Transcrição
editada da Wikipédia:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Aquecimento_global
Eu
adoro
copiar e divulgar as coisas legais que os outros escrevem, mesmo que sejam
tristes, como é o caso. Mas quando eu copio, eu digo que copiei.
Então, lá vai: o conceito de aquecimento
global é um exemplo específico de mudança
climática em escala global. O conceito
de mudança
climática também pode se referir ao esfriamento
global. No uso comum, conceito
de aquecimento global
se refere ao aquecimento ocorrido nas décadas recentes e está
subentendida uma influência humana. A Convenção Quadro
das Nações Unidas para Mudança do Clima (UNFCCC) usa
o conceito de mudança
climática para
mudanças causadas pelo Homem, e o conceito de variabilidade
climática
para outras mudanças.
O conceito de alteração
climática antropogênica é,
por vezes, usado quando se fala em mudanças causadas pelo Homem.
Entre
as evidências do aquecimento
global incluem-se o aumento observado das temperaturas globais
do ar e dos oceanos, o derretimento generalizado dos glaciares e a subida
do nível médio do mar. A
principal evidência do aquecimento
global vem das medidas de temperatura de estações
meteorológicas em todo o globo, desde 1860. Os dados, com a correção
dos efeitos de ilhas urbanas, mostram que o aumento médio da temperatura
foi de 0.6 ± 0.2 °C durante o século XX. Os maiores aumentos
foram em dois períodos: 1910 a 1945 e 1976 a 2000. De 1945 a 1976,
houve um arrefecimento que fez com que temporariamente a comunidade científica
suspeitasse que estava a ocorrer um arrefecimento global.
O
aquecimento verificado não foi globalmente uniforme. Durante as últimas
décadas, foi em geral superior entre as latitudes de 40°N e 70°N,
embora em algumas áreas, como a do Oceano Atlântico Norte,
tenha havido um arrefecimento. E assim, é muito provável que
os continentes tenham aquecido mais do que os oceanos. No entanto, há
que referir que alguns estudos parecem indicar que a variação
em irradiação solar pode ter contribuído em cerca de
45 a 50% para o aquecimento
global ocorrido entre 1900 e 2000.
Evidências
secundárias são obtidas através da observação
das variações da cobertura de neve das montanhas e de áreas
geladas, do aumento do nível global das mares, do aumento das precipitações,
da cobertura de nuvens, do El
Niño e de outros eventos extremos de mau tempo durante
o século XX.
Por
exemplo, dados de satélite mostram uma diminuição de
10% na área que é coberta por neve desde os anos 1960. A área
da cobertura de gelo no hemisfério norte, na primavera e no verão,
também diminuiu em cerca de 10% a 15% desde 1950, e houve retração
dos glaciares e da cobertura de neve das montanhas em regiões não
polares durante todo o século XX. No entanto, a retração
dos glaciares na Europa já ocorre desde a era Napoleônica e,
no Hemisfério Sul, durante os últimos 35 anos, o derretimento
apenas aconteceu em cerca de 2% da Antártida; nos restantes 98%,
houve um esfriamento e estima-se que a massa da neve deverá aumentar
durante este século. Durante as décadas de 1930 e 1940, em
que a temperatura de toda a região ártica era superior à
de hoje, a retração dos glaciares na Groenlândia (Grønland)
era maior do que a atual. A diminuição da área dos
glaciares, ocorrida nos últimos 40 anos, deu-se essencialmente no
Ártico, na Rússia e na América do Norte; na Eurásia
(no conjunto Europa e Ásia) houve de fato um aumento da área
dos glaciares, que se pensa ser devido a um aumento de precipitação.
Estudos
divulgados em abril de 2004 procuraram demonstrar que a maior intensidade
das tempestades estava relacionada com o aumento da temperatura da superfície
da faixa tropical do Atlântico. Estes fatores teriam sido responsáveis,
em grande parte, pela violenta temporada de furacões registrada nos
Estados Unidos, no México e em países do Caribe. Todavia,
enquanto, por exemplo, no período de 1945 a 1969, em que ocorreu
um ligeiro aquecimento
global, houve 80 furacões principais no Atlântico,
no período de 1970 a 1994, quando o globo se submetia a uma tendência
de aquecimento, houve apenas 38 furacões principais. Isto indica
que a atividade dos furacões não segue necessariamente as
tendências médias globais da temperatura.
A
determinação da temperatura global na superfície é
feita a partir de dados recolhidos em terra, sobretudo em estações
de medição de temperatura em cidades; nos oceanos, os dados
são recolhidos por navios. É feita uma seleção
das estações consideradas as mais confiáveis, e é
feita uma correção no caso de estas se encontrarem perto de
urbanizações. As tendências de todas as seções
são, então, combinadas para se chegar a uma temperatura global.
O
globo é dividido em seções de 5º latitude/5º
longitude, e é calculada a média das temperaturas mensais
das estações escolhidas em cada seção. As seções
para as quais não existem dados não entram nos cálculos.
A média obtida é então comparada com a referência
para o período de 1961 a 1990, obtendo-se o valor da anomalia para
cada mês. A partir destes valores é então calculada
uma média correspondente à anomalia anual média global
para cada Hemisfério e, a partir destas, a anomalia global.
Desde
janeiro de 1979, os satélites da National Oceanic & Atmospheric
Administration (NOAA) passaram a medir a temperatura da troposfera
inferior (de 1000 m a 8000 m de altitude) através da monitorização
das emissões de microondas por parte das moléculas de oxigênio
na atmosfera. O seu comprimento de onda está diretamente relacionado
com a temperatura (estima-se uma precisão de medida da ordem de 0.01
°C). Estas medições indicam um aquecimento de menos de
0.1 °C, desde 1979, em vez dos 0.4 °C obtidos a partir dos dados
na superfície.
É
de notar que os dois conjuntos de dados não divergem na América
do Norte, na Europa Ocidental e na Austrália, onde se pensa que os
dados das estações são registrados e mantidos de um
modo mais fiável. É apenas fora destas grandes áreas
que os dados divergem: onde os dados de satélite mostram uma tendência
de evolução quase neutra, os dados das estações
na superfície mostram um aquecimento significativo.
Existe
controvérsia relativamente à explicação desta
divergência. Enquanto alguns pensam que existem erros graves nos dados
recolhidos na superfície e no critério de seleção
das estações a considerar, outros propõem a hipótese
de existir um processo atmosférico desconhecido que explique uma
divergência em certas partes do globo entre as duas temperaturas.
Por
sua vez, Bjarne Andresen, professor do Niels Bohr Institute, da Universidade
de Copenhagen, defende que é irrelevante considerar uma única
temperatura global para um sistema tão complicado como o clima da
Terra. O que é relevante é o caráter heterogêneo
do clima, e só faz sentido falar de uma temperatura no caso de um
sistema homogêneo. Para ele, falar de uma temperatura global do planeta
é tão inútil como falar no número
de telefone médio de uma lista telefônica.
O
sistema climático terrestre muda em resposta à variações
de fatores externos, incluindo variações na sua órbita
em torno do Sol, erupções vulcânicas e concentrações
atmosféricas de gases do efeito estufa. As causas detalhadas do aquecimento
recente continuam sendo uma área ativa de pesquisa, mas o consenso
científico identifica os níveis aumentados de gases estufa
devido à atividade humana como a principal causa do aquecimento observado
desde o início da era industrial. Esta atribuição é
mais clara nos últimos 50 anos, para os quais estão disponíveis
os dados mais detalhados. Contrastando com o consenso científico,
outras hipóteses foram aventadas para explicar a maior parte do aumento
observado na temperatura global. Uma dessas hipóteses é que
o aquecimento é resultado principalmente da variação
na atividade solar.
Nenhum
dos efeitos produzidos pelos fatores condicionantes é instantâneo.
Devido à inércia térmica dos oceanos terrestres e à
lenta resposta de outros efeitos indiretos, o clima atual da Terra não
está em equilíbrio com o condicionamento que lhe é
imposto. Estudos de compromisso climático indicam que ainda que os
gases estufa se estabilizassem nos níveis do ano 2000, um aquecimento
adicional de aproximadamente 0,5 °C ainda ocorreria. A União
Européia (UE) pretende, até 2050, reduzir entre 60% e 80%
as emissões de gases com efeito de estufa, aumentar em 30% a eficiência
energética e aumentar para 60% a percentagem de energias renováveis,
face ao consumo energético total da UE.
As
temperaturas globais, tanto na Terra como no mar, aumentaram em 0,75 °C
relativamente ao período entre 1860 e 1900, de acordo com o registro
instrumental de temperaturas. Este aumento na temperatura medido não
é significativamente afetado pela ilha de calor urbana. Desde 1979,
as temperaturas em terra aumentaram quase duas vezes mais rápido
que as temperaturas no oceano (0,25 °C por década contra 0,13
°C por década). Temperaturas na troposfera mais baixa aumentaram
entre 0,12 e 0,22 °C por década desde 1979, de acordo com medições
de temperatura via satélite. Acredita-se que a temperatura tem sido
relativamente estável durante os 1000 anos que antecederam 1850,
com possíveis flutuações regionais como o período
de calor medieval ou a Pequena Idade do Gelo – período de arrefecimento
que ocorreu na Era Moderna, e que alguns defendem que teria se iniciado
no século XVI e terminado na primeira metade do século XIX,
enquanto que outros sugerem um período do século XIII ao século
XVII.
O
alarme com o aquecimento
global deriva, sobretudo, dos resultados das simulações
estatísticas feitas com base em modelos numéricos climáticos,
e não da observação direta da evolução
de variáveis físicas reais. Quando a concentração
de gases de efeito de estufa é aumentada nessas simulações,
quase todas elas mostram um aumento na temperatura global, sobretudo nas
mais altas latitudes do Hemisfério Norte. No entanto, os modelos
atualmente usados não simulam todos os aspectos do clima e fazem
várias previsões erradas para a época actual, ou seja,
nomeadamente, prevêem o dobro do aquecimento que tem sido efetivamente
observado e, por exemplo, uma diminuição de pressão
no Oceano Índico, uma área muito sensível para o sistema
global, quando se observa o contrário. Estudos recentes indicam igualmente
que a influência solar poderá ser significativamente maior
da que é suposta nos modelos.
Embora
se fale de um consenso de uma maioria dos cientistas de que modelos melhores
não mudariam a conclusão de que o aquecimento
global é sobretudo causado pela ação humana,
existe também um certo consenso de que é provável que
importantes características climáticas estejam sendo incorretamente
incorporadas nos modelos climáticos. De fato, nestes modelos, os
parâmetros associados ao efeito de estufa são afinados inicialmente
de modo a que os modelos forneçam uma estimativa correta do aumento
de temperatura observado nos últimos 100 anos (0.6° a 0.7 °C),
ou seja, as simulações partem do princípio que é
realmente o efeito de estufa que está na origem deste aquecimento.
Se houver outras causas naturais desconhecidas para o aquecimento, como
as associadas à influência solar e à recuperação
desde a Pequena Idade do Gelo, elas não podem ser incluídas
na modelação. De fato, os modelos não permitem fazer
previsões, mas apenas permitem fazer projeções ou conjecturas
sobre o clima futuro com base em simulações correspondendo
a vários cenários possíveis.
A
maioria dos modelos climáticos globais, quando usados para projetar
o clima no futuro, é forçada por cenários de gases
do efeito estufa, geralmente o do Relatório Especial sobre Cenários
de Emissão do Intergovernmental Panel on Climate Change
(IPCC). Menos freqüentemente, os modelos podem ser usados adicionando-se
uma simulação do ciclo do carbono; isto, geralmente, mostra
uma resposta positiva, apesar de ela ser incerta. Alguns estudos de observação
também mostram uma resposta positiva.
São
as limitações dos modelos usados para as previsões,
que não têm em conta o desconhecimento atual sobre as causas
naturais para as variações da temperatura ocorridas durante
os últimos milênios, que fazem com que muitos climatólogos
acreditem que a parte do aquecimento
global causado pela ação humana é bem menor
do que se pensa atualmente.
Seja
como for, devido aos efeitos potenciais sobre a saúde humana, sobre
a Economia e sobre o meio ambiente, o aquecimento
global tem sido fonte de grande preocupação. Importantes
mudanças ambientais têm sido observadas e foram ligadas ao
aquecimento global.
Os exemplos de evidências secundárias (diminuição
da cobertura de gelo, aumento do nível do mar, mudanças dos
padrões climáticos) são exemplos das conseqüências
do aquecimento global
que podem influenciar não somente as atividades humanas, mas também
os ecossistemas. O aumento da temperatura global permite que um ecossistema
mude, e algumas espécies podem ser forçadas a sair dos seus
habitats
(possibilidade de extinção) devido à mudanças
nas condições, enquanto outras espécies podem se espalhar
invadindo outros ecossistemas.
Entretanto,
o aquecimento global
também pode ter efeitos positivos, uma vez que aumentos de temperaturas
e aumento de concentrações de CO2 podem
aprimorar a produtividade dos ecossistemas. Observações de
satélites mostram que a produtividade do hemisfério Norte
aumentou desde 1982. Por outro lado, é fato que o total da quantidade
de biomassa produzida não é necessariamente muito boa, uma
vez que a biodiversidade pode, em silêncio, diminuir, apesar de um
pequeno número de espécies estar florescendo.
O
aquecimento da superfície favorecerá um aumento da evaporação
nos oceanos o que fará com que haja, na atmosfera, mais vapor de
água. Isto poderá fazer com que aumente cada vez mais o efeito
de estufa e com que o aquecimento da superfície seja reforçado.
Podemos, nesse caso, esperar um aquecimento médio de 4 a 6 °C
na superfície. Mas mais umidade (vapor de água) no ar pode
também significar uma presença de mais nuvens na atmosfera
o que se pensa que, em média, poderá causar um efeito de arrefecimento.
As
nuvens têm, de fato, têm um papel importante no equilíbrio
energético porque controlam a energia que entra e que sai do sistema.
Podem arrefecer a Terra, ao refletirem a luz solar para o espaço,
e podem aquecê-la por absorção da radiação
infravermelha radiada pela superfície, de um modo análogo
ao dos gases associados ao efeito de estufa. O efeito dominante depende
de muitos fatores, nomeadamente da altitude e do tamanho das nuvens e das
suas gotículas.
Por
outro lado, o aumento da evaporação provocará a intensificação
e a má distribuição das chuvas, conseqüentemente
agravando a erosão. Isto poderá causar resultados mais extremos
no clima, com o aumento progressivo do aquecimento
global.
O
aquecimento global
também pode apresentar efeitos menos óbvios. A Corrente do
Atlântico Norte, por exemplo, é provocada por diferenças
de temperatura entre os mares. E aparentemente ela está enfraquecendo
à medida que a temperatura média global aumenta. Ora, isto
significa que áreas como a Escandinávia e a Inglaterra, que
são aquecidas pela Corrente, poderão apresentar climas mais
frios, a despeito do aumento do aquecimento
global.
O
aumento no número de mortos, de desabrigados e perdas econômicas
previstas devido ao clima severo atribuído ao aquecimento
global pode ser piorado pelas densidades crescentes de população
em áreas afetadas, apesar de ser previsto que as regiões temperadas
tenham alguns benefícios menores, tais como poucas mortes devido
à exposição ao frio. O resumo do mais recente Quarto
Relatório de Balanço do IPCC informa que há evidências
observáveis de um aumento no número de ciclones tropicais
no Atlântico Norte, por volta de 1970, em relação com
o aumento da temperatura da superfície do mar, mas que a detecção
de tendências a longo prazo é difícil pela qualidade
dos registros antes das observações rotineiras dos satélites.
Entretanto, o resumo também diz que não há uma tendência
clara do número de ciclones tropicais no mundo.
Efeitos
adicionais antecipados incluem aumento do nível do mar de 110 a 770
milímetros entre 1990 e 2100, repercussões na agricultura,
possível desaceleração da circulação
termoalina, reduções na camada de ozônio, aumento na
intensidade e freqüência de furacões, baixa do pH1
do oceano e propagação de doenças como malária
e dengue. Um estudo, baseado nas projeções do clima no futuro,
prevê que 18% a 35% de 1103 espécies de plantas e animais serão
extintas até 2050.

Bem,
de muito longe, a realidade que estamos parindo é cruel e impiedosa;
não adianta botar a culpa na bruxa. Temos, sim, é que tomar
vergonha na cara porque a bruxa somos nós.