Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

 

 

 

 

 

Por Enquanto, só Transcrevendo

 

 

 

Transcrição editada da Wikipédia:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Aquecimento_global

 

Eu adoro copiar e divulgar as coisas legais que os outros escrevem, mesmo que sejam tristes, como é o caso. Mas quando eu copio, eu digo que copiei. Então, lá vai: o conceito de aquecimento global é um exemplo específico de mudança climática em escala global. O conceito de mudança climática também pode se referir ao esfriamento global. No uso comum, conceito de aquecimento global se refere ao aquecimento ocorrido nas décadas recentes e está subentendida uma influência humana. A Convenção Quadro das Nações Unidas para Mudança do Clima (UNFCCC) usa o conceito de mudança climática para mudanças causadas pelo Homem, e o conceito de variabilidade climática para outras mudanças. O conceito de alteração climática antropogênica é, por vezes, usado quando se fala em mudanças causadas pelo Homem.

 

Entre as evidências do aquecimento global incluem-se o aumento observado das temperaturas globais do ar e dos oceanos, o derretimento generalizado dos glaciares e a subida do nível médio do mar. A principal evidência do aquecimento global vem das medidas de temperatura de estações meteorológicas em todo o globo, desde 1860. Os dados, com a correção dos efeitos de ilhas urbanas, mostram que o aumento médio da temperatura foi de 0.6 ± 0.2 °C durante o século XX. Os maiores aumentos foram em dois períodos: 1910 a 1945 e 1976 a 2000. De 1945 a 1976, houve um arrefecimento que fez com que temporariamente a comunidade científica suspeitasse que estava a ocorrer um arrefecimento global.

 

O aquecimento verificado não foi globalmente uniforme. Durante as últimas décadas, foi em geral superior entre as latitudes de 40°N e 70°N, embora em algumas áreas, como a do Oceano Atlântico Norte, tenha havido um arrefecimento. E assim, é muito provável que os continentes tenham aquecido mais do que os oceanos. No entanto, há que referir que alguns estudos parecem indicar que a variação em irradiação solar pode ter contribuído em cerca de 45 a 50% para o aquecimento global ocorrido entre 1900 e 2000.

 

Evidências secundárias são obtidas através da observação das variações da cobertura de neve das montanhas e de áreas geladas, do aumento do nível global das mares, do aumento das precipitações, da cobertura de nuvens, do El Niño e de outros eventos extremos de mau tempo durante o século XX.

 

Por exemplo, dados de satélite mostram uma diminuição de 10% na área que é coberta por neve desde os anos 1960. A área da cobertura de gelo no hemisfério norte, na primavera e no verão, também diminuiu em cerca de 10% a 15% desde 1950, e houve retração dos glaciares e da cobertura de neve das montanhas em regiões não polares durante todo o século XX. No entanto, a retração dos glaciares na Europa já ocorre desde a era Napoleônica e, no Hemisfério Sul, durante os últimos 35 anos, o derretimento apenas aconteceu em cerca de 2% da Antártida; nos restantes 98%, houve um esfriamento e estima-se que a massa da neve deverá aumentar durante este século. Durante as décadas de 1930 e 1940, em que a temperatura de toda a região ártica era superior à de hoje, a retração dos glaciares na Groenlândia (Grønland) era maior do que a atual. A diminuição da área dos glaciares, ocorrida nos últimos 40 anos, deu-se essencialmente no Ártico, na Rússia e na América do Norte; na Eurásia (no conjunto Europa e Ásia) houve de fato um aumento da área dos glaciares, que se pensa ser devido a um aumento de precipitação.

 

Estudos divulgados em abril de 2004 procuraram demonstrar que a maior intensidade das tempestades estava relacionada com o aumento da temperatura da superfície da faixa tropical do Atlântico. Estes fatores teriam sido responsáveis, em grande parte, pela violenta temporada de furacões registrada nos Estados Unidos, no México e em países do Caribe. Todavia, enquanto, por exemplo, no período de 1945 a 1969, em que ocorreu um ligeiro aquecimento global, houve 80 furacões principais no Atlântico, no período de 1970 a 1994, quando o globo se submetia a uma tendência de aquecimento, houve apenas 38 furacões principais. Isto indica que a atividade dos furacões não segue necessariamente as tendências médias globais da temperatura.

 

A determinação da temperatura global na superfície é feita a partir de dados recolhidos em terra, sobretudo em estações de medição de temperatura em cidades; nos oceanos, os dados são recolhidos por navios. É feita uma seleção das estações consideradas as mais confiáveis, e é feita uma correção no caso de estas se encontrarem perto de urbanizações. As tendências de todas as seções são, então, combinadas para se chegar a uma temperatura global.

 

O globo é dividido em seções de 5º latitude/5º longitude, e é calculada a média das temperaturas mensais das estações escolhidas em cada seção. As seções para as quais não existem dados não entram nos cálculos. A média obtida é então comparada com a referência para o período de 1961 a 1990, obtendo-se o valor da anomalia para cada mês. A partir destes valores é então calculada uma média correspondente à anomalia anual média global para cada Hemisfério e, a partir destas, a anomalia global.

 

Desde janeiro de 1979, os satélites da National Oceanic & Atmospheric Administration (NOAA) passaram a medir a temperatura da troposfera inferior (de 1000 m a 8000 m de altitude) através da monitorização das emissões de microondas por parte das moléculas de oxigênio na atmosfera. O seu comprimento de onda está diretamente relacionado com a temperatura (estima-se uma precisão de medida da ordem de 0.01 °C). Estas medições indicam um aquecimento de menos de 0.1 °C, desde 1979, em vez dos 0.4 °C obtidos a partir dos dados na superfície.

 

É de notar que os dois conjuntos de dados não divergem na América do Norte, na Europa Ocidental e na Austrália, onde se pensa que os dados das estações são registrados e mantidos de um modo mais fiável. É apenas fora destas grandes áreas que os dados divergem: onde os dados de satélite mostram uma tendência de evolução quase neutra, os dados das estações na superfície mostram um aquecimento significativo.

 

Existe controvérsia relativamente à explicação desta divergência. Enquanto alguns pensam que existem erros graves nos dados recolhidos na superfície e no critério de seleção das estações a considerar, outros propõem a hipótese de existir um processo atmosférico desconhecido que explique uma divergência em certas partes do globo entre as duas temperaturas.

 

Por sua vez, Bjarne Andresen, professor do Niels Bohr Institute, da Universidade de Copenhagen, defende que é irrelevante considerar uma única temperatura global para um sistema tão complicado como o clima da Terra. O que é relevante é o caráter heterogêneo do clima, e só faz sentido falar de uma temperatura no caso de um sistema homogêneo. Para ele, falar de uma temperatura global do planeta é tão inútil como falar no número de telefone médio de uma lista telefônica.

 

O sistema climático terrestre muda em resposta à variações de fatores externos, incluindo variações na sua órbita em torno do Sol, erupções vulcânicas e concentrações atmosféricas de gases do efeito estufa. As causas detalhadas do aquecimento recente continuam sendo uma área ativa de pesquisa, mas o consenso científico identifica os níveis aumentados de gases estufa devido à atividade humana como a principal causa do aquecimento observado desde o início da era industrial. Esta atribuição é mais clara nos últimos 50 anos, para os quais estão disponíveis os dados mais detalhados. Contrastando com o consenso científico, outras hipóteses foram aventadas para explicar a maior parte do aumento observado na temperatura global. Uma dessas hipóteses é que o aquecimento é resultado principalmente da variação na atividade solar.

 

Nenhum dos efeitos produzidos pelos fatores condicionantes é instantâneo. Devido à inércia térmica dos oceanos terrestres e à lenta resposta de outros efeitos indiretos, o clima atual da Terra não está em equilíbrio com o condicionamento que lhe é imposto. Estudos de compromisso climático indicam que ainda que os gases estufa se estabilizassem nos níveis do ano 2000, um aquecimento adicional de aproximadamente 0,5 °C ainda ocorreria. A União Européia (UE) pretende, até 2050, reduzir entre 60% e 80% as emissões de gases com efeito de estufa, aumentar em 30% a eficiência energética e aumentar para 60% a percentagem de energias renováveis, face ao consumo energético total da UE.

 

As temperaturas globais, tanto na Terra como no mar, aumentaram em 0,75 °C relativamente ao período entre 1860 e 1900, de acordo com o registro instrumental de temperaturas. Este aumento na temperatura medido não é significativamente afetado pela ilha de calor urbana. Desde 1979, as temperaturas em terra aumentaram quase duas vezes mais rápido que as temperaturas no oceano (0,25 °C por década contra 0,13 °C por década). Temperaturas na troposfera mais baixa aumentaram entre 0,12 e 0,22 °C por década desde 1979, de acordo com medições de temperatura via satélite. Acredita-se que a temperatura tem sido relativamente estável durante os 1000 anos que antecederam 1850, com possíveis flutuações regionais como o período de calor medieval ou a Pequena Idade do Gelo – período de arrefecimento que ocorreu na Era Moderna, e que alguns defendem que teria se iniciado no século XVI e terminado na primeira metade do século XIX, enquanto que outros sugerem um período do século XIII ao século XVII.

 

O alarme com o aquecimento global deriva, sobretudo, dos resultados das simulações estatísticas feitas com base em modelos numéricos climáticos, e não da observação direta da evolução de variáveis físicas reais. Quando a concentração de gases de efeito de estufa é aumentada nessas simulações, quase todas elas mostram um aumento na temperatura global, sobretudo nas mais altas latitudes do Hemisfério Norte. No entanto, os modelos atualmente usados não simulam todos os aspectos do clima e fazem várias previsões erradas para a época actual, ou seja, nomeadamente, prevêem o dobro do aquecimento que tem sido efetivamente observado e, por exemplo, uma diminuição de pressão no Oceano Índico, uma área muito sensível para o sistema global, quando se observa o contrário. Estudos recentes indicam igualmente que a influência solar poderá ser significativamente maior da que é suposta nos modelos.

 

Embora se fale de um consenso de uma maioria dos cientistas de que modelos melhores não mudariam a conclusão de que o aquecimento global é sobretudo causado pela ação humana, existe também um certo consenso de que é provável que importantes características climáticas estejam sendo incorretamente incorporadas nos modelos climáticos. De fato, nestes modelos, os parâmetros associados ao efeito de estufa são afinados inicialmente de modo a que os modelos forneçam uma estimativa correta do aumento de temperatura observado nos últimos 100 anos (0.6° a 0.7 °C), ou seja, as simulações partem do princípio que é realmente o efeito de estufa que está na origem deste aquecimento. Se houver outras causas naturais desconhecidas para o aquecimento, como as associadas à influência solar e à recuperação desde a Pequena Idade do Gelo, elas não podem ser incluídas na modelação. De fato, os modelos não permitem fazer previsões, mas apenas permitem fazer projeções ou conjecturas sobre o clima futuro com base em simulações correspondendo a vários cenários possíveis.

 

A maioria dos modelos climáticos globais, quando usados para projetar o clima no futuro, é forçada por cenários de gases do efeito estufa, geralmente o do Relatório Especial sobre Cenários de Emissão do Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC). Menos freqüentemente, os modelos podem ser usados adicionando-se uma simulação do ciclo do carbono; isto, geralmente, mostra uma resposta positiva, apesar de ela ser incerta. Alguns estudos de observação também mostram uma resposta positiva.

 

São as limitações dos modelos usados para as previsões, que não têm em conta o desconhecimento atual sobre as causas naturais para as variações da temperatura ocorridas durante os últimos milênios, que fazem com que muitos climatólogos acreditem que a parte do aquecimento global causado pela ação humana é bem menor do que se pensa atualmente.

 

Seja como for, devido aos efeitos potenciais sobre a saúde humana, sobre a Economia e sobre o meio ambiente, o aquecimento global tem sido fonte de grande preocupação. Importantes mudanças ambientais têm sido observadas e foram ligadas ao aquecimento global. Os exemplos de evidências secundárias (diminuição da cobertura de gelo, aumento do nível do mar, mudanças dos padrões climáticos) são exemplos das conseqüências do aquecimento global que podem influenciar não somente as atividades humanas, mas também os ecossistemas. O aumento da temperatura global permite que um ecossistema mude, e algumas espécies podem ser forçadas a sair dos seus habitats (possibilidade de extinção) devido à mudanças nas condições, enquanto outras espécies podem se espalhar invadindo outros ecossistemas.

 

Entretanto, o aquecimento global também pode ter efeitos positivos, uma vez que aumentos de temperaturas e aumento de concentrações de CO2 podem aprimorar a produtividade dos ecossistemas. Observações de satélites mostram que a produtividade do hemisfério Norte aumentou desde 1982. Por outro lado, é fato que o total da quantidade de biomassa produzida não é necessariamente muito boa, uma vez que a biodiversidade pode, em silêncio, diminuir, apesar de um pequeno número de espécies estar florescendo.

 

O aquecimento da superfície favorecerá um aumento da evaporação nos oceanos o que fará com que haja, na atmosfera, mais vapor de água. Isto poderá fazer com que aumente cada vez mais o efeito de estufa e com que o aquecimento da superfície seja reforçado. Podemos, nesse caso, esperar um aquecimento médio de 4 a 6 °C na superfície. Mas mais umidade (vapor de água) no ar pode também significar uma presença de mais nuvens na atmosfera o que se pensa que, em média, poderá causar um efeito de arrefecimento.

 

As nuvens têm, de fato, têm um papel importante no equilíbrio energético porque controlam a energia que entra e que sai do sistema. Podem arrefecer a Terra, ao refletirem a luz solar para o espaço, e podem aquecê-la por absorção da radiação infravermelha radiada pela superfície, de um modo análogo ao dos gases associados ao efeito de estufa. O efeito dominante depende de muitos fatores, nomeadamente da altitude e do tamanho das nuvens e das suas gotículas.

 

Por outro lado, o aumento da evaporação provocará a intensificação e a má distribuição das chuvas, conseqüentemente agravando a erosão. Isto poderá causar resultados mais extremos no clima, com o aumento progressivo do aquecimento global.

 

O aquecimento global também pode apresentar efeitos menos óbvios. A Corrente do Atlântico Norte, por exemplo, é provocada por diferenças de temperatura entre os mares. E aparentemente ela está enfraquecendo à medida que a temperatura média global aumenta. Ora, isto significa que áreas como a Escandinávia e a Inglaterra, que são aquecidas pela Corrente, poderão apresentar climas mais frios, a despeito do aumento do aquecimento global.

 

O aumento no número de mortos, de desabrigados e perdas econômicas previstas devido ao clima severo atribuído ao aquecimento global pode ser piorado pelas densidades crescentes de população em áreas afetadas, apesar de ser previsto que as regiões temperadas tenham alguns benefícios menores, tais como poucas mortes devido à exposição ao frio. O resumo do mais recente Quarto Relatório de Balanço do IPCC informa que há evidências observáveis de um aumento no número de ciclones tropicais no Atlântico Norte, por volta de 1970, em relação com o aumento da temperatura da superfície do mar, mas que a detecção de tendências a longo prazo é difícil pela qualidade dos registros antes das observações rotineiras dos satélites. Entretanto, o resumo também diz que não há uma tendência clara do número de ciclones tropicais no mundo.

 

Efeitos adicionais antecipados incluem aumento do nível do mar de 110 a 770 milímetros entre 1990 e 2100, repercussões na agricultura, possível desaceleração da circulação termoalina, reduções na camada de ozônio, aumento na intensidade e freqüência de furacões, baixa do pH1 do oceano e propagação de doenças como malária e dengue. Um estudo, baseado nas projeções do clima no futuro, prevê que 18% a 35% de 1103 espécies de plantas e animais serão extintas até 2050.

 

 

 

 

Bem, de muito longe, a realidade que estamos parindo é cruel e impiedosa; não adianta botar a culpa na bruxa. Temos, sim, é que tomar vergonha na cara porque a bruxa somos nós.

 

 

 

 

Agora, Sou Eu: Versejando

 

 

 

Eu não sou catastrofista, pelo contrário.

Mas sei que nós haveremos de pagar

 

 

Igualmente às surubadas e aos bacanais,

que em nossa alma só produzem mossas,

sobrevalias, avarícias e gozos materiais

desembocam todos nas mesmas fossas.

 

 

Não existe isso de foda-se o mundo

que o meu nome não é Gemebundo!

Tudo é um – coligado e associado.

 

 

Concordou? Então, conclua o soneto;

a seu gosto, desenhe abaixo seu cateto.

Ninguém deve se omitir nem ficar calado.

 

 

 

 

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Nota:

1. pH é o símbolo para a grandeza físico-química 'potencial hidrogeniônico'. Esta grandeza indica acidez, neutralidade ou alcalinidade de uma solução aquosa. O pH refere-se a uma medida que indica se uma solução líquida é ácida (pH < 7, a 25 °C), neutra (pH = 7, a 25 °C), ou básica/alcalina (pH > 7, a 25º C). O pH de qualquer mistura ou solução só vale para a temperatura em que é feita a medição.

 

Fundo musical:

We Are the World
Composição: Michael Jackson & Lionel Richie

Fonte:

http://www.umnovoencontromusical.com/infantil.htm