Minha
esperança é que a descrição do Amor de Deus
na minha vida possa lhe dar a liberdade e a coragem para descobrir o Amor
de Deus na sua.
A
questão não é como posso conhecer Deus, mas, como posso
deixar que Deus me conheça. Finalmente, a questão não
é como vou amar a Deus, mas, como vou me deixar amar por Deus. Deus
anda longe, à minha procura, tratando de me encontrar e desejando
me levar para Casa.
Terei
menor tendência a negar meu sofrimento quando aprender que Deus o
usa para me moldar e me atrair para mais perto de Si. Deixarei de ver minhas
dores como interrupções dos meus planos e serei mais capaz
de vê-las como meios de Deus me fazer pronto a recebê-Lo. Deixarei
Cristo viver junto às minhas dores e perturbações.
O
grande desafio espiritual é descobrir, com o passar do tempo, que
o amor limitado, condicional e temporal que recebemos dos pais, cônjuges,
filhos, professores, colegas e amigos é um reflexo do amor ilimitado,
incondicional e eterno de Deus.
Você
se sente mais seguro se apegando a um triste passado do que confiando em
um novo futuro?
A
oração contemplativa aprofunda em nós o conhecimento
de que já somos livres, que já encontramos um lugar para habitar,
ainda que tudo e todos ao nosso redor digam o contrário.
Mantenha
seus olhos em Aquele que se recusa a transformar pedras em pão, que
não pula de uma grande altura e abdica de governar com grande poder
temporal. Mantenha seus olhos em Aquele que diz: Bem-aventurados
são os pobres, os mansos, os que choram e aqueles que têm fome
e sede de justiça; bem-aventurados são os misericordiosos,
os pacificadores e aqueles que são perseguidos por causa da justiça.
Mantenha seus olhos em Aquele que é pobre com os
pobres, fraco com os fracos e rejeitado com os rejeitados. Aquele que fez
estas coisas é a fonte de toda a paz.
Aqueles
que tentam evitar todo risco, aqueles que tentam garantir que seu coração
não seja quebrado, terminam em um inferno criado por eles mesmos.
Um
homem consegue manter sua sanidade mental e sobreviver, contanto que exista
pelo menos uma pessoa esperando por ele.
Confiança
é a convicção íntima de que o Pai me quer de
volta à Casa.
O
que nos torna humanos não é a mente, mas, o Coração,
não é a habilidade de pensar, mas, a capacidade de amar.
Os
pobres com quem convivi me revelaram os tesouros de uma espiritualidade
cristã que estivera escondida de mim em meu mundo abastado. Mesmo
tendo pouco ou nada, eles me ensinaram a verdadeira gratidão. Mesmo
lutando com desemprego, desnutrição e muitas doenças,
me ensinaram a alegria.
O
caminho para subir [reintegração]
é descer.
Minha
necessidade de ter amigos, afeição e aceitação
estão exatamente aqui para que todos possam ver. Jamais vivi tão
profundamente a verdadeira natureza do ministério pastoral: estar
com o próximo em compaixão. O Ministério de Jesus é
descrito na 'Carta aos Hebreus' como sendo de solidariedade com o sofrimento
humano. Chamar a mim mesmo de padre, hoje, me desafia radicalmente a abandonar
qualquer distância, todo e qualquer pequeno pedestal e toda e qualquer
posição de poder, e me desafia a associar minha própria
vulnerabilidade à daqueles com os quais vivo. E que alegria isso
traz! A alegria de pertencer, de fazer parte de algo, de não ser
diferente.
Almejamos
crescimento sem crise, cura sem dores, ressurreição sem cruz.
Não é de admirar que gostemos de assistir a desfiles militares
e de aplaudir heróis que retornam, operadores de milagres e recordistas.
Também não é de admirar que nossas comunidades pareçam
organizadas para manter o sofrimento à distância. As pessoas
são sepultadas de maneira a disfarçar a morte com eufemismos
e ornamentação rebuscada.[1]
Cristo
nos convida a permanecer em contato com os muitos sofrimentos de cada dia
e a experimentar o começo da esperança e da nova vida, justamente
aí onde vivemos, no meio das feridas, das dores, das falências.
Terei menor tendência a negar meu sofrimento, quando aprender que
Deus o usa para me moldar e me atrair para mais perto de si. Deixarei de
ver minhas dores como interrupções dos meus planos e serei
mais capaz de vê-las como meios de Deus me fazer pronto a recebê-Lo.
Deixarei Cristo viver junto às minhas dores e perturbações.
Assim
como Jesus, quem proclama a libertação é convidado
não só a cuidar dos próprios ferimentos e dos ferimentos
do outro, mas, também, a fazer de seus ferimentos uma fonte maior
do poder que cura.
Ninguém
pode esconder sua experiência de vida daqueles aos quais quer ajudar.
Defeitos
e fidelidade não suplantam um ao outro, mas, coexistem.
O
sofrimento é curador porque afasta a falsa ilusão de que integridade
pode ser dada de um ser para outro. É curador porque não extrai
a solidão e a dor do outro, mas, convida a reconhecer sua solidão
em um plano que possa ser partilhada. Muitas pessoas nesta vida sofrem porque
estão procurando ansiosamente pelo companheiro, pelo evento ou encontro
que as livrará da solidão. Mas, quando entram em uma casa
de real hospitalidade, percebem logo que seus próprios ferimentos
devem ser entendidos não como fontes de desespero e de amargura,
mas, como sinais de que têm que caminhar para frente, obedecendo aos
sons do chamado de seus próprios ferimentos.
A
Vida Espiritual não nos remove do mundo, mas, sim, leva a nos aprofundarmos
nele.
Alcançar
o topo, ficar sob as luzes, quebrar recordes – é isto que chama
a atenção, nos coloca na primeira página do jornal
e nos oferece as recompensas do dinheiro e da fama. O caminho de Jesus é
radicalmente diferente. Não é o caminho da mobilidade ascendente,
mas, o da mobilidade descendente. Está em ir para o fundo, ficar
nos bastidores e escolher o último lugar!
Paul
Brand era médico e missionário em uma colônia de leprosos.
Uma das muitas frases que ele nos deixou foi: ame
a sua dor. Ao nos explicar o significado desta frase, ele
se baseou em sua experiência como médico e como missionário.
Uma vez, ele nos disse que tínhamos uma imagem errada dos leprosos,
ao imaginá-los sempre sem os dedos ou até mesmo sem o nariz.
Na verdade, chegamos à conclusão errônea de que estas
mutilações são conseqüência da lepra (Hanseníase
ou Doença de Hansen) em si. O que ocorre é que os leprosos
perdem a sensibilidade. É o que a Doença de Hansen realmente
causa: ela faz que as pessoas não sintam dor. Elas podem tocar um
fogão ou uma panela sem se dar conta que eles estão queimando
de quente, até que um dedo caia. Ou coçar o nariz até
que ele se infeccione e acabe caindo. Agora fica muito claro o que o Dr.
Brand quis dizer ao nos aconselhar a amar a nossa dor. Todo tipo de dor
nada mais é do que uma espécie de conselheiro, que nos diz
algo sobre nós mesmos. Ela pode ser física, emocional ou mesmo
espiritual. Podemos estar doentes, experimentar uma série de sentimentos
ou nossas vidas podem estar sem rumo. O Dr. Brand costumava dizer que devíamos
amar nossa dor, e parte deste amor se manifestaria na possibilidade de podermos
investigar as suas origens. Do mesmo modo que ocorre com uma pérola
de grande valor, podemos descobrir alguma coisa sobre nós mesmos.
Mas, que tipo de coisa poderíamos descobrir a nosso respeito? Isto
é uma decisão que varia de pessoa para pessoa. Um outro médico,
Dr. David D. Burns, escreveu um livro sobre as diferentes origens do desconforto
psicológico. O título do livro é 'Sentindo-se Bem:
A Nova Terapia do Humor.' Neste livro, o Dr. Burns, que é professor
de Psiquiatria, discute as possíveis causas do desconforto psicológico.
É um livro que vale a pena ler. Como vocês devem ter notado,
acredito que noventa e cinco por cento do sofrimento humano é desnecessário
e, em grande medida, de origem neurótica. Quando uma pessoa querida
morre, nunca mais veremos esta pessoa novamente. Isto sim é que é
sofrimento. Mas, sempre podemos fazer algo para minorar nosso complexo de
culpa, nossa ansiedade em relação ao futuro ou nosso complexo
de inferioridade, e é isto o que sempre deveríamos fazer.
Como diria o Dr. Brand, devemos amar a nossa dor e investigar as suas causas,
onde quer que elas estejam. Quanto mais nos deixarmos abater pela dor, menor
será a nossa capacidade de amar e de cuidar do próximo.
A
verdade está sempre na forca, e a mentira, no trono.
Sempre
que houver perdas, haverá opções. Você pode escolher
viver suas perdas com raiva, culpa, ódio, depressão e ressentimento,
ou você pode optar por usá-las para crescer um pouco mais.
Quando
entendermos que não devemos fugir dos nossos problemas e das nossas
dores, mas, que devemos nos mobilizar na busca de soluções,
essas dores serão transformadas em expressões de esperança.
A
oração hesicástica, que leva ao descanso em que a alma
habita com Deus, é a Oração do Coração.
Para nós que damos tanta importância à mente, aprender
a rezar com o Coração tem importância especial.
Os Padres do Deserto[2]
nos mostraram o caminho. Embora não exponham nenhuma teoria sobre
a oração, suas narrativas e seus conselhos concretos apresentam
as pedras com as quais os autores espirituais ortodoxos mais tardios construíram
uma espiritualidade magnífica. Os autores espirituais do monte Sinai,
do monte Atos e os startsi da Rússia oitocentista se apóiam
todos na tradição do deserto. Encontramos a melhor formulação
da Oração do Coração nas palavras do místico
russo Teófano, o Recluso: Rezar
é descer com a mente ao Coração e ali ficar diante
da face do Senhor, onipresente, onividente dentro de nós.
No decorrer dos séculos, esta perspectiva da oração
tem sido central no hesicasmo. Rezar é ficar na presença de
Deus com a mente no Coração, isto é, naquele ponto
de nossa existência em que não há divisões nem
distinções e onde somos totalmente um. Ali habita o Espírito
de Deus e ali acontece o grande encontro. Ali, Coração fala
a Coração, porque ali ficamos diante da Face do Senhor, onividente,
dentro de nós. A Oração do Coração dirige-se
a Deus a partir do centro da pessoa e, assim, afeta toda a nossa compaixão.
O
lugar da LLuz, o lugar da Verdade, o lugar do Amor é onde quero estar,
embora eu tenha muito medo de chegar a atingi-lo. É o lugar onde
receberei tudo o que desejo, tudo o que sempre esperei, tudo aquilo de que
vou ter necessidade. Mas, é também o lugar onde tenho de largar
tudo o que quero reter. É o lugar que me confronta com o fato de
que aceitar de verdade o amor, o perdão e a cura é freqüentemente
muito mais duro do que concedê-los. É o lugar para além
daquilo que cada um, por si mesmo, pode obter ou merecer, das recompensas
que possa merecer. É o lugar da rendição e da total
confiança.[3]
Sou
chamado a entrar no santuário bem dentro do meu próprio ser
onde Deus escolheu fazer Sua morada.
Ter
coragem é escutar o Coração, falar com o Coração
e agir com o Coração.
A
confrontação só é frutífera
no amor.
É
tão importante é viver bem como recordar bem o que foi vivido.
A
ausência e a presença se tocam.
Não
quero me queixar deste mundo passageiro, mas, me centrar no eterno que brilha
em meio ao temporal.
Não
podemos proceder passivamente à espera que alguém apareça
para nos oferecer sua amizade. Como pessoas que acreditam no amor de Deus,
temos de ter a coragem e a confiança de dizer a alguém, através
do qual o amor de Deus se torna visível para nós: 'gostaria
de conhecê-lo', 'gostaria de passar algum tempo com você', 'gostaria
de ser seu amigo.' O que você acha?
O
líder cristão do futuro será chamado a estar neste
mundo sem ter nada a oferecer, a não ser a sua própria pessoa
vulnerável.
A
primeira tentação de Jesus era para ser relevante: transformar
pedras em pão. Oh!, quantas vezes desejei ter este poder ao caminhar
pelo arredores de Lima, no Peru, onde crianças morrem de fome e por
causa da água contaminada! Eu não seria capaz de rejeitar
esse dom mágico de transformar as ruas de pedras empoeiradas em lugares
onde as pessoas pudessem pegar uma pedra e descobrir que era um pãozinho.
A
segunda tentação à qual Jesus foi exposto foi precisamente
a tentação de fazer algo espetacular, algo que pudesse Lhe
render grandes aplausos. Atira-te
do pináculo do templo e deixa que os anjos te segurem e te carreguem
em seus braços. Mas Jesus se recusou a ser um super-homem.
Ele não veio para se mostrar. Ele não veio para caminhar sobre
brasas incandescentes, para engolir fogo ou para colocar a Sua mão
na boca do leão para demonstrar o grande valor do que tinha a dizer.
Quando
você olha a igreja de hoje, é fácil ver o predomínio
do individualismo entre ministros e líderes. Pode-se
dizer que a maioria de nós se sente como um trapezista fracassado,
que não tinha poder para atrair multidões, que não
conseguia promover muitas conversões, não tinha o talento
para criar belos programas, que não era tão popular entre
os jovens, os adultos ou os idosos como esperava, e que não era tão
capaz de atender às necessidades do povo como queria. Ao
mesmo tempo, a maioria sente que deveria ter sido capaz de fazer tudo isto,
e de fazê-lo com sucesso. A ambição de ser uma estrela
ou herói individual, que é tão comum na nossa sociedade
competitiva, também não é um sentimento estranho na
igreja. Lá também a imagem dominante é aquela do homem
ou mulher que conseguiu o sucesso sem a ajuda de ninguém ou daquele
que pode fazer tudo sozinho.
Todos
sabem qual foi a terceira tentação de Jesus. Foi a tentação
do poder. O diabo disse a Jesus: Eu
te darei todos os reinos deste mundo e a sua glória.
Uma das maiores ironias da história do Cristianismo é que
os seus líderes constantemente caíram ante a tentação
do poder – poder político, poder militar, poder econômico,
poder moral e poder espiritual – muito embora continuassem a falar
no nome de Jesus, que não se apegou ao Seu Poder Divino, mas Se esvaziou
a Si-mesmo e Se tornou como um de nós. A tentação de
considerar o poder um instrumento apto para a proclamação
do Evangelho é a maior de todas. Estamos sempre ouvindo de outros,
e dizendo a nós mesmos, que ter poder (desde que o usemos no serviço
de Deus e em favor dos seres humanos) é uma boa coisa. Mas, era com
este raciocínio que cruzadas foram realizadas, inquisições
foram instituídas,índios foram escravizados, posições
de grande influência foram cobiçadas, palácios episcopais,
catedrais esplêndidas e opulentos seminários foram construídos
e muita manipulação de consciência foi usada. Toda vez
que vemos uma grande crise na história da igreja, notamos que a maior
causa da divisão é sempre o poder exercido por aqueles que
dizem ser seguidores do pobre e despojado Jesus. O que torna a tentação
do poder aparentemente tão irresistível? Talvez, porque o
poder ofereça um fácil substituto para a difícil tarefa
de amar. Parece mais fácil ser Deus do que amar a Deus, mais fácil
controlar as pessoas do que amá-las, mais fácil ser dono da
vida do que amar a vida.[4]
É
mais fácil voltar para a estrada quando se está no acostamento
do que quando já se atravessou todo o caminho de um brejo.
'Onde
a morte é declarada, a esperança encontra as suas raízes.'
(Epitáfio em uma cruz de madeira sem adornos na Irlanda do Norte,
apud Henri Nouwen).
Assim
como só chegaremos a conhecer o nosso verdadeiro Eu nos deixando
conhecer em Cristo e através Dele, também só poderemos
chegar a conhecer os verdadeiros acontecimentos do nosso tempo no Cristo
e através Dele. A nossa verdadeira história se revela mediante
a história de Cristo.
A
distinção entre a esfera privada e a pública da vida
é falsa, e tem originado muitos dos problemas com que nos debatemos
atualmente. Na vida cristã, a distinção entre uma vida
privada (só para mim) e uma vida pública (para os outros)
não existe.
A
propósito da castidade: Para um cristão, mesmo
as fantasias, os pensamentos, as emoções e os atos mais íntimos
são um serviço ou um prejuízo para a comunidade.
A
fortaleza mental e espiritual de uma comunidade depende, em grande medida,
da maneira como os seus membros vivem as suas vidas mais íntimas
como um serviço aos seres humanos.
O
amigo que consegue ficar em silêncio conosco em um momento de confusão
ou de desespero, que pode ficar conosco em horas de lamento e de luto, que
consegue tolerar o fato de não saber...não curar...não
sarar... esse é o amigo que se importa.
O
Silêncio é a morada da Palavra...
Ao
entrar no mundo, somos aquilo que nos é dado e, durante muitos anos
depois disso, pais e avós, irmãos e irmãs, amigos e
amantes continuam nos dando – alguns mais, alguns menos, alguns hesitantemente,
alguns generosamente. Quando podemos finalmente nos firmar em nossos próprios
pés, pronunciar as nossas próprias palavras e expressar o
nosso próprio ser singular no trabalho e no amor, percebemos o quanto
nos é dado. Mas, ao mesmo tempo em que atingimos o auge do nosso
ciclo e dizemos com uma grande sensação de autoconfiança
eu realmente sou,
sentimos que para preencher nossa vida, somos agora solicitados a nos tornar,
nós mesmos, pais e avós, irmãos e irmãs, amigos
e amantes e dar aos outros para que, quando deixarmos este mundo, possamos
ser aquilo que demos.
Perdão:
amor praticado entre pessoas que amam defeituosamente.
Digo
com freqüência: — Eu perdôo você. Mas, mesmo
quando digo estas palavras, meu Coração continua zangado ou
ressentido. Ainda quero ouvir a história que me diz que eu estava
certo, afinal de contas; ainda quero ouvir pedidos de desculpas e justificativas;
ainda quero ter a satisfação de receber algum louvor em troca
— pelo menos o louvor de ser tão perdoador! O
perdão de Deus, contudo, é incondicional; ele vem de um Coração
que não exige nada para Si-mesmo, um Coração que está
completamente vazio de interesses próprios. É o Perdão
Divino que tenho de praticar em minha vida diária. Ele me convoca
para continuar passando por cima de todos os meus argumentos que dizem que
o perdão é loucura, doentio e impraticável. Ele me
desafia a passar por cima de toda a minha necessidade de gratidão
e de elogios. Finalmente, ele exige de mim que eu passe por cima daquela
parte ferida do meu Coração, que se sente machucada e maltratada
e que deseja ficar no controle e colocar algumas coisas entre mim e a pessoa
a qual sou solicitado a perdoar.
Não
é fácil dar a nossa agenda para Deus, mas, quanto mais o fizermos,
tanto mais o 'tempo do relógio' irá se transformar no 'Tempo
de Deus' e o 'Tempo de Deus' é sempre a plenitude do tempo.
Auto-rejeição
é a maior inimiga da vida espiritual.
Orar
é entrar em comunhão com Deus, que nos moldou no útero
de nossa mãe com amor, e apenas com amor. Lá, no primeiro
amor, está nosso verdadeiro Eu, que não é feito das
rejeições e aceitações daqueles com quem vivemos,
mas, que está solidamente enraizado em Aquele que nos chamou à
existência. Na Casa de Deus fomos criados. A esta Casa somos chamados
de volta. A oração é o ato do retorno.
Sem
o Silêncio a Palavra perde o sentido.
Em
sua insuficiência, os deficientes mentais revelam Deus a nós
e nos mantêm perto do evangelho.
Grande
parte da violência é baseada na ilusão de que a vida
é um bem a ser defendido e não para ser compartilhado.
O
movimento evangélico se tornou um pouco vítima
de uma cultura orientada para o sucesso, desejando que a igreja –
como as corporações – seja bem-sucedida.
O
Cælibatus
O
cælibatus
é um horror,
pois,
só gera fome + dor.
Assim
sendo, é maladia
–
dia e noite, noite e dia.
O
cælibatus é
desconceito
com Deus
em nosso peito.
Mais
do que uma desunião,
O
cælibatus
é retardante,
enquanto
durar o durante.
Calor,
desejo e pesadelos
da grilhagem
são os elos.
Não
há lecitina de soja
que possa
limpar a lamoja
de uma
carcaça
celibatária
–
que tem fuça de calvária.
São
Pedro,
não fique brabo!
Não
me passe escalda-rabo
quando
eu, um dia, aí pintar.
Tenho
obrigação de solidar.
Mas,
cælibatus,
nem pensar;
Você
sabe melhor do que eu
que o
cælibatus
encalacra o Eu.
Nado
de engendros financeiros,
converte
os seres em feiticeiros
a serviço
da Grande Loja Negra
–
que se descomede e desregra.
de u'a
Santa Iniciação é natus.
Só
pela Androginia[5]
realizada
será
desanuviada a Estrada.
Aprendi
isto com o Silêncio!