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Nota:
1. Em
a Nova Atlântida (New Atlantis) – projeto
enciclopedista de uma república de sábios utópica que
incorporou os novos avanços da época na ciência e na
espiritualidade – o político, filósofo, ensaísta
inglês e fundador da ciência moderna Francis Bacon (Londres,
22 de janeiro de 1561 – Londres, 9 de abril de 1626) utilizou simbolicamente
os números para descrever as atribuições e encargos
da Casa de Salomão ou Colégio da Obra dos Seis
Dias da Ilha de Bensalem, um santuário de Sabedoria estruturado
sobre o mais perfeito e harmônico esoterismo – o qual deveria
estabelecer o imperium hominis (império do homem) –
e composto de 12 Mercadores da Luz, 3 Depredadores, 3 Homens do Mistério,
3 Pioneiros ou Mineiros, 3 Compiladores, 3 Doadores ou Benfeitores, 3 Lâmpadas,
3 Inoculadores e 3 Intérpretes da Natureza. Os habitantes da Nova
Atlântida, segundo Bacon, atingiram, utopicamente, a Perfeita
Ciência, a Perfeita Ordem Social e a Perfeita Via para a Regeneração
Espiritual. Esta, entretanto, é a utopia de todo Rosacruz, e como
Bacon foi Alquimista e Imperator dos Rosacruzes do século XVII...
Na Casa de Salomão, cujo exército de pesquisadores
era formado por 36 membros, número que simboliza o Sol, os Três
Lâmpadas (que me inspiraram a escrever este poema) tinham a incumbência
de orientar novos experimentos de maior iluminação ou de maior
importância. No prefácio à Grande Restauração
(Instauratio Magna), Bacon adverte: Que
os homens considerem quais são os verdadeiros fins do conhecimento
e que não o procurem nem pelo prazer da mente, nem pelo contentamento,
nem pela
conquista de superioridade face a outros,
nem
por proveito, fama, poder ou qualquer outra dessas coisas inferiores, mas
para benefício e uso da vida, e que o aperfeiçoem e dirijam
com caridade.
Todavia, adverte em
Distributio Operis: 1º)
o homem não é senão o escravo e o intérprete
da Natureza; e 2º)
a Natureza não pode ser comandada senão por quem lhe obedece.
Mas para que isto possa acontecer,
falsas noções (falsos ídolos) deverão ser transmutados.
Este pensamento (Teoria dos Idola) está resumido no Novum
Organum: 1º) Idola
Tribus (Ídolos da Tribo) que ocorrem por conta das deficiências
do próprio espírito humano e se revelam pela facilidade com
que generalizamos com base nos casos favoráveis, omitindo os desfavoráveis,
sendo assim chamados porque são inerentes à natureza humana,
à própria tribo ou raça humana; 2º) Idola
Specus (Ídolos da Caverna) que resultam da própria
educação e da pressão dos costumes; 3º) Idola
Fori (Ídolos da Vida Pública) que estão
vinculados à linguagem e decorrem do mau uso que dela fazemos; e
4º) Idola Theatri
(Ídolos da Autoridade) que decorrem da irrestrita subordinação
à autoridade (via argumentos ab absurdo, ad hominem,
ad ignorantiam, a fortiori, baculino, de autoridade etc.)

Francis
Bacon
Páginas
da Internet consultadas:
http://pt.wikipedia.org/wiki/
Francis_Bacon_(fil%C3%B3sofo)
http://www.educ.fc.ul.pt/hyper/
enc/cap3p4/en-bacon.htm
http://liviagm.blogspot.com/
2008/01/pra-quem-o-natal.html