Introdução
Por
volta de 430 a.C., caminhando pelas areias próximas ao mar Egeu,
o filósofo grego Leucipo disse a seu discípulo Demócrito:
—
Esta areia, vista
de longe, parece ser um material contínuo; mas, de perto, é
formada de grãos, sendo um material descontínuo. Assim, sem
exceção, ocorre com todos os materiais do Universo.
— Mas, mestre
— interrompeu Demócrito — como
posso acreditar nisso, se a água que vemos aqui aparenta continuidade,
tanto de longe como de perto?
—
Muitos vêem
e não enxergam — respondeu calmamente Leucipo.
Use os 'olhos da
mente', pois estes nunca o deixarão na escuridão do desconhecimento.
Em verdade, lhe digo: todos os materiais são feitos de partículas
com espaços vazios entre elas. Estas partículas são
tão pequenas que, mesmo de perto, não podem ser vistas. Muitos
séculos passarão até que esta verdade seja aceita.
Chegará o dia em que estas partículas poderão até
ser 'vistas' pelo homem. Ide e ensinai isto a todos. Aqueles que acreditarem
encontrarão respostas para as suas perguntas sobre o Universo.
Dez
Fragmentos Para Reflexão
A
interconversibilidade próton ‹—› nêutron
sugere que uma diferença essencial entre estas duas partículas
pode envolver um equilíbrio no número de pósitrons
e elétrons que podem estar presentes no núcleo de um átomo.
O elétron, a unidade fundamental que torna a Química possível,
pode compreender as mesmas partículas fundamentais das quais são
compostos os nêutrons, os prótons e os antiprótons.
Na verdade, os componentes básicos particulados do átomo podem
ser os elétrons positivo, negativo e neutro. O próprio elétron
pode ser composto de energia não-particulada.
Observação
1: Tanto o
pósitron (que tem a mesma massa do elétron, mas possui carga
elétrica positiva) como
o elétron (partícula beta) podem ser formados por desintegração
do próton e do nêutron,
respectivamente.
Um nêutron pode se transformar em um próton e emitir um elétron
e um antineutrino; o próton, por sua vez, pode se transformar em
um nêutron e emitir um pósitron e um neutrino.
A
Energia é comprovadamente o ventre criador e o túmulo do elétron.
A matéria é verdadeiramente uma manifestação
da Energia. Tudo é vibração! Nada no Universo está
parado.
No
mundo do Eu, da Mente ou do Cósmico operam certos princípios
chamados arquétipos. O termo arquétipo
foi usado por filósofos
neoplatônicos, como Plotino (205 –
270), para designar
as idéias como modelos de todas as coisas existentes, segundo a concepção
de Platão (428/427 – Atenas, 348/347 a.C.), o primeiro a discutir
mais pormenorizadamente este tema. Nas filosofias teístas, o termo
indica as idéias presentes na mente de Deus. Pela confluência
entre o Neoplatonismo e o Cristianismo, o termo arquétipo chegou
à teologia cristã, sendo difundido por Agostinho (354 –
430), provavelmente
por influência dos escritos de Porfírio (232 –
304), discípulo
de Plotino. Os arquétipos
são experimentados
pelo homem como princípios eternos, sendo ilimitado o seu modo de
expressão. Como conseqüência da eterna presença
dos arquétipos
por trás de cada pensamento e cada ação do homem, é
possível reconhecer as correspondências harmônicas entre
mitos e lendas do homem antigo e as teorias e paradigmas da ciência
moderna. Seja como for, 'o Ser é e se mantém sempre luminoso
na irradiação de Sua energia, causada por seus ininterruptos
esforços para existir'.
Ininterruptos
esforços...
A
entoação
do OM, de RA, de MA e de outros sons vocálicos, em freqüências
específicas, estão em ressonância com as freqüências
vibratórias de certas glândulas e de certos centros psíquicos,
dando início a marcantes efeitos relativos ao desenvolvimento destas
mesmas glândulas e destes mesmos centros psíquicos.
A reação galvânica da pele, demonstrada em laboratório,
comprova experimentalmente que, por exemplo, a entoação de
RA estimula a divisão simpática do Sistema Nervoso Autônomo,
que, por sua vez, estimula órgãos, glândulas, e centros
psíquicos do corpo. Na entoação de RA, há um
forte estímulo no Simpático na enunciação do
RRR e um sutil efeito relaxante na enunciação do AAA... Experimentos
com a fotografia Kirlian indicaram que há uma intensificação
da aura durante e logo após a entoação de RA, e uma
perda gradual de intensidade durante e logo após a entoação
de MA... O som RA é positivo, masculino, excitante,
estimulante e pode ser associado ao vermelho (cor do sangue), ao fogo e
às emoções repentinas, e
está associado ao
Sistema Nervoso Simpático. O som MA suscita a paz interior, relaxa
e conforta, e pode estar associado ao azul, à cor do mar e do céu,
à altura e à profundidade, ao frescor e ao pensamento, e está
vinculado ao Sistema Nervoso Parassimpático. Disto, o que se pode
concluir? Simplesmente que em todas as visualizações psíquicas
o som poderá desempenhar um papel substancial nestas mesmas visualizações,
emprestando-lhes poder e significação.
Observação
2: Fotografia
Kirlian, kirliangrafia ou, mais modernamente, bioeletrografia, é
o método de fotografia descoberto pelo padre católico e inventor
brasileiro Roberto Landell de Moura (Porto Alegre, 21 de janeiro de 1861
– Porto Alegre, 30 de junho de 1928), em 1904. Sob a designação
de perianto, ele descrevia minuciosamente os efeitos eletroluminescentes
do que se conhece como a aura humana. O padre não pôde seguir
adiante em sua pesquisa, encerrando-a em 1912 por questões doutrinárias
da Igreja Católica, já que a técnica poderia revelar
que o perianto era semelhante ao perispírito, conceito usado pelos
espíritas. O perispírito, termo cunhado por Allan Kardec (1804
– 1869) e segundo a Doutrina Espírita, é o invólucro
fluido que serve de ligação entre corpo e espírito,
e a Igreja Católica não tolera nem suporta ceder um milímetro
a qualquer coisa que se aproxime do Espiritismo. Aliás, não
suporta nem tolera ceder nada de nada; Galileu Galilei (1564 – 1642)
que o diga. Em 1939,
na ex-União Soviética,
a técnica viria a ser conhecida sob a denominação de
efeito Kirlian, em homenagem ao cientista, pesquisador e inventor russo
Semyon Davidovich Kirlian (20 de fevereiro de 1898 – 4 de abril, de
1978), redescobridor da mesma. O método consiste em fotografar um
objeto com uma chapa fotográfica, submetida a campos elétricos
de alta-voltagem e alta-freqüência, porém com baixa intensidade
de corrente. O resultado é o aparecimento de um halo luminoso em
torno dos objetos, sejam eles quais forem, independentemente de serem orgânicos
ou inorgânicos.