A
música é uma revelação superior à toda
sabedoria e à qualquer filosofia.
Quando
um príncipe opinou que em vez de três fagotes bastavam dois,
ele respondeu: — Se Sua Alteza assim quer instrumentar,
estou cagando.
O
que eu sou, eu devo apenas a mim.
Ainda
não se levantaram as barreiras que digam ao gênio: daqui não
passarás.
O
gênio é composto por 2% de talento e por 98%
de perseverante aplicação.1
É
preciso ser alguma coisa para parecer alguma coisa.
Sobre
sua mãe, Maria Magdalena Kewerich: Ela era uma mãe
tão amorosa. Era minha melhor amiga!
A
verdadeira arte é imperecível.
O
dia-a-dia esgota-me!
A
arquitetura é uma música de pedras; a música é
uma arquitetura de sons.
Bach2
não é um riacho, mas um mar.
Bach
é o pai da harmonia.
Frase
anotada nos esboços do Quarteto nº 9: Não
guardes mais o segredo de tua surdez, nem mesmo em tua arte!
No
paraíso, eu vou ouvir!
Atingi
tal grau de perfeição que me encontro acima de qualquer crítica.
Não
confies um segredo nem ao teu mais íntimo amigo; não poderás
lhe pedir discrição si tu mesmo não a tiveste.
Eu me apoderarei do destino agarrando-o
pelo pescoço. Ele não me dominará.
Era-me
impossível dizer às pessoas: 'fale mais alto, grite, porque
sou surdo'. Como eu poderia confessar uma deficiência do sentido que
em mim deveria ser mais perfeito do que nos outros, um sentido que eu antes
possuía na mais alta perfeição?
Meus
ouvidos ribombam dia e noite sem parar.
Ao
príncipe Lichnowsky, um de seus patronos e mecenas: Príncipe,
o que vós sois, o sois por acaso e por nascimento; o que sou, sou
através de mim. Príncipes houve e ainda haverá aos
milhares; Beethoven, só há um.
Música
é revelação – é o terreno elétrico
no qual nosso espírito vive, pensa e inventa.
A
partir do foco do entusiasmo, devo libertar a melodia em todas as direções;
persigo-a e capturo-a apaixonadamente; vejo-a voando longe e desaparecendo
em uma massa de movimentos variados; depois, apodero-me dela novamente,
com uma paixão renovada, e dela não consigo me separar; sou
impulsionado por modulações aceleradas a multiplicá-las
e, enfim, conquisto-as: e eis, uma sinfonia!
Ninguém
deveria barganhar com um artista.
Oh!
júbilo, centelha clara e ardente do divino fulgor, luz essencial!
Ébrios de teu clarão onipotente, penetrantes em teu santuário
ideal. Une-se ao teu prestígio, novamente, tudo o que separou, na
vida, o mal. De novo, os homens trêmulos se irmanam ao resplendor
de tua chama celestial! Aquele a quem os fados concederam um amigo na vida,
o que achou de uma doce companheira à sombra apetecida, venha conosco,
em júbilo cantar. Sim, todos os que podem chamar sua alma, neste
vale de agonia. Mas, o que não logrou essa conquista, fuja, chorando,
a nossa companhia, pois, não nos pode acompanhar! Sorvem júbilo
puro os seres todos no seio ultriz da natureza clara, sejam bons, sejam
maus, hinos e ápodos todos são filhos seus.
A
alma sensível é como uma harpa que ressoa com um simples sopro.
Há
momentos em que acho que a língua ainda não é absolutamente
nada.
Não
existe verdadeira inteligência sem bondade.
O
único sinal de superioridade que conheço é a bondade.
Quem
entender a minha música nunca mais será infeliz.
Tenho
paciência e penso: todo o mal traz consigo algum bem.
A música saída do Coração
chegará ao Coração.
Recomende
aos seus filhos moralidade. Somente isto, não dinheiro; e, assim,
eles poderão ser felizes.
Esta
é a marca de um homem realmente admirável: firmeza e constância
quando se vê diante de um problema.
A
música é capaz de reproduzir, em sua forma real, a dor que
dilacera a alma e o sorriso que inebria.
Milhares
de pessoas cultivam a música; poucas, porém, têm a revelação
dessa grande arte.
A verdadeira amizade pode basear-se
somente na união de modos de ser semelhantes.
Não há nada de mais
belo do que distribuir a felicidade por muitas pessoas.
O
que está em meu Coração precisa sair à superfície.
Por isto, preciso compor.
Mesmo
que seja por um trono, jamais renegar a verdade.
Um
dia, seu professor comentou que ele utilizava harmonias inadmissíveis.
Beethoven respondeu: — Quem proibiu essas harmonias? Eu
admito cada uma delas.
De quem deverei temer ou com quem
deverei medir minha força?
Aquele
que trabalha reta e nobremente pode, por ele mesmo, suportar qualquer infortúnio.
Beethoven
em uma carta a um amigo: Eu
não negocio. Ponho o preço e eles pagam.
Nunca
quebres o silêncio se não for para o melhorar. Um grande poeta
é a jóia preciosa de uma nação.
Os músicos utilizam todas
as liberdades que podem.
A
música deve fazer brotar fogo do coração de um homem
e lágrimas dos olhos de uma mulher.
É
mais difícil o estoicismo para um artista do que para qualquer outro.
Não
há nada tão belo como nos aproximarmos da Divindade e espalhar
os seus raios pela raça humana.
Meu
Deus! Deita sobre mim o Teu olhar!
Três
cartas escritas por Beethoven à sua amada imortal:
Primeira
carta (manhã de 6 de julho de 1812): Meu
anjo, meu tudo, meu ser. Apenas algumas palavras hoje, à caneta (a
tua). Até amanhã a minha morada estará definida. Que
desperdício de tempo. Por que [sinto]
esta tristeza profunda quando a necessidade fala? Pode o nosso
amor resistir ao sacrifício, em não exigir a totalidade um
do outro? Pode mudar o fato de que tu não és toda minha nem
eu sou todo teu? Oh, Deus! Olha para a beleza da natureza e conforta o teu
coração com o que deve ser. O amor exige tudo e com razão.
Assim, eu estou em ti e tu estás em mim. Mas tu te esqueces facilmente
que preciso viver para mim e para ti. Se estivéssemos completamente
unidos, tu sentirias esta dor tão próxima quanto eu a sinto.
A minha viagem foi terrível; só cheguei ontem às 4
horas da manhã, uma vez que na falta de cavalos, o cocheiro escolheu
um outro caminho... Mas que caminho terrível. Na penúltima
parada, fui avisado para não viajar à noite. Fiquei com medo
da floresta, e isso só me deixou mais ansioso – mas eu estava
errado. O cocheiro precisou parar na estrada, uma estrada imprestável
e barrenta. Se estivesse sem os apetrechos que levo comigo, teria ficado
preso na estrada. Esterhazy, percorrendo este caminho habitual, teve o mesmo
destino com oito cavalos que eu tive com quatro. Senti algum prazer nisso,
como sempre sinto quando supero com sucesso as dificuldades. Agora uma rápida
mudança das coisas externas para as internas. Provavelmente, nos
veremos em breve; mas, hoje, não posso compartilhar contigo os pensamentos
que tive durante estes poucos dias dias sobre a minha vida. Se os nossos
corações estivessem sempre juntos, eu não teria nenhum
deles. O meu coração está repleto. Alegra-te. Tu permaneces
[sendo] a minha
verdade, o meu tesouro, o meu tudo, como eu sou o teu. Os deuses devem nos
mandar o restante; aquilo que deverá ser para nós, será.
Seu fiel Ludwig.
Segunda
carta (noite de 6 de julho de 1812): Tu
estás sofrendo, minha querida criatura. Só agora percebi que
as cartas precisam ser enviadas nas segundas ou nas quintas de manhã
bem cedo – os únicos dias em que o correio vai daqui para K.
Tu sofres! Ah!, não importa onde eu estiver, tu estarás lá!
Eu arrumarei tudo para que possamos viver juntos. Que vida! Sem ti, perseguido
pela bondade humana, o pouco que quero merecer é o que já
mereço. A humildade do homem diante do homem me machuca. E, quando
me considero, em relação ao Universo, o que eu sou e o que
é Ele, a quem chamamos de maior, ainda assim, penso que nisto resida
a divindade do homem. Choro ao pensar que provavelmente não receberás
a minha primeira carta antes de sábado. Por mais que tu me ames,
eu te amo ainda mais. Mas nunca te ocultes de mim. Boa noite. Devo ir dormir.
Oh, Deus! Tão perto! Tão longe! Não é o nosso
verdadeiro amor uma construção celestial firme como as colunas
do céu?
Primeira
carta (7 de julho de 1812): Embora
ainda esteja na cama, os meus pensamentos vão até ti, minha
Amada Imortal, agora felizes, depois tristes, esperando para saber se o
destino nos ouvirá ou não. Eu só posso viver completo
contigo ou não poderei viver. Sim, estou decidido a vaguear assim
por muito tempo longe de ti, até que possa voar para os teus braços
e dizer que estou em casa, e poder enviar a minha alma envolta em você
ao reino dos espíritos. Sim, isto deve ser tão infeliz. Tu
serás mais contida quando souberes da minha fidelidade à ti.
Outra jamais poderá ter o meu coração. Nunca! Nunca!
Oh, Deus! Por que um precisa estar separado do outro quando se ama. E, no
entanto, a minha vida em Viena é agora uma vida miserável.
O teu amor me faz ao mesmo tempo o mais feliz e o
mais infeliz
dos homens. Na minha idade, eu preciso de estabilidade, de uma vida tranqüila.
Pode ser assim na nossa relação? Meu anjo, acabo de ser informado
que o carteiro sai todos os dias. Por isto, devo terminar logo para que
tu possas receber a carta logo. Fica tranqüila. Somente através
da consideração tranqüila de nossa existência podemos
atingir o objetivo de vivermos juntos. Fica
tranqüila; me ame, hoje, ontem. Desejos sofridos por você, você,
você, minha vida, meu tudo. Adeus. Oh!, continua a me amar! Jamais
duvida do coração fiel de teu amado. Sempre teu. Sempre minha.
Sempre nosso.
No
seu leito de morte, em 1827:
Aplaudam, meus amigos, a comédia chegou ao fim.
Texto
integral do testamento de Beethoven feito em 6 de outubro de 1802, na localidade
austríaca de Heilingenstadt:
Ó
homens que me tendes em conta de rancoroso, insociável e misantropo,
como vos enganais. Não conheceis as secretas razões que me
forçam a parecer deste modo. Meu coração e meu ânimo,
desde a infância, sentiam-se inclinados para o terno sentimento de
carinho, e sempre estive disposto a realizar generosas ações;
porém, considerai que, de seis anos à esta parte, vivo sujeito
a uma triste enfermidade, agravada pela ignorância dos médicos.
Iludido constantemente na esperança de uma melhora, fui forçado
a enfrentar a realidade da rebeldia desse mal, cuja cura, se não
for de todo impossível, durará talvez anos! Nascido com um
temperamento vivo e ardente, sensível mesmo às diversões
da sociedade, vi-me obrigado a isolar-me em uma vida solitária. Por
vezes, quis colocar-me acima de tudo, mas fui, então, duramente repelido,
ao renovar a triste experiência da minha surdez!
Como
confessar este defeito de um sentido que devia ser, em mim, mais perfeito
do que nos outros, de um sentido que, em tempos atrás, foi tão
perfeito como poucos homens dedicados à mesma arte possuíam!
Não me era, contudo, possível dizer aos homens: 'Falai mais
alto, gritai, pois eu estou surdo'. Perdoai-me se me vedes afastar-me de
vós! Minha desgraça é duplamente penosa, pois, além
do mais, faz com que eu seja mal julgado. Para mim, já não
há encanto na reunião dos homens, nem nas palestras elevadas,
nem nos desabafos íntimos. Só a mais estrita necessidade me
arrasta à sociedade. Devo viver como um exilado. Se me acerco de
um grupo, sinto-me preso de uma pungente angústia, pelo receio que
descubram meu triste estado. E assim, vivi este meio ano em que passei no
campo. Mas que humilhação quando ao meu lado alguém
percebia o som longínquo de uma flauta e eu nada ouvia! Ou escutava
o canto de um pastor e eu nada escutava!
Estes
incidentes me levaram quase ao desespero, e pouco faltou para que, por minhas
próprias mãos, eu pusesse fim à minha existência.
Só a arte me amparou! Pareceu-me impossível deixar o mundo
antes de haver produzido tudo o que eu sentia me haver sido confiado, e,
assim, prolonguei esta vida infeliz. Paciência é só
o que aspiro até que
as Parcas3
inclementes cortem o fio de minha triste vida. Melhorarei, talvez! Talvez
não! Mas terei coragem. Na minha idade, já obrigado a filosofar,
não é fácil, e mais penoso ainda se torna para o artista.
Meu Deus! Deita sobre mim o Teu olhar! Ó homens! Se vos cair isto
um dia debaixo dos olhos, vereis que me julgastes mal! O infeliz consola-se
quando encontra uma desgraça igual à sua. Tudo fiz para merecer
um lugar entre os artistas e entre os homens de bem.
Peço-vos,
meus irmãos (Karl e Johann) assim que eu fechar os olhos, se o professor
Schimith ainda for vivo, fazer-lhe em meu nome o pedido de descrever a minha
moléstia, e juntai a isto que aqui escrevo para que o mundo, depois
de minha morte, se reconcilie comigo. Declaro-vos, ambos, herdeiros de minha
pequena fortuna. Reparti-a honestamente e ajudai-vos um ao outro. O que
contra mim fizestes, há muito, bem sabeis, já vos perdoei.
A ti, Karl, agradeço as provas que me destes ultimamente. Meu desejo
é que seja a vossa vida menos dura do que a minha. Recomendai a vossos
filhos a virtude. Só ela poderá dar a felicidade, não
o dinheiro, digo-vos por experiência própria. Só a virtude
me levantou de minha miséria. Só a ela e à minha arte
devo não ter terminado em suicídio os meus pobres dias. Adeus
e conservai-me vossa amizade.
Minha
gratidão a todos os meus amigos. Sentir-me-ei feliz debaixo da terra,
se ainda vos puder valer. Recebo com felicidade a morte. Se ela vier antes
que realize tudo o que me concede minha capacidade artística, apesar
do meu destino, virá cedo demais e eu a desejaria mais tarde. Entretanto,
sentir-me-ei contente, pois ela me libertará de um tormento sem-fim.
Venha quando quiser, e eu, corajosamente, a enfrentarei.
Adeus
e não vos esqueçais inteiramente de mim na eternidade. Bem
o mereço de vós, pois muitas vezes, em vida, preocupei-me
convosco, procurando dar-vos a felicidade.
Sede
felizes!
Helligenstadt,
6 de outubro de 1802.
Ludwig
van Beethoven.
Resignação! Que triste
palavra! E, no entanto, é o único refúgio que fica.
É
um homem ignóbil o que não sabe morrer. Eu
o sabia desde os quinze anos.
Na
hora de sua morte, sua última frase foi: É
já tarde!
Beethoven
e Claude Monet
______
Notas:
1. Isto
poderia ter sido dito de outra forma: O
gênio é composto por 2% de inspiração e por 98%
de transpiração.
2. Segundo
o maestro, pianista e compositor alemão do período romântico
Hans von Bülow (1830 – 1894), Bach, ao lado de Beethoven e Brahms,
é um dos três
bês da música.
3. Em
Roma, as Parcas (equivalentes às Moiras na mitologia grega) eram
três deusas: Nona (Cloto), Décima (Láquesis) e Morta
(Átropos). Determinavam o curso da vida humana, decidindo questões
como vida e morte, de maneira que nem Júpiter (Zeus) podia contestar
suas decisões. Nona tecia o fio da vida; Décima cuidava de
sua extensão e caminho; e Morta cortava o fio. Eram também
designadas fates, daí o termo em ingles fate (destino).
É interessante notar que em Roma havia a estrutura de calendário
solar para os anos e lunar para os atuais meses. A gravidez humana é
de nove luas, não nove meses; portanto, Nona tece o fio da vida no
útero materno, até a nona lua. Décima representa o
nascimento efetivo, o corte do cordão umbilical, o início
da vida terrena, o indivíduo definido, a décima lua. Morta
é a outra extremidade, o fim da vida terrena, que pode ocorrer a
qualquer momento.
Páginas
da Internet consultadas:
http://www.elasere.com/interes/
ShowFrases.asp?id=79&Letra=L&exist=yes
http://www.quotableonline.com/frases/Beethoven.html
http://www.rivalcir.com.br/frases/beethoven.html
http://www.pensador.info/p/beethoven_frases/1/
http://sandrawaihrichtatit.blogspot.com/2007/
07/biografia-de-ludwig-van-beethoven.html
http://sanhas.blogspot.com/2006/05/
carta-de-beethoven-amada-imortal.html
http://www.jefferson.blog.br/2008/07/
cartas-minha-amada-imortal-de-ludwig.html
http://nl.wikiquote.org/
wiki/Ludwig_van_Beethoven
http://www.miniweb.com.br/
artes/artigos/beethoven.html
http://www.ronaud.com/frases-pensamentos
-citacoes-de/ludwig-van-beethoven
http://www.ponteiro.com.br/vf.php?p4=8403
http://www.thefreemanonline.org/featured/ludwig-van
-beethovens-joyous-affirmation-of-human-freedom/
http://www.ordemlivre.org/node/306
http://www.clubedigiorgio.com.
br/biografias.php?id=81
http://www.luanda.diplo.de/
Vertretung/luanda/pt/Seite__Beethoven.html
http://www.pensador.info/autor/
Ludwig_van_Beethoven/
http://www.movimento.com/
mostraconteudo.asp?mostra=3&codigo=10
http://www.dw-world.de/
dw/article/0,,3613283,00.html
http://musicaclassica.folha.com.br/
cds/03/curiosidades.html
http://biografias.netsaber.com.br/
ver_biografia_c_2547.html
http://www.starnews2001.com.br/
beethoven.html
http://www.starnews2001.com.br/
beethoven/lamour.html
http://www.starnews2001.com.br/
beethoven/galeria.htm
http://www.terra-quadrada.com.br/terra/modules.php?
op=modload&name=News&file=article&sid=326
http://pt.wikipedia.org/wiki/Parcas
http://pt.wikisource.org/wiki/
Carta_%22Minha_Amada_Imortal%22
http://pt.wikiquote.org/wiki/
Ludwig_van_Beethoven
Fundo
musical:
4º
movimento da Sinfonia nº 9 - Coral
Compositor: Ludwig van Beethoven
Fonte:
http://www.classicos.hpg.ig.com.br/beethove.htm
Observação:
A imortal
Nona Sinfonia, criada pouco antes da morte de Beethoven, foi declarada patrimônio
da Humanidade pela UNESCO. Até hoje, a Nona Sinfonia não é
apenas um dos grandes clássicos da música erudita. A famosa
parte do coral de seu último movimento, baseada na Ode à Alegria,
de Friedrich Schiller, é, desde 1985, o hino oficial da União
Européia. Provavelmente, esta versão musical de Beethoven
tenha imortalizado a frase de Schiller: os
homens todos voltam a ser irmãos. Na noite do dia 1º
de maio de 2004, vários países comemoraram o ingresso na União
Européia, e o ponto alto de cada festa foi a apresentação
da Ode à Alegria, da Nona Sinfonia.