O
carma da vida objetiva anterior sempre determinará o estado da existência
em que o indivíduo irá renascer.
Plano
Astral 'Kama Loka'.
O
Quinto Princípio humano [Alma Humana ou Manas]
está, de certa forma, dividido em dois Subprincípios, separado,
por assim dizer, em elementos superiores e inferiores. Depois da morte ou
transição, sua porção mais pura e espiritualmente
superior (o
Eu Interior
da última personalidade terrestre) adere ao Sexto Princípio
[Alma Espiritual
ou Buddhi],
ambos unidos ao
Sétimo Princípio
[Espírito
ou Atma],
enquanto seus instintos,
impulsos e memórias aderem ao Quarto
Princípio [Alma
Animal ou Kama Rupa].
O
que sobrevive no 'Devachan' é a própria personalidade consciente
do homem.
Na
obra Catecismo Buddhista, o escritor, erudito, teósofo, advogado,
jornalista, co-fundador e presidente da Sociedade Teosófica Henry
Steel Olcott (2 de agosto de 1832 – 17 de Fevereiro de 1907), denominou
o carma de Deus ex machina [Deus surgido da máquina].
O
Eu de um nascimento difere dos Eus de todos os
outros nascimentos. [Henry
Steel Olcott, apud Alfred Percy Sinnett].
Os
sentimentos puramente sensuais e os gostos da personalidade passada são
separados da mesma no 'Devachan'. Todavia, todos os estágios mais
elevados da personalidade e as emoções afetivas encontram
a sua própria esfera de desenvolvimento [revivescência,
digamos assim] no
'Devachan'.
O
'Devachan' é um estado subjetivo de feliz e egoística
existência espiritual.1
O
'Devachan' é,
por assim dizer, uma vida de efeitos, não de causas – um sonho
de vívida realidade. Apenas as atividades morais e espirituais encontram
a sua esfera de efeitos no 'Devachan'.
Em
seu novo nascimento, o ser reencarnante em peregrinação deverá
agir em sua próxima esfera causal, seja neste mundo, seja em outro,
dependendo do grau de seu progresso [compreensão].
O
despertar do sonho devachânico [pleno de felicidade, mas,
ilusório e egoístico, ainda que psiquicamente sentido como
realidade absoluta]
implica em um próximo nascimento em uma vida objetiva.
A
realidade de uma coisa é provada pela sua efetividade.
Há
ilimitadas variedades [graus ou níveis]
de felicidade [bem-aventurança]
no 'Devachan', todas correspondentes às ilimitadas variedades
de mérito do gênero humano.2
A
Filosofia Esotérica Budista admite a existência de
três 'Lokas' principais, a saber: 1º) 'Kama Loka'; 2º) 'Rupa
Loka'; e 3º) 'Arupa Loka'. Literalmente, significam: 1º)
'Kama
Loka':
mundo dos desejos, das paixões e dos anseios insatisfeitos, a mansão
dos cascões [sombras]
e das vítimas dos elementares e dos suicidas [Plano Astral].
2º) 'Rupa
Loka': mundo das formas, ou seja, das sombras mais espirituais,
possuindo forma e objetividade, mas, sem substância [os
quatro subplanos inferiores do Plano Mental].
3º) 'Arupa
Loka':
mundo informe, ou melhor, o mundo que não possui qualquer forma,
o incorpóreo, já que seus moradores não têm,
para nós, mortais, corpo, forma e cor, no sentido que damos a estas
palavras [os
três subplanos superiores do Plano Mental (mansão da individualidade)].
Estas são as três esferas de espiritualidade ascendente, nas
quais os diferentes grupos e entidades subjetivas e semi-subjetivas
encontram suas atrações.3
Personalidade
[individualidade]
é sinônimo de limitação, e quanto mais egoístas
e mesquinhas forem as idéias da pessoa, tanto mais intimamente ela
se aderirá às esferas inferiores da existência, e tanto
mais tempo permanecerá no plano das egoísticas relações
sociais.
Em
termos operativos [retributivos e de justiça imparcial],
o carma do bem é equivalente ao carma do mal.
Geralmente,
um renascimento na existência objetiva é o sucesso que pacientemente
aguarda o carma do mal. Cada (re)nascimento é qualificado tanto pelo
mérito quanto pelo
demérito da vida anterior. As circunstâncias em que
entramos em uma vida nova refletem as conseqüências do uso que
fizemos da nossa vida anterior.4
Vida
Devachânica Crescimento
+
Maturidade +
Decadência.
As
diversidades existentes constituem um todo harmônico.
Vida
Una Potência Sublime
da Vontade Universal.5
Os
nomes sânscritos dos Princípios Superiores [Manas,
Buddhi e Atma]
implicam a idéia de que eles são veículos da Vida Una.
O
grande segredo em que a Ciência Oculta está envolvida se funda
no perigo que existe em conferir determinados poderes às pessoas
que não deram garantias morais para ser dignas deles.6
O
poder de produzir resultados fenomenais, em geral, está associado
ao domínio dos elementais.
Mediunidade
—›
Cascão Astral [às
vezes, impropriamente, denominado Elementar, que, facilmente, pode ser confundido
com Elemental] + Medium = Simpatia Magnética.
Os
Princípios Superiores das pessoas mortas são santos ou satânicos
em suas naturezas, e, portanto, apropriados para o Devachan ou para
o
Avitchi.
Uma
personalidade que não tem nenhum vestígio de espiritualidade
nem qualquer afinidade espiritual em seu Quinto Princípio [Manas],
seja para o bem, seja para o mal, será arrastada pela corrente de
seu destino futuro, e ele não têm nada a ver com a atmosfera
da Terra ou com o Devachan, mas, especificamente, com a Oitava Esfera –
da qual nenhum viajante retorna.7
A
degradação total de uma personalidade, o suficiente para,
após a morte, arrastá-la para
o raio de atração da Oitava Esfera, é uma ocorrência
muito rara.
Somente
a rígida disciplina
mental do estudo esotérico, em seu aspecto mais amplo, é capaz
de impedir que qualquer inteligência dedicada à consideração
destes fatos chegue a conclusões que este mesmo estudo demonstra
ser necessariamente errôneas.8
Após
a morte, as simpatias ardentes adquiridas em vida (afinidades terrenas)
não se dissipam imediatamente. 'Kama Loka' —›
Progresso (ação e reação; atração
e repulsão; fluxo e refluxo) —›
'Devachan'
—›
Reencarnação.
São
absolutamente desaconselháveis, e mesmo deploráveis, todos
os tipos de tentativas de entrar em comunicação com as [personalidades-]alma
dos mortos através de médiuns. E, quanto mais genuínas
são tais comunicações mais prejudicam os habitantes
de 'Kama Loka'.
Os
Princípios Superiores não se manifestam através de
médiuns.
Geralmente,
para todos nós, o tempo de permanência no 'Kama Loka' é
de, mais ou menos, vinte a trinta anos.9
Como
as criaturas humanas, a Terra tem seus Sete Princípios.10
Impulso
de Vida Fluxo Contínuo.
A
Humanidade se desenvolve através de Sete Grandes Raças, durante
cada Ronda em um planeta, isto é, durante a ocupação
deste planeta pela Onda de Vida.
Os
seres humanos da Sétima Ronda serão, por assim dizer, semelhantes
a Deuses.11
A
Terra, atualmente, está habitada pela Humanidade da Quinta Raça
da Quarta Ronda, ou seja, pela Onda de Vida humana em sua quarta viagem
ao redor do círculo de mundos, ainda que haja, entre nós,
alguns seres pertencentes à Quinta Ronda. Mas, de maneira geral,
ainda que haja raríssimas exceções, não é
possível, de acordo com a Lei e a natureza das coisas, que uma mônada
possa superar suas mônadas companheiras em mais de uma Ronda. Uma
destas exceções foi a do Senhor Buddha, que era um homem da
Sexta Ronda, já que a evolução/reintegração
de um Buddha se refira a algo mais do que meras encarnações12
dentro dos limites de uma cadeia planetária.
Em
uma Raça, geralmente, como norma, acontecem 100 encarnações,
sendo difícil que cheguem a 120 para uma mônada espiritual.
A
responsabilidade que temos pelos nossos atos [escolha entre
o bem e o mal] é
sempre relativa à compreensão que temos das Leis Universais.
Uma
Ronda deverá transitar através dos sete mundos antes que termine.
Conflito
Recorrente e Ameaçante =
Inteligência [Razão
(Científica ou Filosófica)] versus Espiritualidade
(que, no sentido oculto, tem pouca ou nenhuma relação com
os sentimentos devotos).12
A
continuidade da existência depende total e necessariamente da questão
da espiritualidade.13
Eu
e Você Seremos
Reis
(Todos Serão Reis)
Fui
agulha e fui alfinete.
Fui dedal
e também linha.
Fui rabanete
e amocete...
Hoje,
aqui, na Escolinha!
Fui
u'a marolinha no mar;
às
vezes, tsunami
a destruir.
Fui um
barquinho a navegar;
leme
emperrado, sem sentir.
Fui
o que não devia ter sido,
e não
fui aquilo que deveria.
Hoje,
o meu canto é sentido
Mas,
combato para valer
os demônios
que fabriquei.
Nesta
l(ab)uta, não-perder;
lá
um dia, eu serei meu Rei.
Pode
custar o quanto custar:
quem
não renunciar triunfará.
Pode
magoar o que magoar:
quem
se empenhar chegará.
Eu
nada estou prometendo;
é
um Principìum
Universális.
Em cada
vi(n)da, bem vivendo,
Nosce
Te Ipsum