(Depoimento: Androginia Mística)

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

Música de fundo: Concierto de Aranjuez

Fonte: http://www.guitar-lute.narod.ru/cd.htm

 

 

 

Nossa natureza, outrora, não era a mesma que a de agora; mas diferente. Em primeiro lugar, três eram os gêneros da Humanidade, não dois como agora, o masculino e o feminino, mas também havia um terceiro, comum a estes dois, do qual resta agora um nome, desaparecida a coisa; andrógino era então um gênero distinto, tanto na forma como no nome comum aos dois, ao masculino e ao feminino, enquanto, agora, nada mais é do que um nome posto em desonra. O masculino, de início, era descendente do Sol; o feminino, da Terra; e o que tinha de ambos, era da Lua, pois também a Lua tem de ambos.

 

O Banquete, Platão

 

 

 


S
ei que sou cosmicamente andrógino.
Sei que tudo e todos são andróginos.
Mas, esta saudosa Androginia
não pode se manifestar agora,
conforme aconteceu outrora.
Daí, essa casual agonia,
que sinto nos endógenos
– porque sou e não sou andrógino.

 

Aurora Consurgens

Aurora Consurgens

 

Rosarium Philosophorum

Rosarium Philosophorum

 

Splendor Solis

Splendor Solis

 

O Andrógino

O Andrógino (Liber Trinitatis, Munique)

 

ÚLTIMO ESTÁGIO DA GRANDE OBRA: O REI é reunido no FOGO e pelo FOGO à sua abençoada Rainha.

O INICIADO torna-se, assim, um SER PERFEITO.

O ANDRÓGINO DIVINO.

 


    Meu nome é Rodolfo Domenico Pizzinga. Reencarnei, nesta atual vida, em uma sexta-feira no dia 5 de julho de 1946. Portanto, tenho cinqüenta e sete anos. Sou filho de mãe portuguesa e de pai italiano, mas nasci e fui criado na Cidade Maravilhosa do Rio de Janeiro. Não tenho irmãos e vivi uma vida miserável e quase inconseqüente até os vinte e três anos incompletos. Quando afirmo que foi miserável e quase inconseqüente, quero me referir ao esquecimento cármico-espontâneo e à anestesia moral em relação à organicidade, inviolabilidade e irredutibilidade das Leis Cósmicas. Enfim, não reconhecia quem eu era realmente, nem qual era, efetivamente, o propósito da Vida, da Necessidade e da Reciprocidade Universais. As coisas começaram a mudar radicalmente quando tive o privilégio e a honra de ser aceito como membro da Ordem Rosacruz - AMORC no primeiro quartel de 1969. Naquela oportunidade, era Grande Mestre da Fraternidade Soror Maria A. Moura, mulher intimorata e de fibra inexcedíveis, a quem tive o prazer de conhecer pessoalmente em sua própria residência, em Curitiba, acompanhado do então, também já falecido, Grande Conselheiro Oscar Olavo do Nascimento. Devo registrar, com saudade, que era IMPERATOR da AMORC o Frater Ralph Maxwell Lewis (Sâr Validivar). Com saudade, repito, porque tenho motivos pessoais para sentir desta forma, mas que devo me escusar de revelar. Peço perdão por ter que manter inviolável nosso segredo. (A palavra SÂR significa Senhor Transterrenal. Tem também outro significado e, conseqüentemente, mais esotérico: FILHO DE RA — SÂ para FILHO e R para o RA).

    Esta história que resolvi contar é absolutamente verdadeira. Entretanto, estará vinculada diretamente à AMORC? É possível. De qualquer sorte, sucedeu há mais ou menos trinta e três anos. Já faz, portanto, muito tempo! O fato que passarei a relatar aconteceu realmente comigo sem que eu o provocasse sob qualquer aspecto, até porque, antes do acontecimento, eu nem sequer havia cogitado de que um fenômeno semelhante pudesse existir ou mesmo ocorrer voluntária ou involuntariamente com um ser humano. Todavia, só fui compreendê-lo (mais ou menos) alguns anos depois. Presentemente, acredito possuir um entendimento mais concertado sobre este assunto, todavia, ainda incompleto em suas repercussões e seus propósitos cósmicos. Sob muitos aspectos continuo um neófito. Um bem-intencionado neófito; mas um neófito.

    Preliminarmente, para que este texto possa ser apreciado em sua integralidade (se isto for possível!), eu acredito que seja necessário que não se faça qualquer aprioridade comparativa ou aproximação preconceituosa com o hermafroditismo ou com qualquer tipo de escolha ou de preferência sexual. A aventura inusitada da qual tive o privilégio de vivenciar é, concomitantemente, esotérica, mística e iniciática. Independe, portanto, de hostilidades ou de conceitos preestabelecidos que alguém possa agasalhar relativamente a esta ou aquela religião, a este ou aquele comportamento, a esta ou aquela afecção, seja física ou psíquica, a isto ou aquilo que... seja, enfim, lá o que for. A ANDROGINIA MÍSTICA não pode ser, em verdade, compreendida (devo admitir, s.m.j.) adequadamente no plano das realidades espaço-temporais, pois este é o plano da divisão (fictícia) e das multiplicidades (aparentes).

    Então, uma breve explicação do pensamento platônico e espinozeano, associada à uma rápida visita às reflexões arqueométricas de Saint Yves D'Alveydre, faz-se necessária, pois ajudará na compreensão do que se seguirá. Os setores ou divisões do mundo inteligível (noeta), respectivamente dianoia (entendimento ou razão discursiva) e noesis (inteligência ou razão intuitiva), não estão, geralmente, completamente apetrechados para discernir, indutiva ou dedutivamente, acontecimentos e experiências que possam se passar para além de suas faculdades específicas de raciocinar, ainda que, inexoravelmente, as projeções e as assunções da consciência e os êxtases místicos tenham que ser (quando são!) decodificados, compreendidos e realizados no nível científico (dianoia) ou no setor filosófico (noesis). Limitando esta especulação tão-só ao plano filosófico (noesis), este, por sua vez, a meu juízo, subdivide-se — sob uma ótica simplista, mas didática — em inferior e superior. (Platão, em A República não subdividiu este setor). O mais baixo, ainda que se examine o problema restritamente à dimensão metafísica, é aquele que se circunscreve ao conjunto de especulações teoréticas que compartilham com as religiões a busca das verdades primeiras e incondicionadas, tais como as relativas à natureza de Deus, da Alma e do Universo, divergindo, entretanto, da primeira das três virtudes teologais — a fé — por utilizar procedimentos argumentativos, lógicos e dedutivos. O nível freqüencialmente mais elevado (superior) dos entes encarnados tem uma conexão permanente (mas inconsciente, na maioria das vezes) com as Potências DAQUILO que tradicionalmente estes mesmos entes entendem e chamam de D'US ou decodificam comum e comunitariamente como Natureza Naturante, mas diferentemente do sentido emprestado por Espinosa a este conceito (Natura Naturans, segundo Espinosa, é AQUILO que existe em si e é concebido por si... atributos da SUBSTÂNCIA que exprimem uma ESSÊNCIA ETERNA e ILIMITADA... enquanto considerado como CAUSA LIVRE), e que atuam — as Potências — nos limites da Natureza Naturada (Natura Naturata, para Espinosa, ...é tudo aquilo que existe em DEUS e não pode existir nem ser concebido sem DEUS) indiretamente pelo e no, mas com o VERBUM. Em a Natureza não há, portanto, contingência: TUDO, SEM EXCEÇÃO, é determinado pela NECESSIDADE inerente à DIVINDADE, incluindo nesse TODO QUE É UM, tanto a Natura Naturans quanto a Natura Naturata. O micróbio e o mais excelso ente que se possam conceber, são ambos oriundos da NECESSIDADE CÓSMICA — são e estão em D'EUS. Portanto... Este nível ou oitava — o nível freqüencialmente mais elevado (superior) dos entes encarnados — é regido, no atual momento do humano desabrochar, segundo a Arqueometria Tradicional e Gnóstica, pela Letra Planetária de Jesus Sh (300) e pelas Letras Zodiacais O (6), Y (10) e Ph (80). É o nível ou plano vibratório em que há possibilidade real de que sejam, parcelar, ascensional e assintoticamente, alcançados e realizados fragmentos da Verdadeira e Permanentemente Atual SABEDORIA, ou seja, a SABEDORIA CÓSMICA OU DIVINA. Esta SABEDORIA não é sophia, mas ShOPhYa. Costumo denominar este Intervalo Freqüencial Ilimitado de NÍVEL, SETOR OU PLANO TRANSNOÉTICO (ou TRANSRACIONAL). Assim, a chamada inconsciência é diretamente proporcional à preguiça, à desarmonia e à ignorância que cada um de nós possui (e que mantém e que, muitas vezes, gosta de administrar). Por conseguinte, cada ser é dela intransferivelmente o único responsável. Nada, absolutamente nada, acontece a um ente que não seja de sua exclusiva responsabilização. No Universo e, por via de conseqüência, nas vidas pessoais e coletivas não existem fortuitidades. Para aqueles que irão ler este ensaio, advirto: uma parte do trabalho a ser realizado em cada encarnação (enquanto tiver que durar esta roda) deve se constituir em transmutar inconsciência em CONSCIÊNCIA CONSCIENTE. Este esforço meritório, que deverá estar sempre ancorado exclusivamente em IMPERATIVOS CATEGÓRICOS, proporcionará privilégios indescritíveis que, em realidade, são atributos e propriedades características e inerentes a todos os seres. Sem exceção. Navegar... Peregrinar...

    Então, e por isso, ShOPhYa = SheMAH-IM, porque ambos os conceitos estão vinculados entre si e amalgamados ao NÚMERO DA SABEDORIA DIVINA, isto é: (300 + 6 + 80 + 10) (300 + 40 + 1 + 5 + 10 + 40) = 396. Se este entendimento estiver correto, então, os Iniciados de todos os tempos, e particularmente os Rosacruzes, foram e são buscadores diligentes e amantes incansáveis da INDESBOTÁVEL ShOPhYa. Suas especulações e diretrizes sempre se balizaram, preferentemente, no sentido da compreensão da FILOShOPhYa — a SABEDORIA DE D'EUS em todos nós. A Sabedoria Imóvel-movente que jamais se fixa. Para abrir a Primeira Porta da ShOPhYa a mente do ser não pode se fixar... pois, quando a mente se fixa em algo, faz juízos e é agitada por múltiplos pensamentos. Afastados os juízos, cessam os movimentos. A mente, então, agora, nesta nova dimensão, torna-se movente-não-movente, mas, em verdade, permanece imóvel. É um instante incomparável, portanto, único, de usufruição do conhecimento interior transracional-imediato e trans-intuitivo de UNIDADE.

    Vou, da melhor forma possível, tentar relatar minha aventura, sabendo, contudo, que um entendimento genuíno só poderá surgir como conseqüência direta e intransferível de uma experiência pessoal deste mágico fenômeno (no sentido místico, portanto não-teúrgico e não-teológico), ao mesmo tempo extraordinário e maravilhoso, quanto indescritível e indemonstrável. Em outras palavras: cada um terá que, quando o momento for apropriado, viver individualmente a experiência pela qual eu tive o privilégio de passar, para poder compreendê-la pessoalmente. A emoção da coisa não pode ser transmitida por simples palavras, por melhor que seja o empenho de quem a está descrevendo, seja oralmente, seja por escrito, como é o caso deste mal arrumado rascunho.

    Antes, porém, sinto-me na obrigação de acrescentar algumas considerações preliminares e facilmente absorvíveis. O Dicionário Eletrônico Houaiss da Língua Portuguesa dedica um verbete ao vocábulo hermafroditismo, que reproduzo abaixo a título apenas de esclarecimento ou de recordação:

substantivo masculino

1 Rubrica: biologia. presença dos dois sexos e/ou de caracteres secundários dos dois sexos num mesmo indivíduo; androginia, androginismo, girandria, girandrismo.

1.1 Rubrica: medicina.
afecção congênita rara, caracterizada pela presença, em um mesmo indivíduo, de tecido ovariano e tecido testicular; tb. chamado de hermafroditismo verdadeiro.

1.2 Rubrica: morfologia botânica.
concomitância de androceu e gineceu em uma flor. ETIM hermafrodita + -ismo; ver herm(o)-

    Observa-se que o vocábulo androginia é utilizado no item 1 do verbete como sinônimo de hermafroditismo. Obviamente, a ANDROGINIA MÍSTICA — quando se manifesta ou é manifestada em oitavas altíssimas do TECLADO UNIVERSAL OU CÓSMICO — contém em si peculiaridades específicas que são regidas por LEIS que diferem daqueloutra afecção congênita rara. Não há uma rubrica mística, esotérica ou iniciática no aludido Dicionário!

    A segunda consideração que devo fazer, é que eu nem ao menos conhecia, na época do insólito acontecimento, a palavra androginia, muito menos seu significado místico-esotérico. Quando estudei Biologia, ou o tema não foi ventilado ou, se foi, não o registrei com a importância que pudesse me induzir a qualquer experiência místico-iniciática.

    Terceiro: não sou esquizofrênico, não sofro de transtorno bipolar e não sou (como não era na época do acontecimento) portador de qualquer patologia endógena de natureza psicótica desintegradora da personalidade que pudesse, por vias transversais ou mórbidas, dar origem a uma experiência desta natureza. Também nunca fui dependente de qualquer tipo de alcalóide ou álcool. Eventuais – se possíveis – episódios similares oriundos de transtornos ou distúrbios mentais, em nada podem se assemelhar à constatação pessoal, mística e iniciática da Lei da Androginia Mística e Universal. Recorrendo novamente ao Houaiss, o verbete esquizofrenia informa:

s.f. (sXX) PSIQ termo geral que designa um conjunto de psicoses endógenas cujos sintomas fundamentais apontam a existência de uma dissociação da ação e do pensamento, expressa em uma sintomatologia variada, como delírios persecutórios, alucinações, esp. auditivas, labilidade afetiva etc. • e. catatônica PSIQ a que se acompanha de problemas psicomotores marcados, associados a sintomas como imobilidade motora ou atividade motora intensa, negativismo, mutismo, ecolalia e/ou ecopraxia e. hebefrênica PSIQ m.q. hebefrenia e. paranóide PSIQ a que se acompanha de sintomas de delírio de grandeza ou de persecução e alucinações, sem perturbações duradouras da afetividade nem das funções intelectivas ETIM esquiz(o)- + -frenia, prov. por infl. do fr. schizophrénie (1911) 'id.'; cp. ing. schizophrenia (1912) 'id.'


    Do Website abaixo, acessado em 8/1/2004, recortei e reproduzo alguns conceitos atuais do que é entendido, no âmbito da medicina, por transtorno bipolar:

http://www.angelfire.com/ak3/transtornosdohumor/oquee.html

 

a) O transtorno bipolar do humor se caracteriza pela alternância de episódios de euforia, também chamada de mania, e de episódios de depressão, com períodos de normalidade nos intervalos.

b) Na euforia ou mania, o humor da pessoa fica exaltado, com aumento de energia, irritabilidade, impaciência, falta de sono, autoconfiança exagerada, gastos excessivos, inquietação, aumento da libido etc.

c) Na depressão, ao contrário, o humor da pessoa fica deprimido. Há sentimentos de medo, de angústia, de desinteresse, de apatia, de pessimismo, de queda da libido e dificuldade de concentração.

d) Antigamente, o transtorno bipolar do humor era conhecido como psicose maníaco-depressiva [PMD], termo que foi deixando de ser usado, até mesmo por recomendação da OMS (Organização Mundial da Saúde).

e) Os doentes afetivos {como são também chamadas as pessoas que sofrem de transtorno bipolar ou unipolar (só depressão)} podem sofrer preconceitos por conta da ignorância que permeia na população em geral. Mas nada impede que o doente afetivo, se devidamente acompanhado, leve uma vida absolutamente normal, feliz e produtiva.

   O esquema abaixo – muito bem feito por quem bolou a fotografias das quais produzi a animação em flash – é auto-explicativo.

 

 

 

 

SOL + LUA —› SOLUA

 

    A animação em flash (produzida por mim a partir de uma imagem colhida em um dos Websites abaixo) e as fotografias reproduzidas abaixo, didaticamente, mostram a alternância de episódios eufóricos e de episódios depressivos. Foram obtidas, respectivamente, em 8/1/2004 e em 23/6/2004 nos Websites:

http://www.psicoite.com.br/tra/hum/bipolar.htm

http://www.brazilianpress.net/news/uploads/rapidinha-bipolar.jpg

http://www.alppsicologa.hpg.ig.com.br/bipolar01.gif

 

 

Transtorno bipolar do humor

 

 

Transtorno bipolar do humor

 

 

 

 

RESUMINDO

Fonte: http://www.alppsicologa.hpg.ig.com.br

Acesso em 23/6/ 2004

 

EM UM EPISÓDIO DE MANIA OU DE EUFORIA
O PACIENTE PODERÁ APRESENTAR:


Aumento de energia e de disposição
Humor eufórico
Irritabilidade e impaciência ('pavio curto') –
[Às vezes, Disforia, que é uma mistura de euforia e irritabilidade]                                       
Distração
Exaltação
Pensamento acelerado e tagarelice
Insônia
Otimismo exagerado, aumento da auto-estima
Gastos excessivos
Falta de senso crítico   
                                    
EM CASOS MAIS GRAVES PODERÁ OCORRER:

Delírios e alucinações
Abuso de álcool ou de drogas e idéias de suicídio
Desinibição exagerada
Comportamentos inadequados

 

* * *

EM UM EPISÓDIO DE DEPRESSÃO
O PACIENTE PODERÁ APRESENTAR:



Desânimo e cansaço mental
Dificuldade de concentração e esquecimento
Isolamento social e familiar
Apatia e desmotivação
Sentimento de medo, de insegurança, de desespero e de vazio
Pessimismo e idéias de culpa
Baixa auto-estima
Alteração do apetite
Redução da libido
Aumento do sono

EM CASOS MAIS GRAVES PODERÁ OCORRER:

Dores e problemas físicos como, cefaléia, sintomas gastrintestinais, dores pelo corpo e pressão no peito
Idéias suicidas

Condensando em um único quadro tudo o que foi examinado sobre o transtorno bipolar, do Website acima citado reproduzo a seguinte imagem digital animada:

 

 

* * * * * * *

 

O GRANDE SONHO

 

    Como ficou demonstrado, o transtorno bipolar (transtorno ou distúrbio afetivo-bipolar – DAB, incluindo tipos específicos de doenças ou de transtornos do humor, como ciclotimia, hipomania e transtorno misto do humor) é uma alteração daquilo que os místicos denominam de harmonium individual, e que, no caso, se caracteriza pela alternância episódica do humor, alternância esta que o paciente nem sempre consegue perceber quando está entrando em crise, principalmente se for fase maníaca (eufórica). O diagnóstico correto, em muitos casos, só é concluído depois de alguns anos de tratamento, pois, uma pessoa que apresente um quadro de depressão e seja diagnosticada como depressiva, poderá apresentar um episódio maníaco (que em psiquiatria significa um estado exaltado de humor) cinco ou dez anos depois. Para os especialistas, o fator causador do DAB é predominantemente genético. A causa propriamente dita é DESCONHECIDA; mas há fatores que influenciam ou que precipitam seu surgimento, como parentes que apresentem esse problema, traumas, incidentes ou acontecimentos fortes [impactantes] como mudanças, troca de emprego, fim de casamento, morte de pessoa querida. Em aproximadamente 80 a 90% dos casos os pacientes apresentam algum parente na família com transtorno bipolar. O lítio é a medicação de primeira escolha, mas não é necessariamente a melhor para todos os casos. Freqüentemente, é [aconselhável e] necessário acrescentar os anticonvulsivantes como o Tegretol, o Trileptal, o Depakene, o Depakote e o Dopamax. Nas fases mais intensas de mania [euforia] podem ser usados, de forma temporária, os antipsicóticos. Quando há sintomas psicóticos é quase sempre obrigatório o uso de antipsicóticos. Nas depressões resistentes pode-se usar COM MUITA CAUTELA antidepressivos. Há pesquisadores que condenam o uso de antidepressivos para qualquer circunstância nos pacientes bipolares em fase depressiva, por causa do risco da chamada 'virada maníaca', que consiste na passagem da depressão diretamente para a exaltação em um curto espaço de tempo. O tratamento com lítio ou com algum anticonvulsivante deve ser definitivo, ou seja, está recomendado o uso permanente dessas medicações, mesmo quando o paciente se apresenta completamente saudável e mesmo depois de passar anos sem ter problemas. Esta indicação se baseia no fato de que tanto o lítio como os anticonvulsivantes podem prevenir uma fase maníaca poupando assim o paciente de maiores sofrimentos. Infelizmente, o uso contínuo não garante ao paciente que ele não terá recaídas, apenas diminui as possibilidades disto acontecer. Pacientes hipertensos sem boa resposta ao tratamento de primeira linha podem ainda contar com o Verapamil, uma medicação muito usada em cardiologia para controle da hipertensão arterial e que apresenta efeito anti-maníaco. A grande desvantagem do verapamil é ser incompatível com o uso simultâneo do lítio, além da hipotensão que induz nos pacientes normotensos. Para melhores informações consultar o Website:

http://www.psicosite.com.br/tra/hum/bipolar.htm

   Para os místicos, o DAB é genético-RETRIBUTIVO, sendo que o aspecto genético é meramente o caminho. Por isso, é possível que, com o passar dos anos, apesar de ser uma doença recorrente e de curso irregular, os eventos, em alguns indivíduos, passem a se repetir com intervalos cada vez menores – desde que o paciente venha sendo acompanhado por um especialista E SE ESFORCE PARA MUDAR – havendo, inclusive, a real possibilidade de a pessoa portadora dessa desarmonia ter apenas um ÚLTIMO EPISÓDIO DE MANIA OU DE DEPRESSÃO. Isto é absolutamente possível e sobremodo reconfortante. Entre as diversas estratégias de tratamento, o denominado SISTEMA COLABORATIVO, no qual é estabelecida uma aliança terapêutica verdadeiramente fraterna muito forte entre os integrantes do trio paciente/CLÍNICO/família, tem sido considerado o modelo mais EFETIVO (eficiente e eficaz) de tratamento. Aliás, muito rapidamente: NÃO EXISTE DOENÇA NO CÓSMICO. HÁ DOENTES. E SEMPRE A FAMÍLIA ESTÁ INTEIRAMENTE ENVOLVIDA. Em qualquer alteração biológica do estado de saúde de um ser dois fatores são fundamentais:

 


ACOMPANHAMENTO   CLÍNICO

 

DISPONIBILIDADE INTERIOR EFETIVA
PARA QUE SE CUMPRA
UMA MUDANÇA
DE PENSAMENTOS E DE HÁBITOS  

 

    Com todo o AMOR que me é possível pôr nesta frase, para todos aqueles que padecem de transtorno bipolar e de outras desarmonias, sugiro e convido que façam uma visita ao Website da Ordo Svmmvm Bonvm:

 

 

    Para quem não é proficiente em inglês, a instrução é para clicar no Triângulo e fitar por aproximadamente TRÊS MINUTOS a SAGRADA MANDALA CURATIVA que surgirá. É aconselhável que sejam diminuídas ou apagadas (melhor que sejam apagadas) as luzes do aposento em que está instalado o computador. Beber um pouco de água fresca antes de proceder ao experimento é sobremaneira útil. Pacientes declarados incuráveis pelos médicos e outros portadores de variados tipos de doenças recobraram a saúde e foram curados. Aqui não se trata absolutamente de milagre. A interação entre o paciente e a SAGRADA MANDALA CURATIVA ocorre em um Plano Vibratório Elevadíssimo e envolve Leis Cósmicas Transcendentes e Harmonizadoras.

 

PAZ PROFUNDA

LUZ

AMOR

VIDA

HARMONIUM

SVMMVM BONVM

SAÚDE


* * * * * * *

 

   Acredito que, após estas explicações preliminares e possivelmente cansativas (acrescentando — sem, contudo, reconditamente agasalhar nenhuma pejoração ou qualquer tipo de preconceito — que não sou homossexual ou bissexual), eu deva começar a contar a minha história. O que eu não poderia, sob qualquer alegação, era abordar um tema controverso e impalatável como a ANDROGINIA MÍSTICA, principalmente fazendo referências que são do domínio da Academia não sendo eu um médico, sem tentar pôr os pingos nos is. Cumpri um dever de consciência. Apenas isso. Mesmo assim, corro o risco de ser incompreendido! Mas, isso é irrelevante. Minha missão nesta vida-encarnação não comporta preocupações com as opiniões, as críticas e/ou os escárnios alheios. Tenho a obrigação de divulgar — dentro de limites — tudo que deve e pode ser tornado público. Contarei, assim, minha peripécia da maneira mais coloquial possível. E tentarei recordar aqueles momentos da melhor forma factível, deixando que o coração e a emoção tomem conta do teclado do computador. Acho isso uma boa idéia.

 

UMA AVENTURA ROSACRUZ

FORA DO CORPO

 

    NAQUELE DIA (que eu realmente já me esqueci qual foi) eu tinha ido dormir por volta das onze horas da noite. Eu tinha 24 anos na época, e não havia nenhum motivo específico nem ocorrera nada especial que pudessem catalisar o fenômeno místico involuntário que inesperadamente ocorreria comigo dali a alguns instantes. Depois de me deitar, fiz um exercício de relaxamento acompanhado do entoamento mental de alguns sons vocálicos (mantras ou mantrans) que aprendi na AMORC e comecei a adormecer. Em um dado momento, irreproduzível por meio de palavras, entre a vigília e o sono, aconteceu o inesperado. Vi-me projetado fora do meu corpo físico em algum lugar não identificado do espaço. A sensação de liberdade era indescritível. Aliás, passei por sensações inauditas, impossíveis mesmo, de serem descritas naquela condição extracorpórea. De repente, vi, à minha frente, um ser feminino magnífico, diáfano e de uma beleza extraordinária, incapaz também de ser descrito, por ser extremamente incomum e porque a representação gráfica não corresponderia fielmente à expressão da realidade da minha percepção psíquica daquele ser feminino. Aquele ser irradiava beleza, compreensão, pureza, caridade, amor, humildade, desprendimento, solidariedade, mas principalmente ShOPhYa.

    Ao mesmo tempo em que sorria, esta mulher desconhecida me atraía magneticamente para ela. Eu não pude resistir a tanta beleza. À medida que nos aproximávamos, recordo que o local em que o fenômeno estava acontecendo era de uma coloração branco-pérola muito brilhante, e não havia ali, que eu percebesse, nada nem ninguém além de NÓS DOIS. Éramos, apenas, eu e ELA. Ao me aproximar o suficiente desta venturosa e fantástica mulher, ela abriu os braços, e sem dizer uma única palavra convidou-me a abraçá-La. Ao nos abraçarmos perdi a consciência de minha individualidade. Eu já não era mais eu, Rodolfo. Nem tampouco era ELA. Era um outro, novo e estranho SER dotado de uma superconsciência ainda não experimentada anteriormente por mim! Com ELA não sei o que se passou. Este estado de ANDROGINIA (fusão psíquica) teve a duração de, não sei, talvez alguns segundos. Mas, naquele fragmento inesquecível do impossível tempo pude sentir a munificência, a prodigalidade e a admirável beleza do Universo. Na realidade, EU ERA O PRÓPRIO UNIVERSO! Eu me sentia um ser completo! Nada me faltava! Em uma palavra: PLENITUDE! E mais: as percepções ordinárias de tempo e de espaço inexistiam naquela condição invulgar. A própria e singular beleza DAQUELA MULHER era incomparavelmente inferior à BELEZA que se manifestava naquele novo SER no qual eu me transmutara. E também fora de mim (ou fora DELE). Mas, eu estava consciente de tudo que estava acontecendo. Nesse entretempo sucedeu o mais incrível de tudo. Só posso descrever como se eu tivesse tido um HIPER-SUPER-ORGASMO. Não ocorreu, por evidente, polução noturna (ejaculação involuntária), pois a coisa toda se passou, por assim dizer, no plano psíquico. É claro que nunca mais pude reproduzir aquela sensação.

    Durou realmente muito pouco tempo aquela fantástica experiência, pois, quase instantaneamente perdi totalmente a consciência de tudo e adormeci profundamente. Também não tenho qualquer recordação do que aconteceu depois que adormeci. Entretanto, até hoje, penso, sem nenhuma comprovação factual, que algo possa ter ocorrido depois que caí na inconsciência.

    Ao acordar, no dia seguinte, eu era um outro homem. Tudo estava diferente. Meus sentimentos, minhas expectativas, meu horizonte, apresentavam um aspecto novo e desconhecido. Minha relação com o mundo e com a natureza haviam mudado. As cores dos objetos eram mais vívidas; havia mais luz em tudo. E eu podia sentir o que se passava no interior das outras pessoas de forma imediata. Também com os outros reinos da Natureza minhas relações se modificaram. Mas, houve também o lado negativo e doloroso da coisa. Pois, incontáveis vezes vi e senti o que preferiria não ter visto e gostaria de não ter sentido. Este foi um tempo de dor e de tristeza, porque até podia experimentar, na maioria das vezes, em meu próprio corpo físico, as mazelas orgânicas e mentais DOS MEUS IRMÃOS e IRMÃS. As pessoas procuravam mostrar exteriormente sentimentos e emoções que não correspondiam àquelas impressões que eu filtrava dos seus corpos astrais. Quanta pena, quanta dor, quanta mentira, quanto desperdício! Era, por assim dizer, como se eu tivesse o poder intuitivo e involuntário de radiografar o interior das pessoas. Eu não queria que isso acontecesse, mas acontecia automaticamente e sem intervenção da minha vontade.

    Por outro lado, quando estava liberto do contato mental ou físico COM MEUS IRMÃOS, podia deleitar-me com a Criação e me sentir nela absolutamente integrado. Tive, muitas vezes, a impressão de flutuar, ou seja, andar sem tocar o solo, o que não significa, pois não era o caso, de que estivesse espontaneamente levitando. Era um tipo de leveza ou de suavidade corporal indefinidas. Minha necessidade sexual desaparecera por completo por quase um ano. Era como se eu me bastasse a mim mesmo. Nesta época (ainda bem!) eu não era casado, e isto facilitou a usufruição silenciosa daquele momento prodigioso. Foi um período muito especial em minha vida. Orava e meditava diuturnamente. Mas, jamais me afastei um milímetro de minhas obrigações profissionais e mundanas. O que se passava em meu interior só eu sabia e compreendia. Alguns anos depois, inadvertidamente(?), comentei o fato com alguns pouquíssimos amigos escolhidos a dedo. Acabei me convencendo de que não alcançaram e/ou não compreenderam a veracidade, a intensidade e a importância do acontecimento. Um deles, após me ouvir, chegou a me dizer algo mais ou menos assim:

    — Um dia, li que beber era mau; deixei de beber. Li que fumar era mau; deixei de fumar. Li que comer gorduras era mau; deixei de comer frituras. Li que fazer sexo era mau... Deixei de ler!!!

    Ri muito com a piada, pois não houve intenção ofensiva por parte desse meu fraterno amigo. Mas, no meu íntimo, agradecia - e continuo agradecendo - ao D' US de minha compreensão por aquele instante que não se repetiu até hoje, segunda-feira, 5 de Julho de 2004, dia em que, nesta bendita encarnação, completo 58 anos. Mas, na eviternidade inexistente do inexistente tempo, muitos e todos recobrarão, definitivamente, a instância primordial de SERES ANDRÓGINOS. Isto não é uma fútil promessa nem é tão-pouco uma profecia infundada. Não sou promesseiro nem, muito menos, profeta. É CERTEZA AB IMO CORDE. O RAMO ASCENDENTE DA TRAJETÓRIA PARABÓLICA DO ENTE JÁ ESTÁ EM CURSO. [Parábola, por definição, é o conjunto de todos os pontos do plano que são eqüidistantes de um ponto fixo (foco) e de uma reta (diretriz) que não passa pelo foco]. A figura apresentada a seguir facilitará a compreensão deste conceito.

 



    
Com o tempo, minha freqüência vibratória foi diminuindo, e eu retornei àquilo que poderia ser denominado de (a)normalidade ou de patológica normalidade. Alguns anos depois me casei. Deste casamento fui premiado com um casal de filhos. Hoje, tenho outra companheira. Mas, não posso encerrar este relato, sem dizer que tanto meu casamento com a mãe dos meus filhos quanto o próprio divórcio ocorreram em situações extremamente agradáveis e inigualavelmente engraçadas. Até hoje mantenho um traço de personalidade indefectível: sou um sacanocrata místico muito bem-humorado. Que se entenda o vocábulo sacanocrata no mais elevado dos sentidos que a ele puder ser emprestado. Quando me casei, meu filho já havia nascido e, com alguns meses de idade, assistiu ao nosso casamento civil no meu colo. Quando o Juiz perguntou se eu aceitava... Respondi, apontando para o meu filho Adrian, que aceitava de livre e espontânea pressão aquele compromisso. Foi uma risada geral e, dali, fui almoçar e assistir a um jogo de futebol da Copa do Mundo entre o Brasil e um outro país que já não me lembro também. De qualquer sorte, o divórcio foi obviamente consensual e ela se tornou a irmã que eu sempre quis ter e não tive. Somos muito unidos até hoje. Ela, infelizmente, é bipolar. Isto explica minha preocupação em tentar discutir um pouco mais acima alguns aspectos dessa pérfida desarmonia.

    Sucederam, depois, outros episódios místico-iniciáticos (e continuam a acontecer), mas nenhum que tenha ligação direta, penso eu, com aquele que acabei de, emocionado, recordar e de relatar. Nesta atualização que estou fazendo neste ensaio, quero apenas registrar que TIVE CONHECIMENTO ANTECIPADO e INDUBITÁVEL (de forma mística e interna) – em duas ocasiões distintas – de quais seriam os filhos que eu iria ter com a mãe que, com muito amor, os gerou: um menino e uma menina.

    Contudo, não posso deixar de fazer um último comentário: Eros, o primeiro dos deuses(?!), possuía ambos os sexos. A meta da Grande Obra Alquímico-Iniciática é a união mística do Rei à sua abençoada Rainha. O Adepto-Alquimista transmuta-se, então, no ADRÓGINO DIVINO. Entretanto, enganam-se aqueles que pensam que o TRABALHO possa estar concluído. Enganar-se-ão, também, os que associarem o que acabou de ser relatado com o insustentável e estapafúrdio conceito de alma-gêmea. Este conceito tolo não encontra amparo na TRADIÇÃO PRIMORDIAL. O andarilhar rumo ao CENTRO DE TODOS OS CENTROS, que está em toda parte e em parte alguma, é ilimitado e assintótico. Um Website interessante para ser consultado, pois trata com seriedade este tema, é:


http://www.tafalado.com.br/isis/anteriores/androgi.htm

 

 

D' US CRIOU O HOMEM À SUA IMAGEM:

MACHO E FÊMEA OS CRIOU!


    Concluindo definitivamente este relato, reproduzo a seguir um trecho do trabalho REVISITAÇÃO COMENTADA DE ALGUMAS SENTENÇAS CRÍPTICAS E HERMÉTICAS DE EVANGELHO DE TOMÉ, que está divulgado no meu Website, extraído do livro A Cabala Desvendada, Frater TEMPORATOR, ESCRIBA. 2ª ed. Curitiba: Ordem Rosacruz - AMORC, Grande Loja do Brasil, 1985, p. 59: Primeiro, havia o Adão do Mundo de 'Atziluth' ... o Homem Arquétipo. Segundo, o Adão de 'Briah' ... Este era o Adão do primeiro capítulo do Gênesis. Terceiro, o Adão ... 'formado do pó da terra'. Quarto o Adão posterior à Queda. Somente o último Adão, dos quatro, [Adão de Assiah] era um ser limitado e unissexual; os demais eram ANDRÓGINOS. (Maiúsculas minhas).

    Na própria Doutrina Secreta - que eu não havia lido na época - Helena Blavatsky em vários momentos faz referência a esse tema. Por exemplo, no volume I, anuncia: O Esoterismo não leva em conta os sexos. A Divindade mais elevada carece de sexo e de forma: Não é Pai nem Mãe, e os primeiros seres manifestados, celestes e terrestres, só gradualmente passam a ser andróginos, para finalmente se separarem em dois sexos distintos.

    Como últimos pensamentos cito:

1º - Albert Einstein (1879-1955) — A mente que se abre a uma nova idéia jamais voltará ao seu tamanho original.

2º - Josef Pieper (1904-1997) — A gravidade da 'patológica' normalidade – que deveria ser a constante situação do ser humano no mundo – passa, na verdade, despercebida para a imensa maioria, que não se dá conta de nenhum dos dois pólos do transtorno, situando-se em uma morna mediocridade alheia ao dramático potencial contido em cada centímetro quadrado do quotidiano. Essa incapacidade de se deixar abalar, de sentir a vertigem existencial do apelo da realidade, traz consigo a 'tranqüilidade' do anestesiado, que só se inquieta para reagir quando algo ameaça romper a segura redoma em que instalou seu pequeno mundo. Tomás [de Aquino] – comentando aquela inquietante cena do Evangelho na qual, após Cristo livrar a Cidade de um energúmeno furioso, os habitantes unanimente rogam-Lhe que fosse embora (Mt VIII, 34; Mc V, 17; Lc VIII, 37) – desfere um terrível diagnóstico: "Infirma enim mens... non potest pondus sustinere sapientiæ" (a mediocridade não suporta a grandeza da Sabedoria). L. Jean Lauand Universidade de São Paulo - jeanlaua@usp.br

3º - Sandro Fortunato — Segundo as conclusões de Kenneth Johnson, em seus estudos sobre Alquimia e, baseado no pensamento Jungiano, 'o simbolismo do Andrógino Divino não é apenas físico ou sexual. Seu maior e mais profundo significado parece evocar estabilidade, harmonia, equilíbrio perfeito, em todos os momentos possíveis', e completa, 'no sistema da Cabala [KaBaLa] – síntese de séculos de misticismo judaico – esse aspecto de harmonia está expresso em várias passagens da Assembléia Sacra Menor: 'Quando a Noite está unida ao Rei na excelência do Sabá, todas as coisas se fazem então um único corpo (...) e a beleza do feminino é completada pela beleza do masculino (...) Quando a Mãe une-se ao Rei, os mundos recebem uma benção e se acham na alegria do Universo'... No Talmud e no Zohar a androginia também está explícita: O nome Adão foi compreendido como englobando macho e fêmea. 'A fêmea estava atada ao lado do macho e Deus mergulhou o macho em um profundo torpor e ele ficou estendido sobre o terreno do Templo. Então Deus separou-a dele e paramentou-a como uma noiva'.

 

Fontes:

 http://www.tafalado.com.br/isis/anteriores/androgi.htm

 http://groups.msn.com/msjlbnkkemc9/suapginadaweb.msnw

 

Mas, terá mesmo o homem sido criado por D'us? Ou terá sido, é e será um evento da Consciência Cósmica? Haverá direcionamento nesse processo? Caminha(m) o(s) Universo(s) para um télos? Existirá mesmo um D'US criador e mantenedor da Ordem Cósmica? Ou, enfim, será o homem DEUS em potência, cuja Obra Mística é transmutar-se no DEUS de sua construção?

 

PAZ PROFUNDA


Luz no Túnel

Luz no Túnel
Fonte:

http://pwp.netcabo.pt/penha.graca/default.htm

 

 

DADOS SOBRE O AUTOR


Mestre em Educação, UFRJ, 1980. Doutor em Filosofia, UGF, 1988. Professor Adjunto IV (aposentado) do CEFET-RJ. Consultor em Administração Escolar. Presidente do Comitê Editorial da Revista Tecnologia & Cultura do CEFET-RJ. Professor de Metodologia da Ciência e da Pesquisa Científica e Coordenador Acadêmico do Instituto de Desenvolvimento Humano - IDHGE.