Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

Este é o décimo primeiro estudo de três fragmentos editados, ampliados e, em alguns casos, comentados da coleção O Homem (Alfa e Ômega da Criação), uma publicação em quatro volumes da Grande Loja da Jurisdição de Língua Portuguesa da Antiga e Mística Ordem Rosæ Crucis, AMORC. Para ler o ensaio que deu origem à esta série, por favor, dirija-se a:

http://paxprofundis.org/livros/
halfaomega1/halfaomega1.htm

 

 

 

Três Fragmentos Para Reflexão

 

 

 

Todas as impressões – sejam psíquicas, sejam físicas são percebidas, organizadas e compreendidas na imaginação, e validadas pela observação das correspondências no mundo físico.

 

O propósito do Carma [em sânscrito, karma-n] é ensinar uma lição sobre caridade e compaixão, que deve ser apre(e)ndida, e não apenas equalizar as coisas... Os altos e baixos da vida não são predeterminados, mas representam, sim, situações específicas de aprendizado... O modo como enfrentamos as situações de hoje estabelece o padrão do amanhã... De forma esotérica, a compensação significa obter o bem do bem, e o bem do 'mal'... O Carma não está associado com o certo e o errado ou com o bem e o mal. O Carma é um princípio de causa e efeito em sua aplicação universal, não um policial ou um juiz. Muito mais do que fazemos aos outros, mas o que fazemos a nós mesmos é o que forma, por assim dizer, a carga do nosso Carma. E assim, aí estão incluídos os efeitos, sobre nós, do que fazemos aos outros. Qualquer um que colocar uma venda nos olhos, provavelmente, tropeçará. Enfim, como disse Ralph Waldo Emerson, 'se colocas uma corrente nos pés de um escravo, prendes a outra ponta em ti mesmo.' Resumindo: o Carma é a Lei do Progresso que ensina pelo exemplo, impulsionando a Humanidade para a emancipação, para a Unidade e para a harmonia com o Universo.

Observação 1: Não há prêmio; não há punição. Há, sim, sempre, ensino-aprendizagem insubstituivelmente de maneira presencial (pessoal e/ou coletivamente).

 

 

 

 

 

 

 

 

Nos ciclos reencarnativos, a alma adquire uma personalidade, que é uma combinação das muitas experiências que teve quando encarnada anteriormente. Esta personalidade-alma, uma combinação de personalidades passadas, retém memórias específicas e tipos de caráter do passado. Entretanto, de maneira geral, as memórias adquiridas em experiências terrenas anteriores e nos vários Planos entre as encarnações não são compreensíveis para a nossa mente objetiva; mas esta compreensão poderá ocorrer através de símbolos, ou seja: a mente objetiva e o caráter, que residem no cérebro, dão dimensionalidade às nossas experiências terrenas, mas não têm um sistema para compreender as memórias da personalidade-alma, a não ser de maneira simbólica e intuitiva. Entretanto, infelizmente, devido aos preconceitos do materialismo cultural e dos credos religiosos – geralmente retrogressivos – é difícil para muitas pessoas regirem de forma racional à Lei da Reencarnação (ou Lei da Necessidade). Isto decorre do fato de que imensas resistências são mobilizadas contra qualquer teoria que ameace fazer a revisão de uma base cultural. Basta, por exemplo, examinar a historiografia da XVIII Dinastia Egípcia, e, em particular, o Governo do Faraó AkhnAton.

Observação 2: A reencarnação é um dos pontos fulcrais do Espiritismo – codificado por Allan Kardec – do Hinduísmo, do Jainismo, da Teosofia, do Rosacrucianismo, da Filosofia Platônica e de outras escolas de pensamento. Existem vertentes místicas do Cristianismo como, por exemplo, o Cristianismo Esotérico, que também admite a reencarnação. O fato é que, em termos do Catolicismo, até a época do II Concílio de Constantinopla, no ano de 553 d.C., a Doutrina do Renascimento e a Lei do Carma eram totalmente aceitas pela Igreja Católica. Neste Concílio, por imposição de Teodora, a ambiciosa esposa de Justiniano – Imperador Romano do Oriente, cujo programa político pode ser sintetizado em uma breve fórmula: Um Estado, uma Lei, uma Igreja – ficou estabelecido: Todo aquele que defender a doutrina mística da preexistência da alma e a conseqüente assombrosa opinião de que ela retorna, seja anátema. A partir de então, a Igreja Católica passou a rejeitar a Lei da Reencarnação, criando dogmas indiscutíveis, cuja verdade seus confrades eram obrigados a aceitar sem questionar – dogmas sustentados em fundamentos irracionais que causaram e continuam causando graves entraves à autonomia da razão e ao desenvolvimento espiritual e libertário daqueles que aceitam e se sujeitam ao guarda-chuva eclesial. Há quem afirme que os mandos e os desmandos de Justiniano (particularmente a fechação da Academia de Platão, em 529 d.C., a abolição do Talmude Babilônico nas Sinagogas, em 540 d.C., e a eliminação do reduto dos Mistérios Egípcios, na Ilha de Filac, em 550 d.C.) tenham historicamente contribuído para fomentar, em 1183, o início da inquisição na Idade Média.

Observação editada das fontes:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Justiniano_I

http://pt.wikipedia.org/wiki/
Reencarna%C3%A7%C3%A3o

http://www.guia.heu.nom.br/
supressao_da_reencarna%C3%A7ao.htm


 

 

 

 

 


 

 

 

 

 

Página da Internet consultada:

http://coisasdeacreditar.blogspot.com/
2009/09/reencarnacao.html

 

Fundo musical:

Impossible Dream (Man of La Mancha)
Compositores: Joe Darion & Mitch Leigh

Fonte:

http://www.nena.com.br/midis/americanas.htm