Há
alguns anos, publiquei o trabalho Dilma
Rousseff (Propostas, Convicções e Memórias).
Hoje, o objetivo deste trabalho é apresentar para reflexão
alguns fragmentos do pensamento político do Senador pelo Partido
da Social Democracia Brasileira (PSDB) Aécio Neves da Cunha –
do qual se tornou Presidente Nacional em 18 de maio de 2013 – e que
disputará, com a Presidente Dilma Rousseff, no segundo turno, a Presidência
do Brasil, na eleição de 2014. Ao ler este trabalho, se Aécio
for eleito, você poderá cobrar dele o que ele tanto cobrou
da Presidente Dilma e do PT nos últimos anos.
Breve
Biografia
Aécio
Neves da Cunha (Belo Horizonte, 10 de março de 1960) é um
economista e político brasileiro, filiado ao Partido da Social Democracia
Brasileira (PSDB). Foi o décimo sétimo Governador de Minas
Gerais entre 1º de janeiro de 2003 a 31 de março de 2010, sendo
senador pelo mesmo Estado. Aécio é o candidato de seu partido
à Presidência do Brasil na eleição de 2014.
Natural
de Belo Horizonte, Aécio é graduado em Economia pela Pontifícia
Universidade Católica de Minas Gerais. É neto do ex-Presidente
Tancredo Neves, com quem adquiriu suas primeiras experiências políticas.
Em 1987, iniciou o seu primeiro mandato como deputado federal pelo Estado
de Minas Gerais, exercendo o cargo até 2002, totalizando quatro mandatos.
Presidiu a Câmara dos Deputados no biênio de 2001-2002, renunciando
ao cargo em dezembro de 2002.
Aécio
foi eleito Governador de Minas Gerais em 2002. Como Governador, teve bons
índices de aprovação e foi reeleito na eleição
de 2006, tendo desta vez a maior votação já registrada
no Estado. Renunciou ao cargo de Governador em março de 2010, a fim
de concorrer ao senado federal, sendo substituído pelo seu vice,
Antônio Anastasia. Nas eleições de 2010, foi eleito
o senador com a maior votação do Estado. Assumiu o cargo em
1º de fevereiro de 2011 e, em 2013, foi escolhido Presidente nacional
do PSDB. Sua aprovação ao deixar o Governo do Estado de Minas
Gerais foi de 92%, sendo que 76% consideraram seu Governo como ótimo
ou bom.
Aécio
foi considerado pela revista Época como um dos 100 brasileiros mais
influentes em 2007, 2008, 2009, 2010, 2011, 2012 e 2013. Como Deputado Federal
e Senador, foi eleito um dos Cabeças do Congresso, lista
produzida pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP).
Dentre
as honrarias que Aécio recebeu, duas sobressaem: Comendador da Ordem
Nacional da Legião de Honra – França (13 de novembro
de 2008) e Medalha Ulysses Guimarães (29 de outubro de 2013).
Pensamento
Político de Aécio Neves
Só
os valores democráticos são capazes de apontar o caminho a
uma sociedade em crise de confiança, frustrada em seus sonhos e insegura
com seu futuro. E, principalmente, indignada com a realidade que vivencia.
Pouco
adianta a Presidente reafirmar no concerto internacional a posição
do Brasil como País aberto, democrático, que respeita as regras
internacionais, se, na prática, damos guarida a Governos autoritários
que desprezam a Democracia e o estado de direito.
A
Presidente [Dilma
Rousseff] contradiz a diretoria anterior da PETROBRAS.
É preciso que o Brasil saiba a verdade.
Se
houve um encaminhamento equivocado por parte da diretoria internacional,
como atesta a nota da Presidente da República, o esperado é
que aquele que fez esse encaminhamento ou fosse demitido ou fosse investigado.
Mas, ele foi promovido, no Governo da própria Presidente Dilma Rousseff,
e ocupa a diretoria na BR Distribuidora. Isto é inaceitável.
Esse
‘modus operandi’ do PT não é mais aceito pela
sociedade brasileira. Depois, o Governo se pergunta: por que as pessoas
estão na rua? Por que essas manifestações? É
porque as pessoas estão cansadas dessa ausência de respostas.
Não
dá, novamente, para fazer aquilo que se tornou um mantra em todas
as denúncias que ocorrem em relação ao PT: terceirizar
responsabilidades. De “não sabia” em “não
sabia”, o Brasil chegou onde chegou.
Qualquer
pessoa que queira pensar o Brasil com seriedade para as próximas
décadas tem que incluir a questão da sustentabilidade no seu
programa. Qualquer ação de Governo deve ter a preocupação
com a preservação ambiental.
Na
administração pública, fazer mais com menos significa
gastar menos com o Estado e mais com o cidadão.
Tenho
muitos amigos na oposição. Amizade esculpida diariamente no
respeito e na compreensão de que a cena política que representa
a Nação não pode prescindir de nenhum dos seus protagonistas.
Mais importante do que a existência da oposição é
a sua persistência na luta pelo poder e na crítica ao poder
estabelecido, que são fundamentais para o bom funcionamento da Democracia.
Tem
político que adora dizer que mudou o Brasil, mas, quem muda o Brasil
todo dia é o brasileiro que acorda cedo para chegar ao trabalho.
As
coisas estão correndo bem. O resultado não precisa vir hoje,
mas, tenho certeza que, em 2014, o sentimento de mudança irá
prevalecer.
Na
campanha, nossa candidatura irá canalizar esse sentimento dos que
querem mudar o que está aí.
É
urgente agir, com coragem e responsabilidade, para não permitir que
o País retroceda e coloque em risco as conquistas que nos trouxeram
até aqui.
O
conhecido "jeitinho brasileiro" ameaça ganhar status de
política de Estado, tal a freqüência com que tem sido
usado como estratégia de repaginação dos indicadores
macroeconômicos. Os exemplos vão se acumulando, dia-a-dia.
Para
calcular a inflação, nada melhor do que contar com o controle
político sobre preços administrados em setores estratégicos.
E por que não atrasar a transferência de R$ 7 bilhões
a Estados e Municípios, inclusive recursos voltados para a saúde
pública, prejudicando milhões de brasileiros, para dar a impressão
de que se cumpriu o superavit primário?
Neste
campo, se instalou um autêntico vale-tudo, como a estarrecedora operação
da Caixa Econômica Federal, ainda sob grave suspeição,
na transferência de recursos de contas de caderneta de poupança
pretensamente inativas para engordar o seu balanço. É a velha
tática: "se colar, colou..."
O
resultado da Economia brasileira certamente seria melhor se o esforço
gasto em maquiar números fosse efetivamente aplicado no aperfeiçoamento
da gestão. Instituições que guardam histórico
compromisso com o rigor, com a transparência e com o profissionalismo,
como o Banco Central, estão cada vez mais isoladas diante do descontrole
fiscal generalizado e, não por acaso, patinam na implementação
do ajuste necessário para amenizar o ambiente inflacionário.
Hoje,
o Brasil é governado pelo improviso, pelo marketing. Se, a partir
de 2001, sem entrar no mérito dessas decisões, o Governo optou
por subsidiar a gasolina, por dar um estímulo à aquisição
de carros, por dar sucessivamente isenções de IPI para a aquisição
de carros, era necessário que, ao mesmo tempo, percebesse que, em
um futuro próximo, teríamos um aumento extremamente expressivo
da frota. Em dez anos, duplicamos nossa frota de automóveis, quadruplicamos
a de motocicletas e não houve nenhum investimento estruturante em
transporte de massa.
Nós
precisamos reestatizar a PETROBRAS, entregar novamente a PETROBRAS aos brasileiros
e aos seus interesses.
Estamos
no limiar de um novo ciclo econômico do Brasil, disse
o Ministro da Fazenda, para justificar o injustificável. A verdade
é que, infelizmente, o Brasil está perdendo oportunidades
preciosas de ativar o seu crescimento, como a Copa, pródiga em promessas
de realizações e pífia em resultados, até o
momento.
Os
investimentos em infra-estrutura são praticamente inexistentes, em
face ao que foi prometido. Em termos de desempenho, o que temos a mostrar
à comunidade internacional, para nossa vergonha, é o segundo
pior crescimento na América do Sul, atrás apenas da Venezuela.
A
desconfiança generalizada da sociedade não é uma peça
ficcional criada pelos críticos do Governo, mas, o resultado de uma
gestão ineficaz, pouco transparente e incapaz de reintegrar o País
a uma rota de desenvolvimento e de ampliação das conquistas
sociais.
É
urgente agir, com coragem e responsabilidade, para não permitir que
o País retroceda e coloque em risco as conquistas que nos trouxeram
até aqui.Uma das principais, a credibilidade, nem mesmo o "jeitinho
brasileiro" foi capaz de assegurar. Esta, infelizmente, já perdemos.
O
único caminho seguro para o futuro do Brasil é transformar
a educação em prioridade de Estado, com ampla participação
da população. Foi assim nas trajetórias de diversos
Países, que deram o grande salto para o desenvolvimento. Em todos
houve decisivos investimentos em educação e em qualificação
profissional.
Pela
sua relevância, o Bolsa Família merece ser não só
institucionalizado, mas, também, aperfeiçoado. Além
da iniciativa para fortalecê-lo, estou apresentando duas outras propostas
para ampliar os seus benefícios de maneira substantiva.
Nesta
segunda-feira, o PSDB pedirá esclarecimentos formais à CEF
e, diante das explicações apresentadas, avaliará as
medidas legais cabíveis para garantir os direitos dos poupadores
brasileiros, assegurar o fiel cumprimento da legislação em
vigor e responsabilizar judicialmente os responsáveis por esta possível
apropriação indevida e ilegal de recursos poupados por milhares
de brasileiros.
Criar
condições para a ressocialização de detentos
ultrapassa o respeito aos direitos humanos: é também medida
eficaz de defesa da própria população.
Não
há política pública mais transformadora do que a correta
aplicação do dinheiro público com transparência
e eficiência.
Semana
passada, defendi a alocação exclusiva dos recursos do pré-sal
para a educação brasileira.1
Não
tenho dúvida de que a abertura ao investimento privado é o
caminho certo para a recuperação da nossa combalida infra-estrutura .
É nesta trilha que o Governo deve perseverar. Mas, é necessário
que o programa seja mais transparente, equilibrado e, sobretudo, livre de
ideologia e preconceitos. Assim, ele poderá dar certo, como todos
esperamos, e o País precisa.
É
preciso agora correr contra o tempo. O programa de concessões para
desenvolver o setor de infra-estrutura parece ser a única carta que
o Governo tem nas mãos para mudar o rumo da Economia. Mais uma carta,
aliás, que o PT tomou de empréstimo ao programa do PSDB.
Deve
preocupar muito o Governo, porque 66% da população querem
mudanças profundas. Este é o dado consistente nesse momento.
Nos
grandes espaços da comunicação de massa há um
monólogo da Presidente da República, seja institucionalmente,
seja através de uma bilionária propaganda de Governo. Tenho
muita tranqüilidade. Acho que o sentimento é de mudança,
e cabe a nós, do PSDB, mostrar que podemos ser a mudança com
segurança no Brasil.
A
verdade é que pagamos um alto preço pela ineficiência
dos últimos anos. Com a infra-estrutura deteriorada, o País
vem perdendo competitividade no cenário internacional. Por questões
ideológicas, o PT impôs um calendário de atraso ao País.
Não
há desperdício maior do que você começar uma
obra, investir recursos nela e não terminá-la, porque aí
o benefício não chega. O Brasil hoje é um grande cemitério
de obras inacabadas.
Temos
dois desafios hoje no Brasil. O primeiro deles é fazer o Brasil voltar
a crescer, e voltar a crescer de forma sustentável. É isto
que irá garantir a geração de emprego de melhor qualidade.
Todos
nós devemos ser julgados pela coerência dos nossos pensamentos
e atitudes.
Entre
os grandes desafios que o Brasil tem, um possui conotação
especial pelo significado que imprime à vida em sociedade: o da recomposição
ética da atividade política.
Tenho
viajado e conversado com pessoas de diferentes regiões e, por mais
específicas que sejam as realidades de cada uma, há um sentimento
comum de descrença, de indignação com os episódios
que ocorrem à nossa volta. E todos eles se remetem à perda
dos limites éticos que deveriam ordenar a vida em comunidade.
Os
graves acontecimentos envolvendo políticos não depõem
apenas contra indivíduos. Acabam por rebaixar a atividade política
como um todo. Infelizmente, nos últimos anos, aos olhos da população,
a política vem perdendo sua dimensão de instrumento transformador
da sociedade.
Tenho
dito que um dos maiores desserviços que o PT presta ao País
é a insistente tentativa de legitimar a mentira como instrumento
do debate e da luta política.
Na
política, a mentira tem várias faces. Às vezes, se
apresenta com uma mais suave, se finge inofensiva, em pequenas imprecisões
ditas aqui e ali.
A
mentira pode, ainda, se apresentar raivosa e destrutiva, estimulando a intolerância
e o ódio. Na Internet, esforços gigantescos são organizados
para caluniar e difamar adversários, vistos como inimigos a serem
abatidos a qualquer preço em sua honra, em sua imagem pública.
Para, em covarde alquimia, tentar transformar mentira em verdade.
Winston
Churchill disse, certa vez, que, enquanto
a mentira dá a volta ao mundo, a verdade ainda não terminou
de calçar os sapatos para sair de casa. Pelo Brasil
e por brasileiros de bem, como monsenhor Paiva, tomara que aqui a verdade
consiga se apressar.
Sabemos
que não há solução fácil. Mas, precisamos
nos pôr a caminho.
Montoro
dizia que ninguém
mora no País ou no Estado, moramos nos municípios.
E alertava: quanto mais
longo o trajeto do recurso público até o seu destino final
– o cidadão – maiores são as chances de desperdício
e de desvios pelo caminho.
A
questão de fundo ultrapassa a mera razão aritmética
das finanças dos Governos e alcança um outro patamar de reflexão.
Não há como superar pobreza, atraso e déficits gigantescos
desconsiderando aqueles que deveriam ser parceiros da travessia para um
novo patamar de desenvolvimento.
Apesar
da convulsão nas áreas de saúde e de segurança,
os recursos federais são incompatíveis com a dimensão
e a gravidade dos problemas. Na saúde, a participação
federal é declinante. Na segurança, 87% do total das despesas
estão, hoje, a cargo de governadores e prefeitos.
Em
19 de novembro de 1983, há exatos 30 anos, Tancredo Neves e Franco
Montoro, Governadores de Minas Gerais e São Paulo, posicionaram-se
de forma decisiva a favor daquela que seria a mais importante campanha de
mobilização popular do Brasil contemporâneo –
as Diretas-Já.
O
alerta de hoje encontra amparo na realidade de Estados e Municípios
cada vez mais fragilizados e dependentes da benemerência do Governo
Central.2
O
crescimento da desigualdade é evidente: 1% dos brasileiros com rendimentos
mais elevados ganham 87 vezes mais do que 10% dos brasileiros com os rendimentos
mais baixos. Em 2011, esta diferença era de 84 vezes.
Também
é preocupante a questão da renda e do trabalho. O apagão
de mão-de-obra qualificada se aprofunda pela baixa escolaridade do
trabalhador e pela sua frágil formação para o mundo
cada vez mais exigente do trabalho.
Os
novos dados do analfabetismo, que surpreenderam o País, somados à
informações já reveladas por outras pesquisas e constatadas
diariamente em todo o Brasil, mostram um Governo que vem menosprezando a
mais poderosa alavanca de transformação social: a educação.
Quando
o Governo do PSDB implantou os programas de transferência de renda
– que continuam sendo fundamentais – na década de 1990,
o objetivo era que fossem ponto de partida para conquistas sociais importantes
e definitivas para as famílias cadastradas. O PT fez com que esses
programas se transformassem em ponto de chegada. E, hoje, contenta-se com
a administração da pobreza, ao invés de investir em
formas efetivas para a sua superação.3
O
PT submeteu a lógica de ações estratégicas para
o País à conveniência do discurso político da
legenda. Por isto, insiste em tratar a pobreza pela ótica exclusiva
da privação de renda, quando o mundo caminha na direção
de percebê-la como uma privação mais ampla, também
de direitos e serviços. Esta visão, mais realista e mais justa
com milhões de famílias, esbarra nos maus resultados da gestão
federal em diversas áreas, na propaganda e no discurso salvacionista
do Governo.
Por
mais que a atual administração federal tenha criado o mantra
de que acabou com a miséria no País, os brasileiros sabem
que isto não é verdade. Precisamos ter coragem de fazer avançar
as políticas sociais no País, para que elas sejam de fato
instrumento de travessia na vida de milhões de brasileiros.4
Quando
assumi o Governo de Minas, falei: ‘tenho uma prioridade, uma acima
das outras, que é a educação’. A gente começou
a estabelecer metas. Se aquela meta era alcançada, todo mundo que
trabalhava naquela área recebia um salário a mais. A secretária
da escola, a professora, a diretora, a servente. Houve um salto de qualidade
na educação do Estado, e, hoje, a gente pode dizer que Minas
tem a melhor educação básica do Brasil, segundo o MEC.
O
que eu vejo é o Governo falando toda hora: não,
a inflação está sob controle; não tem inflação
nenhuma. Mas, e quem vive no dia-a-dia? O Governo tem que
focar. Em primeiro lugar, cuidar da Economia, tem que garantir tolerância
zero com a inflação. Não pode mais haver inflação.
Esta foi a grande conquista da sociedade brasileira.
Tive
o privilégio de, ainda muito jovem, com 24 anos, acompanhar de perto
aquele período decisivo na vida de nosso País, e de, com ele
[Tancredo Neves],
aprender várias lições – uma, especialmente importante:
a de que cada geração tem seu compromisso com a História.
Por isto, é necessário que os líderes estejam sempre
à altura dos desafios de seu tempo.
A
intensidade daqueles dias me acompanha até hoje – na memória
e no coração. Primeiro, as viagens pelo Brasil, os comícios
das Diretas e a frustração pela não aprovação
da Emenda Dante de Oliveira.5
Ninguém
comemora prisão ou sofrimento de quem quer que seja.
Foi
um trabalho de artífice, minuciosamente planejado por grandes brasileiros,
para que a mobilização nacional daqueles dias pudesse garantir,
de alguma forma, aquele que era nosso maior objetivo: o fim do autoritarismo.
Nosso reencontro com a liberdade e a Democracia.
Muitas
vezes, só o tempo nos dá a compreensão do que vivemos...
Para
grande parte das pessoas, a transição democrática terminava
ali, com a eleição de Tancredo. Mas, por mais que este fosse
um marco fundamental, sabíamos que não era o fim do processo.
Ainda existiam focos de resistência no regime militar, e fontes do
Presidente eleito o aconselhavam a ser prudente e manter a vigilância.6
Tancredo
sabia que repousava sobre seus ombros a responsabilidade pela transição
democrática. Tinha consciência de que o País caminhava
em terreno ainda frágil. Temia especialmente que a percepção
sobre alguns problemas de saúde que estavam surgindo pudesse, naquele
momento, servir como pretexto para as forças políticas que
buscavam o retrocesso.
Há
uma passagem do Antigo Testamento, reproduzida na capa do extinto Jornal
da Tarde, na edição sobre sua morte, da qual sempre me recordo:
E o Senhor lhe disse: 'Eis
a terra. Eu a darei à tua posteridade. Tu a viste com teus olhos,
mas não passarás a ela'.
Quem
muda o Brasil é você que está estudando, ralando. O
Estado tem que dar condições. Gastar menos com sua estrutura
para gastar mais com as pessoas. O Governo não pode empatar a vida
das pessoas, tem que ser parceiro. Mas, quem vai mudar a vida de cada um
de vocês ou de cada um de nós, somos nós mesmos. É
quem tiver a disposição de ralar e de enfrentar.7
Infelizmente,
no Governo do PT, a convocação de cadeia de rádio e
televisão com dinheiro público passou a ser uma peça
de marketing, de propaganda do Governo, das suas ações e de
críticas aos adversários.
Eu
vou usar um termo, talvez uma frase, que sintetiza o que estou querendo
dizer: abdica-se, mais uma vez, da defesa de interesses reais do Brasil,
para privilegiar uma ação de marketing eleitoral.
Ao
longo de sua história, o PT fez do combate ferrenho às privatizações
uma de suas bandeiras mais ostensivas. Nos pleitos, vendeu ao eleitorado,
com hipocrisia, a certeza de que as privatizações seriam um
crime de lesa-pátria, uma entrega do patrimônio nacional a
preços aviltantes.
O
Governo do PSDB, em Minas, sempre esteve verdadeiramente comprometido com
a Assistência Social. Com uma gestão de excelente qualidade,
o Estado se tornou referência nacional na implantação
do Sistema Único da Assistência Social.
Triste
o povo que não conhece a sua História, pois, irá ter
muito mais dificuldade para construir seu futuro.
Ao mesmo tempo
que nos orgulham os ganhos formidáveis de produtividade no campo,
é desoladora a descrença dos produtores na capacidade de o
Governo Federal prover investimentos mínimos, em logística
e em infra-estrutura, que garantam menores custos e maior competitividade
no momento de escoar a produção.
Este
é o terceiro ano consecutivo em que o Brasil cai no Índice
de Competitividade Mundial, divulgado pelo International Institute for Management
Development (IMD): em 2010, ocupávamos o 38º lugar; em 2011,
o 44º; em 2012, 46º. Na edição 2013, o Brasil caiu
mais cinco posições: está em 51º lugar entre 60
países.
A
ausência de planejamento, o improviso e a prioridade dada ao marketing
têm condenado os desafios do Brasil real ao esquecimento.
Os
dados da evolução do Índice de Desenvolvimento Humano
Municipal (IDHM) no Brasil entre 1991 e 2010 demoliram, de uma vez por todas,
uma das teses mais repetidas pela máquina de propaganda do PT: a
de que o Partido detém a exclusividade e a primazia do combate à
pobreza no País.
É
deplorável, sob todos os aspectos, a atitude tomada pelo Governo
da Presidente Dilma Rousseff no episódio envolvendo a transferência
do senador boliviano Roger Pinto Molina para o País.
Ao expor à
execração pública o diplomata Eduardo Saboia, o Governo
Brasileiro se curva, mais uma vez, a conveniências ideológicas.
Mais grave ainda, abandona as melhores tradições da nossa
diplomacia.
Já
o Governo da Presidente Dilma preferiu, mais uma vez, submeter-se às
imposições do Governo Evo Morales, e jamais atuou efetivamente
para solucionar o impasse diplomático e garantir ao senador Molina
a concessão do salvo-conduto que as boas normas do Direito Internacional
recomendam e impõem em situações assim.
O
recente episódio envolvendo o senador Molina é apenas mais
um de um triste retrospecto, que inclui a tíbia reação
de Brasília à desapropriação de ativos da PETROBRAS,
na Bolívia, em 2006. Prosseguiu com a deportação, em
tempo recorde, de dois boxeadores cubanos durante os jogos Pan-Americanos
de 2007, o apoio à tentativa de retomada do poder em Honduras por
Manuel Zelaya, os afagos ao Governo Iraniano, a sanção imposta
ao Paraguai após a deposição de Fernando Lugo da Presidência
do País e a condescendência com que, sob orientação
petista, nossa diplomacia trata o regime cubano e o bolivarianismo da Venezuela.
O
PSDB manifesta seu irrestrito apoio à defesa da dignidade humana,
ao respeito a valores universais do estado democrático e ao direito
irrevogável de ir e vir reservado aos cidadãos de bem e condena
de forma veemente a opção escolhida pelo Governo Brasileiro
de se curvar a interesses menores, não condizentes com nossas melhores
tradições diplomáticas.
A
alarmante e dramática violência que se abate sobre a nossa
juventude é uma tragédia de muitas faces, entre as quais se
destacam os homicídios e os acidentes de trânsito, contados
aos milhares por ano, e que justificam os temores e apreensões de
tantos pais e mães. Outra preocupação
é o alto desemprego entre os jovens, que destoa do discurso do pleno
emprego tão alardeado pelo Governo. A taxa para quem tem entre 16
e 24 anos está quase três vezes acima da média, pontuando
em 15%, o que confirma que ainda devemos aos jovens novas portas de oportunidades,
para que possam construir suas vidas profissionais e conquistar sua preciosa
autonomia.
Para
os nossos filhos, o mundo virtual é o mundo real, e chama a atenção
o crescimento de relatos de bullying,8
da cruel e gratuita exposição da privacidade provocada por
amigos na Internet. Infelizmente, estão longe de constituir episódios
isolados, e parecem apontar para uma triste e desrespeitosa banalização
das relações humanas.
Para
o PSDB, não é uma opção apresentar uma proposta
alternativa, é nosso dever. Esse ciclo de poder do PT tem que acabar.
Chega de engodo e enrolação.
Ao
contrário dos nossos adversários, não nos contentamos
com a administração diária da pobreza e da miséria.
Trabalhamos para a sua superação. Por isto, a educação
é tratada de forma prioritária. Temos ainda uma diferença
profunda de compreensão do que é o Bolsa Família. Para
nós, é um ponto de partida. Para o PT, um ponto de chegada.
Chegou
a hora de nos reunirmos. Não me cansarei. Vou rodar este Brasil para
dizer que nós temos a melhor proposta, temos os melhores quadros,
nós prezamos valores. A ética e a eficiência têm
que voltar a andar juntas neste Brasil.
Existe
outro caminho surgindo: o caminho da seriedade, da competência, da
decência. Que ecoe este brado: o caminho da competência é
o caminho do PSDB. Viva a boa política, viva o PSDB.
É
obrigação do PSDB ter um projeto novo de Brasil. Um projeto
que passe pela refundação da Federação, com
o resgate dos Municípios e dos Estados, por uma generosidade maior
do Governo Federal no financiamento da saúde, da segurança,
pela eficiência na busca dos investimentos para cada região.
Temos uma responsabilidade enorme com o Brasil.
Queremos
que o Brasil dê um salto de qualidade. Não podemos aceitar
que o Brasil cresça na América do Sul apenas mais do que a
Venezuela, como vai ocorrer este ano. No ano passado, crescemos mais apenas
do que o Paraguai. Não é justo com os brasileiros. Nenhuma
propaganda, por mais maciça, por mais bilionária que seja,
como a propaganda oficial, vai mascarar a realidade.
Os
jovens precisam ter oportunidades, precisam ser qualificados para entrar
no mercado de trabalho de forma competitiva. Não é justo que
o Governador Teotônio Vilela tenha que assinar um cheque de R$ 50
milhões todo mês e repassar à União, porque a
União não quer renegociar a dívida dos Estados. Este
dinheiro tinha que ficar aqui para investimentos em saúde, saneamento,
educação, em qualificação dos jovens. O Governo
do PT, a grande verdade é esta, vem fazendo muito mal ao País.
A
Ferrovia de Integração Oeste Leste (FIOL) está sem
um palmo de trilho colocado. A Transnordestina, programada para estar pronta
há dois anos, dos 1.700 km não tem 300 km prontos. A Transposição
do São Francisco é de doer o coração. Obras
há três anos abandonadas. Isto não é normal.
Obras custando duas ou três vezes o
orçamento inicial e não concluídas. Isto é maior
desperdício de dinheiro público que se pode ter. Ninguém
vai me convencer que é normal uma obra como a Refinaria Abreu e Lima,
em Pernambuco, ser orçada em R$ 4 bilhões, já ter gasto
R$ 30 bilhões e não estar pronta. Isto é assalto aos
cofres públicos. O Brasil precisa
de Governo eficiente para que não percamos definitivamente a nossa
credibilidade.
Há
uma geração que precisa ser ouvida para ser fortalecida em
seus valores e identidades, desafio que se impõe à sociedade
como um todo.
A
mais recente exposição dessa mitologia está no discurso
da Presidente da República na saudação ao Papa Francisco,
em sua chegada ao Rio, quando apontou extraordinários
resultados nos últimos dez anos na redução da pobreza,
na superação da miséria e na garantia da segurança
alimentar à nossa população.
É
inacreditável até onde é capaz de ir o desrespeito
do PT e da Presidente Dilma com Minas e os mineiros. A Presidente voltou
a Minas, e sem ter o que apresentar, lançou como se novo fosse, o
mesmo programa lançado diversas vezes pelo Presidente Lula e por
ela mesma, e que, até hoje, não se transformou em realidade.
Como
a Presidente e o PT podem ter tido a coragem de pisar o chão da História
de Minas, e, ao invés de se desculpar por não terem cumprido
o que anunciaram há quatro anos, mentir aos mineiros como se estivessem
anunciando um novo benefício ao Estado?
A
Diplomacia Brasileira já viveu dias melhores. As circunstâncias
que forçaram a fuga cinematográfica do senador asilado Roger
Molina, da embaixada em La Paz para o Brasil, derrubaram o pouco que restava
da imagem de profissionalismo da nossa Chancelaria. Longe
de ser fato isolado, o episódio se inscreve em um incrível
rol de desacertos que se acumulam na gestão da política externa,
desde que a ela se impôs um nítido viés ideológico.
O
Brasil não reagiu, por exemplo, à expropriação
das refinarias da PETRBRAS em Santa Cruz; colaborou para afastar o Paraguai
do MERCOSUL, abrindo as portas à Venezuela chavista; apoiou, com
eloqüência, o Governo Iraniano e achincalhou o instituto do asilo,
ao deportar, em tempo recorde, dois boxeadores cubanos durante os Jogos
Pan-americanos de 2007.
Ao
enfraquecer o patrimônio ético e moral do asilo, que já
salvou a vida de centenas de brasileiros vítimas de perseguição
política, o País se apequena diante da comunidade internacional.
O
esforço feito no passado para reinserir o Brasil no mapa global,
com atuação relevante em temas importantes no âmbito
multilateral, tem sido muito atingido. A verdade é que a política
externa deixou de representar os interesses permanentes do Estado Brasileiro
para defender o ideário do Governo de plantão.
O
declínio da credibilidade do Itamaraty é um retrato lamentável
de uma gestão submersa em questões ideológicas, e de
um Governo que se supõe sinônimo de País, incapaz de
perceber a diferença entre a conveniência de um e os interesses
maiores do outro.
O
novo somos nós. Porque aqueles que estão no Governo envelheceram.
E nós temos que mostrar isto para a população brasileira.
O
que está acontecendo com o Brasil? Trabalhadores, empresários,
donas de casa, muita gente já não esconde a preocupação
com os rumos do País e anda fazendo a mesma pergunta. Onde foi parar
aquela euforia, inflamada por um discurso que apregoava um patamar de desenvolvimento
jamais visto na nossa História?
Já
não é possível esconder as fissuras na paisagem econômica.
A geração de empregos registrou o pior julho dos últimos
dez anos. A renda média do trabalhador vem caindo há cinco
meses. O setor de serviços desacelerou, a indústria perdeu
competitividade. Com a Economia patinando, viramos o "patinho feio"
entre as nações emergentes.
O
ciclo virtuoso do crescimento chegou ao fim sem as mudanças que o
País tanto demanda. Desperdiçamos uma safra recorde de oportunidades
durante a última década. E percebemos, agora, que faltam a
aqueles que têm a responsabilidade de governar a energia e a competência
necessárias para reagir.
O
Governo queima credibilidade ao afrontar os fundamentos clássicos
da administração e do bom senso. Como entender a manutenção
de uma máquina pesada e cara, quando a qualidade da nossa infra-estrutura
está em 107º lugar no ranking de 144 países do Fórum
Econômico Mundial? Qual é nossa prioridade, afinal?
Retrato
do descompasso, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)
é um inventário de obras inconclusas, com projetos ressuscitados
para abastecer palanques políticos. Setores estratégicos da
Economia pagam o preço de erros sérios de planejamento, como
é o caso das hidrelétricas do Rio Madeira.
Cresce
o incômodo com a falta de transparência. O Governo injeta bilhões
no BNDES e não permite que a sociedade, que paga essa conta, conheça
o destino deste dinheiro, alimentando as suspeitas de privilégios
que não atendem aos interesses nacionais.
Fica
evidente a distância entre discurso e realidade. Os mesmos programas
são lançados diversas vezes, como se fossem novas iniciativas.
O Governo, que se recusou assumir a sua parte no compromisso previsto na
Emenda 29 e vem diminuindo há dez anos a sua participação
nos gastos com saúde, é o mesmo que lança projetos
improvisados, como o Mais Médicos, que não resolve os problemas,
mas, alimenta o marketing oficial.
Para
voltar a apostar no futuro, os brasileiros precisam recuperar a confiança
no País. Para tanto é essencial que o Governo faça,
pelo menos, o básico: controle a inflação, equilibre
as contas públicas, priorize os gastos em educação,
em saúde e em segurança e crie condições institucionais
para que os investimentos privados floresçam. Acima de tudo, o momento
requer uma gestão de responsabilidade.
Muitas
vezes, a sensação que parece prevalecer é que quase
tudo o que nos trouxe até aqui já não faz tanto sentido.
Será? Lembrei-me de Ruy Castro e de suas crônicas recheadas
de ironia e de inteligência, aqui mesmo nesta Folha, na qual, volta
e meia, nos alerta para o reconhecimento que devemos a nomes importantes
da nossa cultura.
Vivemos
uma autêntica revolução, e ela nos coloca no portal
de um mundo que inaugura novas relações sociais e humanas,
provocadas por enormes transformações tecnológicas.
Ainda que seja constatação verdadeira, quando apresentado
e endeusado como valor absoluto, o novo acaba por transformar em obsoleto
o que veio antes.
Duro
é reconhecermos que certamente estamos muito aquém do que
tantos brasileiros sonharam. E mereciam.
Mas,
a resignação em adiar projetos e soluções para
um tempo que ainda virá não deixa de ser uma forma de transferirmos
indefinidamente responsabilidades. E de perdoarmos a nós mesmos,
enquanto sociedade, por tudo o que ainda não fomos capazes de fazer.
Rumo
a completar seu décimo primeiro ano no poder, e vendo sua popularidade
se esvair, o PT, mais do que nunca, precisa agora se escorar nesse mito
que ele próprio se incumbiu de construir. Nem mesmo os dirigentes
da Legenda acreditam na sua veracidade, mas, continuam a reproduzir a cantilena,
sobretudo, depois que o mito fundador, o do monopólio da ética,
foi soterrado pelas condenações do mensalão.
Em
artigo recente, o jornalista e ex-deputado Fernando Gabeira chama a atenção
para o tipo de prática política em que a versão é
mais importante que a verdade, e em que militantes se dispõem a repetir
mecanicamente as teses que vêm da cúpula partidária:
Ao constatar que são
frágeis, tentam salvá-las com seu entusiasmo e, naturalmente,
com a raiva contra quem discorda. Infelizmente, o que Gabeira
aponta, com correção e pertinência, é o que constatamos
todos os dias, especialmente na Internet.
A
Presidente da República não assumiu suas responsabilidades,
tangenciou os problemas e buscou desviar o foco dos reais interesses expressos
pela população.
Eu
espero que ela (Dilma) possa ir amanhã, como é natural, participar
deste evento de prefeitos. Porque tudo que o Brasil não precisa é
de uma Presidente sitiada, que não pode participar de eventos como
esse. A questão da Federação é central no Brasil
que nós queremos construir. Transferir recursos para os Municípios
e para os Estados de forma corrente é essencial.
Existe
uma agenda no Congresso Nacional que trata da Federação –
ampliação dos recursos do fundo de participação,
renegociação da dívida dos Estados, fim da tributação
do PASEP – que poderiam ser tomadas pela Presidente da República,
bastando uma palavra à sua base. Mas, ela sempre adia esses problemas.
E prefere o marketing, prefere medidas absolutamente paliativas que não
tratam das questões na profundidade que precisam ser tratadas, como
a questão da saúde pública, que precisa de financiamento
e de gestão. E não de medidas absolutamente marginais ou setoriais
como essas que nós estamos ouvindo hoje.
Nós
temos uma proposta no Congresso Nacional que foi derrubada pela base de
apoio ao Governo, seguindo uma orientação da Presidente da
República: 10% das receitas brutas do orçamento federal para
a saúde pública. Isto, casado com gestão, aí,
sim, enfrenta-se com clareza o problema.
Durou
menos de 24 horas a validade das declarações da Presidente
da República na reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico
e Social, assegurando que a inflação não é motivo
de preocupação e que as contas públicas estão
sob controle.9
O
cenário descrito na ata do Comitê de Política Monetária
(COPOM), divulgada no dia seguinte, é outro – a inflação
continua elevada e resistente, exigindo máxima atenção.A
ata também contradiz a Presidente em relação às
contas públicas. Enquanto a primeira mandatária garante que
a política fiscal
é robusta, o COPOM vê o
balanço do setor público em posição expansionista,
com crescente elevação
dos gastos públicos, o que acaba elevando a pressão inflacionária.
A
Presidente verá que se engana atribuindo as críticas ao seu
Governo ao pessimismo generalizado da oposição, dos empresários
e da imprensa. A preocupação de inúmeros setores decorre,
na verdade, de reiterados erros da política econômica.
Nos
últimos dois anos, a inflação do setor de serviços
se manteve acima de 7,5% ao ano. A inflação dos alimentos,
aquela que atinge e penaliza as famílias mais carentes, chegou, em
junho deste ano, a quase 13% – muito acima da inflação
média.
São
passados onze anos de Governo do PT e a verdade é que, enquanto outros
Estados, durante todos esses anos, receberam centenas de milhões
do Governo Federal para seus metrôs, o de BH ainda não saiu
do papel. A duplicação da BR-381, tantas vezes anunciada,
se transformou subitamente em uma obra muito menor do que a prometida.
É
também curiosa a obsessão da Presidente Dilma com o ex-Presidente
Fernando Henrique. Por que o ex-Presidente incomoda tanto a Presidente?
A
Presidente será sempre bem-vinda a Minas. Mas, esperamos que, da
próxima vez, ela dê demonstrações de respeito
não apenas ao ET de Varginha, mas, a todos os mineiros.
No
que tange às contas públicas, o investimento federal, nos
dois primeiros anos do Governo, ficou estacionado como percentual do PIB.
De janeiro a maio deste ano, o gasto público do Governo Federal cresceu
R$ 40 bilhões, uma expansão de 13%, o mesmo ritmo de crescimento
dos primeiros cinco meses de 2012. No mesmo período, o crescimento
do investimento público, de acordo com dados oficiais divulgados
pelo Tesouro Nacional, foi de só R$ 604 milhões.
Apesar
do crescimento exponencial do gasto federal, o investimento ficou praticamente
estagnado. A expansão concentrou-se nas despesas de custeio, que
pressionam a inflação, apontando para uma menor economia fiscal
no futuro.
O
principal mal causado ao País por essa sucessão de equívocos
está sinalizado, com todas as letras, no parágrafo 21 da ata
do COPOM: o documento aponta como fator de restrição à
retomada do crescimento a desconfiança das famílias e das
empresas no Governo e em sua política econômica. Sem
confiança, as famílias não consomem, os empresários
não investem e a Economia não anda. Sem o diagnóstico
correto, a terapia pode acabar agravando a doença.
Em
sua breve e já inesquecível visita, o Papa Francisco legou
aos brasileiros exemplos revigorantes e uma oportuna mensagem de otimismo,
tão necessária neste ano de tantas dificuldades.
Sejamos luzeiros de esperança! Tenhamos uma visão positiva
sobre a realidade! Foi sua exortação no Santuário
de Nossa Senhora Aparecida.
Quem
viu o Papa Francisco pela televisão ou ao vivo nos lugares onde esteve
pôde obter a personificação de um novo sentido de liderança,
marcado por posições reformadoras emblemáticas e grandes
simbolismos, nesta hora em que tantos questionamentos recaem sobre aqueles
que têm a responsabilidade de dirigir instituições:
dispensou protocolos de chefe de Estado, desfilou pelas avenidas em carro
simples e com as janelas abertas e impediu as ostentações
e os exageros de praxe, buscando mais sinergia com os fiéis, postura
que adotou desde o primeiro momento em que foi escolhido como sucessor de
Bento XVI. Se a juventude esteve no centro de suas mensagens, foi enfático
ao advertir que a sociedade deve assegurar à ela as condições
materiais e imateriais
para o seu desenvolvimento, oferecendo fundamentos sólidos sobre
os quais se deve construir a vida. Garantir-lhe segurança e educação.
Transmitir-lhe valores duradouros, como espiritualidade, solidariedade,
perseverança, fraternidade e alegria. Para
quem tem filho ou filha na juventude, como é o meu caso, as palavras
alentadoras de Francisco fizeram todo o sentido. Bote
esperança e os seus dias serão iluminados,
ele sugeriu aos jovens, em um de seus discursos. Vale, aliás, para
jovens de qualquer idade. Houve oportunidade também para que ele
demarcasse como enxerga a questão social nos dias de hoje. Quando
eleito, meses atrás, o argentino Jorge Mario Bergoglio escolheu seu
nome como papa em homenagem a São Francisco de Assis, indicando a
ênfase que colocaria na defesa dos mais carentes. Na comunidade pobre
da Varginha, no Rio de Janeiro, o Papa fez o apelo para que ninguém
permaneça insensível às desigualdades e possa contribuir
para acabar com as injustiças: A
medida da grandeza de uma sociedade é dada pelo modo como esta trata
os mais necessitados. O Papa Francisco mostrou-se bem sintonizado
com as manifestações de junho no Brasil. Entre a indiferença
egoísta e o protesto
violento, termos usados por ele, pregou a alternativa do
diálogo e defendeu o respeito aos princípios éticos.
O futuro exige de nós
uma visão humanista da Economia e uma política que realize
cada vez mais e melhor a participação das pessoas, evitando
elitismos e erradicando a pobreza, disse. Este permanece
sendo o objetivo em torno do qual todos devemos nos unir.
O
que hoje se precisa fazer para estimular o médico a ir para as pequenas
comunidades, para as periferias dos grandes centros, e esperamos que isso
ocorra, é planejamento e investimento nessas áreas. É
o reajuste do SUS, é salvar as Santas Casas, é criar um ambiente
favorável para que os médicos possam fazer isso não
por obrigação, mas, por opção.
Se
é legítimo que a sociedade cobre soluções para
os problemas brasileiros, é igualmente fundamental que não
percamos de vista o que é de fato prioritário.
A
Presidente não pode ser diariamente desafiada a demonstrar a viabilidade
do seu nome para 2014 ou ser instada a priorizar uma agenda meramente eleitoral,
quando o País espera o combate à inflação e
ao baixo crescimento e soluções para a extensa pauta de reivindicações
no campo dos serviços públicos em áreas essenciais.
Muitas das medidas necessárias, talvez, não atendam os interesses
políticos do seu Partido ou à lógica do seu marketing
pessoal, mas, são fundamentais para o País e não podem
mais ser retardadas.
Escolher
um candidato é sempre prerrogativa de um partido ou das alianças
que se formam. Entretanto, ao retirar o tapete sob os pés da Presidente,
movido pelas conveniências da conjuntura, o PT, na verdade, contribui
para debilitar ainda mais a sua gestão, com graves riscos para a
governança. O que é um assunto aparentemente doméstico
do PT passa a ser, portanto, uma preocupação de todos.
Imaginando
que venceria por WO, o PT acabou atropelado pela força da realidade.
Quando as pesquisas indicaram a queda brutal da intenção de
voto na candidata, a legenda atirou o seu nome aos leões, ensaiando
o coro pela volta do ex-Presidente Lula à disputa, enquanto sua base
de apoio a tudo assiste sem esboçar qualquer gesto de solidariedade.
Por
incrível que pareça, o maior problema que a Presidente Dilma
Rousseff enfrenta não está nas manifestações
de rua, na queda da popularidade ou nas vaias em eventos. Quem se dedica
à vida pública sabe que faz parte da Democracia enfrentar
adversidades como essas, por mais constrangedoras que sejam. A grande dificuldade
vem do seu próprio partido, o PT. Nunca antes na trajetória
de um chefe de nação foi tão oportuno invocar a máxima
segundo a qual quem tem determinado tipo de amigos, não precisa de
inimigos.
Nada
tem impactado mais as receitas estaduais e municipais do que a constante
redução do montante dos fundos, afetando diretamente a capacidade
dos governadores e, sobretudo, dos prefeitos de atenderem os pedidos da
população nas áreas de saúde, educação,
segurança e saneamento.
É
lamentável que, mais uma vez, a Presidente vire as costas para os
Estados e, principalmente, para os Municípios brasileiros, deixando
claro o descompasso entre o discurso e as ações do Governo
do PT.
Em
fevereiro, com nada menos que 20 meses de antecedência em relação
ao pleito de 2014, o PT lançou a candidatura da atual Presidente
e colocou em marcha, sem disfarce, sua campanha eleitoral, forçando
o Governo a escolher entre a lógica da reeleição e
os interesses do País.
Defendemos
o fim das coligações proporcionais, para impedir a usurpação
do voto do eleitor, que vota em um determinado candidato e elege outro,
que não tem na sua atuação parlamentar qualquer sintonia
com aquele que efetivamente recebeu o voto. Estamos
defendendo aqui, algo que a meu ver é extremamente importante nessa
mesma direção do fortalecimento dos partidos, que é
o retorno da cláusula de desempenho. Os partidos, para terem funcionamento
parlamentar, precisarão ter o respaldo de uma parcela mínima,
pré-estabelecida, da população.E estamos aqui, depois
de uma discussão muito profunda, e a partir dos exemplos que a própria
Presidência da República atual e o Governo do PT têm
dado, de priorizar a reeleição em detrimento do País,
estamos defendendo o mandato de cinco anos para todos os cargos eletivos,
sem direito à reeleição.
Eu
acredito, sim, que o Congresso tem feito um esforço – mas,
repito, aquém do necessário.
Nós,
do PSDB, continuaremos cobrando do Governo Federal a agenda que interessa
ao Brasil: transparência e seriedade na gestão pública.
Defendemos
que o Governo Federal corte pela metade o número de ministérios,
corte pela metade os mais de 22 mil cargos comissionados. No quesito transparência,
que mostre para o Brasil quais são os gastos da Presidência
com cartões corporativos, que mostre aos brasileiros os gastos, agora
tratados como sigilosos, das viagens presidenciais – até do
ponto de vista emblemático, simbólico, para mostrar que trata
essa questão das manifestações com respeito.
Vamos
continuar insistindo no financiamento de 10% dos recursos brutos do orçamento
para a saúde, 10% do PIB para educação, não-contingenciamento
dos recursos de segurança pública, do Fundo Penitenciário
e do Fundo Nacional de Segurança para integração maior
com os Estados e com os Municípios, e que os investimentos em mobilidade
sejam priorizados.
Defendemos
que o Governo sepulte, de uma vez por todas, esse malfadado projeto do trem-bala,
que custará cerca de 50 bilhões de reais, e priorize os metrôs
das grandes capitais – que, infelizmente, no Governo do PT, nos 10
anos e meio do Governo do PT, não tiveram qualquer priorização
por parte do Governo.
Se
os partidos brasileiros, sem exceção, saem politicamente abalados
do saudável vendaval de passeatas no País, um deles certamente
se ressente mais: o PT.
Pressionado
a oferecer respostas ao País, o Governo Federal improvisou uma constituinte
restrita, rapidamente abandonada, e busca, por meio da proposta de um plebiscito
de complexa elaboração, aprovar uma agenda que interessa muito
mais ao PT do que ao Brasil.
Assim, o Governo Federal patrocina manobras que visam tirar o foco das legítimas
reivindicações apresentadas pela população,
oferecendo justamente mais daquilo de que os brasileiros demonstram estar
fartos: desrespeito.
Um
bom contraponto à intolerância de Marilena Chaui é um
texto do ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso, de 2011. Nele, foi enfatizada
a necessidade de maior diálogo com a classe média: O
caminho não se constrói apenas por partidos políticos
nem se limita ao jogo institucional. Ele brota também da sociedade,
de seus blogs, tuítes, redes sociais, da mídia, das organizações
da sociedade civil, enfim, é um processo coletivo. Não existe
só uma oposição, a da arena institucional; existem
vários focos de oposição, nas várias dimensões
da sociedade.
Sempre
apoiamos a reforma política. Lamentamos que nesses dez anos o Governo,
com a ampla base que tem no Congresso Nacional, praticamente 80% dos membros
da Câmara e do Senado, não a tenha aprovado.
A
Presidente da República quer dizer aos brasileiros que aquilo que
os levou às ruas foram as propostas que interessam ao PT na reforma
política. E não a calamidade da saúde pública,
a falência da mobilidade urbana, em especial o transporte público,
e o aumento da criminalidade. Mais uma vez, o Governo mostra que não
entendeu absolutamente nada do que a população brasileira
quis dizer. Questões pontuais como, por exemplo, até do ponto
de vista simbólico, acabar com metade desses ministérios que
atendem apenas aos companheiros. Acabar com metade dos 22 cargos comissionados
para dar um exemplo ao Brasil. Enterrar o projeto do trem-bala, que custará
R$ 50 bilhões, investindo esses recursos nos metrôs das principais
centros urbanos. Garantir os 10% dos recursos para a saúde. Garantir
os 10% do PIB para a educação. São essas as respostas
que o Brasil clama.
A
Presidente da República acorda de um sono profundo e apresenta ao
Congresso alguns temas de reforma política que, se necessários
são, e eu concordo que são, não respondem às
demandas da população brasileira. Na verdade, o que a Presidente
busca fazer é convidar o Congresso Nacional para um passeio de primeira
classe numa cabine do Titanic.
O
Governo erra muito e quem perde é a população brasileira.
Infelizmente, estamos vendo passar o tempo e as questões centrais
(mobilidade urbana, saúde de qualidade, diminuição
desse número escandaloso de ministérios e de cargos em comissão,
melhoria da qualidade da segurança pública) nada disso acontece
no Brasil.
O
que estamos assistindo, infelizmente para o Brasil, é o fim antecipado
de um Governo que não consegue dar respostas, não consegue
mostrar efetivamente que tem disposição. Em primeiro lugar,
de reconhecer os seus equívocos, de fazer um mea culpa e iniciar
uma fase nova. O Governo velho continua falando para um Brasil novo, que
surgiu das ruas.
O
que seria razoável, hoje, é o Governo assumir a sua responsabilidade.
O Governo tem um mandato que só se encerra no final do ano que vem.
O Governo tem que garantir financiamento para a saúde e para a educação.
O
Governo tem que cortar os gastos supérfluos, tem que investir nos
metrôs das capitais, tem que agir com ética e com decência.
É isso que o Brasil quer. E nós, congressistas, temos, sim,
que votar, dentre tantas questões, o tema da reforma política.
E
nós da oposição defendemos que, votada a reforma política,
possamos submetê-la a um referendo junto com as eleições
do ano que vem. Isso é racional, isso é bom para o Brasil.
O resto é engodo. O resto é um Governo que não tem
coragem de assumir as suas responsabilidades.
A Presidente
Dilma Rousseff cometeu enorme injustiça com o técnico Luiz
Felipe Scolari ao dizer que seu Governo tem um padrão
Felipão. Foi uma comparação infeliz,
já que em nada os "times" se assemelham. A primeira grande
diferença é que Felipão convocaria os melhores, e não
os mais próximos ou os mais amigos. Por
tudo que os brasileiros conhecem dele, sabem que não toleraria qualquer
tipo de privilégio. Transparente como é, seria intransigente
com os desvios, com a má conduta e com a corrupção.
Corajoso, jamais jogaria só para a torcida, evitando decisões
às vezes difíceis e impopulares, mas, necessárias.
Onde o treinador está a sua liderança se estabelece naturalmente
pelo respeito e pela competência. Suas firmes convicções
nunca o impediram de aceitar críticas e reconhecer erros quando eles
ocorrem. Se introduzido como paradigma para administração
pública, o padrão Felipão mudaria importantes prioridades
do Governo. Logo de início, certamente, armaria uma defesa intransponível
contra a inflação. Seus volantes marcariam a corrupção
sob pressão. A articulação do meio-campo se daria sob
o regime de alta transparência e solidariedade de esforços.
No ataque, a criatividade e o talento brasileiros ganhariam espaço
e estímulo para aplicar goleadas nos nossos verdadeiros inimigos:
a desigualdade, a ignorância, a violência, a injustiça
e o baixo crescimento. Com um padrão Felipão correríamos
dez vezes mais, de forma organizada, perseguindo objetivos claros. A leniência
estaria fadada ao banco de reservas, a incompetência levaria cartão
vermelho assim que entrasse em campo e o improviso não provocaria
vaias nos estádios lotados. O estilo Scolari não canta vitória
antes da hora, não permite salto alto e nem desrespeito ao oponente.
Entende adversários como adversários, nunca como inimigos,
e é capaz inclusive de reconhecer méritos neles. É
duro, mas leal e verdadeiro. Exemplos como o do técnico Felipão
são preciosos quando ultrapassam a fronteira do utilitarismo e da
apropriação indevida, e incorporam valores como qualidade,
espírito de equipe e convergência em torno de causas comuns.
Sem esquecer o mais importante: o Brasil em primeiro lugar.
Eu,
talvez até ingenuamente, acreditei na proposta de um pacto. Fui à
tribuna, como Presidente do maior partido de oposição, apresentei
uma agenda à Presidente da República. Uma agenda na qual muitos
dos temas dependiam da sua própria vontade pessoal. E aguardava,
obviamente, que a Presidente da República chamasse a oposição
para dialogar. Se você quer um pacto com o País, você
tem de chamar aqueles que tiveram quase metade dos votos nas últimas
eleições. Não. Ela preferia fazer um pacto com aqueles
que dizem amém. A Presidente chamou Governadores e Prefeitos de Estado
e constrangeu a todos porque só ele teve direito à palavra.
Não foi um diálogo. Foi um monólogo. Chamou um segmento
da sociedade que o Governo controla. Muitos dos que recebem mesada do Governo.
E ignorou segmentos políticos que representam metade da população
brasileira. E voltou como um bumerangue. A proposta equivocada e o erro
na verdade têm uma velocidade própria. E a Presidente da República
está conhecendo a velocidade do erro. A Constituinte durou 24 horas
e a proposta do plebiscito não durou duas semanas.
Defendemos,
há muito tempo, o fim do voto secreto. Em todas as votações.
Com uma exceção que eu pessoalmente acho que tem de haver.
Na votação de vetos. Porque preservar o voto secreto na derrubada
de um veto presidencial é preservar o Parlamento das pressões
do Poder Executivo. Porque com o voto aberto
na maioria grande que o Governo tem, é muito difícil de ser
derrubado. Então, em todos os outros casos os votos devem ser secretos
porque a lógica nos vetos é a lógica inversa. O voto
secreto preserva a vontade do parlamentar, a decisão pessoal do parlamentar,
e inibe essa decisão de pressões do Poder Executivo. Portanto,
defenderemos, a partir da próxima semana, o fim do voto secreto em
todas as votações, preservando no veto para que não
haja pressão do Governo Federal.
A
Presidente, me parece, não gosta do diálogo. Prefere o monólogo.
A
agenda da reforma política é necessária; Hoje mesmo
cobrei do Presidente do Senado Federal que coloque em pauta um projeto aprovado
na Comissão de Justiça da Casa, que garante que todas as propostas
de reforma política e eleitoral sejam submetidas a referendo. E que
esse referendo ocorra no dia da eleição, no ano que vem.
Onde
estão os investimentos em segurança contingenciados ano a
ano pelo Governo? Onde está a vontade política de aumentar
o financiamento da saúde que, nos últimos dez anos, diminuiu
muito no Brasil? Onde está a vontade política de garantir
que Plano Nacional de Educação seja cumprido, com 10% do PIB
em educação? Não vi nenhuma resposta da Presidente
da República à agenda das oposições. O que percebemos
é que ela (Dilma) prefere o monólogo, prefere a foto, prefere
o encaminhamento do marqueteiro oficial a ouvir as oposições,
que representam praticamente metade da população. Aliás,
hoje, pelas últimas pesquisas, já representam bem mais que
metade da população.
Da
nossa parte, estaremos aqui prontos para votar uma reforma política
que vincule, que link, que aproxime os partidos políticos do sentimento
da população brasileira.
Não
dá mais para tentar esconder a escalada da inflação,
como insiste em fazer o Governo Federal, tratando-a como se fosse um parente
incômodo atrapalhando a festa da família. Não
serão ataques à oposição que irão permitir
que a inflação volte ao controle e que o Brasil supere o crescimento
pífio.
Fica
claro que o Brasil cor-de-rosa, pintado e cantado em verso e prosa na propaganda
oficial, do Brasil sem miséria, das empresas batendo recordes de
produção, da saúde e da educação avançando,
não encontra correspondência na vida real das pessoas. Mudou
o Brasil? Como? Com a estabilidade econômica, com o início
dos programas de transferência de renda, com as privatizações
essenciais à modernização da Economia Brasileira, com
a Lei de Responsabilidade Fiscal. Essas foram as mudanças estruturais
que ocorreram no Brasil. Avanços vieram depois, sim, mas, exatamente,
no leito dessas mudanças ocorridas no Governo do Presidente Fernando
Henrique.
O
ex-Presidente Lula teve, pelo menos, dois grandes méritos: manter
a política macroeconômica herdada do Governo anterior, desdizendo
seu discurso, mas mantendo os conceitos de metas de inflação,
câmbio flutuante, superávit primário, e o fato de ter
adensado e ampliado os programas de transferência de renda. Uma virtude
do Presidente. Mas, acho que hoje há um sentimento claro de que o
Brasil precisa de um novo rumo, de um novo direcionamento.
Sou
parlamentar com 30 anos de mandato, mas, qualquer manifestação
que significa uma tentativa de apropriação de direcionamento
objetivo deste movimento é um equívoco. Ele não é
apenas contra o Governo, é uma insatisfação generalizada.
Os serviços públicos são de péssima qualidade,
o custo de vida aumenta a cada dia. A saúde, a educação
e a segurança pública estão caóticas no Brasil.
Então, há um sentimento difuso, hoje, e é um sinal
da sociedade que deve ser reconhecido e recebido com muita humildade pelos
Governantes. Acho um equívoco tanto alguém querer se apropriar
deste movimento quanto também transferir responsabilidades para outros.
É
preciso que a Presidente tenha serenidade para fazer um diagnóstico
correto do que está levando à fragilização da
Economia e à diminuição das expectativas positivas
que existiam em relação ao Brasil. Não serão
ataques fortuitos e absolutamente fora do tom à oposição
que vão permitir que a inflação volte ao controle e
que o Brasil supere o crescimento pífio que teve nos últimos
dois anos. Desejo à Presidente da República muita serenidade
nessa hora e que sua queda nas pesquisas eleitorais não afete seu
humor, porque precisamos de uma Presidente serena e tranqüila para
fazer a avaliação correta do que está acontecendo com
o Brasil, para que tome as medidas corretas.
Vou
estar de mangas arregaçadas, caminhando por toda Minas Gerais para
que nós possamos continuar avançando, impedindo que qualquer
retrocesso tome conta do nosso Estado.
Defendo
que as coisas sejam naturais. Não acredito em imposições,
em alianças forçadas que vêm de cima para baixo, pois
elas não se traduzem em votos e em apoio da militância e das
pessoas.10
Defendemos
que o Congresso tenha uma agenda rápida para votar a reforma política
e que depois seria submetida a um referendo. Isso me parece o mais razoável.
O
Brasil não merece um messias. O Brasil é e será sempre
de cada um e de todos os brasileiros.
Temos
que lembrar da luta de Tancredo pela Democracia. Temos que dar um basta
ao aparelhamento do Estado e aos que querem se perpetuar no poder.
Na
política, você tem de ter convicções, senão
não vai a lugar nenhum. Eu tenho as minhas, mas, se alguém
me convencer, estou aberto. Só não dá para fazer as
coisas sob pressão. Não adianta empurrar. Porque empurrando
eu não vou. Eu tenho uma responsabilidade muito grande com Minas.
Fizemos uma transformação radical no Estado, na cabeça
das pessoas, nos servidores. Minas estava estagnada. Mas, hoje é
o Estado que mais cresce no País. Vamos anunciar neste primeiro semestre
R$ 50 bilhões de investimentos novos. São Paulo, com toda
a pujança, vai anunciar R$ 37 bilhões. Nós estamos
em um momento muito virtuoso, empresas vindo, empregos vindo. O interior
mais pobre se desenvolvendo, a educação melhorando, e eu tenho
responsabilidade pela continuidade disto. Se voltar o mesmo time que derrotamos
lá atrás, o PMDB antigo, tudo o que nós fizemos aqui
se perde, é muito fácil desconstruir.
A
minha decisão não pode ser tomada a partir de opiniões
pessoais, até de boas intenções de alguns companheiros.
Elas são legítimas, mas, a minha decisão tem de ser
tomada através de uma análise muito profunda que eu faço
do cenário político.
Quem
tem prazo não tem pressa.
Devemos
estar preparados para responder à autoritária armadilha do
confronto plebiscitário e ao discurso que perigosamente tenta dividir
o País ao meio, entre bons e maus, entre ricos e pobres. Nossa tarefa
não é dividir, é aproximar. E só aproximaremos
os brasileiros uns dos outros através da diminuição
das diferenças que nos separam.
Em
Minas, costuma-se dizer que, em política, devem brigar as idéias,
não os homens. Por isto, durante o meu Governo, o Palácio
das Mangabeiras, residência oficial do Governador do Estado, vem recebendo
deputados, senadores, governadores e ministros de todos os partidos, inclusive
da oposição. À luz do dia.
Hoje,
de forma muito clara, estamos percebendo como é bom para a população,
quantas vantagens tem a população, quando você planeja
conjuntamente, quando se tem estratégias comuns que permitam um ganho
de tempo, uma otimização dos recursos financeiros nos esforços
de todos nós.
A integração
das ações, da inteligência e das diligências da
Polícia Civil e da Polícia Militar é o caminho mais
curto para nós enfrentarmos com êxito o problema da segurança
e da criminalidade.
Ao
descrever sua participação ao lado do avô, o Presidente
Tancredo Neves, sobre a transição da Ditadura Militar para
a Democracia no Brasil: — Espectador privilegiado da mais
bem construída articulação política já
feita no Hemisfério Sul, que nos levou a retomada da Democracia.
Eu
fui formado na Democracia, e o contraditório é não
apenas importante, mas, necessário à Democracia.
O
Brasil de hoje compreende, cada vez mais, que o futuro não está
nas mãos de um homem ou de um grupo, não depende de um messias
ou de um salvador da pátria. O futuro depende de todos e de cada
um de nós.
Os
Governos podem fazer muito quando atuam com responsabilidade e comprometimento,
mobilizados por desafios e sonhos coletivos e se colocam ao lado dos cidadãos.
É
hora de reunirmos a nação inteira, para a tarefa de promover
as mudanças corajosas que a realidade exige. Essa tarefa ainda se
encontra inconclusa. A depressão econômica, da qual somos vítimas
agora, irá nos exigir sacrifícios ainda maiores nos próximos
meses. O Brasil é um dos Países mais preparados para vencê-la,
graças aos esforços de seu povo e de diferentes Governos.
No entanto, ainda nos resta responder aos deveres que nos impõe a
realidade.
O
sal de nosso batismo, como povo, teve o sabor da liberdade. Não fomos
educados para a dócil aceitação do despotismo, mas,
sim, instruídos pelas vicissitudes a encontrar a paz no diálogo
entre iguais.
O
que buscamos são alternativas para os desafios do nosso tempo, reunindo
a preocupação ambiental, e, aí, passamos pela reciclagem,
com a preocupação social e a mobilização dos
catadores de papel e recicladores.
A raiz
dos grandes problemas brasileiros é a crescente e absurda concentração
de receitas tributárias nas mãos da União.
Sobre
a morte de Tancredo Neves: — O Brasil perdeu a grande oportunidade
de ter um Presidente da dimensão do Brasil.
Não
acho que a única herança que um pai de família queira
deixar para seu filho seja um cartão do Bolsa Família.
O
Governo Dilma não é um Governo de coalizão, é
de cooptação. Vale tudo para ganhar um minuto de TV. O PSDB
não teme adversários.
O
Governo Dilma falhou. Falhou na condução da política
econômica, na gestão do País e no aprofundamento dos
programas nas áreas sociais.
Ao
contrário do PT, não me contento com a administração
diária da pobreza. Quero a superação da pobreza.
O
PT é comprometido com esse corporativismo sindical que não
quer avaliação. Tem horror de ser avaliado.
Os
petistas tratam o Bolsa Família como um ponto de chegada no combate
à pobreza. Nós queremos tratar o programa como um ponto de
partida para um outro patamar, para a transformação social
que todos buscamos para o País.
Comentando
a quantidade de mulheres bonitas em uma festa no Rio de Janeiro:
— Isso está uma loucura. Dá até para fazer uni-duni-tê.11
As
Gatinhas do Aécio
(Uni-duni-tê,
salamê minguê...
A escolhida foi você!)
______
Notas:
1. Não
há um só brasileiro que não saiba que, até hoje,
terça-feira, 7 de outubro de 2.014, nenhum Governo – federal,
estadual ou municipal – deu qualquer bola efetiva e concertada para
os professores e para os profissionais da área da saúde (nutricionistas,
médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, osteopatas, profissionais
de educação física, serviço social, fonoaudiólogos,
dentistas, terapeutas ocupacionais, psicólogos, biomédicos,
farmacêuticos, entre outros). Se você observar, seja qual for
o programa de televisão, seja o canal que for, as discussões
e as análises políticas são tratadas, de maneira geral,
em termos do que interessa ou do que possa vir a interessar ao Governo,
à oposição, a um partido político ou a um político
em particular, seja no que concerne a alianças, conchavos, trocas-trocas,
tráfico de influência, apegos, apoios, vantagens, coligações
etc., seja no que concerne a escândalos, malfeitos, delitos, desvios,
maracutaias, corrupção etc., e quase nada ou nada mesmo do
que possa realmente interessar ao povão brasileiro, que é
tratado, pelos políticos em geral, com raras e honrosas exceções,
como mera massa de manobra, povão este que é marionetado
e manipulado ao sabor do vento que venta cá ou da marola que ondeia
lá. Se mudassem o nome de Brasília para Fantasy
Island, era capaz de muito pouca gente notar! O mais triste
é que aqueles que poderiam mudar ou fazer mudar alguma coisa, normalmente,
não têm o apoio nem o carisma necessário para tocar,
magnetizar ou influir os Corações. São bem-intencionados,
mas, não conseguem se eleger. E não conseguem se eleger, em
grande parte, por causa dos resultados das pesquisas que são divulgados,
porque a mediocridade não vota em candidato está lá
na rabeira. Ideologia? Ora, isto é uma acirologia. Quem está
aí para a aretologia?
2. E
por que não se acaba já com essa benemerência
de merda?
3. Eu
não quero nem vou afirmar que seja o caso do PT, mas, claro, sempre
deu mais voto dar o peixe do que ensinar a pescar. Só que o cara
que gosta de ganhar o peixe e não quer aprender a pescar não
se libertará nunca. Morrerá dependente do peixe que ele ganha
e não pesca. Simples assim. Mas, os maus políticos adoram
isto. Daí, o pé esquerdo de um sapato antes da eleição
e o pé direito depois; a dentadura de cima antes da eleição
e a dentadura de baixo depois; o fudelhufas
antes e o cagahouse
depois... E por aí vai.
4. Nesta
matéria de travessia, também não adianta financiar
um barco sem remos ou mesmo um caiaque com remos, para o infeliz cruzar
o Oceano Atlântico. Tudo é questão de peso e medida.
5. Recebeu
o nome de Emenda Dante de Oliveira Pereira de Carvalho a Proposta de Emenda
Constitucional (PEC) nº5/1983, apresentada pelo Deputado Federal Dante
de Oliveira (PMDB-MT) (Cuiabá, 6 de fevereiro de 1952 – Cuiabá,
6 de julho de 2006), que tinha por objetivo reinstaurar as eleições
diretas para Presidente da República no Brasil, através da
alteração dos artigos 74 e 148 da Constituição
Federal de 1967 (Emenda Constitucional nº 1, de 1969), uma vez que
a tradição democrática havia sido interrompida no País
pelo golpe militar de 1964. A enorme pressão popular para que a Emenda
fosse aprovada se transformou em um dos maiores movimentos político-sociais
da História do Brasil, e logo recebeu o nome de Diretas-Já.
De acordo com uma pesquisa do IBOPE, 84% da população brasileira
era favorável à aprovação da Emenda. Apesar
do alarido popular, a Proposta de Emenda Constitucional foi rejeitada pela
Câmara dos Deputados no dia 25 de abril de 1984. Por se tratar de
uma emenda constitucional, era necessário votos favoráveis
de dois terços da Casa (320 deputados) para que a Proposta seguisse
ao Senado. O resultado da votação foi: 298 deputados a favor;
65 contra; 3 abstenções e 113 ausências no plenário.
Com a rejeição
da Emenda, a eleição para Presidente da República de
1985 foi novamente indireta. Entretanto, articulações da oposição
ao regime militar, em especial do PMDB, endossadas pela mídia e com
forte apoio popular, racharam a base governista, que era maioria no Congresso
Nacional, ocasionando a escolha do oposicionista Tancredo de Almeida Neves,
do PMDB, (São João del-Rei, 4 de março de 1910 –
São Paulo, 21 de abril de 1985), como Presidente da República.
Encerrou-se, assim, um ciclo de cinco Presidentes militares, iniciado em
1964. Tancredo, porém, nunca viria a tomar posse, falecendo por sérios
problemas de saúde no dia 21 de abril de 1985. Seu vice, José
Sarney, tomou posse em 15 de março daquele mesmo ano, sendo também
um dos responsáveis pelo processo de redemocratização
do País, mesmo tendo apoiado os militares por vinte anos.]
6. Até
hoje, século XXI, em 2.014, há uns filhos-da-puta-que-os-pariu
têm saudades dos tempos de chumbo, do autoritarismo, da ausência
de liberdade e das torturas!
7. Isto
é equivalente ao que sempre costumo dizer: somos responsáveis
por tudo.
8. Bullying
(anglicismo, bullying)
é um termo utilizado para descrever atos de violência física
ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo
ou por grupo de indivíduos, causando dor e angústia, sendo
executadas dentro de uma relação desigual de poder. O bullying
é um problema mundial, no qual a agressão física ou
moral repetitiva deixam marcas para o resto da vida. O agressor inferioriza
e se impõe sobre o outro, na tentativa de o superar em termos físicos
e psicológicos e de satisfazer seu ego. Quase sempre, não
tem o suporte de uma boa educação, com conselhos e amparos
apropriados. E é isto que mais o encoraja a fazer o que faz. Já
a vítima, é alguém desamparado, na maioria das vezes,
sem refúgio e com medo de tudo. Conforme
enfatiza Carlos Rodrigues Brandão, através
do outro, vejo quem sou, crio o outro para me tornar superior sobre ele.
Em 20% dos casos, o praticante do bullying
também pode ser vítima. Nas escolas, a maioria dos atos de
bullying
ocorre fora da visão dos adultos, e grande parte das vítimas
não reage ou fala sobre a agressão sofrida.
9. Quem
vai a supermercado sabe perfeitamente bem que, ao contrário, a inflação
é motivo de superlativa preocupação. Quanto às
contas públicas, bem, desde o tempo em que Adão era cadete,
nunca tiveram qualquer controle. No Brasil a regra é: gastar mais
do que é arrecadado. E dane-se o mundo, que eu não me chamo
Segundo nem Tocafundo! O Brasil até parece uma querida amiga que
eu tenho que padece de Transtorno Bipolar, e que, na fase maníaca
(eufórica), além de se tornar verborrágica e muito
fora-do-comummente
sorrisonha, se puder, compra até foguete interplanetário e
disco voador (com ou sem extraterrestrezinho dentro). Uma vez, ela quase
comprou uma esdrúxula maquininha de amolar vento! É meio que
a nossa PETROBRAS, que fez um mau negócio ao comprar, em 2006, uma
refinaria em Pasadena, nos EUA, como admitem os dirigentes de ontem e de
hoje da Estatal, segundo afirma Gustavo Patu. Não
só porque o montante desembolsado supera em muito o atual valor de
mercado da Refinaria; também não faz mais sentido refinar
petróleo brasileiro para o mercado americano, agora que é
preciso importar combustíveis para o Brasil. Há três
hipóteses, não excludentes entre si, para explicar a trapalhada:
1) azar, na forma de reviravoltas imprevisíveis da Economia; 2) imperícia
por riscos subestimados ou decisões equivocadas; 3) dolo, se funcionários
e autoridades provocaram propositalmente as perdas para desviar recursos
em proveito próprio. Sinceramente? Eu acho tudo isso
um horror. Bem, pelo menos já não importamos mais (compulsoriomentalissimamente)
ioiôs, bambolês de plástico, rádios de pilhas,
comida para cachorro, meias de náilon, canetas esferográficas
e máquinas de empacotar punzinhos.
Máquina
de Empacotar Pum
10.
Essa questão de coisa imposta (seja autoritária, seja totalitária)
não é só em política; vale em tudo e para tudo.
11.
E, dependendo da festa, dá até para fazer salamê minguê!
Páginas
da Internet consultadas:
http://www.fright-bytes.com/
https://czarniklife.wordpress.com/tag/aldona/
https://lizzyforeal.wordpress.com/page/8/
http://www.countrypickerpa.com/
country/about.ashx
http://www.the-site.name/
http://burroempacado.blogspot.com.br/
http://oficiodahistoria.blogspot.com.br/2009/01/
segunda-repblica-ou-repblica-populista_22.html
http://www.viomundo.com.br/denuncias/
ronald-barata-nao-ha-chance-de-golpe-no-brasil.html
http://www1.folha.uol.com.br/poder/2014/03/1433096-entenda
-o-caso-da-refinaria-da-petrobras-em-pasadena-eua.shtml
http://pt.wikipedia.org/wiki/Bullying
http://mybabymonsters.com/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Proposta_de
_Emenda_Constitucional_Dante_de_Oliveira
http://sol2611.wordpress.com/
http://www.clipartpanda.com/
http://www.astrologydating.com/pub/blog_post/
astrology-and-depression-the-role-of-the-moon
http://imgarcade.com/1/animated-lawn-mower/
http://pt.wikiquote.org/wiki/A%C3%A9cio_Neves
http://en.wikipedia.org/wiki/Nuclear_weapon_design
http://pt.wikipedia.org/wiki/A%C3%A9cio_Neves
Música
de fundo:
Peixe
Vivo
Interpretação: Fábio Caramuru
Fonte:
http://redmp3.ru/7990699/f-bio-caramuru-peixe-vivo.html
Observação:
Esta
era música predileta do Presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira
(Diamantina, 12 de setembro de 1902 – Resende, 22 de agosto de 1976).
Direitos
autorais:
As animações,
as fotografias digitais e as mídias digitais que reproduzo (por empréstimo)
neste texto têm exclusivamente a finalidade de ilustrar e embelezar
o trabalho. Neste sentido, os direitos de copyright
são exclusivos de seus autores. Entretanto, como nem sempre sei a
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