Este
estudo (Parte II e última) teve por objetivo examinar (e comentar,
editando aqui e ali, quando foi o caso) a obra Como Vejo o Mundo
(Mein Weltbild),
de autoria do humanista e físico teórico alemão Albert
Einstein (Ulm, 14 de março de 1879 – Princeton, 18 de abril
de 1955), um texto em que o autor volta os olhos para os problemas fundamentais
do ser humano — o social, o político, o econômico
e o cultural — e torna clara a sua posição diante deles:
a de um sábio radicalmente consciente de que sem a liberdade de ser
e de agir, o homem, por mais que conheça e possua, não é
nada. Enfim, eu sei que Einstein não foi para o céu pela
sua Teoria da Relatividade Geral nem pela explicação satisfatória
que deu para o Efeito Fotoelétrico (que lhe rendeu o Prêmio
Nobel de Física de 1921), mas, sim, pelos pensamentos humanitários
e pelas reflexões filantrópicas divulgados nesta obra.
Fragmentos
Albert
Einstein
Uma
situação pacífica só se instaurará baseada
na compreensão e na indulgência recíprocas.
O
objetivo
político mais importante para o Sionismo é tornar possíveis
e sadias as relações com o povo árabe.
As
administrações aparecem e desaparecem. Em compensação,
as relações humanas constituem, na vida dos povos, a etapa
decisiva.
O
que há de melhor no ser-humano-aí-no-mundo somente desabrocha
quando se desenvolve em uma comunidade.
Nacionalismo:
um termo odioso. [Einstein
tem razão. Considerando a Lei do Renascimento, fomos nacionais-a
ontem; somos nacionais-b
hoje; seremos nacionais-c
amanhã. Mas, fomos, somos e seremos sempre universais.]
Feliz
quem atravessa a vida prestativo, sem medo, estranho à agressividade
e ao ressentimento!
O
esforço
para unir sabedoria e poder raramente dá certo, e, quando dá,
é somente por tempo muito curto.
A
maioria dos imbecis permanece invencível e satisfeita em qualquer
circunstância.
Quem
imagina ser um oráculo, lamentavelmente, fracassa
diante da gargalhada dos Deuses.
Para
ser um membro irrepreensível de uma comunidade de carneiros, é
preciso, antes de tudo, ser também carneiro.
Uma
floresta não poderá se expandir, se apenas contiver plantas
trepadeiras.
Os
desejos pessoais são eternamente instáveis.
Todo
o conhecimento da realidade vem da experiência e a ela se refere.
Por este fato, conhecimentos, deduzidos por via puramente lógica,
seriam diante da realidade estritamente vazios.
Galileo
Galilei (Pisa, 15 de fevereiro de 1564 –
Florença, 8 de janeiro de 1642), graças ao conhecimento empírico,
e sobretudo por ter se batido violentamente para impô-lo, tornou-se
o pai da Física moderna e, provavelmente, de todas as ciências
da Natureza em geral.
Galileo
Galilei
(Por
Justus Sustermans)
O
pensamento científico aperfeiçoa o pensamento pré-científico.
A
Teoria da Relatividade Restrita reconhece a equivalência física
de todos os sistemas de inércia e sua ligação com a
Eletrodinâmica ou com a Lei da Propagação da Luz torna
lógica a inseparabilidade do espaço e do tempo ('continuum').
Inseparabilidade
do Espaço e do Tempo
O
ideal científico por excelência é reunir, por dedução
lógica, graças a um mínimo de hipóteses ou de
axiomas, um máximo de experiências. Na atualidade, em
Física, a experiência do
experimentador não pode mais conduzir às regiões de
altíssima abstração. Os métodos indutivos, empregados
na ciência, correspondendo na realidade à juventude da Ciência,
são eliminados por um método dedutivo muito cauteloso.
Os
passos relativísticos de Einstein:
Teoria da Relatividade Restrita (fundada diretamente sobre a lei empírica
da constância da velocidade da luz) —›
Teoria da Relatividade Geral (eleva à categoria de princípio
a equivalência de todos os sistemas de coordenadas para formular as
Leis da Natureza)
—› Teoria
do Campo Unificado [que permanece
como um campo aberto para pesquisa].
Segundo
a Teoria da Relatividade
Geral, o espaço não é absoluto [exatamente
o pressentimento de Georg Friedrich Bernhard Riemann (Breselenz, Reino de
Hanôver, 17 de setembro de 1826 — Selasca, Verbania, 20 de julho
de 1866)!), mas, sua estrutura depende de influências físicas.
O
conhecimento não se inspira unicamente na simples experiência,
mas, fundamentalmente, na analogia entre a concepção do ser-humano-aí-no-mundo
e a observação que faz.
A
velocidade da luz no vácuo existe, mas, como velocidade-limite.
Toda
a evolução de nossas idéias sobre a maneira pela qual
até agora imaginamos as operações da Natureza pode
ser concebida como um desenvolvimento das idéias de Isaac Newton
(Woolsthorpe-by-Colsterworth, 4 de janeiro de 1643 –
Kensington, 31 de março de 1727).
Isaac
Newton (com 46 anos de idade)
(Retratado por Godfrey Kneller, 1689)
A
Lei de Causalidade, até hoje, se levantava como o último postulado
fundamental de toda a Natureza.
Crer
em um mundo exterior independente do sujeito que o percebe constitui a base
de toda a Ciência da Natureza. Todavia, as percepções
dos sentidos apenas oferecem resultados indiretos sobre este mundo exterior
ou sobre a “realidade física”. Então, somente
a via especulativa é capaz de nos ajudar a compreender o mundo. Temos,
então, de reconhecer que nossas concepções da realidade
jamais apresentam outra coisa a não ser soluções momentâneas.
Por conseguinte, devemos estar sempre prontos a transformar estas idéias,
quer dizer, o fundamento axiomático da Física, se, lucidamente,
queremos ver da maneira mais perfeita possível os fatos perceptíveis
que mudam.
A
concepção do campo eletromagnético, entidade irredutível,
se impôs universalmente.
Campo
Eletromagnético
O
ser-humano-aí-no-mundo tem, no sentido literal da palavra, que se
chocar contra o fato, para que a solução lhe apareça.
—
Ih! Descobri!
Eu
não posso, absolutamente, traduzir em uma linguagem clara a expressão
“verdade religiosa”. [Mas,
quem pode?]
Por
despertar a idéia de causalidade e de síntese, a pesquisa
científica pode fazer regredir a superstição.
Não
posso considerar as tradições confessionais, a não
ser pelo ponto de vista da História ou da Psicologia. Não
tenho outra relação possível com elas.
A
vontade determina sua influência sobre nosso pensamento e nossa reflexão,
com a condição, evidentemente, de que esteja possuída
por inabalável convicção.
O
esforço para o conhecimento, por sua própria natureza, nos
impele, ao mesmo tempo, para a compreensão da extrema variedade da
experiência e para o domínio da simplicidade econômica
das hipóteses fundamentais.
Se
A = B
e
se B = C,
então,
A = C.
Com
os atuais métodos de poder terrorista, somente a instauração
de uma ordem jurídica supranacional poderá salvar a Humanidade.
Sursum Corda! Libertas Quæ Sera Tamen!
Se
os cientistas contemporâneos encontrarem tempo e coragem para julgar
a situação e suas responsabilidades, de modo pacífico
e objetivo, e se agirem em função deste exame, então,
as perspectivas de uma solução racional e satisfatória
para a situação internacional de hoje, excessivamente perigosa,
aparecerão profunda e radicalmente transformadas.
Sursum Corda! Libertas Quæ Sera Tamen!
Tanta
cobiça.
Sursum
Corda! Libertas Quæ Sera Tamen!
Tanta paixão.
Sursum
Corda! Libertas Quæ Sera Tamen!
Tanto desejo.
Sursum
Corda! Libertas Quæ Sera Tamen!
Tanto coisismo.
Sursum
Corda! Libertas Quæ Sera Tamen!
Tanto achismo.
Sursum
Corda! Libertas Quæ Sera Tamen!
Tanta Fata Morgana.
Sursum
Corda! Libertas Quæ Sera Tamen!
Tanta ilusão.
Sursum
Corda! Libertas Quæ Sera Tamen!
Tanto buraco sem fundo.
Sursum
Corda! Libertas Quæ Sera Tamen!
Tanta ofensividade.
Sursum
Corda! Libertas Quæ Sera Tamen!
Tanta separatividade.
Sursum
Corda! Libertas Quæ Sera Tamen!
Tanta desfraternidade.
Sursum
Corda! Libertas Quæ Sera Tamen!
Tanto egoísmo.
Sursum
Corda! Libertas Quæ Sera Tamen!
Tanta vaidade.
Sursum
Corda! Libertas Quæ Sera Tamen!
Tanto genocídio.
Sursum
Corda! Libertas Quæ Sera Tamen!
Tanta vivisseção.
Sursum
Corda! Libertas Quæ Sera Tamen!
Tanta
poluição.
Sursum
Corda! Libertas Quæ Sera Tamen!
Tantos
muros.
Sursum
Corda! Libertas Quæ Sera Tamen!
Tantas bombas.
Sursum
Corda! Libertas Quæ Sera Tamen!
Tantos
foguetes.
Sursum
Corda! Libertas Quæ Sera Tamen!
Tanta fome.
Sursum
Corda! Libertas Quæ Sera Tamen!
Tanto ódio.
Sursum
Corda! Libertas Quæ Sera Tamen!
Tanta xenofobia.
Sursum
Corda! Libertas Quæ Sera Tamen!
Tanta homofobia.
Sursum
Corda! Libertas Quæ Sera Tamen!
Tanta avarícia.
Sursum
Corda! Libertas Quæ Sera Tamen!
Tanta mais-valia.
Sursum
Corda! Libertas Quæ Sera Tamen!
Tanta desvalia.
Sursum
Corda! Libertas Quæ Sera Tamen!
Tanto laissez-faire.
Sursum
Corda! Libertas Quæ Sera Tamen!
Tanto refúgio fiscal.
Sursum
Corda! Libertas Quæ Sera Tamen!
Tanto insider trading.
Sursum
Corda! Libertas Quæ Sera Tamen!
Tanto Don Corleone.
Sursum
Corda! Libertas Quæ Sera Tamen!
Tanto Don Altobello.
Sursum
Corda! Libertas Quæ Sera Tamen!
Tanto Don Licio Lucchesi.
Sursum
Corda! Libertas Quæ Sera Tamen!
Tanto Ted Bundy.
Sursum
Corda! Libertas Quæ Sera Tamen!
Tanto desconcerto.
Sursum
Corda! Libertas Quæ Sera Tamen!
Tanto ultramontanismo.
Sursum
Corda! Libertas Quæ Sera Tamen!
Tanto patriotismo.
Sursum
Corda! Libertas Quæ Sera Tamen!
Tanta corrupção.
Sursum
Corda! Libertas Quæ Sera Tamen!
Tanto assassinato.
Sursum
Corda! Libertas Quæ Sera Tamen!
Tanto suicídio.
Sursum
Corda! Libertas Quæ Sera Tamen!
Tanta crueldade.
Sursum
Corda! Libertas Quæ Sera Tamen!
Tanta anestesia.
Sursum
Corda! Libertas Quæ Sera Tamen!
Tanta neutralidade.
Sursum
Corda! Libertas Quæ Sera Tamen!
Tanta crendice.
Sursum
Corda! Libertas Quæ Sera Tamen!
Tanta guruzice.
Sursum
Corda! Libertas Quæ Sera Tamen!
Tanta inocência útil.
Sursum
Corda! Libertas Quæ Sera Tamen!
Tanto Imperativo Hipotético.
Sursum
Corda! Libertas Quæ Sera Tamen!
Tanto cagaço.
Sursum
Corda! Libertas Quæ Sera Tamen!
Tanta ajoelhação.
Sursum
Corda! Libertas Quæ Sera Tamen!
Tanta relambóia.
Sursum
Corda! Libertas Quæ Sera Tamen!
Tanto mensalão.
Sursum
Corda! Libertas Quæ Sera Tamen!
Tanto petrolão.
Sursum
Corda! Libertas Quæ Sera Tamen!
Tanta engambelação.
Sursum
Corda! Libertas Quæ Sera Tamen!
Tanta escravização.
Sursum
Corda! Libertas Quæ Sera Tamen!
Tanta conspiração.
Sursum
Corda! Libertas Quæ Sera Tamen!
Tanta embromação.
Sursum
Corda! Libertas Quæ Sera Tamen!
Tanta traição.
Sursum
Corda! Libertas Quæ Sera Tamen!
Tanta tortura.
Sursum
Corda! Libertas Quæ Sera Tamen!
Tanto desapreço.
Sursum
Corda! Libertas Quæ Sera Tamen!
Tanto autoritarismo.
Sursum
Corda! Libertas Quæ Sera Tamen!
Tanto totalitarismo.
Sursum
Corda! Libertas Quæ Sera Tamen!
Tanta ditadura.
Sursum
Corda! Libertas Quæ Sera Tamen!
Tanta proibição.
Sursum
Corda! Libertas Quæ Sera Tamen!
Tanta militarização.
Sursum
Corda! Libertas Quæ Sera Tamen!
Tanta sacanagem.
Sursum
Corda! Libertas Quæ Sera Tamen!
Tanta nefelibatice.
Sursum
Corda! Libertas Quæ Sera Tamen!
Tanta doença.
Sursum
Corda! Libertas Quæ Sera Tamen!
Tanto não-sei.
Sursum
Corda! Libertas Quæ Sera Tamen!
Tanta plexo-solarização.
Sursum
Corda! Libertas Quæ Sera Tamen!
Tanta
res extensa.
Sursum
Corda! Libertas Quæ Sera Tamen!
Tanta
transigência
(com o que não deve ser transigido).
Sursum
Corda! Libertas Quæ Sera Tamen!
Música
de fundo:
Tea for Two
Compositores: Vincent Youmans (música) & Irving Caesar (letra)
Fonte:
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Páginas
da Internet consultadas:
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