Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

Este é o vigésimo estudo de quatro fragmentos editados, ampliados e, em alguns casos, comentados da coleção O Homem (Alfa e Ômega da Criação), uma publicação em quatro volumes da Grande Loja da Jurisdição de Língua Portuguesa da Antiga e Mística Ordem Rosæ Crucis, AMORC. Para ler o ensaio que deu origem à esta série, por favor, dirija-se a:

http://paxprofundis.org/livros/
halfaomega1/halfaomega1.htm

 

 

 

 

 

 

 

Há uma parte mística no ser humano que transcende o pensamento e também a emoção. As experiências místicas operam em um nível diferente de consciência, sendo inadequada qualquer tentativa de avaliar tais experiências no nível da consciência que não lhe é ligado. Para se fazer uma analogia, é como tentar telefonar a alguém sem ter o número correto, discando a esmo, e decidir que, como a pessoa que desejamos contatar não está no número assim discado, simplesmente ela não existe.

Observação 1: Disto, também se depreende que uma experiência mística só poderá ser entendida e decodificada pelo experimentador... e por ninguém mais. Pai Bambino de Coisa e Loisa, Sinhá Bambina de Loisa e Coisa ou quem quer que seja não estão apetrechados para nos orientar sobre nossas experiências místicas ou sobre nossas dúvidas existenciais. Também não estão aparelhados para validar ou endossar nossas convicções ou razões íntimas. Enfim, a busca do equilíbrio e da harmonia entre os vários aspectos da personalidade só poderá ser cavucada e encontrada pelo ser-no-mundo pessoalmente... e por ninguém mais.

 

 

 

 

Os místicos sabem perfeitamente que forças ou acontecimentos que parecem ser ameaçadores, através da compreensão podem se converter em fatores auxiliantes e em instrumentos para a materialização de suas sinceras aspirações. Todavia, a base de tudo é a confiança.

Observação 2: Tenha em mente sempre a advertência de Masaharu Taniguchi (Kobe, 22 de novembro de 1893 – Nagazaki, 17 de junho de 1985), fundador da Seicho-No-Iê: Fracasso não é fracasso; fracasso é a base do sucesso. Isto é equivalente à máxima de Mâ Ananda Moyî (1896 – 1982): Jo Ho Jâye (O que acontece é desejado e bom). Enfim, como disse, certa vez, Harvey Spencer Lewis (1883 – 1939), 1º Imperator da Ordem Rosacruz AMORC para este Segundo Ciclo Iniciático: O segredo do sucesso em todas as coisas dotadas de base mental ou psíquica é a confiança genuína, e não a fé cega ou o manto da simples fé. Pela confiança genuína somos conduzidos à consecução do autodomínio.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Quando a pessoa está feliz, contente e em paz consigo mesma, é improvável que perceba qualquer necessidade de mudança. Se nossas realidades estão nos servindo bem, sentimo-nos justificados em deixar as coisas como estão. É nos períodos difíceis da vida, porém, que nos sentimos propensos a nos questionar, na busca de uma vida melhor. Quando nos voltamos para o nosso interior em busca de respostas, tornamo-nos vivos, e acabamos por embarcar na maior aventura de nossas vidas – o crescimento pessoal.

 

 

 

 

Se desejamos explorar o Universo físico, dentro de um pequeno raio de alcance ou atingindo todo o seu âmbito, precisamos fazer uma organização particular, isto é, devemos utilizar certos meios para tornar a exploração possível. Isto também se aplica ao mundo psíquico e imaterial. Se desejamos compreender o mundo imaterial, é necessária uma organização mental particular que servirá ao mesmo propósito, em relação ao Universo imaterial, que a organização física, em relação ao mundo físico. O instrumento mais valioso e importante é a concentração, que provém da aplicação adequada de nossa capacidade de focalizar nossos estados mentais, ou seja, de dirigir a consciência ao propósito que desejamos alcançar.

Observação 3: O grande segredo do sucesso em qualquer empreendimento – que não é segredo coisa nenhuma – é focalizar nosso estado mental em um único objetivo a ser alcançado, em um único alvo, ou seja, devemos empregar nossa energia criativa em um único objetivo de cada vez, sem pulverizar nossa força interior com subobjetivos desconexos, lateralidades exarticuladas e volubilidades imperseverantes, isto é, querenças variadas e frívolas. Quem quer isto, quer aquilo e quer não sei o que mais, na verdade, quer tudo e não quer nada; e, se quer, por não saber exatamente o que quer, não alcançará, pois a mente pulverizada é fraca e praticamente inoperante. A regra é: uma coisa de cada vez; a mente humana não gosta de miríades (ao mesmo tempo). Claro, depois de o objetivo ter sido conquistado, podemos partir para outro, mas, sempre, repito, uma coisa de cada vez. Até os orgasmos múltiplos ocorrem seqüencialmente – um de cada vez; a excitação fisiológica é constante, mas não há superposição de clímaces.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Páginas da Internet consultadas:

http://www.chuckiedaniel.com/
archives/date/2008/10

 

Fundo musical:

Impossible Dream (Man of La Mancha)
Compositores: Joe Darion & Mitch Leigh

Fonte:

http://www.nena.com.br/midis/americanas.htm