Alguns
excertos do pensamento schopenhaueriano:
Arthur
Schopenhauer
O
mundo é minha representação.
O homem é um animal
metafísico.
Entre os desejos e as realizações
destes transcorre toda a vida humana.
As causas não determinam
o caráter da pessoa, mas apenas a manifestação
desse caráter, ou seja, as ações.
A
modéstia é a humildade de um hipócrita que
pede perdão por seus méritos aos que não têm
nenhum.
Só
se dedicará a um assunto com toda a seriedade alguém
que esteja envolvido de modo imediato e que se ocupe dele com amor.
É sempre de tais pessoas, e não dos assalariados,
que vêm as grandes descobertas.
Tudo
o que se realiza em função de outra coisa é
feito apenas de maneira parcial. A verdadeira excelência só
pode ser alcançada, em obras de todos os gêneros, quando
elas foram produzidas em função de si mesmas, e não
como meios para fins ulteriores.
Em
geral, estudantes e estudiosos de todos os tipos e de qualquer idade
têm em mira apenas a 'informação', não
a 'instrução'. Sua honra é baseada no fato
de terem informações sobre tudo, sobre todas as pedras,
ou plantas, ou batalhas, ou experiências, sobre o resumo e
o conjunto de todos os livros. Não ocorre a eles que a informação
é um mero 'meio' para instrução, tendo pouco
ou nenhum valor por si mesma. No entanto, é o pensar e a
maneira de pensar que caracterizam uma cabeça filosófica.
Cada
morte é um despertar.
A soledadeé a sorte
de todos os espíritos excepcionais.
Qualquer verdade passa por
três estágios: primeiro, é ridicularizada; segundo,
é violentamente combatida; e terceiro, é aceita como
óbvia e evidente.
A
compaixão pelos animais está intimamente ligada à
bondade de caráter, e pode ser seguramente afirmado que quem
é cruel com os animais não pode ser um bom homem.
Se
é certo que um deus fez este mundo, não queria eu
ser esse deus. As dores do mundo dilacerariam meu Coração.
O
bom humor é a única qualidade divina do homem.
Vá
bater nos túmulos e perguntar aos mortos se querem ressuscitar:
eles sacudirão a cabeça em um movimento de recusa.
Os homens se assemelham a
relógios a que se dá corda e trabalham sem saber a
razão. E sempre que um homem vem a este mundo, o relógio
da vida humana recebe corda novamente, para repetir, mais uma vez,
o velho e gasto refrão da eterna caixa de música,
frase por frase, com variações imperceptíveis.
É
uma verdade incrível como a existência da maior parte
dos homens é insignificante e destituída de interesse,
vista exteriormente; e como é surda e obscura sentida interiormente.
Consta apenas de tormentos e de aspirações impossíveis;
é o andar cambaleante de um homem que sonha através
das quatro épocas da vida, até à morte, com
um cortejo de pensamentos triviais.
A
glória deve ser conquistada; a honra, por sua vez, basta
que não seja perdida.
A
Beleza é uma carta aberta de recomendação que
nos predispõe bem o coração antecipadamente.
Toda
vez que a alegria se apresentar devemos lhe abrir o portão,
pois ela nunca é inoportuna.
As
religiões são como vaga-lumes: para brilhar precisam
das trevas.
O médico vê
o homem em toda a sua fraqueza; o jurista o vê em toda a sua
maldade; o teólogo, em toda a sua imbecilidade.
Em
geral, chamamos de destino as asneiras que cometemos.
A
descoberta da verdade é impedida de forma mais efetiva não
pela aparência falsa das coisas que iludem e induzem ao erro,
nem diretamente pela fraqueza dos poderes de raciocínio,
mas pela opinião preconcebida e pelo preconceito.
O
Homem é livre para fazer o que quer, mas não é
livre para querer
o que quer.