Rodolfo Domenico Pizzinga
Demônios que fabriquei.
Demônios que alimentei.
Demônios que fabricaste.
Demônios que alimentaste.
Demônios que são meus.
Demônios que são teus.
Oh!, quanta ilusão-ignoração!
Perdão, demônios! Perdão!
Por causa de nossas sumas ignorâncias,
nascestes e tivestes vossas infâncias;
por causa de nossas sumas incongruidades,
alcançastes vossas maioridades.
Oh!, quanta ilusão-contramão!
Perdão, demônios! Perdão!
Instamos por vossas luminosidades,
compreensibilidades e liberdades.
Não mais atendam nossas impersistências;
não mais defiram nossas impertinências.
Oh!, quanta ilusão-simulação!
Perdão, demônios! Perdão!
Sim, um dia, nós vos criamos,
porém, hoje, nós vos alforriamos.
Estejam livres para navegar,
sejam livres para vos transformar.