Geralmente,
não mudamos porque culpamos os outros, nos satisfazemos com explicações
ou temos medo de olhar. Mas, se e quando nos olharmos totalmente, aplicando
toda a nossa atenção [e
a nossa vontade], todo o nosso ser, tudo o que temos, nossos
olhos, nossos ouvidos e nossos nervos, estaremos atentos em meio ao mais
completo auto-abandono, e não haverá, então, mais lugar
para o medo, para a contradição e, por conseguinte, não
haverá mais conflito. Atenção não é a
mesma coisa que concentração. A concentração
é exclusão; a atenção é percebimento
total, que nada exclui. Enfim, a mudança requer percebimento total.
[In: Liberte-se do Passado
(título do original: Freedom
From The Known), de autoria de Jiddu Krishnamurti.]

Medo
de Olhar
—
Eu nunca quis olhar;
tinha medo do Krishnamurti.
Eu
nunca quis olhar;
tinha
medo da Trimurti.
—
Eu nunca quis olhar;
tinha
medo de ter que fazer.
Eu
nunca quis olhar;
tinha
medo de ter que ser.
—
Eu nunca quis olhar;
tinha
medo de ser criticado.
Eu
nunca quis olhar;
tinha
medo de ser derrotado.
—
Eu nunca quis olhar;
tinha
medo de ficar doente.
Eu
nunca quis olhar;
tinha
medo do ambivalente.
—
Eu nunca quis olhar;
tinha
medo de ficar biruta.
Eu
nunca quis olhar;
tinha
medo da força bruta.
—
Eu nunca quis olhar;
tinha
medo do equinócio.
Eu
nunca quis olhar;
tinha
medo do solstício.
—
Eu nunca quis olhar;
tinha
medo da rotação.
Eu
nunca quis olhar;
tinha
medo da translação.
—
Eu nunca quis olhar;
tinha
medo da precessão.
Eu
nunca quis olhar;
tinha
medo da nutação.
—
Eu nunca quis olhar;
tinha medo da Noite Negra.
Eu
nunca quis olhar;
tinha medo de Magia Negra.
—
Eu nunca quis olhar;
tinha medo do Plano Astral.
Eu
nunca quis olhar;
tinha
medo da Aurora Boreal.
—
Eu nunca quis olhar;
tinha medo de megalodonte.
Eu
nunca quis olhar;
tinha medo de mastodonte.
—
Eu nunca quis olhar;
tinha medo dos lepidópteros.
Eu
nunca quis olhar;
tinha medo dos zigópteros.
—
Eu nunca quis olhar;
tinha
medo de perder a sorte.
Eu
nunca quis olhar;
tinha
medo da dona morte.
—
Eu nunca quis olhar;
tinha medo do Caronte.
Eu
nunca quis olhar;
tinha medo de besouro-rinoceronte.
—
Eu nunca quis olhar;
tinha medo da desdita.
Eu
nunca quis olhar;
tinha medo da pirolusita.
—
Eu nunca quis olhar;
tinha
medo de fantasma.
Eu
nunca quis olhar;
tinha medo de ter crise de asma.
—
Eu nunca quis olhar;
tinha medo do palhaço.
Eu
nunca quis olhar;
tinha medo do abraço.
—
Eu nunca quis olhar;
tinha medo de macumba.
Eu
nunca quis olhar;
tinha medo do cumba.
—
Eu nunca quis olhar;
tinha medo de sortilégio.
Eu
nunca quis olhar;
tinha medo do sacrilégio.
—
Eu nunca quis olhar;
tinha medo dos fariseus.
Eu
nunca quis olhar;
tinha medo do Sr. Deus.
—
Eu nunca quis olhar;
tinha medo do desgabo.
Eu
nunca quis olhar;
tinha medo do diabo.
—
Eu nunca quis olhar;
tinha medo do inferno.
Eu
nunca quis olhar;
tinha medo do eterno.
—
Eu nunca quis olhar;
tinha
medo do aloite.
Eu
nunca quis olhar;
tinha medo do açoite.
—
Eu nunca quis olhar;
tinha medo do chuvão.
Eu
nunca quis olhar;
tinha medo do trovão.
—
Eu nunca quis olhar;
tinha medo da 'borbonhoca'.
Eu
nunca quis olhar;
tinha medo da pororoca.
—
Eu nunca quis olhar;
tinha medo da mula-de-padre.
Eu
nunca quis olhar;
tinha medo da fofoca da comadre.
—
Eu nunca quis olhar;
tinha medo do misterioso.
Eu
nunca quis olhar;
tinha medo do assombroso.
—
Eu nunca quis olhar;
tinha
medo de terrorista.
Eu
nunca quis olhar;
tinha
medo da ira inquisicionista.
—
Eu nunca quis olhar;
tinha medo do Nazismo.
Eu
nunca quis olhar;
tinha
medo do Fascismo.
—
Eu nunca quis olhar;
tinha
medo do
.
Eu
nunca quis olhar;
tinha
medo de obrigasaun.
—
Eu nunca quis olhar;
tinha
medo do Comunismo.
Eu
nunca quis olhar;
tinha
medo do Anarquismo.
—
Eu nunca quis olhar;
tinha
medo do Sumo Pontífice.
Eu
nunca quis olhar;
tinha
medo da filosofice.
—
Eu nunca quis olhar;
tinha
medo da Sociedade Vril.
Eu
nunca quis olhar;
tinha
medo do dia 1º de abril.
—
Eu nunca quis olhar;
tinha
medo dos Illuminati.
Eu
nunca quis olhar;
tinha
medo do cagaprati.
—
Eu nunca quis olhar;
tinha
medo de gatos pretos.
Eu
nunca quis olhar;
tinha
medo dos actinomicetos.
—
Eu nunca quis olhar;
tinha medo da ditadura.
Eu
nunca quis olhar;
tinha
medo da picadura.
—
Eu nunca quis olhar;
tinha
medo de caranguejeira.
Eu
nunca quis olhar;
tinha medo do calaveira.
—
Eu nunca quis olhar;
tinha medo do Ministro Moro.
Eu
nunca quis olhar;
tinha
medo de índio bororo.
—
Eu nunca quis olhar;
tinha medo da Saudade.
Eu
nunca quis olhar;
tinha
medo da acidentalidade.
—
Eu nunca quis olhar;
tinha
medo da Felicidade.
Eu
nunca quis olhar;
tinha
medo da Liberdade.
—
Eu nunca quis olhar;
tinha medo da declinação.
Eu
nunca quis olhar;
tinha
medo da compensação.
—
Eu nunca quis olhar;
tinha
medo da Lei da Causa e do Efeito.
Eu
nunca quis olhar;
tinha
medo de ter um amigo do peito.
—
Eu nunca quis olhar;
tinha
medo da Alegria.
Eu
nunca quis olhar;
tinha
medo da Hierarquia.
—
Eu nunca quis olhar;
tinha
medo dos Mestres Ascensionados.
Eu
nunca quis olhar;
tinha
medo de todos os
—
Eu nunca quis olhar;
tinha
medo de ter que vencer a ilusão.
Eu
nunca quis olhar;
tinha
medo do Deus do meu Coração.
—
Eu nunca quis olhar;
tinha medo da andança.
Eu
nunca quis olhar;
tinha
medo da mudança.
—
Eu nunca quis olhar;
tinha
medo da justiça.
Eu
nunca quis olhar;
tinha
medo da carniça.
—
Eu nunca quis olhar;
tinha medo da crítica.
Eu
nunca quis olhar;
tinha medo da geopolítica.
—
Eu nunca quis olhar;
tinha medo da Estrada.
Eu
nunca quis olhar;
tinha medo da encruzada.
—
Eu nunca quis olhar;
tinha medo da Cruz.
Eu
nunca quis olhar;
tinha medo da LLuz.
—
Eu nunca quis olhar;
tinha medo do labacê.
Eu
nunca quis olhar;
tinha medo de você.
—
Eu nunca quis olhar;
tinha medo do criado-mudo.
Eu
nunca quis olhar;
tinha
medo de 'tudo-tudo'.
—
Eu nunca quis olhar;
tinha medo do tenesmo.
Eu
nunca quis olhar;
tinha medo de mim mesmo.

Medo
de Olhar
Música
de fundo:
Fly
Me to the Moon
Composição: Bart Howard
Interpretação: Frank Sinatra
Páginas
da Internet consultadas:
https://www.123freevectors.com/
https://qubixity.com/
http://artistsinspireartists.com/
https://www.designboom.com/
Direitos autorais:
As animações,
as fotografias digitais e as mídias digitais que reproduzo (por empréstimo)
neste texto têm exclusivamente a finalidade de ilustrar e embelezar
o trabalho. Neste sentido, os direitos de copyright
são exclusivos de seus autores. Entretanto, como nem sempre sei a
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