Gottfried
Wilhelm Leibniz e
Rodolfo Domenico Pizzinga
Haverá sempre
de mudar
alguma coisa;
haverá
sempre
de se
conservar alguma coisa.1
E sempre alguma coisa que ainda não é,
eventualmente,
poderá vir-a-ser;
e,
do mesmo modo, alguma coisa que já é,
ocasionalmente,
poderá vir a não ser.
O
que não é, o que foi, o que é e o que será
estão
akashiacamente
registrados.
Mas,
desde sempre,
o incriado
Universo
é o mesmo que foi e que sempre foi,
e,
ad æternum,
sempre será o que é.
Ora, como
o Tempo poderá se extraviar?
Como o
Espaço poderá se arruinar?
E
a Coisa? Como poderá se dissipar?
Todavia, ainda que o incriado
Universo
–
ora sendo,2
ora sendo-não-sendo3
–
seja
o mesmo que foi e que sempre foi,
as naturezas universais não são, agora,
e não poderão ser, no futuro,
exatissimamente as mesmas,
apesar de, pela Inconsciente Vontade,
continuarem
sempre sendo,
e nunca poderem, de uma forma ou de outra,
deixar de ser (unificadas
entre si)!

E
a morte – não existindo (como morte) –
é
tão-só parte do ciclo da Eterna Vida.
A morte
só existe (como morte)
ao invés
de Morrer para Viver!
Levemus
Corda Nostra!4
Sursum Corda!5