XEQUE-MATE

 

 

 

 

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

Se não houve começo de lhufas,

não poderá haver fim para bulhufas.

Viemos... Partiremos... Voltaremos...

Hoje... Amanhã... Renasceremos...
(Somos todos Cidadãos do Universo.)

 

 

 

 

Impressão Digital Cósmica
(Cada um tem a sua e ninguém tasca)

 

 

Não existe um éden paradisíaco,

não existe um inferno demoníaco.

Pela justa Lei da Causa e do Efeito,

poremos em ordem o caos malfeito.

 

Não adianta ajoelhar e pedinchar.

Precisamos tomar vergonha na cara,

e lutar para atravessar a alcântara.

 

Se compreendermos, nos livraremos,

mas, só batalhando mudançaremos.

Precisamos lutar o Bom Combate.

Não existe esse tal de xeque-mate.

 

 

Na vida, não existe xeque-mate.

 

 

Para que malfeitos virem bem-feitos,

não paro de repetir esses conceitos.

Sei que para chegar à 6ª Raça-raiz,

cada um deverá deixar de ser petiz.

 

Peregrinamos. Chegamos até aqui.

Não adianta jejuar e virar um faqui.

Só dos bugalhos nos alforriando,

poderemos participar do QUANDO.

 

E o QUANDO começa já, agora.

Ontem, 1ª Hora; amanhã, 12ª Hora.1
(Ontem, deuses inconscientes; amanhã, Deuses Conscientes.)

Nadar, nadar... E morrer na praia?

Nem Pasárgada nem Saramandaia!

 

 

 

 

O VERBUM está em nosso Coração.

Para ouvi-Lo, deveremos mudar de mão.

Não existe milagrinho no Multiuniverso.

Precisaremos librar anverso e reverso.
(Precisaremos librar anjo e adverso.)

 

Mas, ninguém fará isto por nós:

temos que deixar de ser Pedros Bós.2

Nem o Longuinho nem o António

expulsarão o nosso velho demônio.

 

 

 

Librando anverso e reverso
(Librando anjo e adverso)

 

 

 

______

Notas:

1. O Nuctemeron é uma obra esotérica do século I a.C., atribuída ao filósofo neo-pitagórico e professor de origem grega Apolônio de Tiana (Tiana, 15 d.C. – Éfeso, cerca de 100 d.C.). O Nuctemeron significa, literalmente, o Dia e a Noite ou, simbolicamente, o Dia (LLuz) que emerge da Noite (Trevas). Contém ensinamentos dispostos como as 12 horas de um relógio (ou Degraus da Alquimia), no qual cada hora corresponde a uma instrução especial, cujo sentido completo pode estar velado. As doze horas do Nuctemeron são:

Primeira Hora: Na Unidade, os demônios cantam as louvações de Deus, e perdem sua malícia e sua cólera.

Segunda Hora: Pelo binário, os Peixes do Zodíaco cantam os louvores de Deus, as Serpentes de Fogo se entrelaçam em redor do caduceu e o Raio se torna harmonioso.

Terceira Hora: As Serpentes do Caduceu de Hermes se entrelaçam três vezes, Cérbero abre sua tríplice goela e o Fogo canta os louvores de Deus, pelas Três Línguas do Raio.

Quarta Hora: A [personalidade-]alma volta a visitar as tumbas: é o momento em que se acendem as Lâmpadas Mágicas nos quatro cantos dos círculos; é a Hora dos encantamentos e dos prodígios.

Quinta Hora: A Voz das Grandes Águas canta o Deus das esferas celestes.

Sexta Hora: O Espírito permanece imóvel; vê os monstros infernais caminharem contra ele, mas, não se atemoriza.

Sétima Hora: O Fogo, que dá a Vida a todos os seres animados, é dirigido pela Vontade dos seres-humanos-aí-no-mundo puros. O Iniciado estende a mão e os sofrimentos cessam.

Oitava Hora: As estrelas se falam, a alma dos sóis corresponde com o suspiro das flores e as cadeias de harmonia fazem corresponder entre si todos os seres da Natureza.

Nona Hora: O Número que não deve ser revelado.

Décima Hora: É a Chave do ciclo astronômico e do movimento circular da vida dos homens.

Décima primeira Hora: As asas dos gênios se agitam com um ruído misterioso; eles voam de uma esfera à outra e levam de mundo em mundo os mensageiros de Deus.

Décima segunda Hora: Aqui, pelo Fogo, se realizam as Obras da Eterna LLuz.

Vale a pena dar uma conferida no Nuctemeron comentado por Jan van Rijckenborgh:

http://www.pentagrama.org.br/livros/nuctemeron-apolonio-tiana.pdf

2. No início dos anos 70, Chico Anysio interpretava um personagem chamado Pantaleão, que dia e noite usava óculos escuros, dos quais uma lente estava faltando. Ele vivia contando causos mirabolantes, que ocorriam sempre no ano de 1927. Havia também a sua esposa Terta, a qual era solicitada para confirmar a veracidade de suas histórias mentirosas. Ele perguntava:
É mentira, Terta?
E ela respondia: — Verdade.
Pedro Bó era interpretado por um ator rechonchudo, quase velho, mas que fazia papel de garoto. Vez ou outra interrompia Pantaleão com uma pergunta tola. Por exemplo, Pantaleão contava uma história de pescaria:
Pantaleão: — Daí eu joguei a mesa pro tubarão, e ele engoliu inteira!
Pedro Bó: — Engoliu inteirinha?
Pantaleão: — Inteirinha não... Ele deixou os prego no canto do prato pra tua vó comer, Pedro Bó!
O diálogo também poderia ter sido assim:
Pantaleão: — Daí eu dominei o meu velho demônio!
Pedro Bó: — Dominou todinho?
Pantaleão: — Todinho não... Sobrou o tridente, que eu vou enfiar nos teus glúteos, Pedro Bó!

 

 

 

 

Música de fundo:

Peter Gunn Theme
Compositor: Henry Mancini
Interpretação: Qatar Philharmonic Orchestra

Fonte:

https://www.youtube.com/watch?v=MIKSQT-oXfc

 

Páginas da Internet consultadas:

https://br.pinterest.com/pin/281967626653022907/

http://www.gpsdirecaobilingue.com.br/

https://tenor.com/

https://www.arteengesso.com.br/

https://br.pinterest.com/pin/377458012514622126/

https://pt.wikipedia.org/wiki/Nuctemeron

http://clipartmag.com/cartoon-butt-pictures

https://www.ebay.co.uk/

https://pt.wikipedia.org/wiki/Pedro_B%C3%B3

https://www.presentermedia.com/

https://gfycat.com/gifs/search/checkmate

 

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