OS ENSINAMENTOS SECRETOS DE TODOS OS TEMPOS
(13ª parte)

Autor: Manly Palmer Hall

 

 

 

Manly Palmer Hall

Manly Palmer Hall

 

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

Introdução

 

 

 

Este estudo se compõe da 13ª parte de uma coletânea de fragmentos garimpados na obra Os Ensinamentos Secretos de Todos os Tempos, de autoria de Manly Palmer Hall.

 

 

 

Breve Biografia

 

 

 

Manly Palmer Hall (Peterborough, Ontario, 18 de março de 1901 – 29 de agosto de 1990, Los Angeles, California) foi um místico e autor canadense de mais de cem livros, dentre eles The Secret Teachings of All Ages: An Encyclopedic Outline of Masonic, Hermetic, Qabbalistic and Rosicrucian Symbolical Philosophy, que ele publicou aos 25 anos de idade.

 

Em 1934, Hall fundou a Philosophical Research Society, em Los Angeles, EUA, dedicada ao ideal de buscar soluções para os problemas humanos.

 

Uma biografia mais detalhada está disponível em:

http://www.christianrosenkreuz.org/mph_biografia.htm

 

 

 

Fragmentos da Obra

 

 

 

Segundo a Cabala, as Leis do Universo estão estabelecidas pela combinação das vinte e duas letras do alfabeto hebraico.

 

 

 

 

Zohar: Todas as coisas são e estão estabelecidas na igualdade masculino-feminino, porque, se não fosse assim, como elas poderiam subsistir?

 

Daath (Sephirah hipotético) a Palavra mediante a qual os mundos foram criados.

 

 

Daath

 

 

A Árvore Cabalística se estende ao longo dos Quatro Mundos (ATzILUTh, BRIAH, YeTzIRaH e WShIaH), com seus ramos na matéria e suas raízes no Antigo dos antigos: Macroprosopo [ou Universo Imanifesto].

 

Segundo a Cabala, a Divindade sempre se manifesta emanando pólos de expressão do meio de si mesma, mas, permanecendo à margem da ilusão da polaridade.

 

 

 

 

Em MaLKhUT (Reino) se manifestam todos os poderes dos Mundos Superiores.

 

 

MaLKhUT

 

 

Tetragrammaton:

 

 

Tetragrammaton

 

 

Se inserirmos a letra ShIN (Sh) no meio do nome de IEVE, a palavra IEShVE (Jehoshua Jesus) será formada:

 

 

Acerca da Grande Palavra, Albert Pike (29 de dezembro de 1809 2 de abril de 1891), na obra Moral e Dogma do Rito Escocês Antigo e Aceito da Maçonaria ou simplesmente Moral e Dogma, escreveu o seguinte: A Verdadeira Palavra do Maçom se encontra no significado oculto e profundo do Nome Inefável da Divindade, comunicado por Deus a Moisés um significado que há muito se perdeu, precisamente por causa das precauções que foram tomadas para ocultá-La. A pronúncia correta deste Nome era, realmente, um segredo, no qual, não obstante, reside um Segredo ainda muito mais profundo do Seu significado. Este significado inclui toda a Verdade que podemos conhecer sobre a natureza de Deus.

 

A confusão desesperante dos Princípios Divinos com as figuras alegóricas criadas para pôr estes Princípios ao alcance das faculdades limitadas dos não-iniciados provocou os erros mais atrozes a respeito das Verdades Espirituais. Enquanto o ser-humano-aí-no-mundo não separar sua capacidade de raciocínio da teia de absurdos reverenciados em que sua mente está presa há séculos, como ele poderá descobrir a Verdade? O Mistério da nossa Ressurreição só poderá ser Compreendido mediante a Filosofia. [FiloShOPhIa.] Particularmente, no que concerne à Cabala, só o conhecimento concertado dos três processos cabalísticos denominados Gematria [método hermenêutico de análise das palavras bíblicas, somente em hebraico, que atribui um valor numérico definido a cada letra do Alfabeto Hebraico], Notarikon [método de derivação de uma palavra, usando cada uma das suas letras inicial ou final para dar suporte a outra, para formarem uma frase ou uma idéia ausente na sentença] e Temurá [substituição de uma letra por outra que a precede no alfabeto], nos permitirão descobrir as Verdades mais profundas da antiga Superfísica Judaica. Enfim, a existência de material interpolado no Quarto Evangelho, atribuído a São João e descoberto em uma caverna sob o Templo de Jerusalém, onde o volume estava escondido muito antes da Era Cristã, corrobora a admissibilidade de que esta obra foi originalmente escrita sem nenhuma referência específica ao homem chamado Jesus, e que as afirmações a Ele atribuídas eram, primitivamente, as dissertações místicas da personificação da Mente Universal. Por tudo isto [pelo menos], os estudiosos da Teologia Hebraica estão cada vez mais convencidos de que as diversas traduções das Escrituras, que foram aceitas até agora, não transmitem adequadamente o espírito dos documentos originais. Em Ísis Sem Véu, documentou Helena Petrovna Blavatsky: o Livro de Deus, ao ser transcrito de um alfabeto para outro, ficou tão corrompido, que se tornou irreconhecível, de tal sorte que, finalmente, hoje, temos um texto no qual abundam omissões, interpolações e distorções premeditadas.

 

Em nome de deus,
subtraí, sim, muito.
Em nome de deus,
omiti, sim, muito.
Em nome de deus,
desvirtuei, sim, muito.
Em nome de deus,
mutilei, sim, muito.
Em nome de deus,
defraudei, sim, muito.
Em nome de deus,
fantasiei, sim, muito.
Em nome de deus,
retardei, sim, muito.
Em nome de deus,
ilusionei, sim, muito.
Em nome de deus,
masculinizei, sim, muito.
Em nome de deus,
ameacei, sim, muito.
Em nome de deus,
inquisicionei, sim, muito.
Em nome de deus,
tudinho, sim, muito.
Em nome de deus,
nadinha, sim, muito.

 

Elohim [ALHIM] = Constituição Andrógina.

 

Somente quando o ser-humano-aí-no-mundo restaurar a unidade dentro de si mesmo poderá recuperar seu status espiritual primordial.

 

De acordo com a Doutrina Secreta de Israel, há quatro Adãos, cada um dos quais existindo em um dos Quatro Mundos Cabalísticos, ou seja: o primeiro Adão do Mundo das Emanações ou do Arquétipo (Adão de ATzILUTh), o segundo Adão do Mundo da Criação (Adão de BRIAH), o terceiro Adão do Mundo da Formação ou Astral (Adão de IeTzIRaH) e o quarto Adão do Mundo da Ação (Adão de WShIaH). Os três primeiros Adãos são andróginos; o quarto Adão experimentou uma divisão e passou a existir em dois corpos físicos distintos: em um deles encarna a potência masculina; no outro, encarna a potência feminina.

 

Santo Agostinho descobriu um Notarikon [método de derivação de uma palavra, usando cada uma das suas letras iniciais ou finais para dar suporte a outra palavra, frase ou idéia ausente na sentença] no nome ADAM, ou seja, são as iniciais das palavras Anatole Dysis Arktos Mesembria, os nomes gregos dos quatro cantos ou esquinas do mundo.

 

A plena natureza espiritual do ser-humano-aí-no-mundo é andrógina e incorruptível.

 

 

 

 

A palavra ADM [Adão] significa uma espécie ou uma raça, e somente pela falta de conhecimento adequado [Iniciático] foi considerada um indivíduo.

 

ADM também pode ser interpretado como uma idéia ou um molde, refletindo-se no universo material como uma multidão de imagens animadas, que, juntas, são chamadas Eva.

 

 

ADM

EvaEvaEvaEvaEvaEvaEvaEvaEvaEva

 

 

Na atração aparentemente incompreensível de um sexo por outro, Platão reconheceu o impulso cósmico do encontro das metades cortadas do Ser Arquetípico. O conceito moderno de casamento se baseia, de certo modo, neste ideal.

 

Uma outra maneira de interpretar a divisão dos sexos [que ocorreu na Terceira Raça-raiz] estabelece que, ao ser suprimido um dos pólos do ser andrógino, as energias puderam, então, se manifestar e se orientar no sentido do desenvolvimento do raciocínio. Deste ponto de vista, na realidade, o ser-humano-aí-no-mundo continua sendo andrógino e espiritualmente completo, embora, no mundo material, a parte feminina da natureza masculina e a parte masculina da natureza feminina estejam inativas [dormentes]. No entanto, através do desenvolvimento espiritual e do conhecimento transmitido pelos Mistérios, o elemento latente em cada natureza, aos poucos, se torna ativo, e, a longo prazo, o ser-humano-aí-no-mundo acabará recuperando o equilíbrio sexual. As Escolas Filosóficas mais profundas se inclinam para esta interpretação, porque reconhece melhor as potencialidades ilimitadas da completude divina nos dois aspectos da manifestação [+ e –]. A Igreja Católica se opõe fundamentalmente à teoria do matrimônio, sustentando, dogmaticamente, que apenas aqueles que preservarem o estado virginal alcançarão o mais alto grau de espiritualidade, e, para os seus confrades, continua a impor o celibato, uma prática que só serve para produzir uma quantidade alarlante e inconcebível de neuróticos [com todas as mórbidas conseqüências conhecidas e desconhecidas]. Nos Mistérios, o Celibato é reservado para Aqueles que atingiram um elevado grau de Desenvolvimento Espiritual [Iniciático]. Por outro lado, quando o celibato é imposto à massa da Humanidade não-Illuminada, se torna uma heresia perigosa, fatal tanto para a própria religião como para a Filosofia. Enfim, por alguma razão inexplicável, para a Religião Católica, o intelectualismo de fato, qualquer forma de conhecimento sempre foi considerado fatal para o desenvolvimento espiritual do ser-humano-aí-no-mundo. [Daí, por exemplo, o Index Librorum Prohibitorum (Índice dos Livros Proibidos), que era um listão de publicações consideradas heréticas, anticlericais ou lascivas proibidas pela Igreja Católica.]

 

 

Index Librorum Prohibitorum

 

 

 

Simbolicamente

 

 

Por ignorância, pelo sonho de poder, pelo delírio do desejo, por seguir falsos profetas, por nutrir falazes raciocínios, por considerar verdadeiras as miragens e as ilusões, por preferir a iniqüidade, por apego, por egoísmo e por cobiça, por maisquerer a ilicitude e a criminalidade e por tantas outras coisas, infelizmente, o ser-humano-aí-no-mundo caiu; pela Sabedoria [ShOPhIa], felizmente, ele se redimirá. Por isto, o Jardim do Éden, simbolicamente, representa a Casa dos Mistérios, na qual existem tanto a Árvore da Vida quanto a Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal.

 

A Imortalidade sempre foi, é e sempre será inerente ao próprio pó de que o ser-humano-aí-no-mundo foi, é e será feito, porque, antes que o mundo fosse criado e antes que o demiurgo se tornasse o Regente da Natureza, a Vida Eterna havia sido estampada na face do Cosmos. E o seu signo é a Cruz. [Por isto, repito, repito e repito um zilhão de vezes: in potentia, todos nós somos Deuses! Precisamos Transmutar o sentido horário em sentido Anti-horário. Precisamos, em nosso Coração, ouvir a Voz do Silêncio. Só assim Compreenderemos e nos Libertaremos.]

 

Se, in potentia, somos todos Deuses,
por que padecemos e choramos?
Porque olvidamos que somos Deuses,
e na Barca do Caronte navegamos.

O que, enfim, nos fará lembrar?
O que nos fará parar de padecer?
O que nos fará parar de chorar?
Só se sobrepujarmos o não-ser.

E como isto será alcançado?
E
como isto será conseguido?
Pela Transmutação do Quadrado
e pelo livramento do tempo ido.

Em uma só palavra: Iniciação.
Saber.  Querer.  Ousar.  Silenciar.
Isto é: interna Transmutação
e só ao Svmmvm Bonvm se dedicar.

Em potência deve virar em ato.
Precisamos nos livrar do passado.
Abstrato deve ser tornar concreto.

E assim, precisamos desconstruir
o guardião da Árvore do Conhecimento
(
o nosso demônio interior que aleitamos )
ou o passado não se tornará Devenir,
e cada vida será um novo tormento.

Ora, não adianta nada vociferar
e, muito menos, ajoelhar e pedir.
É mudançar já, agora, ou continuar
encavernado e cegueta sem USUFRUIR.

Isto significa: mudar de Cruz.
Isto significa: sair do velho ovo.
Isto significa: buscar a
LLuz.
Isto significa: Nascer de Novo.

 

Segundo o pastor protestante suíço, fancófono e ocultista, Antoine Court de Gébelin, originariamente Antoine Court, (cerca de 1719 1784), a palavra 'Tarot' deriva de duas palavras egípcias: 'Tar', que significa estrada, e 'Ro', que significa real. Desta maneira, o 'Tarot' constitui o Caminho para a Sabedoria. Em sua Histoire de la Magie, P. Christian, porta-voz de uma certa sociedade secreta francesa, apresentou um relato fantástico de uma suposta Iniciação aos Mistérios Egípcios, na qual os vinte e dois arcanos principais do 'Tarot' assumem as proporções de enormes pranchetas cobrindo uma grande galeria. Detendo-se na frente de cada carta, o Iniciador descrevia o seu simbolismo para o candidato. Embora seja provável que os antigos egípcios usassem as cartas de 'Tarot' em seus rituais, estes autores franceses não apresentaram evidências comprobativas das suas declarações. Seja como for, na realidade, as Cartas do 'Tarot' constituem a chave para a compreensão da constituição mágica do ser-humano-aí-no-mundo. Neste sentido, segundo Leis Matemáticas e Filosóficas, as Cartas do 'Tarot' devem ser consideradas: 1º) como hieróglifos independentes e completos, cada um dos quais representando um princípio, uma lei, um poder ou um elemento diferente da Natureza; 2º) em relação umas com as outras, como agentes que afetam e repercutem nos outros; e 3º) como vogais e consoantes de um Alfabeto Filosófico.

 

 

Quadrado Mágico Sator

Quadrado Mágico Sator

 

 

A 'Shekinah' simboliza a Sabedoria Divina.

 

 

Vela

 

 

 

Vela                                                    Vela

Shekinah

 

 

A Verdade [ainda que, insisto, sempre só possa ser percebida de forma relativa] nunca é revelada ao não-Iniciado. [Para a grande massa, a Verdade sempre é apresentada sob a forma de parábolas, metáforas, símbolos, mitos e narrativas figurativas. Em Mateus XIII: 31-32, está escrito: O Reino dos Céus é semelhante a um grão de mostarda... Ora, se o Reino dos Céus existe, não pode ser tão pequenininho assim!]

 

Oh! quantas vidas desperdiçamos!
Quantas vidas no lixo jogamos!
Por irresponsável sarandagem,
quimerizamos e nos ilusionamos.

Oh! quantas coisas desconhecemos!
Quantas coisas pensamos que sabemos!
Todavia, se lutarmos o Bom Combate,
relativamente, nós as desvendaremos.

Porque ainda matamos com a alabarda,
continuamos longe do grão de mostarda.
Enquanto isso, o Uni(multi)verso chora
e poucos se safam do que os retarda.

E, por isto, não acedemos a Shekinah,
e o máximo, para todos nós, é a
Mishnah.
O ente precisa deixar de ser nefelibata.
O ente precisa deixar de ser água-morna.

E, quando a Noite Negra se dissipar
e um Novo Dia, definitivamente, aurorar,
teremos dominado o nosso bute interno,
e, pela Iniciação, iremos nos I
lluminar.

Está feito. Está selado. A.'. U.'. M.'.

 

 

Teorema de Pitágoras

 

O Mundo Espiritual é triplo, e Dele provém o mundo material, que é quádruplo.

 

A Tétrada [ou Tetraktys] era a Grande Divindade venerada pelos pitagóricos.

 

 

Tetraktys

Tetraktys

 

 

No Simbolismo, os símbolos do Sol e da Lua são chamados de Olhos do Grande Rei.

 

A Meta de todo Iniciado é elevar sua consciência ao nível do Entendimento [ShOPhIa] e da Realidade Espiritual [Atualidade Cósmica].

 

O Uraeus branco e preto simboliza a Vida e a morte, a LLuz e as trevas, o Bem e o mal.

 

 

Uraeus e Máscara Mortuária do Faraó Tutankhamon

 

 

 

Continua...

 

 

 

Música de fundo:

Secret Love
Composição: Sammy Fain (música) & Paul Francis Webster (letra)

Fonte:

https://z1.fm/song/12026411

 

Páginas da Internet consultadas:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Index_Librorum_Prohibitorum

https://www.imagensanimadas.com

https://www.myheimat.de

https://www.terra.com.br/

https://br.vexels.com/

http://nonametomakeyouhappy.co.vu

https://pt-br.facebook.com/thelemabrstrike/

https://giphy.com

http://paxprofundis.org/livros/
androginia/androginiamistica.html

https://www.slideshare.net/

https://en.wikipedia.org/wiki/Tetragrammaton

https://en.wikipedia.org/wiki/Tetragrammaton

https://www.freepik.com/

https://22teachings.com/

https://www.abc.net.au/

https://sheldonkirshner.com/

https://eruizf.com/lecturas/r_c/manly/manly_palmer_hall
_las_ensenanzas_secretas_de_todos_los_tiempos.pdf

https://pt.wikipedia.org/wiki/Manly_Palmer_Hall

https://www.escoladaluz.com.br/uploads/books/
7d76747cc813bad4860840934787e597.pdf

 

Direitos autorais:

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