Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

Este é o décimo sexto estudo de dois fragmentos editados, ampliados e, em alguns casos, comentados da coleção O Homem (Alfa e Ômega da Criação), uma publicação em quatro volumes da Grande Loja da Jurisdição de Língua Portuguesa da Antiga e Mística Ordem Rosæ Crucis, AMORC. Para ler o ensaio que deu origem à esta série, por favor, dirija-se a:

http://paxprofundis.org/livros/
halfaomega1/halfaomega1.htm

 

 

 

Dois Fragmentos Para Reflexão

 

 

 

Carl Gustav Jung (1875 – 1961) definiu a sincronicidade como uma coincidência significativa de ocorrências internas e externas não ligadas por causa e efeito. A ligação está no significado. Por exemplo: uma pessoa tem um sonho, e, no dia seguinte, vê as circunstâncias do sonho repetidas enquanto está em vigília. O sonho não foi causado pelo acontecimento, pois ocorreu primeiro. No mundo causal, o efeito sempre se segue à causa. Mas o sonho certamente não causou o acontecimento do dia seguinte. Isto é sincronicidade – uma ligação, por significado dentro do próprio tempo, de um estado interior (o sonho) com um acontecimento exterior (a repetição do conteúdo do sonho durante o dia). Logo, a sincronicidade é diametralmente oposta à causalidade. O que é importante é que a sincronicidade, longe de ser uma curiosidade, poderá se tornar um instrumento valioso no processo de desenvolvimento espiritual. A sincronicidade, realmente, é um processo de crescimento, e, geralmente, ocorre quando o indivíduo tem necessidade. Se ele reconhecer o acontecimento como uma sincronicidade, sua consciência do processo atrairá mais acontecimentos do mesmo tipo, ou seja, sincronísticos, pois sincronicidade gera sincronicidade. Para Jung, a sincronicidade é 'um ato de criação em um dado momento do tempo'. Se estivermos cônscios deste processo em nossa vida diária e o utilizarmos como instrumento, poderemos, verdadeiramente, nos tornar criadores de nossa própria vida. Enfim, se meditarmos com isenção, independência e profundidade, nos conscientizaremos que absolutamente tudo o que aconteceu em nossa vida e todas as escolhas que fizemos no passado são, educativa e sincronisticamente, responsáveis pela nossa atual situação. A Consciência Cósmica e os Registros Akáshicos são antagônicos e hostis à impunidade.

 

 

Somos responsáveis por tudo!

 


Observação 1: Cornelius Agrippa (1486 – 1535), contemporâneo de Paracelso (1493 – 1541), dizia que a alma do mundo penetra todas as coisas, ligando-as, mantendo-as unidas, fazendo com que a máquina do mundo seja uma só, produzindo correspondências e coincidências significativas. Já Alberto Magno nos fala de Virtus, o poder na alma capaz de mudar a natureza das coisas e de subordinar a ela outras tantas, particularmente quando esta se acha arrebatada em um grande excesso, pois se liga magicamente às coisas e as modifica no sentido que quiser. Os símbolos podem situar-se em três tipos: 1º) o da comunicação oral, escrita, visual, da cultura e da civilização de um grupo social; 2º) os particulares da experiência psicológica, estrutura emotivo-psíquica, da formação educacional e do temperamento de cada indivíduo; e 3º) os símbolos verdadeiros: tradicionais, das religiões, das mitologias e da Filosofia. Estes guarnecem os significados primordiais, cosmogênicos e antropogênicos universais. São dados à Humanidade por cada Manu de raça – de Mestre a discípulo – e velam verdades que só de grau em grau é possível desvelar, e este desvelamento dependerá da capacidade, da estrutura mental e dos atributos morais e éticos do decodificador. Cada símbolo tradicional tem vários significados. De acordo com o grau em que se penetra, se alcança parte da verdade que ele guarnece. Quão mais receptivo e intuitivo for um indivíduo, mais profundamente ele penetra na realidade de um símbolo místico, seja em contemplação, seja em concentração, seja em meditação. Alguns acontecimentos sincronísticos, advindos de um sonho ou de uma premonição, podem ser interpretados simbolicamente através do conhecimento das verdades dos símbolos verdadeiros, tradicionais, das religiões, das mitologias e da Filosofia.

Esta observação foi editada do texto A Sincronicidade e o Símbolo, de autoria de Lúcia Cristina Batalha, disponibilizado em:

http://www.levir.com.br/teosofia/teosofia111.php

 

 

 

 

Muitos de nós, pelos mais variados motivos, apresentam resistência emocional ao fluxo de possibilidades criativas. O 'agrupamento' ou ' mapeamento mental' suspende a atividade normalmente dominante do hemisfério cerebral esquerdo, que é lógico e ordenado. Idéias invisíveis tornam-se visíveis, lampejando como raios, em associações que permitem emergir novos padrões de idéias. Então, liberar significa distanciar-se das pressões da vida e dos problemas pessoais para que possa ser sentida uma perspectiva melhor das pessoas e das situações – encontrando felicidade em doar, não importando se a doação é pequena ou grande. Liberar significa criar na mente os sonhos, que, às vezes, aparentemente, podem estar fora de alcance ou que, por motivos diversos, possam parecer que não sejam meritórios. Liberar significa alegria, espírito de brincadeira, não permitindo que os reveses da vida sejam motivo de impedimento. Liberar significa deixar-se ir; significa se sentir aquecido por dentro. Liberar significa amar as pessoas como são, e não como esperamos que elas sejam. No agrupamento, cada associação leva, inevitavelmente, a uma conexão própria, mesmo que o hemisfério cerebral esquerdo – analítico não perceba a lógica da coisa. A exploração criativa de idéias é surpreendentemente produtiva, e o agrupamento pode representar a chave mágica capaz de liberar os poderes da imaginação de nosso interior.

 

 

 

 

 

 

 



 

 

 

 

 

 

Página da Internet consultada:

http://mairadanielle.blogspot.com/

http://marcelomacielcruz.skyrock.com/18018
26474-Atencao-Intuicao-e-Sincronicidade.html

Fundo musical:

Impossible Dream (Man of La Mancha)
Compositores: Joe Darion & Mitch Leigh

Fonte:

http://www.nena.com.br/midis/americanas.htm