A 
     Vulpes vulpes 
    e a Coccoloba 
    uvifera
   
   
  Rodolfo Domenico 
    Pizzinga
  
    
    
   
   
   
   
  
     
       
        
         
          
           
            Uma 
              raposa, morta de fome, viu, ao passar diante de um pomar, penduradas 
              nas ramas de uma viçosa videira, alguns cachos de exuberantes 
              uvas negras. E o mais importante: estavam madurinhas.  
            Não 
              pensou duas vezes, depois de se certificar que o caminho estava 
              livre de intrusos, resolveu colher o seu alimento. 
            Usou 
              todos os seus dotes, conhecimentos e artifícios para apanhá-las, 
              mas, como estavam fora do seu alcance, acabou se cansando em vão, 
              e nada conseguiu. 
            Desolada, 
              cansada, faminta e frustrada com o insucesso de sua empreitada, 
              suspirou, deu de ombros (melhor seria dizer deu de patas)... E, 
              se deu por vencida. 
            Por 
              fim, deu meia-volta e foi embora. Desapontada, foi dizendo: — 
              Na verdade, olhando com mais atenção, percebo, agora, 
              que as uvas estão todas verdes, e não maduras, como 
              eu imaginei a princípio... O pior é que uvas verdes 
              dão uma baita caganeira! 
           
         
        
         
           
            Observação: 
             A Raposa 
              e as Uvas é uma fábula atribuída 
              a Esopo, escritor da Grécia Antiga, e que foi reescrita pelo 
              poeta e fabulista francês Jean de La Fontaine. E modificada 
              um pouquinho por mim! 
              
            
              
          | 
    
  
   
   
   
  
    
    ra, as uvas nunca estiveram verdes;
  sempre estiveram adultinhas 
    da silveira.
  Nós – com 
    jeitão de tartarugas-verdes –
   
    
  
   
   
  
    
    xe! Não há essa coisa de impossível.
   Nós é que 
    damos mole, e caímos vencidos!
  Tudinho é viável! 
    Exeqüível! E acontecível!1
  Bem, para os abstidos, 
    falidos e abatidos...
   
   
   
    
      negócio é sentar a pua, meter bronca
  e não ficar bestando 
    e dormindo de touca.
  Por outro lado, viver 
    com medo do farronca
  não dá certo 
    nem para u'a minhoca-louca!
   
   
   
    
    amos nessa! Simbora colher a uva,
  senão... Pare com 
     es-saporra2 
    de senão!
  Em dia de Sol, usar chapéu-de-chuva?
  Silente, confia o Deus-de-nosso-Coração!
   
   
   
   
   
    
    
  O melhor gaipo 
    de uvas
    está em nosso Coração!
   
   
   
   
 
 
  
    ______
    Notas:
    1. Menos olho-de-boi 
      virar bumba-meu-boi ou mãe-d'água virar cobra-d'água! 
      O dia que olho-de-boi virar bumba-meu-boi e/ou que mãe-d'água 
      virar cobra-d'água estaremos todos aquele negócio (fu) e mal 
      pagados!
    2. Saporra 
      é amásia do saporro!
     
    Música 
      de fundo: 
    The Fox (What Does The 
      Fox Say?)
      Composição: Bård Ylvisåker, Vegard Ylvisåker, 
      Christian Løchstøer, Tor Erik Hermansen, Mikkel S. Eriksen 
      & Nicholas Boundy
      Interpretação: Bård Ylvisåker & Vegard Ylvisåker 
      (Ylvis) 
     
     
    
    Ylvis
      Vegard (esquerda) e Bård (direita)
     
    
    Fonte:
    http://www.melodymoorephotography.com/mp3
      /Ylvis+The+Fox+What+Does+The+Fox+Say.html
     
    Páginas 
      da Internet consultadas:
    https://pt.wikipedia.org/wiki/Ylvis
    http://giphy.com/search/heart
    http://sitededicas.ne10.uol.com.br/fabula30a.htm
    http://pt.depositphotos.com/10661551/stock-
      illustration-polar-bear-cartoon-with-blank.html
    http://giphy.com/gifs/there-is-no-point-to-this-a-fox-jumping
      -into-the-snow-catch-mouse-p09Jhmqag9RKg
    http://www.allamericanwineries.com/nc/waldensian/
    http://www.fabulasecontos.com/a-raposa-e-as-uvas/
     
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