Nos
ciclos reencarnativos, a alma adquire uma personalidade, que é uma
combinação das muitas experiências que teve quando encarnada
anteriormente. Esta personalidade-alma, uma combinação de
personalidades passadas, retém memórias específicas
e tipos de caráter do passado. Entretanto, de maneira geral, as memórias
adquiridas em experiências terrenas anteriores e nos vários
Planos entre as encarnações não são compreensíveis
para a nossa mente objetiva; mas esta compreensão poderá ocorrer
através de símbolos, ou seja: a mente objetiva e o caráter,
que residem no cérebro, dão dimensionalidade às nossas
experiências terrenas, mas não têm um sistema para compreender
as memórias da personalidade-alma, a não ser de maneira simbólica
e intuitiva. Entretanto, infelizmente, devido aos preconceitos do materialismo
cultural e dos credos religiosos –
geralmente retrogressivos – é difícil para muitas pessoas
regirem de forma racional à Lei da Reencarnação (ou
Lei da Necessidade). Isto decorre do fato de que imensas resistências
são mobilizadas contra qualquer teoria que ameace fazer a revisão
de uma base cultural. Basta,
por exemplo,
examinar a historiografia da XVIII Dinastia Egípcia, e, em particular,
o Governo do Faraó AkhnAton.
Observação
2: A reencarnação é um dos pontos fulcrais
do Espiritismo – codificado por Allan Kardec – do Hinduísmo,
do Jainismo, da Teosofia, do Rosacrucianismo, da Filosofia Platônica
e de outras escolas de pensamento. Existem vertentes místicas do
Cristianismo como, por exemplo, o Cristianismo Esotérico, que também
admite a reencarnação. O fato é que, em termos do Catolicismo,
até a época do II Concílio de Constantinopla, no ano
de 553 d.C., a Doutrina do Renascimento e a Lei do Carma eram totalmente
aceitas pela Igreja Católica. Neste Concílio, por imposição
de Teodora, a ambiciosa esposa de Justiniano – Imperador Romano do
Oriente, cujo programa político pode ser sintetizado em uma breve
fórmula: Um Estado, uma Lei, uma Igreja – ficou estabelecido:
Todo aquele que
defender a doutrina mística da preexistência da alma e a conseqüente
assombrosa opinião de que ela retorna, seja anátema.
A partir de então, a Igreja Católica passou a rejeitar a Lei
da Reencarnação, criando dogmas indiscutíveis, cuja
verdade seus confrades eram obrigados a aceitar sem questionar – dogmas
sustentados em fundamentos irracionais que causaram e continuam causando
graves entraves à autonomia da razão e ao desenvolvimento
espiritual e libertário daqueles que aceitam e se sujeitam ao guarda-chuva
eclesial. Há quem afirme que os mandos e os desmandos de Justiniano
(particularmente a fechação da Academia de Platão,
em 529 d.C., a abolição do Talmude Babilônico nas Sinagogas,
em 540 d.C., e a eliminação do reduto dos Mistérios
Egípcios, na Ilha de Filac, em 550 d.C.) tenham historicamente contribuído
para fomentar, em 1183, o início da inquisição na Idade
Média.
Observação
editada das fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Justiniano_I
http://pt.wikipedia.org/wiki/
Reencarna%C3%A7%C3%A3o
http://www.guia.heu.nom.br/
supressao_da_reencarna%C3%A7ao.htm