De
,
nihil
novi sub Sole.
Nem no gelo
nem na bua,
nihil
novi sub Luna.
Nem na paz nem
na guerra,
nihil
novum super Terram.
Nem em prosa
nem em verso,
xongas de novo
no Universo.
Tudo se move,
tudo se rearranja,
mas, minhoca
não vira laranja,
mula-sem-cabeça
não vira saci,
pulga não
vira queci-queci,
você não
virará borboleta
e eu – juro!
– jamais serei anacoreta.
Sempre muda a
manifestação,
porém,
há um só Coração.
Sempre haverá
diabolização,
mas, venceremos
a tentação.
Por isto, nós
somos todos UM.
Esta é
a Primeiríssima Lei,
para o valete
e para o rei,
para o safado
e para o justo,
para o canalha
e para o augusto,
para quem não
tem decoro
e para o Juiz
Sérgio Moro,
para quem é
o mais puro recato
e para quem se
ferrou na Lava Jato,
para o padre,
o xamã e o rabino
e para o goteira1
e o Pequenino.2
O fato é
que não adianta a tal da ansi,
pois, está
em nós a Coisa-em-si.
É ±
temporária a ausência;
somos todos Deuses
in potentia.
Então,
por que o egoísmo?
Então,
por que o despotismo?
Então,
por que o
?
Então,
por que a corrupção?
Então,
por que a xenofobia?
Então,
por que a mais-valia?
Então,
por que tantos muros?
Então,
por que tantos pães-duros?
Então,
por que tanto coisismo?
Então,
por que tanto fanatismo?
Então,
por que tantas concepções?
Então,
por que tantas religiões?
Então,
por que tanto laude?
Então,
por que tanta fraude?
Então,
por que tanta dolor?
Então,
por que tanto incolor?
Então,
por que tanta doença?
Então,
por que tanta malquerença?
Então,
por que tanto rancor e ódio?
Então,
por que tanta mania de pódio?
Então,
por que tanta vida sem Vida?
Então,
por que tanta purulenta ferida?
Então,
por que tantos fudelhufas?
Então,
por que tantos cagalhufas?
Então,
por que tanto sobe-e-desce?
Então,
por que tanto lembra-esquece?
Então,
por que tanto fiat
voluntas mea?
Então,
por que tanta babaquice térrea?
Então,
por que tanta
fútil?
Então,
por que tanta entropia inútil?