Há
dois tipos básicos de Alquimia: uma é operativa,
objetiva, física; a outra é Místico-iniciática,
in Corde
– ventricular, por assim dizer. Conforme você deve
ter lido no texto que publiquei, de uma maneira geral, os Místicos
não estão preocupados com o primeiro tipo, ainda
que Harvey Spencer Lewis (Sâr Alden) tenha feito uma demonstração
pública transmutativa. Imperatores, Altos Iniciados e Hierofantes
estão autorizados a fazer demonstrações especiais,
uma de cada tipo, uma única vez na vida. Por que isto?
Porque as pessoas precisam ver para crer, já que não
conseguem ver com o Olho Interno, sentir com a intuição
cardíaca ou ouvir a Voz Insonora, o que dá na mesma
e na mesma dá. Então, por compaixão, eles
– os Imperatores, os Altos Iniciados e os Hierofantes –
fazem.
Helena
Petrovna Blavatsky cansou de fazer demonstrações
místico-psíquicas dos mais variados tipos. Deu um
trabalho danado a Kut Hu Mi, que vira-e-mexe recauchutava Madame
Blavatsky para que ela pudesse efetivar a criação
da Sociedade Teosófica. Mas acho que ela abusou um pouco
de seus poderes e embarcou antes da hora.
Então,
é isto: as pessoas só crêem vendo, e quem
pode mostrar, se acha que deve mostrar, mostra. Agora, há
um preço a ser pago por isto, porque em todo benefício
praticado, neste nível, por incrível que possa parecer,
há uma espécie de fragilização do
psiquismo do operador, que, com o tempo, vai sendo meio que corroído.
Não se mexe com estas coisas impunemente.
Por
outro lado, há vários relatos na literatura Alquímica
de transmutações as mais variadas, mas penso, sinceramente,
que isto não seja lá tão importante. A verdadeira
Pedra Filosofal é o nosso Átomo-Semente, imperecível,
em princípio, que está localizado no ventrículo
esquerdo de nosso coração. E a verdadeira Transmutação
– a única que realmente interessa – é
a que deve(rá) se processar em nosso Coração.
Ou
ultrapassamos nossas misérias ou poderemos ficar a reboque
dos Irmãos das Sombras, que não brincam em serviço
e vampirizam os incautos.
Por
fim, se eu tivesse que escolher um mantra para auxiliar a libertação
da Humanidade, eu escolheria o OM,
pois do OM
veio o resto. Vocalizar o OM
– direcionando a mente para o coração físico
– é a maior e a melhor Alquimia que poderemos fazer.
Espero que este rascunho
possa auxiliar em alguma coisa.
Paz Profunda.
Rodolfo.