica predominante do Pensador que reside em nosso íntimo [in Corde]. É o progredir da consciência polarizada na personalidade, no eu inferior (ou no corpo), para a Consciência Polarizada no Eu Superior ou [Personalidade-]-alma, e, dali, para uma Polarização na Mônada. [Tudo em conformidade com a Spira Legis].5

 

 

 

 

Desenvolvimento Espiritual do ser-humano-aí-no-mundo: ultrapassamento dos reinos inferiores da Natureza (mineral, vegetal e animal) —› três mundos da personalidade em evolução —› planeta no qual labuta —› sistema do qual o planeta faz parte —› libertação do Sistema Solar —› Universalização.

Iniciação do latim, in, dentro de + ire, ir, andar; portanto, formação de um princípio ou ingresso em algo —› Caminho da Santidade. Passagem progressiva do reino apenas humano para o Super-humano (Homem Espiritual Mestre da Compaixão).

Conhecimento Produto da Câmara ou Escola do Aprendizado (certeza intelectual). Sabedoria Produto da Câmara da Sabedoria (expansão de Consciência de vida em vida; percepção intuitiva da Verdade separada da faculdade de raciocínio; conscientização do Reino de Deus Interno; progressiva harmonização com a Unidade). Compreensão Faculdade do Pensador, no tempo, assimilar Conhecimento como base para a Sabedoria, que lhe possibilite adaptar as coisas da forma à Vida do Espírito, reunir os lampejos da inspiração que lhe chegam da Câmara da Sabedoria, e uni-los aos fatos da Escala do Aprendizado.6

A Sabedoria se relaciona como o Eu Único; o Conhecimento com o não-eu; e a Compreensão é o ponto de vista [síntese] do Eu ou Pensador e a sua relação entre eles. [ Libertação].

 

 

 

 

Na Câmara da Ignorância, a forma dirige e o lado material das coisas [desejos, cobiças e paixões] predomina. Ali, o ser-humano-aí-no-mundo está polarizando na personalidade ou eu inferior. Na Câmara do Aprendizado, o Eu Superior se esforça para dominar a forma, até que, gradativamente, é alcançado um ponto de equilíbrio, no qual o ser-humano-aí-no-mundo não é controlado por nenhum dos dois. Mais tarde, o Eu passa a controlar mais e mais, até que, na Câmara da Sabedoria, passa a dominar os três mundos inferiores, e a Divindade Interna, progressivamente, assume o controle da existência.

A Iniciação, se o karma permitir e o esforço for suficiente, capacitará [pelo mérito] a "ver" e a "ouvir" em todos os Planos.

Não há escapatória; até a expansão abarcar um ponto onde o Eu englobe todos os seres, até que se possa alcançar a Libertação completa... crucificação e sacrifício.

O Todo está em movimento, mas, é imóvel – conforme consta de uma antiga Escritura.7

A Iniciação não abrange, necessariamente, o desenvolvimento das faculdades psíquicas, mas, proporciona a compreensão interna que vislumbra o valor subjacente das formas e reconhece a finalidade das circunstâncias ambientais.

A Iniciação, basicamente, resulta em duas coisas: 1ª) uma expansão da consciência, que leva à personalidade até a Sabedoria alcançada pelo Eu, e, nas Iniciações mais elevadas, até a Consciência da Mônada; e 2ª) um breve período de Illuminação, no qual o Iniciado vê a parte do Caminho a ser palmilhado diante dele e no qual compartilha, conscientemente, do grande plano de evolução.8

Conforme o tipo de Iniciação, a cerimônia se realiza nos três sub-planos mais altos do Plano Mental ou nos três Planos Superiores. Nas Iniciações no Plano Mental, a Estrela Pentagonal lampeja acima da cabeça do Iniciado. Nas duas Iniciações finais, que libertam o ser-humano-aí-no-mundo dos três mundos e lhe possibilitam funcionar no Corpo de Vitalidade do Logos e moldar aquela Força, o Iniciado passa a ser a Estrela Pentagonal, que desce sobre ele, se funde com ele e em cujo centro é visto. Esta descida é causada pela ação do Iniciador, que movimenta o Cetro do Poder e põe o ser-humano-aí-no-mundo conscientemente em contato com o centro do Corpo do Logos Planetário do qual faz parte. As duas Iniciações, chamadas Sexta e Sétima, se realizam nos Planos Búdico e Átmico. A Estrela Pentagonal brilha intensamente do Seu interior, segundo a expressão esotérica, e passa a ser a Estrela de Sete Pontas. [5 —› 7].

 

 

 

 

A Sexta Iniciação marca o ponto de conquista do Cristo.

Ao receber a Sétima Iniciação, o Adepto se torna seu próprio Mestre, e passa a ter poder em todos os Raios (poder nos Raios e não poder sobre os Raios).9

O Raio do Amor ou Raio Sintético do Sistema é o Raio final que se alcança.

As Iniciações em um planeta ou no Sistema Solar representam, apenas, Iniciações preparatórias para admissão na Loja Maior, em Sírius.

 

 

 

Um Mestre é aquele que recebeu a Sétima Iniciação Planetária, a Quinta Iniciação Solar e a Primeira Iniciação de Sírius ou Iniciação Cósmica.10

A evolução do Espírito humano é uma [re]unificação progressiva (é uma atividade consciente e contínua nos Planos Emocional, Intuitivo, Espiritual e Divino). Tudo aquilo que separa ou que forma uma barreira precisa ser transmutado.

Todo o processo Iniciático-evolutivo visa tornar o ser-humano-aí-no-mundo conscientemente uno consigo mesmo e com aqueles que estão encarnados como ele, com o seu Eu Superior e, assim, com todos os demais seres, com o seu Espírito ou “Pai no Céu”, e, assim, com todas as Mônadas e com o Logos – o Três em Um e Um em Três. O ser-humano-aí-no-mundo se tornará uno com o Logos através da ajuda de Aquele-Sobre-Quem-Nada-Pode-Ser-Dito.

 

 

 

 

Hierarquia oculta de um planeta: a Hierarquia de seres espirituais de um planeta (Irmãos Maiores da Humanidade – aqueles que triunfaram sobre a matéria e que alcançaram a meta pelos mesmos passos que os demais indivíduos seguem hoje) representa uma síntese de forças ou de energias que estão sendo conscientemente manipuladas para promover a evolução planetária; estas forças se exteriorizam no esquema planetário através daquelas Grandes Personalidades que compõem a Hierarquia, que está vinculada à uma Hierarquia maior – a Hierarquia Solar; e esta Hierarquia de Forças tem quatro linhas proeminentes de trabalho: 1ª) desenvolver a autoconsciência em todos os seres (no caso do ser-humano-aí-no-mundo, auxilia a combinar os três aspectos mais altos do Espírito com os quatro aspectos inferiores); 2ª) desenvolver (pelo ajuste do karma) a consciência nos Três Reinos Inferiores; 3ª) transmitir a Vontade do Logos Planetário (demonstrar aos seres-humanos-aí o verdadeiro significado da fraternidade, e apoiar neles a resposta àquele ideal que está latente em um e em todos); e 4ª) dar um exemplo à Humanidade.

 

 

 

 

Os Irmãos Maiores da Humanidade passaram, todos eles, pela crucificação do ego pessoal e conhecem aquela renúncia total – que é a sorte de todo aspirante nesta época. Não há fase de agonia, sacrifício ou Via Dolorosa que não tenham palmilhado na sua época, e nisto reside o direito de servir e a força do método do Seu apelo. Conhecendo a quintessência da dor, conhecendo a extensão do pecado e do sofrimento, Seus métodos podem ser perfeitamente adaptados às necessidades individuais. Mas, ao mesmo tempo, a Sua conscientização da libertação a ser alcançada pela dor, pela pena e pelo sofrimento, e a Sua assimilação da Liberdade, que surge através do sacrifício da forma e dos Fogos de Purificação, são suficientes para Lhes dar segurança na ação, uma capacidade de persistirem mesmo quando a forma possa parecer ter sofrido o bastante e um amor que triunfa sobre todos os reveses, pois, se baseia na paciência e na experiência. Estes Irmãos Maiores da Humanidade são caracterizados por um Amor Duradouro, e que sempre atua para o bem do grupo; por um conhecimento que foi adquirido através de milhares de vidas, nas quais Eles abriram caminho desde o estágio mais baixo da vida e da evolução, quase alcançando o ponto mais alto; por uma experiência que se baseia no próprio tempo e em uma multiplicidade de reações e de interações da personalidade; por uma coragem, que é o resultado daquela experiência, e que, tendo sido produzida por eras de esforço, de fracasso e de renovados esforços, e tendo levado, finalmente, ao triunfo, pode, agora, ser posta a serviço da Humanidade; por um propósito que é iluminado, inteligente e cooperativo, ajustando-se ao grupo e ao plano hierárquico e, assim, adaptando-se ao propósito do Logos Planetário; e, finalmente, distinguem-se por um conhecimento do Poder do Som.

Sabedoria = Inteligência Aplicada + Amor Discriminativo.

Os Cinco Reinos da Natureza, no arco evolutivo, podem ser definidos da seguinte maneira: Mineral, Vegetal, Animal, Humano e Espiritual.

Cada ente-aí repete, em uma curva mais alta da Espiral, o trabalho dos reinos inferiores.

Saber. Querer. Ousar. Calar.

Em geral, é assim: quando o ser-humano-aí-no-mundo comum fala, os Irmãos Maiores da Humanidade estão em Silêncio; e quando o ser-humano-aí-no-mundo comum silencia, os Irmãos Maiores da Humanidade Falam.

Na metade da Época Lemuriana, aproximadamente há dezoito milhões de anos, um grande evento ocorreu, que levou, entre outras coisas, ao seguinte processo: o Logos Planetário de nosso Plano Terrestre, um dos Sete Espíritos Perante o Trono, encarnou [se projetou] fisicamente e, sob a forma de Sanat Kumara – o Ancião dos Dias, o Senhor do Mundo, a Juventude de Verões Eternos, a Fonte da Vontade e Amor Perfeito e Inteligência – desceu para este Planeta físico denso, e tem permanecido conosco desde então. Devido à extrema pureza de Sua Natureza e ao fato de que é (do ponto de vista humano) relativamente sem pecado, e, portanto, incapaz de reagir a qualquer coisa do plano físico denso, Ele não pode adotar um corpo físico denso como o nosso, e tem de atuar por intermédio do Seu Corpo Etérico. Ele é o maior de todos os Avatares ou Seres Que Virão, pois, é um reflexo direto daquela Grande Entidade que vive, respira e age através de todas as evoluções deste planeta, mantendo tudo dentro de Sua Aura ou Esfera Eagnética de influência. N'Ele nós vivemos, nos movemos e temos nossa existência, e nenhum de nós pode ultrapassar o raio de Sua Aura. Ele é o Grande Sacrifício que deixou a glória dos altos lugares e, para o bem da evolução dos filhos dos seres-humanos-aí, tomou para Si uma forma física etérea à semelhança do ser-humano-aí-no-mundo. Ele é o Vigilante Silencioso no que concerne à nossa Humanidade imediata, embora seja, literalmente, o Próprio Logos Planetário, no plano superior de consciência no qual Ele atua, ou seja. é o verdadeiro Vigilante Silencioso no que diz respeito ao esquema planetário. Talvez, isto possa ser assim expresso: o Senhor do Mundo, o Iniciador Único, ocupa a mesma posição, em relação ao Logos Planetário, que a ocupada pela manifestação física de um Mestre em relação à Mônada do Mestre, no plano monádico. Em ambos os casos, o estado intermediário de consciência, aquele do Eu Superior foi superado; e aquilo que vemos e conhecemos é a manifestação direta, autocriada, do próprio espírito puro. Daí o sacrifício. Deve-se aqui levar em conta que, no caso de Sanat Kumara, há uma tremenda diferença em grau, pois Seu ponto na evolução está tão avançado em relação ao de um Adepto, como o deste em relação ao do ser-humano-aí-no-mundo. Com o Ancião dos Dias veio um grupo de outras Entidades altamente evoluídas, que representam Seu próprio grupo cármico individual e aqueles Seres que manifestam a natureza tríplice do Logos Planetário. Eles encarnam, por assim dizer, as forças emanando dos centros da cabeça, do coração e da garganta. Eles vieram com Sanat Kumara para formar pontos focais de força planetária, para ajudar no grande plano do desabrochar autoconsciente de toda a vida. Seus lugares têm sido gradualmente preenchidos pelos filhos dos seres-humanos-aí, à medida em que estes se qualificam para isto, embora, até recentemente, isto tenha incluído bem poucos de nossa Humanidade terrestre imediata. Aqueles que são agora o grupo interno ao redor do Senhor do Mundo foram primariamente recrutados das fileiras dos que eram Iniciados na Cadeia Lunar (o ciclo de evolução precedente ao nosso) ou que vieram de outros esquemas planetários, em certos fluxos de energia solar, astrologicamente determinados. Todavia, aqueles que têm triunfado em nossa própria Humanidade estão rapidamente aumentando em número e desempenham funções subalternas abaixo do grupo esotérico central dos Seis que, com o Senhor do Mundo, forma o Coração do Esforço Hierárquico; O resultado de Seu advento foi estupendo, e seus efeitos estão sendo sentidos ainda. Estes efeitos podem ser assim enumerados: o Logos Planetário, em seu próprio plano, pode adotar um método mais direto na produção dos resultados que desejava executar em Seu projeto. Como é bem sabido, o esquema planetário, com seu globo denso e os globos internos mais sutis é, para o Logos Planetário, o que o corpo físico e seus corpos sutis são para o ser-humano-aí-no-mundo. Portanto, como ilustração, pode-se dizer que a encarnação de Sanat Kumara foi análoga ao firme domínio autoconsciente que o Eu do ser-humano-aí-no-mundo assume sobre seus veículos, quando o necessário estágio na evolução é atingido. Tem sido dito que, na cabeça de cada ser-humano-aí-no-mundo, há sete centros de força, ligados aos outros centros do corpo, através dos quais a força do Eu se difunde e circula, assim executando o plano. Sanat Kumara, com os seis outros Kumaras, mantém posição similar. Estes sete seres centrais são como os sete centros da cabeça, para o corpo físico. Eles são os agentes diretores e os transmissores de energia, força, propósito e vontade do Logos Planetário no Seu próprio plano. Este centro da cabeça planetário atua diretamente através dos centros do coração e da garganta e, por esse meio, controla todos os centros remanescentes. Isto serve apenas como ilustração e como uma tentativa para mostrar a relação da Hierarquia com sua fonte planetária, e também a íntima analogia entre os métodos de funcionamento de um Logos Planetário e o de um ser-humano-aí-no-mundo, o microcosmo. O terceiro reino da Natureza, o reino animal, atingira um grau de evolução relativamente alto, e o homem-animal possuía a Terra; ele era um ser com um corpo físico poderoso, um corpo astral ou corpo de sensação e sentimento, coordenado, e um rudimentar germe de mente que poderia algum dia formar um núcleo do corpo mental. Abandonado a si mesmo por longos éons, o homem-animal teria finalmente progredido até passar do reino animal para o humano, e se teria tornado uma entidade racional funcionante, consciente de si própria, mas, quão lento o processo teria sido pode ser evidenciado pelo estudo dos boxímanes da África do Sul, dos vedas do Ceilão e dos cabeludos ainus, do Japão. A decisão do Logos Planetário de adotar um veículo físico, produziu um sentimento extraordinário no processo evolutivo; por Sua encarnação [projeção] e pelos métodos de distribuição de força que empregou, Ele produziu, em um breve ciclo de tempo, o que de outra maneira teria sido inconcebivelmente vagaroso. O germe da mente no homem-animal foi estimulado. O homem-inferior quádruplo foi coordenado e estimulado, e se tornou um receptáculo apropriado para a vinda das entidades autoconscientes, aquelas tríadas espirituais (reflexos da Vontade Espiritual, da Intuição ou Sabedoria e da Mente Superior), que, por longas eras, esperaram justamente por tal precisa oportunidade. O quarto reino ou humano veio então à existência, e a unidade racional ou consciente-de-si-própria, o ser-humano-aí-no-mundo, começou sua carreira.

Os Sete da Manifestação Planetária —› Sanat Kumara (projeção de um dos Logos Planetários) + Três Kumaras ou Buddhas Esotéricos + Três Kumaras ou Buddhas Exotéricos, cujo trabalho pode ser resumido da seguinte forma: 1º) cada um destes Seres encarna um dos seis tipos de energia, com o Senhor do Mundo como o sintetizador e o incorporador do sétimo tipo perfeito, nosso tipo planetário; 2º) Cada um destes Seres se distingue por uma das seis cores, com o Senhor do Mundo exibindo a completa cor planetária, estas seis sendo suas subsidiárias; 3º) seu trabalho está relacionado não somente com a distribuição de força, mas, com a entrada, em nosso sistema, de egos vindos de outros sistemas planetários e procurando experiência na Terra; 4º) cada um destes Seres está em comunicação direta com um ou outro dos Planetas Sagrados; 5º) De acordo com as condições astrológicas e de acordo com o girar da roda da vida planetária, um ou outro destes Kumaras estará ativo. Os três Buddhas de Atividade variam periodicamente e se tornam, por seu turno, exotéricos ou esotéricos, conforme, seja o caso. Apenas o Rei Sanat Kumara permanece constante e vigilante. Além destas Entidades principais, presidindo na Câmara do Conselho em Shamballa, há um grupo de quatro Seres Que são os representantes, no planeta, dos quatro Maharajas ou os quatro Senhores do Karma no Sistema Solar, que estão especificamente relacionados com a evolução do Reino na atualidade. Estes quatro estão associados com: a) a distribuição do karma ou do destino humano, conforme ele afete os indivíduos e, por meio dos indivíduos, os grupos; b) o cuidado e catalogação dos Registros Acásicos. Eles estão encarregados da Sala dos Registros ou da manutenção do livro, como se chama na Bíblia Cristã, sendo conhecidos no mundo cristão como os anjos registradores; c) a participação em conselhos solares. Somente Eles têm o direito de, durante o ciclo mundial, passar além da periferia do esquema planetário e participar em conselhos do Logos Solar. Assim, Eles são literalmente mediadores planetários, representando nosso Logos Planetário e tudo o que a Ele concerne no esquema maior do qual Ele é apenas parte. Cooperando com estes Senhores do Karma, estão grandes grupos de Iniciados e Devas, que se ocupam com o ajustamento correto dos karmas mundial, racial, nacional, grupal e individual. Enfim, são responsáveis, perante o Logos Planetário, pela correta manipulação daquelas forças e daqueles agentes construtores que conduzem os Egos certos nos diferentes raios, nos tempos e nas estações corretos.

Outro resultado do advento da Hierarquia foi um desenvolvimento semelhante, embora menos reconhecido, em todos os reinos da Natureza. No reino mineral, por exemplo, certos minerais ou elementos receberam um estímulo adicional e se tornaram radioativos, e uma misteriosa mudança química ocorreu no reino vegetal. Isto facilitou o processo de comunicação entre os reinos vegetal e animal, da mesma maneira que a radioatividade dos minerais é a ponte de ligação sobre o abismo entre os reinos mineral e vegetal. No devido curso de tempo, os cientistas reconhecerão que todos os reinos da Natureza ficam entrelaçados e interpenetrados quando as unidades daqueles reinos se tornam radioativas. (A animação abaixo mostra um tipo possível de radioatividade natural – denominada emissão alfa, desintegração alfa ou decaimento alfa, que é uma forma de decaimento radioativo que ocorre quando um núcleo atômico instável emite uma partícula alfa, transformando-se em outro núcleo atômico, com número atômico duas unidades menor e número de massa 4 unidades menor, como é caso, por exemplo, do U–238, que, ao se desintegrar, se transforma em Th–234 e emite uma partícula alfa ou núcleo de hélio.)

 

 

92U238  —›  90Th234  +   2He4

 

 

 

 

 

Já o resultado da desintegração de um nêutron nuclear do C–14 origina como produto da reação nuclear o átomo de N14, com número atômico uma unidade maior e mesmo número de massa, e uma partícula beta ou elétron nuclear.

 

6C14  —›  7N14  +  

 

Ao contrário das radiações alfa e beta, que são constituídas por partículas, a radiação gama (que só é emitida pelos núcleos atômicos de isótopos radioativos) é formada por ondas eletromagnéticas emitidas por núcleos instáveis logo em seguida à emissão de uma partícula alfa ou beta. Um exemplo bem conhecido é o do Co–60, que se transforma em Ni–60, com manutenção do número de massa e aumento de uma unidade no número atômico, e emissão de partículas beta, neutrinos e radiação gama.

 

27Co60  —›  28Ni60  +    +   neutrino  +  radiação gama

 

A Sede Central da Hierarquia é Shamballa, localizada no centro do Deserto de Gobi, chamada nos livros antigos a “Ilha Branca”. Ela existe em matéria etérica, e quando a raça dos seres-humanos-aí, na Terra, tiver desenvolvido a visão etérica, sua localização será reconhecida e sua realidade admitida. [Considere que esta obra foi escrita em 1922].

Vários Mestres vivem em corpo físico nos Himalaias, em um lugar retirado chamado Shigatse, longe dos caminhos dos seres-humanos-aí, mas, a maior parte está espalhada por todo o mundo, vivendo em lugares diferentes, nas diversas nações, desconhecidos, no entanto, formando, cada um no Seu próprio lugar, um ponto focal de Energia do Senhor do Mundo, e se tornando, em seu meio ambiente, um distribuidor do Amor e Sabedoria da Divindade.

No meio da Quarta Raça-raiz, a Atlante, três coisas foram decididas na Câmara do Conselho do Senhor do Mundo: 1ª) fechar a porta pela qual os homens-animais passavam para o reino humano, não permitindo, por algum tempo, a mais nenhuma Mônada no Plano Superior se apropriar de corpos físicos. Isto restringiu o número do quarto reino ou humano ao seu limite de então; 2ª) abrir uma outra porta e permitir aos membros da família humana que estivessem dispostos a se submeter à disciplina necessária e fazer o estupendo esforço requerido, entrar no Quinto Reino ou Espiritual. Desta forma, as fileiras da Hierarquia poderiam ser preenchidas pelos membros da Humanidade da Terra que se qualificassem. Esta Porta é chamada o Portal da Iniciação e ainda está aberta, nos mesmos termos que foram estabelecidos pelo Senhor do Mundo nos dias de Atlântida. A Porta entre os reinos animal e humano será novamente aberta durante o seguinte grande ciclo ou ronda; e 3ª) foi também decidido definir claramente a linha de demarcação entre as duas forças: da matéria e do Espírito. A dualidade inerente em toda manifestação foi enfatizada, tendo como objetivo ensinar aos seres-humanos-aí como se libertarem das limitações do quarto reino ou humano, e assim passarem para o Quinto ou Espiritual. O problema do Bem e do mal, da LLuz e das trevas e do Certo e do errado foi enunciado unicamente em benefício da Humanidade e para permitir aos seres-humanos-aí romperem os grilhões que aprisionavam o Espírito, e assim atingir a Liberdade Espiritual. Este problema não existe nem nos reinos abaixo do humano nem naqueles que o transcendem. O ser-humano-aí-no-mundo tem de aprender, por meio da experiência e da dor,11 o fato da dualidade de toda existência. Tendo assim aprendido, ele escolhe aquilo que é relativo ao aspecto espiritual, totalmente consciente da Divindade e aprende a se centralizar neste aspecto. Tendo assim atingido a libertação, ele descobre que é uno, que Espírito e matéria desenham uma Unidade, nada existindo exceto aquilo que se encontra na Consciência do Logos Planetário e – em círculos mais amplos – dentro da consciência do Logos Solar. A Hierarquia aproveitou-se, assim, da dificuldade discriminativa da mente, que é a qualidade distintiva da Humanidade, para que o ser-humano-aí-no-mundo, através do equilíbrio dos pares de opostos, alcance seu objetivo e encontre seu caminho de volta à Fonte de onde veio. Esta decisão levou àquela grande luta que caracterizou a civilização atlante, e que culminou na destruição chamada o dilúvio, referida em todas as Escrituras do mundo. As Forças da LLuz e das trevas foram postas em ordem de batalha, umas contra as outras, e isto em auxílio da Humanidade. A luta persiste ainda, e a Primeira Guerra Mundial [28 de julho de 1914 a 11 de novembro de 1918] foi uma sua recrudescência. Em cada lado, naquela Guerra Mundial, dois grupos eram encontrados: os que lutavam por um ideal, como eles o viam, até o máximo que conheciam, e aqueles que lutavam por lucros materiais e egoístas. Na luta destes influentes idealistas e materialistas, muitos foram os que, arrastados a ela, lutaram cega e ignorantemente, sendo assim engolfados no Karma racial e no desastre.12

Trabalhando como membros da Hierarquia, estão numerosos seres, chamados anjos, pelos cristãos, e devas, pelos orientais. Muitos deles passaram pelo estágio humano muitas eras atrás, e trabalham agora nas fileiras da Grande Evolução paralela à Humanidade, que se chama Evolução Dévica.

Ao lado de Shri Sankaracharya, Vyasa, Maomé, Jesus de Nazaré, Krishna e tantos outros, incluindo aqueles de Iniciação mais baixa, como Paulo de Tarso, Lutero e certas luzes notáveis da História Européia, freqüentemente, encarnam na Terra agentes de destruição, destruindo velhas formas de religião e de Governo, de maneira que a vida dentro da forma rapidamente cristalizante possa se libertar e se reconstruir como um veículo novo e melhor.13

Há aproximadamente 100.000 anos, o Manu Vaivasvata [Manu Satyavrata ou Manu Sraddhadeva], que tem Sua Morada nas Montanhas Himalaias e a Quem estão confiados a Vontade e o Propósito do Logos Planetário, é o Manu da Quinta Raça-raiz.14

Tudo se move em ciclos ordenados e sob governo e Lei, embora dentro das limitações kármicas.

 

 

Não é assim...
Mas, digamos que seja mais ou menos assim.

 

 

A energia que flui do Manu emana do Logos Planetário e se sumariza em Sanat Kumara, que focaliza toda a energia planetária dentro de Si-mesmo. Tudo isto é produzido através do Poder do Som emitido e propagado.

O Cristo – que é conhecido no Oriente como Bodhisattva e como Senhor Maitreya, e é o mesmo esperado pelos devotos maometanos sob o nome de Iman Madhi – vem presidindo os destinos da vida desde cerca de 600 a.C., e foi Quem esteve antes entre os homens e é novamente esperado. É o Grande Senhor do Amor e da Compaixão, assim como seu predecessor, o Buddha, foi o Senhor da Sabedoria.

Ao Cristo estão confiados a direção dos destinos espirituais dos homens e o desenvolvimento da percepção interna em cada ser humano. Até hoje Ele continua a derramar suas bênçãos sobre o mundo.

No devido tempo, a forma será descartada, e o Espírito, então, já liberto, retornará ao seu lugar de origem.15

O Maha Chohan desempenhar Sua ação durante várias Raças-raízes. Ele atingiu o Adeptado durante a cadeia lunar, e foi através de Sua ação que um grande número dos seres humanos atuais mais avançados vieram à encarnação na metade da Raça-raiz Atlante. Seu trabalho se refere ao estímulo e fortalecimento daquela relação entre Espírito e matéria, entre Vida e forma, entre o Eu e o não-eu, que resulta no que chamamos civilização.

Manu Vaivasvata Vontade;Cristo Amor; Maha Chohan Inteligência.

Mestre Júpiter —› Regente da Índia.

Mestre Rakoczi —› Regente da Europa e da América.

O Mestre Jesus, o inspirador das Igrejas Cristãs, embora um Adepto do Sexto Raio sob a direção do Maha Chohan, trabalha presentemente sob a direção do Cristo, para o bem-estar da Cristandade.

Um fato inabalável: aqueles que procuram com seriedade encontrarão Aquilo que estão procurando e despertarão para a Compreensão. Mas, tudo terá de ser determinado pelo ser-humano-aí-no-mundo individual e pessoalmente. Cada ser-humano-aí-no-mundo terá de se assegurar de tudo sozinho, e terá de descobrir as coisas nele mesmo, lembrando-se sempre de que o Reino de Deus está dentro de si. (Grifo meu).

 

 

 

Continua...

 

 

 

 

 

 

______

Notas:

1. Aceitar um dogma – qualquer que seja o dogma – é abrir mão da liberdade e do livre-arbítrio.

2. A mudança é falsidade porque só o que não é precisa mudar, ainda que nada possa ser considerado como coisa definitiva. Então, o que se tem no Universo é falsidade lutando ininterruptamente para se tornar Verdade. Cada síntese (cada verdade relativa), oportunamente, haverá de se tornar uma nova tese, que terá de enfrentar uma ulterior antítese, para, evolutivamente, constituir uma síntese superior. E assim é, e assim será, imprescritivelmente, ad æternum e mais seis meses.

3. Todos devem ser auxiliados e tudo pode e deve ser fraternalmente ensinado, mas, nem tudo pode e deve ser transmitido integralmente. Entre ter informações sobre uma coisa e saber como operá-la há uma distância muito grande. Por exemplo: eu sei que existe o McDonnell Douglas F-15 Eagle, um caça tático altamente manobrável, mas, não sei pilotá-lo. Ora, pulo do gato é para gato, não para rato. Eu nunca vi rato que saiba dar o pulo do gato. Quem daria uma metralhadora ou uma granada à uma criança de berço para brincar? Por isto, as Fraternidades Místico-Iniciáticas vão retirando o véu muito lentamente, através de graus sucessivos, para não cegar nem aleijar os iniciandos. Por isto também, Jesus, publicamente, não disse tudo, tendo apesentado Sua Doutrina Secreta apenas aos Seus Discípulos, ao longo dos anos, bem devagar. E assim, desta forma, igualmente, os Nirmânâkâyas, os Sambhogâkâyas e os Dharmakâyas conhecem e atuam em planos distintos (progressivamente mais elevados). Enfim, tenhamos em mente que saber tudo de tudo implica e obriga à uma fusão com a Consciência Cósmica. Quando um ente acaba por saber tudo de tudo (seja relativamente a um ciclo, seja efetivamente a tudo do Todo), ele morde a própria cauda, e tudo recomeça. Não há fim definitivo para nada. A animação abaixo simboliza, mais ou menos, este entendimento.

 

 

 

 

4. O que encontramos exteriormente é o espelho daquilo que não conseguimos ver interiormente, ou seja, o que está fora é o reflexo do que está dentro. O que é verdadeiro no Macrocosmo é também verdadeiro no microcosmo e vice-versa.

5. A Spira Legis tem por base um livro inspirado – Neo Liber Legis – que deu origem a valiosos trabalhos de cunho científico, cultural e iniciático. Trata-se de uma estrutura coerente e lógica que concentra profundos ensinamentos, encadeando-os harmoniosamente para orientar o trabalho ascensional dos que buscam a Transcendência. A cada Esfera correspondem: a) Uma Idéia ou um Conceito; b) Um tópico do Neo Liber Legis; c) Um Planeta ou um Corpo Astral; d) Uma Cor; e) Um Mantra ou uma Palavra de Força; f) Um Grau ou uma Função Iniciática. Penetra-se na Spira Legis para trabalhar para si e para seus semelhantes... Dentro dos parâmetros da Lei do Amor...

Nota editada do texto Spira Legis (A Cabala da Nova Era, para a Construção da Nova Civilização), de autoria do Mestre Genelohim e disponibilizado no endereço:

http://www.nitcult.com.br/sl.htm

6. Por isto, tenho dito tantas e tantas vezes: só a Compreensão Libertará. Ficar imitando e cutucando smartphones e congenéricos não libertará ninguém.

7. O Todo está em movimento, mas, é imóvel, porque se move em-si-mesmo, não em alguma coisa.

8. Eu tenho dúvida se há efetivamente um grande plano de evolução, porque, para haver ou para que houvesse uma grande orquestração evolucional, é necessário ou seria necessário que exista ou que existisse consciência e finalidade no Universo, coisas que ele, salvo melhor juízo, não tem nem possui. O contrário deste raciocínio é o que faz pulular deuses e faz nascer religiões, medos e esperanças, mandingas e promessas et cetera e tal e coisa e loisa. Se o Universo tivesse consciência de si ou das coisas, ele faria escolhas, coisa que ele não faz; se houvesse finalidade, tudo tenderia teleológica e escatologicamente para um desenlace ou fim, coisa que não existe, conforme já expliquei à saciedade. Se, no frigir dos ovos, nós somos Iniciado + Iniciador (com auxílios episódicos, psíquicos e físicos – alterações conseqüentes e importantes no nosso DNA), somos nós, e apenas nós, que construímos o caminho que leva ao Caminho, que nunca teve começo nem jamais terá fim. A harmonia, pessoal e coletiva, com o Teclado Universal não é propriamente uma meta, mas, uma decorrência dos nossos esforços e dos nossos méritos. Mas, duas coisas certamente não existem e não ocorrerão no Universo: metas, fins ou objetivos últimos guiando a Natureza e a Humanidade e fim dos tempos (fim catastrófico do mundo). As catástrofes naturais cíclicas são simples ajustes necessários para que um ponto mais concertado, sem um fim em-si-mesmo, possa desabrochar. Dói? Sim, dói; mas, é assim que é, porque somos ignorantes, e, de duas coisas, uma ou as duas ocorrem consorciadas: 1ª) ou fabricamos as catástrofes; 2ª) ou não conseguimos prevê-las e delas nos livrar; e 3ª) ou, lamentavelmente, as duas coisas sucedem. Observe que, à medida que a ignorância diminui, as dores também diminuem. Então, enfim, porque se preocupar com as coisas? Então, porque se importar com a Iniciação? Resumidamente, porque há uma Harmonia-Sabedoria crescente – ShOPhIa – progressiva e ilimitada que poderemos alcançar ou conquistar, para melhorarmos a nós mesmos e para, categórica e misericordiosamente, auxiliarmos todos os nossos irmãos, na Terra e em todo o Universo. Seja como for, com um grande plano de evolução ou sem ele, nada terá qualquer valor se as nossas ações forem interesseiras e hipotéticas. O que não tem o menor cabimento é ficar esperando um paraíso de delícias a nos esperar porque fizemos o dever de casa e nos comportamos direitinho. A Lei é: apre(e)nder para Servir. E, quanto mais proficientes nos tornarmos, melhor Serviremos. Se uma meta há, esta é a meta; se um grande plano há, este é o grande plano.

9. Tenhamos em mente que serão necessárias muitas vidas para que todas estas Iniciações possam acontecer, e poderá acontecer que em determinadas encarnações nenhuma nova Iniciação suceda. O tempo? O que é o tempo? E, em cada vida, o Adepto, para, por mérito, acrescentar mais uma Iniciação, terá que repetir as Iniciações anteriores. Humildade! Paciência! Trabalho! Mérito! O tempo? O que é o tempo?

10. Mas, até lá, todos nós precisaremos comer muito Phaseolus vulgaris, para ficarmos bem fortinhos e fofinhos!

11. O aprendizado não precisa acontecer obrigatoriamente por meio da experiência e da dor; conforme já expliquei em textos anteriores, há dois degraus superiores, seqüentes, quais sejam: o degrau do Amor e o degrau da Compreensão.

12. Isto corrobora o fato que venho afirmando, que, particularmente, as duas Grandes Guerras Mundiais foram, nada mais nada menos, do que um necessário aprendizado-ajuste kármico-purificativo-coletivo – aprendizado que parece que não foi de todo aprendido. A Humanidade até parece meio que mulher de malandro: apanha, apanha, gosta, gosta e não aprende, não aprende! E esquece, esquece! E repete os erros, repetindo sem parar! Eu só fico pensando em uma coisa: a louvável paciência de Aqueles-Que-Podem. Qualquer um de nós, talvez, há muito tempo, já teria desistido de ensinar à Humanidade o que quer que seja ou o que quer que fosse! Bem, brincadeira à parte, a coisa é mesmo como disse Alice Bailey: uma rápida aceleração do processo evolutivo e um efeito profundamente importante sobre o aspecto mental do homem já podem ser vistos. Mas, a caminhada é lenta, geralmente dolorosa e cheia de vai-e-vens. Pelo menos, já não se faz mais empalação nem se queima em fogueira! Entretanto, os Viktor Anatolyevich Bout (Dushanbe, RSS Tadjique, 13 de janeiro de 1967) ainda estão por aí, querendo ver o circo pegar fogo!

13. Se é assim – e é, pelo Universo afora – indivíduos como, por exemplo, Átila, o Flagelo de Deus (406 – 453), paradigma da crueldade e da rapina, e Adolf Hitler (1889 – 1945), Mago Negro fundador do Deutsches Reich (Reich Alemão), entre 1933 e 1943, e do Großdeutsches Reich (Grande Reich Alemão), entre 1943 e 1945, nada mais foram do que agentes de mudança. Mas, ai de aqueles que promovem mudanças pelo assassinato, pela dor e pelo desespero! Todavia, nada acontece por acaso. Quando compreendermos este fato, não mais odiaremos nossos detratores e ensinadores. De maneira geral, só passamos por aquilo que, educativamente, necessitamos passar. No fundo, os cruéis nada mais são do que Pedras Filosofais que nos auxiliam a transmutar nosso sæcularis plumbum. Muitos poderão ficar estupefatos e até escandalizados com isto, mas, é assim que é, e continuará sendo, até que não precise mais que seja desta forma. Por outro lado, devemos compreender que organizações como a Al-Qaeda (Frente Internacional pelo Jihad contra os Judeus e os Cruzados), o grupo jihadista Estado Islâmico, a organização fundamentalista islâmica Boko Haram, a organização revolucionária Taliban, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo, o Exército de Libertação Nacional da Colômbia, a coligação de milícias palestinas na Cisjordânia Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa, a organização Euskadi Ta Askatasuna, o Hamas, as Forças Populares 25 de Abril (FP-25), uma organização armada clandestina de extrema-esquerda que operou em Portugal entre 1980 e 1987, o Exército Islâmico de Adem-Abyan, o Exército Republicano Irlandês (IRA), que pretendia separar a Irlanda do Norte do Reino Unido e se reanexar à República da Irlanda, e que operou 1919 a 2005, o Lashkar-e-Taiba (Exército de Deus, Exército dos Justos ou Exército dos Puros), os Tigres de Liberação do Tamil Eelam, a Organização dos Mujahidin do Povo Iraniano, que renunciou à violência em junho de 2001, a Irmandade Muçulmana ou Fraternidade Muçulmana, a Frente de Libertação da Palestina (FLP), o Sendero Luminoso, o Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR8), fundado no Brasil em 1966, a Ação Libertadora Nacional (ALN), que operou no Brasil de 1968 a 1973/4, o Movimento Nacional Revolucionário (MNR), que operou no Brasil entre 1966 e 1967, a Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), que operou no Brasil entre 1968 e 1973, a Ação Popular (AP), que operou no Brasil entre 1962 e 1974, a Organização Revolucionária Marxista-Política Operária (POLOP), que operou no Brasil entre 1961 e 1968, por exemplo, são o resultado de séculos de desencontros, de exploração ilícita e destituída de ética, de dominação e de escravização, de ganância arrogante dos poderosos contra a população civil, de manipulação dos sentimentos, de falsificação da realidade etc. Obviamente, sob nenhuma alegação, venha de onde vier, eu subscrevo ou aprovo os métodos, as crueldades, as matanças e as degolações destas organizações terroristas ou revolucionárias, mas, não posso interpretar o curso da História de forma diferente. Combatê-las com bombas e canhões não resultará em nada que se possa classificar como apropriado, adequado ou conveniente. Deveríamos pensar em trocar a dita guerra ao terror por uma semeação de Fraternidade, de Solidariedade e de Amor. Quando matamos os que matam, nos transformamos igualmente em assassinos. A solução só poderá advir e brotar de um diálogo concertado, categórico, desprevenido e despretensioso entre todos os atores envolvidos. A única arma aceitável neste diálogo é a saliva – muita saliva. Bombas? Canhões? Jamais! Não há outro caminho. Mas, para que isto ocorra, teremos – todos nós – que nos despir, no mínimo, das nossas vaidades, dos nossos egoísmos e dos nossos preconceitos. Dia e noite, eu trabalho para que isto aconteça, e desejo que assim seja.

 

 

Não é assim...
Mas, digamos que seja mais ou menos assim.

 

14. Na Teosofia, os Manus são considerados os Pais da Humanidade. São um nome genérico para os Pitris, os Progenitores da Humanidade.

15. Mas, como norma, em um ponto mais elevado da Spira Legis.

 

Páginas da Internet consultadas:

http://www.clker.com/

http://caccioppoli.com/

http://s15.photobucket.com/

http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81tila

http://en.wikipedia.org/wiki/Cobalt-60

http://pt.wikipedia.org/wiki/Carbono-14

http://pt.wikipedia.org/wiki/
Part%C3%ADcula_alfa

http://www.cyberphysics.co.uk/
topics/radioact/Radio/decay/decay.htm

http://pt.wikipedia.org/wiki/
Princ%C3%ADpio_da_equival%C3%AAncia

http://paxprofundis.org/livros/stagost/stagost.htm

http://paxprofundis.org/livros/antonio/vieira.htm

http://pt.wikipedia.org/wiki/Leis_herm%C3
%A9ticas#Lei_da_Correspond.C3.AAncia

http://pt.wikipedia.org/wiki/
Lei_da_Correspond%C3%AAncia

http://www.curaeascensao.com.br/
Downloads/Alice_Bailey_Iniciao_Humana.pdf

 

Mantra de fundo:

Mantra Padmasambhava

Fonte:

http://www.mp3olimp.net/padmasambhava-guru-rinpoche-mantra/

 

Direitos autorais:

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