Este
estudo objetiva apresentar para reflexão a primeira parte de alguns
fragmentos fundamentais da obra Iniciação
Humana e Solar (dedicado
com reverência e gratidão ao Mestre K. H.), de
autoria de Alice LaTrobe Bateman, mais conhecida como Alice Ann Bailey (16
de junho de 1880 – 15 de dezembro de 1949), uma pesquisadora e escritora
teosófica inglesa, que publicou diversas obras no campo da psicologia
esotérica e da cura, além de temas filosóficos, religiosos
e astrológicos, alguns em co-autoria com o Mestre Djwhal Khul (DK),
também conhecido como O Tibetano. Enfim, acredito que este texto
baileyriano irá esclarecer alguns pontos que não foram abordados
em estudos anteriores.
Fragmentos
da Obra
O Senhor Buddha: Não
devemos crer em algo meramente porque tenha sido dito, nem em tradições
porque vêm sendo transmitidas desde a Antigüidade, nem em rumores,
nem em textos de filósofos porque foram escritos por Filósofos,
nem em ilusões supostamente inspiradas em nós por um Deva
(isto é, através de presumível inspiração
espiritual), nem em ilações obtidas de alguma suposição
vaga e casual, nem porque pareça ser uma necessidade análoga,
nem devemos crer na mera autoridade de nossos instrutores ou mestres. Entretanto,
devemos crer quando o texto, a doutrina ou os aforismos forem corroborados
pela nossa própria razão e consciência. Por isto, vos
ensinei a não crerdes meramente por que ouvistes falar, mas, quando
houverdes crido de vossa própria consciência, então,
devereis agir em conformidade e intensamente.
A
Iniciação é profundamente difícil de ser alcançada,
e exige uma vigorosa disciplina de toda a natureza inferior e uma vida de
devoção discreta e de renúncia.
Qualquer
um pode começar a construir, aqui e agora, aquele caráter
e aquelas bases de conhecimento que são necessários à
Iniciação, mesmo antes que o Caminho Probatório do
Discipulado possa ser seguido.
Mestre
Djwhal Khul: Devo
[devemos] agir
como um transmissor da LLuz, pouco importa o que isto custe.
A
constituição do ser-humano-aí-no-mundo é basicamente
tríplice: 1º) a Mônada ou Espírito Puro (o Pai
nos Céus) – Vontade
+ Amor
+
Inteligência; 2º) o Eu Superior ou
Divindade; e 3º) o eu inferior ou o ser-humano-aí-no-mundo do
plano físico.
A
finalidade da evolução consiste na conscientização
do Eu Interno pelo ser-humano-aí-no-mundo, subordinando a natureza
inferior ao seu controle.
Tudo
no Universo está subordinado à Lei da Causa e do Efeito.
Toda manifestação
é de natureza sétupla e a LLuz Central, a qual chamamos de
Divindade, o Raio único da Divindade, manifesta-se primeiramente
como Trindade e depois como um Setenário.
Todo
dogmatismo é fútil.1
Um
fato – qualquer que seja o fato – poderá representar,
apenas, parte de um fato maior, isto é, apenas uma fração
do Todo.
1
—› 3
—› 7.
A
mudança é falsidade; a verdade é permanência.2
Os
riscos do Conhecimento [Sabedoria
= ShOPhIa]
demasiadamente profundo são muito
maiores do que a ameaça do demasiadamente limitado. Com
o Conhecimento, vêm a Responsabilidade e o Poder –
duas coisas para as quais a Humanidade, de maneira geral, ainda
não está espiritualmente preparada.3
|
Tudo
na evolução progride através de fusão, segundo
um constante processo de justaposição e de combinação.
Precisamos nos resignar com o fato de que o único caminho que nos
permite encontrar a Chave para o Mistério dos Raios, dos Sistemas
e das Hierarquias é o do estudo da Lei de Correspondências
ou das Analogias.4
O
desenvolvimento do ser-humano-aí-no-mundo nada mais é do que
a passagem de um estado de consciência para outro [mais
elevado]. É uma sucessão de expansões, um
crescimento daquela faculdade da plena percepção, que constitui
a característica predominante do Pensador que reside em nosso íntimo
[in
Corde]. É o progredir da consciência
polarizada na personalidade, no eu inferior (ou no corpo), para a Consciência
Polarizada no Eu Superior ou [Personalidade-]-alma,
e, dali, para uma Polarização na Mônada. [Tudo
em conformidade com a Spira
Legis].5
Desenvolvimento
Espiritual do ser-humano-aí-no-mundo: ultrapassamento dos reinos
inferiores da Natureza (mineral, vegetal e animal) —›
três mundos da personalidade em evolução
—› planeta
no qual labuta —›
sistema do qual o planeta faz parte —›
libertação do Sistema Solar —›
Universalização.
Iniciação
do latim, in,
dentro de + ire,
ir, andar; portanto, formação de um princípio ou ingresso
em algo —› Caminho
da Santidade. Passagem progressiva do reino apenas humano para o Super-humano
(Homem Espiritual –
Mestre da Compaixão).
Conhecimento
Produto da Câmara ou
Escola do Aprendizado (certeza intelectual). Sabedoria
Produto da Câmara da
Sabedoria (expansão de Consciência de vida em vida; percepção
intuitiva da Verdade separada da faculdade de raciocínio; conscientização
do Reino de Deus Interno; progressiva harmonização com a Unidade).
Compreensão
Faculdade do Pensador, no tempo, assimilar Conhecimento como base para a
Sabedoria, que lhe possibilite adaptar as coisas da forma à Vida
do Espírito, reunir os lampejos da inspiração que lhe
chegam da Câmara da Sabedoria, e uni-los aos fatos da Escala do Aprendizado.6
A
Sabedoria se relaciona como o Eu Único; o Conhecimento com o não-eu;
e a Compreensão é o ponto de vista [síntese]
do Eu ou Pensador e a sua relação entre eles. [–
–
–
–
–
–
–
› Libertação].
Na
Câmara da Ignorância, a forma dirige e o lado material das coisas
[desejos, cobiças
e paixões] predomina. Ali, o ser-humano-aí-no-mundo
está polarizando na personalidade ou eu inferior. Na Câmara
do Aprendizado, o Eu Superior se esforça para dominar a forma, até
que, gradativamente, é alcançado um ponto de equilíbrio,
no qual o ser-humano-aí-no-mundo não é controlado por
nenhum dos dois. Mais tarde, o Eu passa a controlar mais e mais, até
que, na Câmara da Sabedoria, passa a dominar os três mundos
inferiores, e a Divindade Interna, progressivamente, assume o controle da
existência.
A
Iniciação, se o karma permitir e o esforço for suficiente,
capacitará [pelo mérito]
a "ver" e a "ouvir" em todos os Planos.
Não
há escapatória; até a expansão abarcar um ponto
onde o Eu englobe todos os seres, até que se possa alcançar
a Libertação completa... crucificação e sacrifício.
O
Todo está em movimento, mas, é imóvel – conforme
consta de uma antiga Escritura.7
A
Iniciação não abrange, necessariamente, o desenvolvimento
das faculdades psíquicas, mas, proporciona a compreensão interna
que vislumbra o valor subjacente das formas e reconhece a finalidade das
circunstâncias ambientais.
A
Iniciação, basicamente, resulta em duas coisas: 1ª) uma
expansão da consciência, que leva à personalidade até
a Sabedoria alcançada pelo Eu, e, nas Iniciações mais
elevadas, até a Consciência da Mônada; e 2ª) um
breve período de Illuminação, no qual o Iniciado vê
a parte do Caminho a ser palmilhado diante dele e no qual compartilha, conscientemente,
do grande plano de evolução.8
Conforme
o tipo de Iniciação, a cerimônia se realiza nos três
sub-planos mais altos do Plano Mental ou nos três Planos Superiores.
Nas Iniciações no Plano Mental, a Estrela Pentagonal lampeja
acima da cabeça do Iniciado. Nas duas Iniciações finais,
que libertam o ser-humano-aí-no-mundo dos três mundos e lhe
possibilitam funcionar no Corpo de Vitalidade do Logos e moldar aquela Força,
o Iniciado passa a ser a Estrela Pentagonal, que desce sobre ele, se funde
com ele e em cujo centro é visto. Esta descida é causada pela
ação do Iniciador, que movimenta o Cetro do Poder e põe
o ser-humano-aí-no-mundo conscientemente em contato com o centro
do Corpo do Logos Planetário do qual faz parte. As duas Iniciações,
chamadas Sexta e Sétima, se realizam nos Planos Búdico e Átmico.
A Estrela Pentagonal brilha intensamente do Seu interior, segundo a expressão
esotérica, e passa a ser a Estrela de Sete Pontas. [5
—› 7].
A
Sexta Iniciação marca o ponto de conquista do Cristo.
Ao
receber a Sétima Iniciação, o Adepto se torna seu próprio
Mestre, e passa a ter poder em todos os Raios (poder nos Raios e não
poder sobre os Raios).9
O
Raio do Amor ou Raio Sintético do Sistema é o Raio final que
se alcança.
As
Iniciações em um planeta ou no Sistema Solar representam,
apenas, Iniciações preparatórias para admissão
na Loja Maior, em Sírius.
Um
Mestre é aquele que recebeu a Sétima Iniciação
Planetária, a Quinta Iniciação Solar e a Primeira Iniciação
de Sírius ou Iniciação Cósmica.10
A
evolução do Espírito humano é uma [re]unificação
progressiva (é uma atividade consciente e contínua nos Planos
Emocional, Intuitivo, Espiritual e Divino). Tudo aquilo que separa ou que
forma uma barreira precisa ser transmutado.
Todo
o processo Iniciático-evolutivo visa tornar o ser-humano-aí-no-mundo
conscientemente uno consigo mesmo e com aqueles que estão encarnados
como ele, com o seu Eu Superior e, assim, com todos os demais seres, com
o seu Espírito ou “Pai no Céu”, e, assim, com
todas as Mônadas e com o Logos – o Três em Um e Um em
Três. O ser-humano-aí-no-mundo se tornará uno com o
Logos através da ajuda de Aquele-Sobre-Quem-Nada-Pode-Ser-Dito.
Hierarquia
oculta de um planeta: a Hierarquia de seres espirituais de um planeta (Irmãos
Maiores da Humanidade – aqueles que triunfaram sobre a matéria
e que alcançaram a meta pelos mesmos passos que os demais indivíduos
seguem hoje) representa uma síntese de forças ou de energias
que estão sendo conscientemente manipuladas para promover a evolução
planetária; estas forças se exteriorizam no esquema planetário
através daquelas Grandes Personalidades que compõem a Hierarquia,
que está vinculada à uma Hierarquia maior – a Hierarquia
Solar; e esta Hierarquia de Forças tem quatro linhas proeminentes
de trabalho: 1ª) desenvolver a autoconsciência em todos os seres
(no caso do ser-humano-aí-no-mundo, auxilia a combinar os três
aspectos mais altos do Espírito com os quatro aspectos inferiores);
2ª) desenvolver (pelo ajuste do karma) a consciência nos Três
Reinos Inferiores; 3ª) transmitir a Vontade do Logos Planetário
(demonstrar aos seres-humanos-aí o verdadeiro significado da fraternidade,
e apoiar neles a resposta àquele ideal que está latente em
um e em todos); e 4ª) dar um exemplo à Humanidade.
Os
Irmãos Maiores da Humanidade passaram, todos eles, pela crucificação
do ego pessoal e conhecem aquela renúncia total – que é
a sorte de todo aspirante nesta época. Não há fase
de agonia, sacrifício ou Via Dolorosa que não tenham palmilhado
na sua época, e nisto reside o direito de servir e a força
do método do Seu apelo. Conhecendo a quintessência da dor,
conhecendo a extensão do pecado e do sofrimento, Seus métodos
podem ser perfeitamente adaptados às necessidades individuais. Mas,
ao mesmo tempo, a Sua conscientização da libertação
a ser alcançada pela dor, pela pena e pelo sofrimento, e a Sua assimilação
da Liberdade, que surge através do sacrifício da forma e dos
Fogos de Purificação, são suficientes para Lhes dar
segurança na ação, uma capacidade de persistirem mesmo
quando a forma possa parecer ter sofrido o bastante e um amor que triunfa
sobre todos os reveses, pois, se baseia na paciência e na experiência.
Estes Irmãos Maiores da Humanidade são caracterizados por
um Amor Duradouro, e que sempre atua para o bem do grupo; por um conhecimento
que foi adquirido através de milhares de vidas, nas quais Eles abriram
caminho desde o estágio mais baixo da vida e da evolução,
quase alcançando o ponto mais alto; por uma experiência que
se baseia no próprio tempo e em uma multiplicidade de reações
e de interações da personalidade; por uma coragem, que é
o resultado daquela experiência, e que, tendo sido produzida por eras
de esforço, de fracasso e de renovados esforços, e tendo levado,
finalmente, ao triunfo, pode, agora, ser posta a serviço da Humanidade;
por um propósito que é iluminado, inteligente e cooperativo,
ajustando-se ao grupo e ao plano hierárquico e, assim, adaptando-se
ao propósito do Logos Planetário; e, finalmente, distinguem-se
por um conhecimento do Poder do Som.
Sabedoria
= Inteligência
Aplicada + Amor
Discriminativo.
Os
Cinco Reinos da Natureza, no arco evolutivo, podem ser definidos da seguinte
maneira: Mineral, Vegetal, Animal, Humano e Espiritual.
Cada
ente-aí repete, em uma curva mais alta da Espiral, o trabalho dos
reinos inferiores.
Saber.
Querer. Ousar. Calar.
Em
geral, é assim: quando o ser-humano-aí-no-mundo comum fala,
os Irmãos Maiores da Humanidade estão em Silêncio; e
quando o ser-humano-aí-no-mundo comum silencia, os Irmãos
Maiores da Humanidade Falam.
Na
metade da Época Lemuriana, aproximadamente há dezoito milhões
de anos, um grande evento ocorreu, que levou, entre outras coisas, ao seguinte
processo: o Logos Planetário de nosso Plano Terrestre, um dos Sete
Espíritos Perante o Trono, encarnou [se
projetou] fisicamente e, sob a forma de Sanat Kumara –
o Ancião dos Dias, o Senhor do Mundo, a Juventude de Verões
Eternos, a Fonte da Vontade e Amor Perfeito e Inteligência –
desceu para este Planeta físico denso, e tem permanecido conosco
desde então. Devido à extrema pureza de Sua Natureza e ao
fato de que é (do ponto de vista humano) relativamente sem pecado,
e, portanto, incapaz de reagir a qualquer coisa do plano físico denso,
Ele não pode adotar um corpo físico denso como o nosso, e
tem de atuar por intermédio do Seu Corpo Etérico. Ele é
o maior de todos os Avatares ou Seres Que Virão, pois, é um
reflexo direto daquela Grande Entidade que vive, respira e age através
de todas as evoluções deste planeta, mantendo tudo dentro
de Sua Aura ou Esfera Eagnética de influência. N'Ele nós
vivemos, nos movemos e temos nossa existência, e nenhum de nós
pode ultrapassar o raio de Sua Aura. Ele é o Grande Sacrifício
que deixou a glória dos altos lugares e, para o bem da evolução
dos filhos dos seres-humanos-aí, tomou para Si uma forma física
etérea à semelhança do ser-humano-aí-no-mundo.
Ele é o Vigilante Silencioso no que concerne à nossa Humanidade
imediata, embora seja, literalmente, o Próprio Logos Planetário,
no plano superior de consciência no qual Ele atua, ou seja. é
o verdadeiro Vigilante Silencioso no que diz respeito ao esquema planetário.
Talvez, isto possa ser assim expresso: o Senhor do Mundo, o Iniciador Único,
ocupa a mesma posição, em relação ao Logos Planetário,
que a ocupada pela manifestação física de um Mestre
em relação à Mônada do Mestre, no plano monádico.
Em ambos os casos, o estado intermediário de consciência, aquele
do Eu Superior foi superado; e aquilo que vemos e conhecemos é a
manifestação direta, autocriada, do próprio espírito
puro. Daí o sacrifício. Deve-se aqui levar em conta que, no
caso de Sanat Kumara, há uma tremenda diferença em grau, pois
Seu ponto na evolução está tão avançado
em relação ao de um Adepto, como o deste em relação
ao do ser-humano-aí-no-mundo. Com o Ancião dos Dias veio um
grupo de outras Entidades altamente evoluídas, que representam Seu
próprio grupo cármico individual e aqueles Seres que manifestam
a natureza tríplice do Logos Planetário. Eles encarnam, por
assim dizer, as forças emanando dos centros da cabeça, do
coração e da garganta. Eles vieram com Sanat Kumara para formar
pontos focais de força planetária, para ajudar no grande plano
do desabrochar autoconsciente de toda a vida. Seus lugares têm sido
gradualmente preenchidos pelos filhos dos seres-humanos-aí, à
medida em que estes se qualificam para isto, embora, até recentemente,
isto tenha incluído bem poucos de nossa Humanidade terrestre imediata.
Aqueles que são agora o grupo interno ao redor do Senhor do Mundo
foram primariamente recrutados das fileiras dos que eram Iniciados na Cadeia
Lunar (o ciclo de evolução precedente ao nosso) ou que vieram
de outros esquemas planetários, em certos fluxos de energia solar,
astrologicamente determinados. Todavia, aqueles que têm triunfado
em nossa própria Humanidade estão rapidamente aumentando em
número e desempenham funções subalternas abaixo do
grupo esotérico central dos Seis que, com o Senhor do Mundo, forma
o Coração do Esforço Hierárquico; O resultado
de Seu advento foi estupendo, e seus efeitos estão sendo sentidos
ainda. Estes efeitos podem ser assim enumerados: o Logos Planetário,
em seu próprio plano, pode adotar um método mais direto na
produção dos resultados que desejava executar em Seu projeto.
Como é bem sabido, o esquema planetário, com seu globo denso
e os globos internos mais sutis é, para o Logos Planetário,
o que o corpo físico e seus corpos sutis são para o ser-humano-aí-no-mundo.
Portanto, como ilustração, pode-se dizer que a encarnação
de Sanat Kumara foi análoga ao firme domínio autoconsciente
que o Eu do ser-humano-aí-no-mundo assume sobre seus veículos,
quando o necessário estágio na evolução é
atingido. Tem sido dito que, na cabeça de cada ser-humano-aí-no-mundo,
há sete centros de força, ligados aos outros centros do corpo,
através dos quais a força do Eu se difunde e circula, assim
executando o plano. Sanat Kumara, com os seis outros Kumaras, mantém
posição similar. Estes sete seres centrais são como
os sete centros da cabeça, para o corpo físico. Eles são
os agentes diretores e os transmissores de energia, força, propósito
e vontade do Logos Planetário no Seu próprio plano. Este centro
da cabeça planetário atua diretamente através dos centros
do coração e da garganta e, por esse meio, controla todos
os centros remanescentes. Isto serve apenas como ilustração
e como uma tentativa para mostrar a relação da Hierarquia
com sua fonte planetária, e também a íntima analogia
entre os métodos de funcionamento de um Logos Planetário e
o de um ser-humano-aí-no-mundo, o microcosmo. O terceiro reino da
Natureza, o reino animal, atingira um grau de evolução relativamente
alto, e o homem-animal possuía a Terra; ele era um ser com um corpo
físico poderoso, um corpo astral ou corpo de sensação
e sentimento, coordenado, e um rudimentar germe de mente que poderia algum
dia formar um núcleo do corpo mental. Abandonado a si mesmo por longos
éons, o homem-animal teria finalmente progredido até passar
do reino animal para o humano, e se teria tornado uma entidade racional
funcionante, consciente de si própria, mas, quão lento o processo
teria sido pode ser evidenciado pelo estudo dos boxímanes da África
do Sul, dos vedas do Ceilão e dos cabeludos ainus, do Japão.
A decisão do Logos Planetário de adotar um veículo
físico, produziu um sentimento extraordinário no processo
evolutivo; por Sua encarnação [projeção]
e pelos métodos de distribuição de força que
empregou, Ele produziu, em um breve ciclo de tempo, o que de outra maneira
teria sido inconcebivelmente vagaroso. O germe da mente no homem-animal
foi estimulado. O homem-inferior quádruplo foi coordenado e estimulado,
e se tornou um receptáculo apropriado para a vinda das entidades
autoconscientes, aquelas tríadas espirituais (reflexos da Vontade
Espiritual, da Intuição ou Sabedoria e da Mente Superior),
que, por longas eras, esperaram justamente por tal precisa oportunidade.
O quarto reino ou humano veio então à existência, e
a unidade racional ou consciente-de-si-própria, o ser-humano-aí-no-mundo,
começou sua carreira.
Os
Sete da Manifestação Planetária —›
Sanat Kumara (projeção de um dos Logos Planetários)
+ Três Kumaras
ou Buddhas Esotéricos +
Três Kumaras ou Buddhas Exotéricos, cujo trabalho pode
ser resumido da seguinte forma: 1º) cada um destes Seres encarna um
dos seis tipos de energia, com o Senhor do Mundo como o sintetizador e o
incorporador do sétimo tipo perfeito, nosso tipo planetário;
2º) Cada um destes Seres se distingue por uma das seis cores, com o
Senhor do Mundo exibindo a completa cor planetária, estas seis sendo
suas subsidiárias; 3º) seu trabalho está relacionado
não somente com a distribuição de força, mas,
com a entrada, em nosso sistema, de egos vindos de outros sistemas planetários
e procurando experiência na Terra; 4º) cada um destes Seres está
em comunicação direta com um ou outro dos Planetas Sagrados;
5º) De acordo com as condições astrológicas e
de acordo com o girar da roda da vida planetária, um ou outro destes
Kumaras estará ativo. Os três Buddhas de Atividade variam periodicamente
e se tornam, por seu turno, exotéricos ou esotéricos, conforme,
seja o caso. Apenas o Rei Sanat Kumara permanece constante e vigilante.
Além destas Entidades principais, presidindo na Câmara do Conselho
em Shamballa, há um grupo de quatro Seres Que são os representantes,
no planeta, dos quatro Maharajas ou os quatro Senhores do Karma no Sistema
Solar, que estão especificamente relacionados com a evolução
do Reino na atualidade. Estes quatro estão associados com: a) a distribuição
do karma ou do destino humano, conforme ele afete os indivíduos e,
por meio dos indivíduos, os grupos; b) o cuidado e catalogação
dos Registros Acásicos. Eles estão encarregados da Sala dos
Registros ou da manutenção do livro, como se chama na Bíblia
Cristã, sendo conhecidos no mundo cristão como os anjos registradores;
c) a participação em conselhos solares. Somente Eles têm
o direito de, durante o ciclo mundial, passar além da periferia do
esquema planetário e participar em conselhos do Logos Solar. Assim,
Eles são literalmente mediadores planetários, representando
nosso Logos Planetário e tudo o que a Ele concerne no esquema maior
do qual Ele é apenas parte. Cooperando com estes Senhores do Karma,
estão grandes grupos de Iniciados e Devas, que se ocupam com o ajustamento
correto dos karmas mundial, racial, nacional, grupal e individual. Enfim,
são responsáveis, perante o Logos Planetário, pela
correta manipulação daquelas forças e daqueles agentes
construtores que conduzem os Egos certos nos diferentes raios, nos tempos
e nas estações corretos.
Outro
resultado do advento da Hierarquia foi um desenvolvimento semelhante, embora
menos reconhecido, em todos os reinos da Natureza. No reino mineral, por
exemplo, certos minerais ou elementos receberam um estímulo adicional
e se tornaram radioativos, e uma misteriosa mudança química
ocorreu no reino vegetal. Isto facilitou o processo de comunicação
entre os reinos vegetal e animal, da mesma maneira que a radioatividade
dos minerais é a ponte de ligação sobre o abismo entre
os reinos mineral e vegetal. No devido curso de tempo, os cientistas reconhecerão
que todos os reinos da Natureza ficam entrelaçados e interpenetrados
quando as unidades daqueles reinos se tornam radioativas. (A
animação abaixo mostra um tipo possível de radioatividade
natural –
– denominada
emissão alfa, desintegração alfa ou decaimento alfa,
que é uma forma de decaimento radioativo que ocorre quando um núcleo
atômico instável emite uma partícula alfa, transformando-se
em outro núcleo atômico, com número atômico duas
unidades menor e número de massa 4 unidades menor, como é
caso, por exemplo, do U–238, que, ao se desintegrar, se transforma
em Th–234 e emite uma partícula alfa ou núcleo
de hélio.)
92U238
—› 90Th234
+ 2He4
Já
o resultado da desintegração de um nêutron nuclear do
C–14 origina como produto da reação nuclear o átomo
de N–14,
com número atômico
uma unidade maior e mesmo número de massa,
e uma partícula beta ou elétron nuclear.
6C14
—› 7N14
+
Ao contrário
das radiações alfa e beta, que são constituídas
por partículas, a radiação gama (que só é
emitida pelos núcleos atômicos de isótopos radioativos)
é formada por ondas eletromagnéticas emitidas por núcleos
instáveis logo em seguida à emissão de uma partícula
alfa ou beta. Um exemplo bem conhecido é o do Co–60, que se
transforma em Ni–60, com manutenção do número
de massa e aumento de uma unidade no número atômico, e emissão
de partículas beta, neutrinos e radiação
gama.
27Co60
—› 28Ni60
+
+
neutrino
+ radiação gama
A
Sede Central da Hierarquia é Shamballa, localizada no centro do Deserto
de Gobi, chamada nos livros antigos a “Ilha Branca”. Ela existe
em matéria etérica, e quando a raça dos seres-humanos-aí,
na Terra, tiver desenvolvido a visão etérica, sua localização
será reconhecida e sua realidade admitida. [Considere
que esta obra foi escrita em 1922].
Vários
Mestres vivem em corpo físico nos Himalaias, em um lugar retirado
chamado Shigatse, longe dos caminhos dos seres-humanos-aí, mas, a
maior parte está espalhada por todo o mundo, vivendo em lugares diferentes,
nas diversas nações, desconhecidos, no entanto, formando,
cada um no Seu próprio lugar, um ponto focal de Energia do Senhor
do Mundo, e se tornando, em seu meio ambiente, um distribuidor do Amor e
Sabedoria da Divindade.
No
meio da Quarta Raça-raiz, a Atlante, três coisas foram decididas
na Câmara do Conselho do Senhor do Mundo: 1ª) fechar a porta
pela qual os homens-animais passavam para o reino humano, não permitindo,
por algum tempo, a mais nenhuma Mônada no Plano Superior se apropriar
de corpos físicos. Isto restringiu o número do quarto reino
ou humano ao seu limite de então; 2ª) abrir uma outra porta
e permitir aos membros da família humana que estivessem dispostos
a se submeter à disciplina necessária e fazer o estupendo
esforço requerido, entrar no Quinto Reino ou Espiritual. Desta forma,
as fileiras da Hierarquia poderiam ser preenchidas pelos membros da Humanidade
da Terra que se qualificassem. Esta Porta é chamada o Portal da Iniciação
e ainda está aberta, nos mesmos termos que foram estabelecidos pelo
Senhor do Mundo nos dias de Atlântida. A Porta entre os reinos animal
e humano será novamente aberta durante o seguinte grande ciclo ou
ronda; e 3ª) foi também decidido definir claramente a linha
de demarcação entre as duas forças: da matéria
e do Espírito. A dualidade inerente em toda manifestação
foi enfatizada, tendo como objetivo ensinar aos seres-humanos-aí
como se libertarem das limitações do quarto reino ou humano,
e assim passarem para o Quinto ou Espiritual. O problema do Bem e do mal,
da LLuz e das trevas e do Certo e do errado foi enunciado unicamente em
benefício da Humanidade e para permitir aos
seres-humanos-aí romperem os grilhões que aprisionavam
o Espírito, e assim atingir a Liberdade Espiritual. Este problema
não existe nem nos reinos abaixo do humano nem naqueles que o transcendem.
O ser-humano-aí-no-mundo tem de aprender, por meio da experiência
e da dor,11
o fato da dualidade de toda existência. Tendo assim aprendido, ele
escolhe aquilo que é relativo ao aspecto espiritual, totalmente consciente
da Divindade e aprende a se centralizar neste aspecto. Tendo assim atingido
a libertação, ele descobre que é uno, que Espírito
e matéria desenham uma Unidade, nada existindo exceto aquilo que
se encontra na Consciência do Logos Planetário e – em
círculos mais amplos – dentro da consciência do Logos
Solar. A Hierarquia aproveitou-se, assim, da dificuldade discriminativa
da mente, que é a qualidade distintiva da Humanidade, para que o
ser-humano-aí-no-mundo, através do equilíbrio dos pares
de opostos, alcance seu objetivo e encontre seu caminho de volta à
Fonte de onde veio. Esta decisão levou àquela grande luta
que caracterizou a civilização atlante, e que culminou na
destruição chamada o dilúvio, referida em todas as
Escrituras do mundo. As Forças da LLuz e das trevas foram postas
em ordem de batalha, umas contra as outras, e isto em auxílio da
Humanidade. A luta persiste ainda, e a Primeira Guerra Mundial [28
de julho de 1914 a 11 de novembro de 1918] foi uma sua recrudescência.
Em cada lado, naquela Guerra Mundial, dois grupos eram encontrados: os que
lutavam por um ideal, como eles o viam, até o máximo que conheciam,
e aqueles que lutavam por lucros materiais e egoístas. Na luta destes
influentes idealistas e materialistas, muitos foram os que, arrastados a
ela, lutaram cega e ignorantemente, sendo assim engolfados no Karma racial
e no desastre.12
Trabalhando
como membros da Hierarquia, estão numerosos seres, chamados anjos,
pelos cristãos, e devas, pelos orientais. Muitos deles passaram pelo
estágio humano muitas eras atrás, e trabalham agora nas fileiras
da Grande Evolução paralela à Humanidade, que se chama
Evolução Dévica.
Ao
lado de Shri Sankaracharya, Vyasa, Maomé, Jesus de Nazaré,
Krishna e tantos outros, incluindo aqueles de Iniciação mais
baixa, como Paulo de Tarso, Lutero e certas luzes notáveis da História
Européia, freqüentemente, encarnam na Terra agentes de destruição,
destruindo velhas formas de religião e de Governo, de maneira que
a vida dentro da forma rapidamente cristalizante possa se libertar e se
reconstruir como um veículo novo e melhor.13
Há
aproximadamente 100.000 anos, o Manu Vaivasvata [Manu
Satyavrata ou Manu Sraddhadeva], que tem Sua Morada nas Montanhas
Himalaias e a Quem estão confiados a Vontade e o Propósito
do Logos Planetário, é o Manu da Quinta Raça-raiz.14
Tudo
se move em ciclos ordenados e sob governo e Lei, embora dentro das limitações
kármicas.
Não
é assim...
Mas, digamos que seja mais ou menos assim.
A
energia que flui do Manu emana do Logos Planetário e se sumariza
em Sanat Kumara, que focaliza toda a energia planetária dentro de
Si-mesmo. Tudo isto é produzido através do Poder do Som emitido
e propagado.
O Cristo
– que é conhecido no Oriente como Bodhisattva e como Senhor
Maitreya, e é o mesmo esperado pelos devotos maometanos sob o nome
de Iman Madhi – vem presidindo os destinos da vida desde cerca de
600 a.C., e foi Quem esteve antes entre os homens e é novamente esperado.
É o Grande Senhor do Amor e da Compaixão, assim como seu predecessor,
o Buddha, foi o Senhor da Sabedoria.
Ao
Cristo estão confiados a direção dos destinos espirituais
dos homens e o desenvolvimento da percepção interna em cada
ser humano. Até hoje Ele continua a derramar suas bênçãos
sobre o mundo.
No
devido tempo, a forma será descartada, e o Espírito, então,
já liberto, retornará ao seu lugar de origem.15
O
Maha Chohan desempenhar Sua ação durante várias Raças-raízes.
Ele atingiu o Adeptado durante a cadeia lunar, e foi através de Sua
ação que um grande número dos seres humanos atuais
mais avançados vieram à encarnação na metade
da Raça-raiz Atlante. Seu trabalho se refere ao estímulo e
fortalecimento daquela relação entre Espírito e matéria,
entre Vida e forma, entre o Eu e o não-eu, que resulta no que chamamos
civilização.
Manu
Vaivasvata Vontade;Cristo
Amor; Maha Chohan Inteligência.
Mestre
Júpiter —›
Regente da Índia.
Mestre
Rakoczi —›
Regente da Europa e da América.
O
Mestre Jesus, o inspirador das Igrejas Cristãs, embora um Adepto
do Sexto Raio sob a direção do Maha Chohan, trabalha presentemente
sob a direção do Cristo, para o bem-estar da Cristandade.
Um
fato inabalável: aqueles que procuram com seriedade encontrarão
Aquilo que estão procurando e despertarão para a Compreensão.
Mas, tudo terá de ser determinado pelo ser-humano-aí-no-mundo
individual e pessoalmente. Cada ser-humano-aí-no-mundo terá
de se assegurar de tudo sozinho, e terá de descobrir as coisas nele
mesmo, lembrando-se sempre de que o Reino de Deus está dentro de
si. (Grifo meu).
Continua...
______
Notas:
1. Aceitar um dogma
– qualquer que seja o dogma – é abrir mão da liberdade
e do livre-arbítrio.
2. A
mudança é falsidade porque
só o que não é precisa mudar, ainda que nada possa
ser considerado como coisa definitiva. Então, o que se tem no Universo
é falsidade lutando ininterruptamente para se tornar Verdade. Cada
síntese (cada verdade relativa), oportunamente, haverá de
se tornar uma nova tese, que terá de enfrentar uma ulterior antítese,
para, evolutivamente, constituir uma síntese superior. E assim é,
e assim será, imprescritivelmente, ad
æternum e mais seis meses.
3. Todos devem ser auxiliados
e tudo pode e deve ser fraternalmente ensinado, mas, nem tudo pode e deve
ser transmitido integralmente. Entre ter informações sobre
uma coisa e saber como operá-la há uma distância muito
grande. Por exemplo: eu sei que existe o McDonnell Douglas F-15 Eagle, um
caça tático altamente manobrável, mas, não sei
pilotá-lo. Ora, pulo do gato é para gato, não para
rato. Eu nunca vi rato que saiba dar o pulo do gato. Quem daria uma metralhadora
ou uma granada à uma criança de berço para brincar?
Por isto, as Fraternidades Místico-Iniciáticas vão
retirando o véu muito lentamente, através de graus sucessivos,
para não cegar nem aleijar os iniciandos. Por isto também,
Jesus, publicamente, não disse tudo, tendo apesentado Sua Doutrina
Secreta apenas aos Seus Discípulos, ao longo dos anos, bem devagar.
E assim, desta forma, igualmente, os Nirmânâkâyas,
os Sambhogâkâyas
e os Dharmakâyas
conhecem e atuam em planos distintos (progressivamente mais elevados). Enfim,
tenhamos em mente que saber tudo de tudo implica e obriga à uma fusão
com a Consciência Cósmica. Quando um ente acaba por saber tudo
de tudo (seja relativamente a um ciclo, seja efetivamente a tudo do Todo),
ele morde a própria cauda, e tudo recomeça. Não há
fim definitivo para nada. A animação abaixo simboliza, mais
ou menos, este entendimento.
4. O que encontramos
exteriormente é o espelho daquilo que não conseguimos ver
interiormente, ou seja, o que está fora é o reflexo do que
está dentro. O que é verdadeiro no Macrocosmo é também
verdadeiro no microcosmo e vice-versa.
5. A Spira
Legis tem por base um livro inspirado – Neo Liber
Legis – que deu origem a valiosos trabalhos de cunho científico,
cultural e iniciático. Trata-se de uma estrutura coerente e lógica
que concentra profundos ensinamentos, encadeando-os harmoniosamente para
orientar o trabalho ascensional dos que buscam a Transcendência. A
cada Esfera correspondem: a) Uma Idéia ou um Conceito; b) Um tópico
do Neo Liber Legis; c) Um Planeta ou um Corpo Astral; d) Uma Cor;
e) Um Mantra ou uma Palavra de Força; f) Um Grau ou uma Função
Iniciática. Penetra-se na Spira
Legis para trabalhar para si e para seus semelhantes... Dentro
dos parâmetros da Lei do Amor...
Nota editada do texto
Spira Legis (A Cabala da Nova Era, para a Construção da
Nova Civilização), de autoria do Mestre Genelohim e disponibilizado
no endereço:
http://www.nitcult.com.br/sl.htm
6. Por isto, tenho dito
tantas e tantas vezes: só a Compreensão Libertará.
Ficar imitando e cutucando smartphones
e congenéricos não libertará ninguém.
7. O
Todo está em movimento, mas, é imóvel,
porque se move em-si-mesmo, não em alguma coisa.
8. Eu tenho dúvida
se há efetivamente um grande plano de evolução,
porque, para haver ou para que houvesse uma grande orquestração
evolucional, é necessário ou seria necessário que exista
ou que existisse consciência e finalidade no Universo, coisas que
ele, salvo melhor juízo, não tem nem possui. O contrário
deste raciocínio é o que faz pulular deuses e faz nascer religiões,
medos e esperanças, mandingas e promessas et cetera e tal
e coisa e loisa. Se o Universo tivesse consciência de si ou das coisas,
ele faria escolhas, coisa que ele não faz; se houvesse finalidade,
tudo tenderia teleológica e escatologicamente para um desenlace ou
fim, coisa que não existe, conforme já expliquei à
saciedade. Se, no frigir dos ovos, nós somos Iniciado + Iniciador
(com auxílios episódicos, psíquicos e físicos
– alterações conseqüentes e importantes no nosso
DNA), somos nós, e apenas nós, que construímos o caminho
que leva ao Caminho, que nunca teve começo nem jamais terá
fim. A harmonia, pessoal e coletiva, com o Teclado Universal não
é propriamente uma meta, mas, uma decorrência dos nossos esforços
e dos nossos méritos. Mas, duas coisas certamente não existem
e não ocorrerão no Universo: metas, fins ou objetivos últimos
guiando a Natureza e a Humanidade e fim dos tempos (fim catastrófico
do mundo). As catástrofes naturais cíclicas são simples
ajustes necessários para que um ponto mais concertado, sem um fim
em-si-mesmo, possa desabrochar. Dói? Sim, dói; mas, é
assim que é, porque somos ignorantes, e, de duas coisas, uma ou as
duas ocorrem consorciadas: 1ª) ou fabricamos as catástrofes;
2ª) ou não conseguimos prevê-las e delas nos livrar; e
3ª) ou, lamentavelmente, as duas coisas sucedem. Observe que, à
medida que a ignorância diminui, as dores também diminuem.
Então, enfim, porque se preocupar com as coisas? Então, porque
se importar com a Iniciação? Resumidamente, porque há
uma Harmonia-Sabedoria crescente – ShOPhIa
– progressiva e ilimitada que poderemos alcançar
ou conquistar, para melhorarmos a nós mesmos e para, categórica
e misericordiosamente, auxiliarmos todos os nossos irmãos, na Terra
e em todo o Universo. Seja como for, com um grande plano de evolução
ou sem ele, nada terá qualquer valor se as nossas ações
forem interesseiras e hipotéticas. O que não tem o menor cabimento
é ficar esperando um paraíso de delícias a nos esperar
porque fizemos o dever de casa e nos comportamos direitinho. A Lei é:
apre(e)nder para Servir. E, quanto mais proficientes nos tornarmos, melhor
Serviremos. Se uma meta há, esta é a meta; se um grande
plano há, este é o grande plano.
9. Tenhamos em mente
que serão necessárias muitas vidas para que todas estas Iniciações
possam acontecer, e poderá acontecer que em determinadas encarnações
nenhuma nova Iniciação suceda. O tempo? O que é o tempo?
E, em cada vida, o Adepto, para, por mérito, acrescentar mais uma
Iniciação, terá que repetir as Iniciações
anteriores. Humildade! Paciência! Trabalho! Mérito! O tempo?
O que é o tempo?
10. Mas, até
lá, todos nós precisaremos comer muito Phaseolus
vulgaris, para ficarmos bem fortinhos e fofinhos!
11. O aprendizado não
precisa acontecer obrigatoriamente
por meio da experiência e da dor; conforme já expliquei
em textos anteriores, há dois degraus superiores, seqüentes,
quais sejam: o degrau do Amor e o degrau da Compreensão.
12. Isto corrobora o
fato que venho afirmando, que, particularmente, as duas Grandes Guerras
Mundiais foram, nada mais nada menos, do que um necessário aprendizado-ajuste
kármico-purificativo-coletivo – aprendizado que parece que
não foi de todo aprendido. A Humanidade até parece meio que
mulher de malandro: apanha, apanha, gosta, gosta e não aprende, não
aprende! E esquece, esquece! E repete os erros, repetindo sem parar! Eu
só fico pensando em uma coisa: a louvável paciência
de Aqueles-Que-Podem. Qualquer um de nós, talvez, há muito
tempo, já teria desistido de ensinar à Humanidade o que quer
que seja ou o que quer que fosse! Bem, brincadeira à parte, a coisa
é mesmo como disse Alice Bailey: uma
rápida aceleração do processo evolutivo e um efeito
profundamente importante sobre o aspecto mental do homem já podem
ser vistos. Mas, a caminhada
é lenta, geralmente dolorosa e cheia de vai-e-vens.
Pelo menos, já não se faz mais empalação nem
se queima em fogueira! Entretanto, os Viktor Anatolyevich Bout (Dushanbe,
RSS Tadjique, 13 de janeiro de 1967) ainda estão por aí, querendo
ver o circo pegar fogo!
13. Se é assim
– e é, pelo Universo afora – indivíduos como,
por exemplo, Átila, o Flagelo de Deus (406 – 453), paradigma
da crueldade e da rapina, e Adolf Hitler (1889 – 1945), Mago Negro
fundador do Deutsches Reich (Reich Alemão), entre 1933 e
1943, e do Großdeutsches Reich (Grande Reich Alemão),
entre 1943 e 1945, nada mais foram do que agentes de mudança. Mas,
ai de aqueles que promovem mudanças pelo assassinato, pela dor e
pelo desespero! Todavia, nada acontece por acaso. Quando compreendermos
este fato, não mais odiaremos nossos detratores e ensinadores. De
maneira geral, só passamos por aquilo que, educativamente, necessitamos
passar. No fundo, os cruéis nada mais são do que Pedras Filosofais
que nos auxiliam a transmutar nosso sæcularis
plumbum. Muitos poderão ficar estupefatos e até
escandalizados com isto, mas, é assim que é, e continuará
sendo, até que não precise mais que seja desta forma. Por
outro lado, devemos compreender que organizações como a Al-Qaeda
(Frente Internacional pelo Jihad contra os Judeus e os Cruzados), o grupo
jihadista Estado Islâmico, a organização fundamentalista
islâmica Boko Haram, a organização revolucionária
Taliban, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia
– Exército do Povo, o Exército de Libertação
Nacional da Colômbia, a coligação de milícias
palestinas na Cisjordânia Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa,
a organização Euskadi Ta Askatasuna, o Hamas, as Forças
Populares 25 de Abril (FP-25), uma organização armada clandestina
de extrema-esquerda que operou em Portugal entre 1980 e 1987, o Exército
Islâmico de Adem-Abyan, o Exército Republicano Irlandês
(IRA), que pretendia separar a Irlanda do Norte do Reino Unido e se reanexar
à República da Irlanda, e que operou 1919 a 2005, o Lashkar-e-Taiba
(Exército de Deus, Exército dos Justos ou Exército
dos Puros), os Tigres de Liberação do Tamil Eelam, a Organização
dos Mujahidin do Povo Iraniano, que renunciou à violência em
junho de 2001, a Irmandade Muçulmana ou Fraternidade Muçulmana,
a Frente de Libertação da Palestina (FLP), o Sendero Luminoso,
o Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR8), fundado no Brasil
em 1966, a Ação Libertadora Nacional (ALN), que operou no
Brasil de 1968 a 1973/4, o Movimento Nacional Revolucionário (MNR),
que operou no Brasil entre 1966 e 1967, a Vanguarda Popular Revolucionária
(VPR), que operou no Brasil entre 1968 e 1973, a Ação Popular
(AP), que operou no Brasil entre 1962 e 1974, a Organização
Revolucionária Marxista-Política Operária (POLOP),
que operou no Brasil entre 1961 e 1968, por exemplo, são o resultado
de séculos de desencontros, de exploração ilícita
e destituída de ética, de dominação e de escravização,
de ganância arrogante dos poderosos contra a população
civil, de manipulação dos sentimentos, de falsificação
da realidade etc. Obviamente, sob nenhuma alegação, venha
de onde vier, eu subscrevo ou aprovo os métodos, as crueldades, as
matanças e as degolações destas organizações
terroristas ou revolucionárias, mas, não posso interpretar
o curso da História de forma diferente. Combatê-las com bombas
e canhões não resultará em nada que se possa classificar
como apropriado, adequado ou conveniente. Deveríamos pensar em trocar
a dita guerra ao terror por uma semeação de Fraternidade,
de Solidariedade e de Amor. Quando matamos os que matam, nos transformamos
igualmente em assassinos. A solução só poderá
advir e brotar de um diálogo concertado, categórico, desprevenido
e despretensioso entre todos os atores envolvidos. A única arma aceitável
neste diálogo é a saliva – muita saliva. Bombas? Canhões?
Jamais! Não há outro caminho. Mas, para que isto ocorra, teremos
– todos nós – que nos despir, no mínimo, das nossas
vaidades, dos nossos egoísmos e dos nossos preconceitos. Dia e noite,
eu trabalho para que isto aconteça, e desejo que assim seja.
Não
é assim...
Mas, digamos que seja mais ou menos assim.
14. Na Teosofia, os
Manus
são considerados os Pais da Humanidade. São um nome genérico
para os Pitris,
os Progenitores da Humanidade.
15. Mas, como norma,
em um ponto mais elevado da Spira
Legis.
Páginas
da Internet consultadas:
http://www.clker.com/
http://caccioppoli.com/
http://s15.photobucket.com/
http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81tila
http://en.wikipedia.org/wiki/Cobalt-60
http://pt.wikipedia.org/wiki/Carbono-14
http://pt.wikipedia.org/wiki/
Part%C3%ADcula_alfa
http://www.cyberphysics.co.uk/
topics/radioact/Radio/decay/decay.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/
Princ%C3%ADpio_da_equival%C3%AAncia
http://paxprofundis.org/livros/stagost/stagost.htm
http://paxprofundis.org/livros/antonio/vieira.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Leis_herm%C3
%A9ticas#Lei_da_Correspond.C3.AAncia
http://pt.wikipedia.org/wiki/
Lei_da_Correspond%C3%AAncia
http://www.curaeascensao.com.br/
Downloads/Alice_Bailey_Iniciao_Humana.pdf
Mantra de fundo:
Mantra Padmasambhava
Fonte:
http://www.mp3olimp.net/padmasambhava-guru-rinpoche-mantra/
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neste texto têm exclusivamente a finalidade de ilustrar e embelezar
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