Teoria
Dispensacional
(Dispensacionalismo)
De
acordo com o Conciso Dicionário de Teologia Cristã,
o Dispensacionalismo
é um sistema de interpretação bíblica e teológica
que divide a ação de deus na história em diferentes
períodos que são por Ele administrados em bases diferentes.
Envolve uma interpretação literal da Escritura, uma distinção
entre Israel e a Igreja e uma escatologia pré-milenarista
e pré-tribulacionista. O Dispensacionalismo (linha teológica
defendida pela grande maioria dos evangélicos das Américas)
é uma doutrina teológico-escatológica cristã
que afirma que a Segunda Vinda de Jesus Cristo ou Parúsia (do grego
Parousía) será um acontecimento que se dará
no mundo ou plano físico, envolvendo o Arrebatamento e um período
de sete anos de tribulação, após o qual ocorrerá
a batalha do Armagedon e o estabelecimento do Reino de deus na Terra. O
Dispensacionalismo, como um sistema, resulta de uma interpretação
pré-milenarista da Segunda Vinda de Cristo, e, geralmente, é
uma interpretação pré-tribulacional da Doutrina do
Arrebatamento. É, enfim, uma interpretação de vários
livros bíblicos, como, por exemplo, o Apocalipse ou Livro
da Revelação sobre o futuro da Humanidade. Trata-se de
um momento no qual Jesus resgataria os salvos (ou eleitos) para o reino
dos céus – Nova Jerusalém – deixando na Terra
os demais seres humanos que não o aceitaram como Salvador. De acordo
com a maioria das pessoas que advoga esta tese, após o Arrebatamento,
haverá um grande caos na Terra durante 7 anos; este período
é chamado de Grande Tribulação. Após os sete
anos de tribulação, Jesus voltaria novamente em companhia
dos que foram salvos para reinar no planeta Terra por mil anos (Reino Milenal).
Os
dispensacionalistas entendem que a Bíblia esteja organizada em sete
dispensações, a saber: Dispensação da Inocência
ou Dispensação Edênica (Gênesis, I, 28
a III, 6), Dispensação da Consciência (Gênesis,
IV, 1 a VIII, 14), Dispensação do Governo Humano (Gênesis,
X, 25, XI, 10 a 19 e XII, 1), Dispensação Patriarcal ou Dispensação
da Promessa (Gálatas, III, 17 e Hebreus, XI, 9
a 13), Dispensação da Lei (Êxodo,
XVIII, 2 a Atos, I, 26),
Dispensação da Graça ou Dispensação da
Igreja (Atos,
II, 1 a Apocalipse, XIX, 21)
e a Dispensação do Reino Milenal ou Dispensação
da Plenitude dos Tempos (Apocalipse,
XX, 4 e XX, 6).
A
Dispensação da Inocência ou
Dispensação Edênica designa o período de relacionamento
de deus com Adão e Eva antes da queda. O homem foi colocado em um
ambiente perfeito, paradisíaco, sujeito a uma lei simples e advertido
das conseqüências da desobediência. Como deu ouvidos à
serpente e desobedeceu, passou a padecer tudo o que possa ser imaginado
e mais um pouco. Talvez, se não tivesse dado bola para o réptil
escamado e desobedecido, não haveria nem Dispensacionalismo,
nem Arrebatamento, nem inferno. Mas, simbolicamente, também não
se libertaria do paraíso e nem chegaria aonde chegou. Mas isto é
um outro papo.
A
Dispensação da Consciência estende-se
desde a queda (boquejo da maçã) até o dilúvio,
tendo durado cerca de 1.656 anos. Neste tempo, os homens expulsos do Éden,
conhecedores do bem e do mal, podiam seguir a direção do seu
próprio Coração, mas corromperam-se a tal ponto, que
deus enviou o dilúvio. Pela sua desobediência, o homem chegou
a ter um conhecimento pessoal e experimental do bem e do mal – do
bem como a obediência e do mal como a desobediência. Mediante
este conhecimento, a sua consciência acorda. Expelido do Éden,
o homem passou a ser responsável para fazer todo o bem que conhecia,
de se abster de todo o mal que lhe cercava e de se aproximar de deus mediante
o sacrifício. O resultado desta segunda prova do homem está
registrada em Gênesis, VI, 5 e a Dispensação
da Consciência terminou com o Dilúvio sobre o mundo dos ímpios.
A
Dispensação do Governo Humano perdurou
cerca de 427 anos, desde o tempo do dilúvio até a dispersão
dos homens sobre a superfície da Terra, sendo consolidada com a chamada
de Abraão.
A
Dispensação Patriarcal ou Dispensação
da Promessa teve início com a chamada de Abraão, cerca de
1.963 a.C., ou seja, 427 anos depois do dilúvio. Sua duração
foi de 430 anos. Por meio dela, Abraão e seus descendentes vieram
a ser herdeiros da Promessa. Este interlúdio durou até a saída
do povo de Israel do Egito (Êxodo, XVIII).
A
Dispensação da Lei designa o período
da história desde a outorga da Lei a Moisés no Sinai até
o Pentecoste dos Atos dos Apóstolos. Esta Dispensação
durou cerca de 1.430 anos. Em Gálatas, III, 24 e 25, Paulo
adverte que a Dispensação da Lei teve um caráter prospectivo
e apontava para o Cristo (Interior).
Dispensação
da Graça ou Dispensação da Igreja é o período
que se estende desde a crucificação de Jesus até a
sua Segunda Vinda. Esta dispensação está relacionada
com a Nova Aliança do Sangue de Cristo. Tal qual Moisés foi
mediador da Aliança Mosaica, assim Cristo é o mediador da
Nova Aliança (que, misticamente, deve ser entendida como a Aliança
entre o Eu Objetivo, mortal, e o Mestre-deus-Interior, imortal). Existe,
portanto, um contraste entre a Dispensação da Lei e a Dispensação
da Graça. A
Graça de deus –
em
Jesus Cristo – encontra os pecadores e os justifica. Com exceção
do Quarto Mandamento do Decálogo1,
os outros foram reafirmados na Nova Aliança.
A
Dispensação do Reino Milenal ou Dispensação
da Plenitude dos Tempos refere-se ao Reino final de Cristo no milênio
terrestre. (Apocalipse, XX).
Há,
ainda uma oitava Dispensação (que não é considerada
uma Dispensação por algumas escolas dispensacionalistas):
a Dispensação da Tribulação, que irá
desde
o Arrebatamento da Igreja até o Armagedon.
Um
dos principais desafios que o Dispensacionalismo enfrenta hoje, como informa
o Bacharel em Teologia Ministerial Anísio Renato de Andrade em seu
trabalho de Escatologia, O Dispensacionalismo, é o desenvolvimento
de uma posição que especifique com clareza como as ordens
de uma dispensação anterior se aplicam aos crentes de uma
dispensação sucessiva. Evidentemente, se a Teoria Dispensacional
é correta, então ela representa um poderoso instrumento hermenêutico,
sendo decisivo para podermos interpretar as promessas e as ordens bíblicas
corretamente. Por outro lado, se a Teoria Dispensacional é incorreta,
então, aquele que ensina tais distorções acabará
atraindo para si retribuições pesadíssimas, e não
será conhecido como misericordioso, como limpo de Coração
ou como pacífico, e, muito menos, poderá ser chamado de filho
de deus. (Confira Evangelho de São Mateus, V, 9).
Os
dispensacionalistas prevêem que haverá o desenvolvimento do
seguinte quadro: 1º - Israel, a nação judaica, estará
no centro do plano divino para a Humanidade. Restaurada para a Palestina,
Israel reconstruirá o Templo e restabelecerá os sacrifícios
levíticos exigidos pela Lei Mosaica; 2º - o poder político
internacional será exercido pelo governador satânico –
o Anticristo, também chamado a Besta ou Homem da Iniqüidade
(I João, IV, 3, Apocalipse, XIII
e II Telassonicenses, II, 3); 3º - o Catolicismo apóstata
se aliará com o Anticristo (Apocalipse, XVII) e prosperará
durante um tempo; 4º - o pecado aumentará entre os homens; 5º
- a ira de deus será derramada sobre a Terra em uma série
de julgamentos cataclísmicos; e
6º - quando a Besta (Anticristo) romper com a nação
israelita, provocará uma crise internacional que atingirá
seu auge na guerra do Armagedon. Tudo culminará no fim dos sete anos
da tribulação com a vinda de Jesus Cristo com seus santos
(a Parúsia). Após a Parúsia, o reino do Anticristo
será destruído e Cristo passará a reinar sobre a Terra.
Todavia,
ainda fazendo referência a Anísio Renato de Andrade, há
muita inomogeneidade entre pré-milenaristas históricos e dispensacionalistas,
como, por exemplo, a distinção absoluta entre Israel e a Igreja
e a possibilidade de um Arrebatamento secreto antes da tribulação.
Entre os próprios dispensacionalistas há também diferenças
inconciliáveis de opiniões: alguns chegam ao extremo de vislumbrar
uma dispensação posterior ao Reino Milenal. Afirmam que, nesse
tempo, toda a criação será alcançada pelo ministério
de Cristo. Parecem querer incluir aí nessa redenção
todos os seres humanos e celestiais, mesmo aqueles que houverem sido condenados
ao fogo eterno – inclusive o próprio Satanás! Mas há
uma concordância generalizada: Cristo reinará neste mundo após
sua Segunda Vinda e cumprirá o propósito de deus previsto
pelos profetas do Antigo Testamento e por João, no Apocalipse.
Enfim,
seja como for, as Dispensações não são caminhos
para a salvação; teologicamente, apenas são maneiras
pelas quais deus interage com o homem. O conceito refere-se ao método
divino de lidar com a Humanidade e de administrar a verdade em diferentes
períodos de tempo, ainda que tudo isto tenha sido, por assim dizer,
tão-somente uma obra criacionístico-mental elaborada pelo
homem, pois, já que não acredita ou tem confiança em
si mesmo, precisa, seja lá do jeito que for, acreditar em algo que
seja onipotente e presumidamente superior a ele. E daí, entre outras
invencionices, deriva o Arrebatamento.
Doutrina
do Arrebatamento
O
Arrebatamento (conceito popularizado em anos recentes, tanto pelo avanço
do esforço missionário protestante quanto pela difusão
de obras de ficção, das quais a mais notável é
a série Left Behind, Deixados Para Trás, obra ficcional
de autoria de Tim LaHaye e Jerry B. Jenkins, de temática cristã,
que narra os últimos dias na Terra após o Arrebatamento da
Igreja de Cristo) é
um conceito religioso que afirma que Jesus virá buscar a sua Igreja,
literalmente, tirando-a da Terra e elevando-a ao céu. Segundo alguns,
o Arrebatamento só será percebido porque milhões de
pessoas desaparecerão da face da Terra. Durante este acontecimento,
Cristo não será visível nesse momento para os que aqui
ficarem, pois esta ainda não é Sua Segunda Vinda à
Terra, e, sim, o evento do Arrebatamento da Igreja, que durará sete
anos.
O
conceito de Arrebatamento está presente em algumas
interpretações de escatologia cristã, inclusive o Dispensacionalismo,
acima rapidamente examinado. É uma interpretação de
vários livros bíblicos, como, por exemplo, o Apocalipse
(ou Livro da Revelação), revelado dramaticamente
ao Apóstolo João, na Ilha de Patmos2,
sobre o futuro da Humanidade. Trata-se de um momento, conforme explicado
mais acima, no qual Jesus resgataria os convertidos para a Nova Jerusalém,
deixando na Terra os demais seres humanos que não O aceitaram como
o Agnus Dei.
Nas liturgias católica e anglicana, o Agnus
Dei é recitado ou cantado durante a fração
do Pão Eucarístico, tendo sido introduzido na celebração
da Eucaristia pelo Papa Sérgio I (687 - 701) e baseada em João
I, 29. A forma latina é:
Agnus Dei,
qui tollis peccata mundi,
miserere nobis.
Agnus Dei,
qui tollis peccata mundi,
miserere nobis.
Agnus Dei,
qui tollis peccata mundi,
dona nobis pacem.3
De
acordo com a maioria das pessoas que advogam a heteróclita tese do
Arrebatamento, haverá um grande caos na Terra durante 7 anos (3 anos
e meio de falsa paz e 3 anos e meio de guerras), com o governo do Anticristo
(líder político mundial), do Falso Profeta (líder religioso
ecumênico) e da Besta 666 (o deus da religião do futuro). Este
período é chamado de Grande Tribulação. Após
estes sete anos de vicissitudes e de imprevisibilidades, Jesus voltaria
novamente, junto com os salvos, para reinar no planeta Terra por mil anos
(Apocalipse, XX, 1 a 6). Após o milênio, irá
acontecer o Juízo Final (Apocalipse, XX, 7 a 15) e a construção
do novo céu e da nova Terra (Apocalipse,
XXI, 1 a 8). Segundo Gilberto da Luz Rocha, no fim dos mil anos, o diabo
será novamente solto sobre a Terra por um breve tempo, e muitos ainda
se perderão e irão para o inferno, pois a carne prima pelo
prazer, mesmo momentâneo. O Coração do homem –
mesmo sob o governo perfeito de Jesus Cristo – pode mostrar-se não-convertido,
e, com isso, muitos não se salvarão, pois a natureza humana
é basicamente pecaminosa.
Particularmente,
a exegese católica não crê em um Arrebatamento nos termos
acima referidos e tampouco nos mil anos, literalmente falando, que consistiriam
no lapso de tempo entre a Ascensão de Jesus e os tempos em que vivemos,
mas, sim, na Parúsia, que é a Segunda Vinda de Jesus Cristo
no final dos tempos e Sua manifestação gloriosa no mundo para
julgar pessoalmente cada homem segundo sua fé e suas obras. Os justos
seriam salvos e gozariam a vida eterna, a criação será
renovada e os maus serão condenados à eternidade sem deus
– que é o inferno.
Conclusão
e Reflexões Finais
Da
agnosia ao entendimento, das trevas à LLuz, para todos nós,
há um longo e árduo caminho a ser percorrido. Entretanto,
a questão é: o que é feito neste entretempo? Buscamos
compreender e lutamos por nossa Liberdade Espiritual e Sideral ou ficamos
à mercê dos exegetas autonomeados e dos exploradores-parasitas
de sempre, como o balão que voa à mercê do vento?
Não
adianta nos vangloriarmos por termos vencido os Períodos de Saturno,
Solar e Lunar, porque é agora, nesta segunda metade Período
Terrestre, que a porca torce o rabo, pois, o homem, por mérito e
sucessivamente, adquiriu seu Corpo Denso (Época Polar), seu Corpo
Vital (Época Hiperbórea), seu Corpo de Desejo (Época
Lemúrica), sua mente (Época Atlante) e suas faculdade racional
e consciência de vigília (atual Época Ária).
Ora, esta faculdade racional é, por assim dizer, uma faca de dois
gumes, pois podemos fazer cortes benéficos como também podemos
fazer cortes fatais.
O
fato é que a racionalidade irracional pode criar o que bem quiser,
de armas químicas e biológicas a bombas nucleares, de sacis-pererês
e mulas-sem-cabeça a deuses. No caso das criações zoomórficas
e antropomórficas de deuses, por incrível que possa parecer,
a coisa criada acaba adquirindo o poder de uma bomba nuclear, porque qualquer
forma-deus engendrada pelo homem acaba se tornando capaz de produzir os
mais variados constrangimentos no plano físico, em uma espécie
de mão e contramão: a mão do homem cria; a contramão
do deus criado constrange. Assim, a criação humana de um deus
coletivo, egregórico, acaba se voltando contra o próprio homem,
pois esta forma-deus adquire autoconsciência, que é alimentada
pela confraria que a adota, insuflando e inspirando, pelo lado esquerdo,
as mais variadas degradações e aviltamentos, geralmente impercebidos
por seus criadores, adoradores e mantenedores, do tipo rituais sacrificatórios,
inquisições, flagelações, degolamentos etc.
A idealização do Arrebatamento, que não deixa de ser
uma forma de inquisição (pois os pretensos hereges e feiticeiros
não serão arrebatados), por exemplo, tende a fortalecer, principalmente,
as formas-deus que estão no plano astral de planetas.
É
lamentável! O pior é que os sabidões de sempre se aproveitam
da ignorância e da credulidade dos despreparados para absurdamente
se locupletarem. Impõem todo tipo de oblações, dízimos,
oferendas, contribuições e sacrifícios, através
de mecanismos sórdidos cujas colas e aderências têm por
base, por um lado, o medo do demônio e do inferno, e, por outro, a
salvação e o arrebatamento. Ora, convenhamos: que se acredite
em deus, tudo bem, nada contra, sem qualquer julgamento de valor; mas que
se acredite que deus seja capaz de abarbarizar, punir e condenar suas próprias
criações é um despautério sesquipedal! Como
é possível que alguém possa admitir que qualquer deus
possa arrebatar uns e condenar ao inferno outros? Eu não consigo
sequer mastigar essas baboseiras, que dirá engoli-las.
Mas,
acho que me enganei! Sim, os deuses – quaisquer deuses – são
capazes de abarbarizar, de punir e de condenar suas próprias criações!
Os deuses – quaisquer deuses – são capazes, sim, de arrebatar
uns para um paraíso de delícias,
para a mansão divina da felicidade e da glória eterna
(como dizia São Francisco
de Sales), e
de julgar e condenar ao inferno outros. Sabem por quê? Porque as formas-deus
criadas pelos homens, obrigatoriamente, têm sentimentos humanos! No
processo de criação de um deus, o homem, voluntariamente ou
involuntariamente, transfere para esse mesmo deus seus ódios e suas
paixões, suas compreensões e suas incompreensões, seus
conceitos e seus desconceitos, seus issos e seus aquilos.
Logo, este mesmo deus, considerando como teatro o planeta Terra, depois
de criado, quando inspira um de seus criadores, seja lá para o que
for, só pode devolver o que lhe foi oferecido, só pode devolver
aquilo com o qual foi fabricado, só pode influenciar com sentimentos
humanos. É por este motivo que muitos deuses criados pelo homem gostam
de liturgias e de carranças, de reparações e de vinganças,
de sangueiras e de matanças. Em resumo: os deuses nada mais são
do que pensamentos-cascões astrais autoconscientes criados pelo homem.
Pense
nisto: se uma determinada confraria que presta culto e venera um determinado
deus desaparecesse, por qualquer motivo, integralmente da face da Terra
ou de um outro planeta qualquer da Terceira Dimensão, o deus por
ela reverenciado acabaria por ser entropizado e desapareceria, como entidade,
do Plano Astral do planeta em que operava. Por isto, ao dar início
a este estudo, fiz questão de apresentar uma lista considerável
dos mais diversos deuses da Antigüidade. Todavia, alguém poderia
perguntar: e quanto aos Registros Akáshicos? Nos Registros Akáshicos
ficaria apenas o arquivo da existência do deus entropizado –
uma espécie, por assim dizer, de back-up fotográfico
sem operacionalidade ou atuação efetiva.
Penso
que as explicações que dei (que poderão incomodar a
alguns ou a muitos, e, por isto, peço perdão) sejam mais ou
menos suficientes, ainda que eu pudesse continuar a debater este tema, com
outros exemplos, por mais alguns quilobytes. Mas foi por todos
estes motivos que comecei este estudo afirmando: os homens criam deuses,
imolam, renunciam e se sacrificam por eles, acabam sendo mentalmente dominados
por eles, e, finalmente, decidem negociar hipoteticamente com estes mesmos
deuses por eles criados, perdendo o que há de mais importante na
existência: a criatividade, o livre-arbítrio e a liberdade.
Trocam tudo isto e o resto por dependências, por prisões e
por condicionamentos. Trocam tudo isto e o resto por genuflexões,
por obediência cega e por adiamentos. Trocam tudo isto e o resto por
hipoteticidades, por conjecturas e por instáveis castelos de cartas.
Como
penúltimo parágrafo deste estudo, argüirei o seguinte:
não adianta o argumento de que o homem é detentor de livre-arbítrio,
e, assim, é responsável pelo bem e pelo mal que praticar.
Isto é assim e não é assim. Admitindo que o homem tenha
sido criado por um deus qualquer – o que contraria a argumentação
que usei de que os deuses são criados pelo homem, mas que serve particularmente
bem para a especulação a seguir – se um pai dá
uma carabina a uma criança, e ela, inadvertidamente, mata uma pessoa,
de quem é a responsabilidade? Ora, no tempo cósmico, que é
tempo e que não é tempo, somos todos meio que crianças
imberbes incompetentes e inexperientes. O resto, não importa se você
é religioso ou se não é, poderá concluir. Mas
não posso deixar de repetir: acreditar que um deus qualquer seja
capaz de cometer um barbarismo, de infligir pena ou castigo e/ou de imputar
culpa às suas próprias criações é um
despautério sesquipedal! Como é possível que alguém
possa admitir que qualquer deus possa arrebatar uns (escolhidos e eleitos)
e condenar à danação eterna outros (segregados e desamados)?
Todavia, lembrando Epicuro de Samos (341 a.C. – 270 a.C.), filósofo
grego do período helenístico, com ele, pondero e pergunto:
Ou deus quer impedir
o mal e não pode, ou pode e não quer, ou não pode e
nem quer, ou quer e pode. Se quer e não pode, é impotente.
Se pode e não quer, é perverso. Se não pode e nem quer,
é impotente e perverso. Se quer e pode, por que não o faz?
Só
há uma maneira de nos alforriarmos de todas estas coisas: construirmos
diurnalmente o deus de nossos Corações. É isto que
eu desejo para você, para todos e para mim. Se você ainda não
teve oportunidade de ler, eu o convido para dar uma espiada em um trabalho
que escrevi há algum tempo: Sanctum Sanctorum (Sanctum Cordis).
O endereço é:
http://paxprofundis.org/livros/
sanctum/sanctorum.htm
______
Notas:
1. Quarto
Mandamento: Lembra-te
de santificar o dia de sábado: trabalharás durante seis dias
e farás toda a tua obra. Mas, no sétimo dia, que é
um repouso em honra do Senhor teu deus, não farás trabalho
algum.
2. Está
escrito no próprio Apocalipse: Eu,
João, vosso irmão
e companheiro na
tribulação, no reino e na paciência em Jesus Cristo,
estive na Ilha chamada Patmos por causa da Palavra de deus e do Testemunho
de Jesus. Um dia de domingo, fui arrebatado em Espírito, e ouvi por
detrás de mim uma grande voz, como de trombeta, que dizia: —
'O que vês, escreve-o em um livro, e envia-o às Sete Igrejas
que há na Ásia: à
Igreja de Éfeso,
à Igreja de Esmirna,
à Igreja de Pérgamo,
à Igreja de Tiatira,
à Igreja de Sardes,
à Igreja de Filadélfia
e à Igreja de Laodicéia.'
3. Cordeiro
de deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós. Cordeiro
de deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós. Cordeiro
de deus, que tirais o pecado do mundo, dai-nos a paz.
Páginas
da Internet consultadas:
http://www.ceismael.com.br/
filosofia/filosofia012.htm
http://www.rdpizzinga.pro.br/livros/
laferriere/laferriere.html
http://pt.wikipedia.org/
wiki/Per%C3%ADodo_Terrestre
http://pt.wikipedia.org/
wiki/Cordeiro_de_Deus
http://www.geocities.com/
kidgospel/webs/fotodoarrebat.htm
http://www.arrebatamento.com.br/
http://falandodabiblia.blogspot.com/
2008/08/polmica-do-arrebatamento.html
http://pt.wikipedia.org/
wiki/Arrebatamento
http://www.geocities.com/
Athens/Agora/8337/teologia6.htm
http://www.gotquestions.org/
Portugues/dispensacionalismo.html
http://pt.wikipedia.org/
wiki/Anexo:Lista_de_divindades
http://pt.wikipedia.org/
wiki/Divindade
Fundo
musical:
Limelight
Compositor: Charles Chaplin
Fonte:
http://www.vidailuminada.com.br/
musicas_instrumentais/musicas_instrumentais.htm