TALVEZ SEJA PORQUE...

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

 

 

Vai ver que é porque,

em alto grau, eu seja ignorante;

ou – quem sabe? – é porque,

talvez, eu ainda seja um infante!

 

Vai ver que é porque

eu seja um péssimo versista;

ou – pode ser! – é porque,

talvez, eu seja pra lá de utopista!

 

Gostaria de saber o porquê

de tantas poesias mal-acabadas,

de tantas rimas mal-ajeitadas!

 

Como eu não sei o porquê,

perquiro; nem que seja no cu-do-conde!1

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Confiteor:

Escrevi este excêntrico trecoema (inomogeneidade neológica de treco com poema) só para forçar a barra e meter aí o cu-do-conde (que significa cafundó – local de difícil acesso, especialmente quando situado entre montanhas ou quando longínquo e pouco habitado). E por quê? Porque, mais uma vez, quero insistir: nada justifica a desistência; qualquer que seja o motivo para desistirmos. Dizem que a História não fala dos covardes (e dos desistentes). Fala, sim; mas, muito mal. Temos que esquadrinhar e insistir, até botar o bloco na rua; nem que tenhamos que fazer uma visitinha ao cu-do-conde! Eu, particularmente, sei que sou um poeta marca roscofe, mas não estou ligando para isto. Não desisto de trovar; um dia, eu aprendo. O que substantivamente me interessa e me comove é divulgar e transmitir as    E assim, ora vão em prosas (metrificadas e visionárias, aqui e acolá), ora vão em versos (desmetrificados e estrambóticos, aqui e acolá) . Mas, que vão, sim, isto vão. E, se ninguém ler, o que importa? Tudo fica gravadinho nos Registros Akáshicos! Quem sabe, dormindo... Bolas! Prose e/ou trove você também. Eu lerei.

 

Música de fundo:

Where or When
Música: Richard Rodgers
Letra: Lorenz Hart
Interpretação: Frank Sinatra

 

Páginas da Internet consultadas:

http://umjardimnodeserto.nireblog.com/post/
2008/11/18/o-grande-enconumista-portugues

http://marlonpalmas.wordpress.com/
2009/01/04/utopia-wallpaper/

 

 

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